Vejo a Santíssima Trindade como uma melodia:
Explico-me:
Uma melodia, só o é, se tiver um compositor que saiba conjugar e arquitectar os sons, escolhendo os instrumentos através dos quais a sua composição musical irá tomar corpo;
Também precisa de um maestro que saiba interpretar com apurada fidelidade a música composta;
E, finalmente, não dispensa a execução hábil, sabedora, tecnicamente perfeita dos vários executantes.
Deus Pai é o criador da música, com os tons, meios-tons, allegros, vibratos, toda a panóplia e riqueza harmónica possível.
Jesus Cristo é o maestro e fiel intérprete da música composta por Deus Pai, conduz a orquestra divina de forma magistral numa execução perfeita da Vontade do Pai.
O Espírito Santo é o inspirador dos executantes, dá-lhes a mestria, a capacidade interpretativa para uma performance perfeita.
Podemos, assim, ter um compositor de uma música;
Um maestro que a vai interpretar;
Uns executantes que lhe vão dar vida.
Os três podem existir separadamente mas não constituem, só por isso, uma melodia.
O compositor pode produzir uma qualquer música;
O maestro pode ter uma interpretação pessoal da música,
O executante pode limitar-se à execução técnica da música;
Neste caso não temos uma melodia mas tão só uma eventualmente bem interpretada música.
Esta só existirá quando o compositor, o maestro e o executante coordenarem de tal forma a sua actividade que o resultado seja uma perfeita harmonia melódica.
ama, 2011.06.17