06/09/2011

Perguntas e respostas sobre Jesus de Nazaré. 40

Jesus de NazaréQual é a atitude que Jesus espera nos discípulos com respeito à sua última vinda?



“A atitude dos discípulos não deve ser nem a de fazer conjecturas sobre a história nem a de ter o olhar fixo num futuro desconhecido. O cristianismo é presença: dom e tarefa; estar contentes pela proximidade interior de Deus e – fundando-se nisso - contribuir activamente para dar testemunho a favor de Jesus Cristo”



55 Preguntas y respuestas sobre Jesús de Nazaret, extraídas del libro de Joseph Ratzinger-Benedicto XVI: “Jesús de Nazaret. Desde la Entrada en Jerusalén hasta la Resurrección”, Madrid 2011, Ediciones Encuentro. Página 81-82, marc argemí, trad. ama

Deve-se orar somente a Deus?

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S.Tomás, Stº António
Fonte da sabedoria
Será verdade que, como dizem os “evangélicos”, somente se deve rezar a Deus e que não há intervenção dos santos? Em princípio, parece haver motivos para acreditar que só a Deus se deve orar, pois:
1) A oração é acto da religião, e é sabido que somente a Deus se presta culto religioso. Logo, só a Deus de deveria orar.
2) Além disso, seria inútil orar a quem desconhece a oração feita. Ora, parece que só Deus pode conhecer a oração, e assim é porque na maioria das vezes a oração é feita por ato interior, que só Deus conhece, como escreve São Paulo: “Orarei pelo espírito, orarei pela mente(I Cor 14,15). Santo Agostinho também escreve: “Desconhecem os mortos, até os santos, as acções dos vivos, mesmo a dos seus filhos”.
3) Ademais, dirigimos as nossas orações aos santos porque eles estão unidos a Deus. Mas muitos dos que estão neste mundo ou no purgatório estão fortemente unidos a Deus pela graça, e, no entanto, a eles não dirigimos nossas orações. Então, nem aos santos deveríamos dirigi-las.

É possível orar a alguém de dois modos:
1) Para que ele mesmo conceda o que se pede.
2) Para que consiga o que se pede de outro.
Pelo primeiro modo, só a Deus dirigimos a oração, porque todas as nossas orações devem ter por objecto conseguirem para nós a graça e a glória, e ambas só Deus pode conceder, como se lê no Salmo 83, 12: “Deus dará a graça e a glória”.
Porém, pelo segundo modo dirigimos as orações aos anjos e aos santos, não para que Deus as conheça mediante eles, mas para que devido aos seus pedidos e méritos, as nossas orações sejam eficazes. É por isso que se lê no livro do Apocalipse que “O perfume do incenso, isto é, da oração dos santos, subiu para Deus(8, 4). Isto evidencia-se também pelo modo com que a Igreja ora. Pedimos à Santíssima Trindade que seja misericordiosa para connosco, mas aos santos pedimos que orem por nós.
Suma Teológica, II-II, q. 83, a.4

Assim, podemos responder às objecções iniciais dizendo que:
1) Ao orar somente prestamos culto religioso àquele de quem desejamos conseguir alguma coisa pela oração, porque assim reconhecemos que é o autor dos bens que recebemos. Porém, não prestamos culto religioso a quem é apenas intercessor junto de Deus.
2) Os mortos, considerando-se a sua condição natural, desconhecem o que acontece neste mundo, sobretudo os sentimentos do coração. Porém, como escreve São Gregório, aos bem-aventurados lhes é manifestado no Verbo o que convém que eles conheçam daquilo que se passa a nosso respeito, e mesmo o que se refere aos sentimentos do coração. Sobretudo convém à excelência deles conhecerem os pedidos que lhes são feitos pela oração vocal ou pela oração interior. Por isso, conhecem os pedidos que lhes fazemos por revelação divina.
3) Finalmente, deve-se dizer que os que estão neste mundo ou no purgatório ainda não gozam da visão do Verbo, para que possam conhecer o que pensamos e falamos. Por isso, não lhes pedimos os seus sufrágios em nossas orações.


Evolucionismo

Do Céu à Terra
A evolução do evolucionismo

O que representa Darwin para a biologia?

Pela superação da geração espontânea e da criação directa de cada espécie, Darwin protagoniza na Biologia uma revolução equivalente à de Copérnico na astronomia. Desde então dá-se por adquirido que todas as espécies são ramos de uma mesma árvore da vida e formam parte de um mesmo processo evolutivo. Depois dessa intuição verdadeira, Darwin equivocou-se ao identificar as alavancas do processo evolutivo.

jose ramón ayllón, trad. ama


Princípios filosóficos do Cristianismo

Caminho e Luz

Princípio de substância (I)

A estrutura do juízo

Concluamos. Eu não capto o ser ou o ente. Eu não capto o ser ou o ente, mas simplesmente capto o que está à minha frente e a minha própria realidade como uma realidade, como uma substância, como algo. A noção dalgo implica isto: o ser uma excepção a a nada, uma realidade, uma substância. O que existe como algo opõe-se ao nada não como o ser no geral, mas como um ser, uma substância, como algo que implica absolutez e limitação na sua entidade, como o que rejeita o nada absoluta mas parcialmente. Diz identidade consigo mesmo dentro dos seus limites e por consequência, diferenciação de tudo o que está fora dos ditos limites. Daí que tudo aquilo que é uma realidade, algo, se diferencia também da realidade do sujeito preceptor: subsiste no sim independentemente de mim, é algo. Eu capto uma realidade diferente de mim.
Por isso voltamos a dizer que o primeiro principio é o de substância, é captar que existem coisas, excepções ao nada, algo s. Não partimos de uma noção de ser no geral ou de um actus essendi que, como tal, diz só perfeição absoluta de ser e que logo há que limitar com a essência receptora. A realidade que tenho à minha frente é algo que está limitado no quanto algo antes inclusive de saber que essência tem.

josé antonio sayés, [i]  trad ama,



[i] Sacerdote, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana e professor de Teologia fundamental na Faculdade de Teologia do Norte de Espanha.
Escreveu mais de quarenta obras de teologia e filosofia e é um dos Teólogos vivos mais importantes da Igreja Católica. Destacou-se pelas suas prolíferas conferências, a publicação de livros quase anualmente e pelos seus artigos incisivos em defesa da fé verdadeira.

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ


“Deus, que te criou sem ti, não te salvará sem ti”

Para que não o imites, copio de uma carta este exemplo de covardia: "Antes de mais, agradeço-lhe muito que se lembre de mim, porque necessito de muitas orações. Mas também lhe agradeço que, ao suplicar ao Senhor que me faça “apóstolo”, não se esforce em pedir-Lhe que me exija a entrega da liberdade". (Sulco, 11)

Precisamente por isso, percebo muito bem aquelas palavras do Bispo de Hipona (Santo Agostinho), que soam como um cântico maravilhoso à liberdade: Deus, que te criou sem ti, não te salvará sem ti, porque cada um de nós, tu, eu, temos sempre a possibilidade – a triste desventura  de nos levantarmos contra Deus, de rejeitá-lo – talvez só com a nossa conduta ou de exclamar: não queremos que reine sobre nós . (...)

Queres pensar – pela minha parte também farei o meu exame  se manténs imutável e firme a tua escolha da Vida? Se, ao ouvires essa voz de Deus, amabilíssima, que te estimula à santidade, respondes livremente que sim? Dirijamos o olhar para o nosso Jesus, quando falava às multidões pelas cidades e campos da Palestina. Não pretende impor-se. Se queres ser perfeito..., diz ao jovem rico. Aquele rapaz rejeitou o convite e o Evangelho conta que abiit tristis , que se retirou entristecido. Por isso, alguma vez lhe chamei a ave triste: perdeu a alegria, porque se negou a entregar a liberdade a Deus. (Amigos de Deus, 23–24)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Música e repouso


    Verdi: Nabucco

selecção ALS

Evangelho do dia e comentário













T. Comum– XXIII Semana




Evangelho: Lc 6, 12-19

12 Naqueles dias Jesus retirou-se para o monte a orar, e passou toda a noite em oração a Deus. 13 Quando se fez dia, chamou os Seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de Apóstolos: 14 Simão, a quem deu o sobrenome de Pedro, seu irmão André, Tiago, João, Filipe, Bartolomeu, 15 Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Simão, chamado o Zelote, 16 Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, que foi o traidor. 17 Descendo com eles, parou numa planície. Estava lá um grande número dos Seus discípulos e uma grande multidão de povo de toda a Judeia, de Jerusalém, do litoral de Tiro e de Sidónia, 18 que tinham vindo para O ouvir, e para ser curados das suas doenças. Os que eram atormentados pelos espíritos imundos ficavam também curados. 19 Todo o povo procurava tocá-l'O, porque saía d'Ele uma virtude que os curava a todos.

Comentário:

Quem são estes doze homens que Jesus escolhe? Pessoas inteligentes, de boa posição social, conhecidos pelos seus dotes de chefia e liderança?

São uns homens simples talvez com uma característica comum aos pescadores, têm paciência, estão habituados ao trabalho duro, árduo, esgotante tantas vezes sem resultado compensador. E tentam uma e outra vez, sem desanimar, sempre com a esperança renovada numa captura de peixe abundante que compense esses outros dias de pesca escassa.

Um outro, até, nem é muito bem visto pelos seus conterrâneos, a profissão que exerce – cobrador de impostos – é antipática e, não poucas vezes – leva ao aproveitamento pessoal do que lhe não pertence.

Aquele é um jovem, sem qualquer experiência da vida, com um coração puro e disponível para uma entrega sem condições.

Estoutro é alguém de uma palavra só, em quem não existe duplicidade e, até escolhe um que irá traí-lo de forma miserável.

E o que lhes destina? Conduzir a Igreja que irá fundar, desde o primeiro dia de tal forma sólida e perseverante, arrostando contra todas as dificuldades, obstáculos de toda a ordem e sacrifícios inauditos que chegaram, quase todos a dar a própria vida.
Eles deram tudo quanto tinham numa entrega sem limites, Cristo deu-lhes tudo o resto que lhes faltava para levarem a cabo a gigantesca tarefa que iria pesar sobre os seus ombros.

Sabemos muito bem que, esta escolha de Jesus se revelou um êxito. A Igreja é a prova disso, nós, todos os cristãos, somos os beneficiários dessa escolha.


(ama, comentário sobre Lc 6, 12-19, 2010.09.07)