4ª Quinta-Feira do Advento 23 de Dezembro
Evangelho: Lc 1, 57-66
57 Completou-se para Isabel o tempo de dar à luz e deu à luz um filho. 58 Os seus vizinhos e parentes ouviram falar da graça que o Senhor lhe tinha feito e congratulavam-se com ela. 59 Aconteceu que, ao oitavo dia, foram circuncidar o menino e chamavam-lhe Zacarias, do nome do pai. 60 Interveio, porém, sua mãe e disse: «Não; mas será chamado João». 61 Disseram-lhe: «Ninguém há na tua família que tenha este nome». 62 E perguntavam por acenos ao pai como queria que se chamasse. 63 Ele, pedindo uma tabuinha, escreveu assim: «O seu nome é João». Todos ficaram admirados.64 E logo se abriu a sua boca, soltou-se a língua e falava bendizendo a Deus. 65 O temor se apoderou de todos os seus vizinhos, e divulgaram-se todas estas maravilhas por todas as montanhas da Judeia. 66 Todos os que as ouviram as ponderavam no seu coração, dizendo: «Quem virá a ser este menino?». Porque a mão do Senhor estava com ele.
Nota:
Durante o Tempo do Advento não publicamos o costumado Comentário e/ou Meditação sobre o Evangelho do dia. Convidamos o leitor a fazê-lo e a amabilidade de o “postar) em comentários.
Tema para consideração: A confissão frequente
A) O exame de consciência 2
1. Com razão os mestres da vida espiritual recalcam que o exame de consciência é necessário e indispensável para a purificação da alma e para o adianto na vida de perfeição. Sem um exame de consciência bem ordenado, apenas nos damos conta a meias das nossas faltas. Estas acumulam-se; as más inclinações e as paixões perversas tornam-se mais fortes e ameaçam seriamente a vida da graça. Sobretudo, a caridade santa não poderá desenvolver-se plenamente.
O exame de consciência oferece diversas possibilidades: propõe-se como fim somente o conhecimento dos pecados veniais – não se trata agora dos mortais – que se cometem com plena consciência, ou também o conhecimento dos pecados de fraqueza, pouco ou mal conhecidos; ou, finalmente, reflecte como se tivesse podido e devido corresponder melhor à graça. É claro que um exame de consciência bom e acertado, só se pode fazer com o auxílio da graça sobrenatural.
O exame de consciência geral passa revista a todos os actos do dia, pensamentos, sentimentos, palavras e obras. Quando se faz regularmente, este exame de consciência não é difícil: a pessoa sabe em que ponto costuma cometer falta, e assim sem esforço especial dá-se conta das faltas eventuais do dia. No caso de haver uma infracção especial, esta de qualquer forma atormentaria a alma que procura seriamente a perfeição. Se há verdadeira vida religiosa, não tem que se ser minucioso neste exame de si próprio. Mais importante é o acto de arrependimento. Neste ponto é onde se pode dar mais vida e profundidade ao exame de consciência. Do arrependimento brota o propósito, que normalmente terminará no propósito da confissão.
O exame de consciência geral completar-se-á com o chamado exame particular.: este ocupa-se durante longo tempo de uma falta previamente determinada que se quer vencer ou eliminar, ou de um determinada virtude a que se propõe chegar. O exame das faltas orienta-se primeiramente para as exteriores, que incomodam ou aborrecem o próximo; depois para as interiores, as faltas de carácter propriamente ditas, em direcção ao ponto débil do nosso ser e da nossa vida. Já quando se incorra na falta somente raras vezes ou em determinadas ocasiões, será conveniente passar ao exame positivo de determinados actos de virtude, exame que, ao progredir na vida do espírito, apresenta cada vez mais uma forma de fortalecimento da vontade em direcção a uma determinada virtude, e à forma de uma súplica a Deus para nos fortalecer e aperfeiçoar nesta virtude, por exemplo, o amor de Deus e do próximo, em espírito de fé, humildade e vida de oração. Com o objecto do exame particular coincidirá normalmente também o propósito próprio e especial da confissão frequente. Por isso precisamente para as almas religiosas e zelosas, é muito importante o exame particular, sobretudo na forma que acabamos de indicar: consolidação e afinco da vontade na virtude.
Doutrina: CCIC – 598: O que significa o Ámen final?
CIC – 2855 – 2856; 2865
«Depois, acabada a oração, tu dizes: Ámen, corroborando com o Ámen, que significa “Assim seja, que isso se faça”, tudo o que está contido na «oração que Deus nos ensinou» (S. Cirilo de Jerusalém)
Nota:
Acaba aqui a publicação do Compêndio da Doutrina da Igreja Católica