18/07/2017

Publicações em 18 Julho

O Senhor procura o meu pobre coração

Quantos anos a comungar diariamente! – Outro seria santo – disseste-me – e eu, sempre na mesma! – Filho – respondi-te – continua com a Comunhão diária, e pensa: que seria de mim, se não tivesse comungado? (Caminho, 534)

Recordai – saboreando, na intimidade da alma, a infinita bondade divina – que, pelas palavras da Consagração, Cristo vai tornar-se realmente presente na Hóstia, com o seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Adorai-O com reverência e devoção; renovai na sua presença o oferecimento sincero do vosso amor; dizei-lhe sem medo que Lhe quereis; agradecei-lhe esta prova diária de misericórdia tão cheia de ternura, e fomentai o desejo de vos aproximardes da comunhão com confiança. Eu surpreendo-me perante este mistério de Amor: o Senhor procura como trono o meu pobre coração, para não me abandonar, se eu não me afastar d'Ele.


Reconfortados pela presença de Cristo, alimentados pelo seu Corpo, seremos fiéis durante esta vida terrena, e mais tarde no Céu, junto de Jesus e de Sua Mãe, chamar-nos-emos vencedores. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Demos graças a Deus que nos trouxe a vitória, pela virtude de Nosso Senhor Jesus Cristo. (Cristo que passa, 161)

Fátima: Centenário - Oração Jubilar de Consagração


Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.

Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas que o Pai revela aos pequeninos.

Mostra-nos a força do teu manto protector.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.

Unido/a aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a ti me entrego.
Unido/a aos meus irmãos, por ti, a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.

E, enfim, envolvido/a na Luz que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.


Ámen.

Evangelho e comentário

Tempo Comum


Evangelho: Mt 11, 20-24

20 Jesus começou então a censurar as cidades onde tinha realizado a maior parte dos seus milagres, por não se terem convertido: 21 «Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se os milagres realizados entre vós, tivessem sido feitos em Tiro e em Sídon, de há muito se teriam convertido, vestindo-se de saco e com cinza. 22 Aliás, digo-vos Eu: No dia do juízo, haverá mais tolerância para Tiro e Sídon do que para vós.
23 E tu, Cafarnaúm, julgas que serás exaltada até ao céu? Serás precipitada no abismo. Porque, se os milagres que em ti se realizaram tivessem sido feitos em Sodoma, ela ainda hoje existiria. 24 Aliás, digo-vos Eu: No dia do juízo, haverá mais tolerância para os de Sodoma do que para ti.»

Comentário:

Jesus Cristo é O Profeta por excelência porque Ele sabe, conhece o passado, o presente e o futuro.

Por isso mesmo não profetiza: afirma!

Ao revelar o que acontecerá aquelas cidades quer que os que O ouvem tomem consciência da gravidade dos seus actos e as consequências destes no futuro.

Apela à conversão e à penitência como o caminho a seguir – com urgência – para evitarem esses terríveis castigos.


(AMA, comentário sobre Mt 11, 20-24, 16.03.2017)

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Temas para meditar - 716

Amor de Deus


Deus detestará o teu pecado, mas jamais te detestará a ti.


(leo j. trese Não Vos Preocupeis Edições Quadrante S. Paulo 2ª Ed. pg. 10)

Doutrina – 350

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ

SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

CAPÍTULO SEGUNDO

CREIO EM JESUS CRISTO, O FILHO UNIGÉNITO DE DEUS

«JESUS CRISTO DESCEU AOS INFERNOS, RESSUSCITOU DOS MORTOS AO TERCEIRO DIA»

127. Porque é que a Ressurreição é ao mesmo tempo um acontecimento transcendente?



Embora seja um acontecimento histórico, constatável e atestado através dos sinais e testemunhos, a Ressurreição, enquanto entrada da humanidade de Cristo na glória de Deus, transcende e supera a história, como mistério da fé. Por este motivo, Cristo ressuscitado não se manifestou ao mundo, mas aos seus discípulos, fazendo deles as suas testemunhas junto do povo.

Pequena agenda do cristão




TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?





Fátima: Centenário - Vida de Maria - 29




Centenário das aparições da Santíssima 

Virgem em Fátima


Visitação


A voz do Magistério

No relato da Visitação, São Lucas mostra como a graça da Encarnação, depois de ter inundado Maria, leva salvação e alegria à casa de Isabel. O Salvador dos homens, oculto no seio de Sua Mãe, derrama o Espírito Santo, manifestando-se já desde o início da Sua vinda ao mundo.

O evangelista, descrevendo a saída de Maria para a Judeia, usa o verbo anistemi, que significa levantar-se, pôr-se em movimento. Considerando que este verbo se usa nos evangelhos para indicar a ressurreição de Jesus [i] ou acções materiais que envolvem um impulso espiritual, [ii] podemos supor que Lucas, com esta expressão, quer sublinhar o impulso vigoroso que leva Maria, sob a inspiração do Espírito Santo, a dar ao mundo o Salvador.

O texto evangélico refere, além disso, que Maria realiza a viagem "com pressa".[iii] Também a expressão "às montanhas",[iv] no contexto de Lucas, é muito mais do que uma simples indicação topográfica, pois permite pensar no mensageiro da boa nova descrito no livro de Isaías: "Como são belos sobre os montes os pés do mensageiro que anuncia a paz, que traz a boa notícia, que anuncia a salvação, que diz a Sião: o teu Deus reina!"[v].

Assim como manifesta São Paulo, que reconhece o cumprimento deste texto profético na pregação do Evangelho[vi], assim também São Lucas parece convidar a ver em Maria a primeira evangelista, que difunde a boa nova, começando as viagens missionárias do seu divino Filho.

A direcção da viagem da Virgem Santíssima é particularmente significativa: será da Galileia à Judeia, como o caminho missionário de Jesus[vii]. Com efeito com a sua visita a Isabel, Maria realiza o prelúdio da missão de Jesus e, colaborando já desde o início da sua maternidade na obra redentora do Filho, transforma-se no modelo daqueles que na Igreja se põem a caminho para levar a luz e a alegria de Cristo aos homens de todos os lugares e de todos os tempos.

João Paulo II (séc. XX), Discurso na audiência geral de 2-X-1996.




[i] cfr. Mc 8, 31; 9, 9. 31; Lc 24 7. 46
[ii] cfr. Lc 5, 27-28; 15, 18. 20
[iii] Lc 1, 39
[iv] Lc 1, 39
[v] Is 52, 7
[vi] cfr. Rm 10, 15
[vii] cfr. Lc 9, 51