Sábado
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito: Honrar a
Santíssima Virgem.
A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.
Lembrar-me: Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.
Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que
isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que
me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector,
guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.
Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?
LEITURA ESPIRITUAL
Evangelho
Lc VI, 1-49
Os
discípulos colhem espigas ao Sábado
1 Num Sábado passando pelas searas, os Seus
discípulos colhiam espigas e, esfregando-as com as mãos, comiam-nas. 2 E alguns dos fariseus disseram-lhes: Por que fazeis o que não é
lícito fazer nos sábados? 3 E Jesus,
respondendo-lhes, disse: Nunca lestes o que fez David quando teve fome, ele e
os que com ele estavam? 4 Como entrou na
casa de Deus, e tomou os pães da proposição, e os comeu, e deu também aos que
estavam com ele, os quais não é lícito comer senão só aos sacerdotes? 5 E dizia-lhes: O Filho do homem é Senhor até
do sábado.
A mão
atrofiada
6 E aconteceu também noutro sábado, que entrou
na sinagoga, e estava ensinando; e havia ali um homem que tinha a mão direita
mirrada. 7 E os escribas e fariseus
observavam-no, se curaria no sábado, para encontrarem de que o acusar. 8 Mas ele bem conhecia os seus pensamentos; e
disse ao homem que tinha a mão atrofiada: Levanta-te, e fica em pé no meio. E,
levantando-se ele, ficou em pé. 9 Então
Jesus lhes disse: Uma coisa vos hei de perguntar: É lícito nos sábados fazer
bem, ou fazer mal? Salvar a vida, ou matar? 10
E, olhando para todos em redor, disse ao homem: Estende a tua mão. E ele
assim o fez, e a mão ficou curada. 11 E
ficaram cheios de furor, e uns com os outros conferenciavam sobre o que fariam
a Jesus.
Escolha
dos Apóstolos
12 E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte
a orar, e passou a noite em oração a Deus. 13
E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze
deles, aos quais deu o nome de Apóstolos: 14
Simão, ao qual também chamou Pedro, e André, seu irmão; Tiago e João;
Filipe e Bartolomeu; 15 Mateus e Tomé;
Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelote; 16 E Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes,
que foi o traidor.
As
multidões e Jesus
17 E, descendo com eles, parou num lugar plano,
e também um grande número de seus discípulos, e grande multidão de povo de toda
a Judeia, e de Jerusalém, e da costa marítima de Tiro e de Sidom; os quais
tinham vindo para o ouvir, e serem curados das suas enfermidades, 18 Como também os atormentados dos espíritos
imundos; e eram curados. 19 E toda a
multidão procurava tocar-lhe, porque saía dele virtude, e curava a todos.
Sermão
da montanha; as bem-aventuranças
20 E, levantando ele os olhos para os seus
discípulos, dizia: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de
Deus. 21 Bem-aventurados vós, que agora
tendes fome, porque sereis fartos. Bem-aventurados vós, que agora chorais,
porque haveis de rir. 22 Bem-aventurados
sereis quando os homens vos odiarem e quando vos separarem, e vos injuriarem, e
rejeitarem o vosso nome como mau, por causa do Filho do homem. 23 Folgai nesse dia, exultai; porque eis que é
grande o vosso galardão no céu, pois assim faziam os seus pais aos profetas.
Admoestações
24 Mas ai de vós, ricos! porque já tendes a
vossa consolação. 25 Ai de vós, os que
estais fartos, porque tereis fome. Ai de vós, os que agora rides, porque vos
lamentareis e chorareis. 26 Ai de vós
quando todos os homens de vós disserem bem, porque assim faziam seus pais aos
falsos profetas.
Amar os
inimigos
27 Mas digo-vos a vós: Amai a vossos inimigos,
fazei bem aos que vos odeiam; 28
Bendizei os que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam. 29 Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também
a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses; 30 E dá a qualquer que te pedir; e ao que tomar
o que é teu, não lho tornes a pedir. 31
E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei
vós, também. 32 E se amardes aos que vos
amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam. 33 E se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que
recompensa tereis? Também os pecadores fazem o mesmo. 34 E se emprestardes àqueles de quem esperais
tornar a receber, que recompensa tereis? Também os pecadores emprestam aos
pecadores, para tornarem a receber outro tanto. 35 Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei bem, e
emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos
do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus. 36 Sede, pois, misericordiosos, como também
vosso Pai é misericordioso. 37 Não
julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados;
soltai, e soltar-vos-ão. 38 Dai, e
ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão
no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão
de novo.
O guia
cego
39 E dizia-lhes uma parábola: Pode porventura o
cego guiar o cego? Não cairão ambos na cova? 40
O discípulo não é superior a seu mestre, mas todo o que for perfeito
será como o seu mestre.
A palha
e a trave
41 E por que atentas tu no argueiro que está no
olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? 42 Ou como podes dizer a teu irmão: Irmão,
deixa-me tirar o argueiro que está no teu olho, não atentando tu mesmo na trave
que está no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então
verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão. 43 Porque não há boa árvore que dê mau fruto,
nem má árvore que dê bom fruto. 44
Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto; pois não se colhem
figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas dos abrolhos. 45 O homem bom, do bom tesouro do seu coração
tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da
abundáncia do seu coração fala a boca.
Jesus
exorta a pôr em prática os Seus mandamentos
46 E por que me chamais, Senhor, Senhor, e não
fazeis o que eu digo? 47 Qualquer que
vem a mim e ouve as minhas palavras, e as observa, eu vos mostrarei a quem é
semelhante: 48 É semelhante ao homem que
edificou uma casa, e cavou, e abriu bem fundo, e pós os alicerces sobre a
rocha; e, vindo a enchente, bateu com ímpeto a corrente naquela casa, e não a
póde abalar, porque estava fundada sobre a rocha. 49 Mas o que ouve e não pratica é semelhante ao
homem que edificou uma casa sobre terra, sem alicerces, na qual bateu com
ímpeto a corrente, e logo caiu; e foi grande a ruína daquela casa.
Comentário
Para praticar o bem
não interessam nem o dia nem o local ou circunstâncias. Jesus está sempre ao
dispor dos homens para ajudar, assistir, curar. E, nós, também não devemos ter
dias "especiais" para estar com Ele, visitá-lo, rezar com toda a
nossa alma e capacidades. Coloco-me na pessoa do homem com a mão paralisada e
interrogo-me: ‘Como é que o Senhor me manda estender a mão se bem sabe que não
posso?’ Eu, de facto, não posso, mas Ele, Jesus Cristo pode tudo e se Ele me
mandou estender a mão nada mais tenho a fazer: levanto-me e estendo-a! A
confiança no Senhor faz tudo o que eu, por mim não posso fazer e pobre de mim
se não fizer o que Ele me manda! Ficarei com a mão, todo eu, paralisado para
sempre! Quando Ele me diz; insinua na minha alma: ‘vá… faz isto…’; eu faço ou
fico-me a pensar que talvez não tenha percebido bem, que, talvez, o Senhor
quisesse dizer-me outra coisa qualquer? Sim… porque eu… não posso nada…. Estou
paralisado, de pés e mãos atados ao pouco – ao nada - que sou! Isto é o que
penso na minha pretensão de humildade! Enormíssimo erro, falsa modéstia! O
Senhor, que me conhece muito melhor que eu me conheço a mim próprio, se me
manda fazer – seja o que for – é porque sabe que, eu, sou capaz e – mais –
espera que eu o faça. E, assim, estendo a minha mão absolutamente confiante
que, Ele, sabe mais.
Há sem dúvida alguma,
um claríssimo acto de fé por parte deste homem. Sim... ele sabe que o que Jesus
lhe manda que faça - estender a mão atrofiada - é algo impossível.
Mas Jesus vai mais longe quer que o faça publicamente em face de quantos estão na
Sinagoga! Assim, além da fé, o homem acredita que Cristo lhe está a dizer -
claramente - que pretende que sirva de exemplo aos circunstantes. Acredita e
colabora e colabora exactamente porque acredita.
A Doutrina da Igreja
não é um conjunto de regras estáticas e rigorosas que se impõem aos fiéis de
forma discricionária. A Igreja é Mãe e como tal não quer impor aos seus filhos
nem pesos ou grilhões que condicionem a sua vida. Nem poderia porque segue o
seu Chefe e Cabeça que deixou muito claro que não vinha impor sacrifícios, mas
sim pedir misericórdia e amor. Mas acima de tudo deve prevalecer o bom senso e
são critério.
As aparências! A
crítica fácil! O julgamento impiedoso! Que terríveis comportamentos dos que se
julgam superiores aos outros. Orgulho? Sim, claro, mas mais que isso. Estas
pessoas estão tão "cheias de si mesmas" têm-se em tão elevada
consideração que nada que os outros façam fica sem ser avaliado, aferido,
criticado e, a muitas vezes, condenado.
O conflito entre os
fariseus e Jesus Cristo a propósito do Sábado é permanente. Para aqueles o
cumprimento escrupuloso da Lei chega ao ridículo inconcebível. As pessoas, as
suas necessidades, os seus problemas pessoais, não interessam para nada nem, no
seu tortuoso entender, interessam a Deus. Jesus Cristo há-de dizer-lhes que não
quer ‘sacrifícios, mas misericórdia’ e, isto, é absolutamente incompreensível.
Às vezes, parece, que o Mestre os provoca propositadamente, curando pessoas ao
Sábado e, julgo, que tenho razão porque, o que Jesus pretende, não é julga-los
a eles, mas que se convençam por si próprios o que realmente interessa a Deus:
As pessoas e não as regras ou sacrifícios. Quer os Seus filhos felizes, já
nesta terra, e não miseráveis acabrunhados e perdidos como «ovelhas sem pastor»
como Jesus lhes chamará.
Porque é que os
discípulos de Jesus comiam a espigas da seara por onde passavam? A resposta
parece óbvia: porque tinham fome! Umas poucas espigas, parco alimento,
tornam-se alimento irresistível! E... ficamos admirados? A quem nada tem o
pouco parece muito e por aqui se vê as provações a que Jesus e os Seus seguidores
se sujeitavam no seu constante deambular pelas terras de Israel para anunciar o
Reino de Deus. No fim e ao cabo, - podemos concluir - o apostolado para ser
verdadeiramente eficaz tem de apoiar-se no sacrifício pessoal, inclusive
privação se tal for necessário. Qualquer apóstolo tem de entregar-se ao serviço
que lhe compete sem olhar para trás, comodismo ou conforto, mas, bem ao
contrário, estar disposto a tudo fazer para alcançar o objectivo que se propõe:
conquistar almas para Deus!
O discurso de Jesus é
uma catequese muito específica e completa aos Seus discípulos. E, quando lhe
chamo “completa”, é porque realmente considero que nada fica por dizer, nenhum
aviso ou recomendação fica por dar no que respeita ao comportamento que o
Senhor espera daqueles mais próximos que serão os primeiros a espalhar por toda
a parte o anúncio do Reino de Deus. Sempre, subjacente a todas as Suas
palavras, está bem implícito o AMOR, amor a Deus e amor aos outros. E não
restem dúvidas que será o Amor que há-de conduzir todos estes e os levará ao
cumprimento cabal da sua missão evangelizadora.
Jesus discursa sobre
as regras de conduta de qualquer pessoa. Resume-se – pode assim dizer-se – a
fazer aos outros o que desejamos nos façam a nós. Deixemos de lado as
“dificuldades” como, por exemplo amar o inimigo. É difícil? Custa resistir à
tentação de retribuir na mesma “moeda”? É verdade, somos assim mesmo, pensamos
primeiro em nós e, depois nos outros. Suponhamos que somos nós quem ofende
outro: justificamos a sua conduta se também ele nos ofender? Não será muito
mais conveniente e sadio pedir perdão, desculpa pela ofensa e tentar reparar?
Somos, de verdade, impecáveis nas nossas relações com os outros - quer em obras
quer em pensamentos – não emitimos juízos nem “medimos” com critério “curto” o
que pedem que lhes façamos? Somos o “centro”, os “credores” das atenções e
cuidados dos outros ou também nos interessamos por eles e pelo que possam
legitimamente esperar de nós? No fim e ao cabo, o critério que o Senhor propõe
é uma regra simples, como já se enunciou: “fazer aos outros o que desejamos nos
façam a nós”.
Parece ser um conjunto
de regras algo difícil de cumprir já que se trata de amar sem peso nem medida
os outros. A recompensa é “fabulosa” «deitar-vos-ão no regaço uma boa medida,
calcada, sacudida, a transbordar». O Senhor nunca Se fica por menos mas, de
qualquer forma avisa: «A medida que usardes com os outros será usada também
convosco». Atenção, pois, será bem avisado quem proceder com o próximo como
indica o Segundo Mandamento, que a própria Lei refere tão importante como o
Primeiro.
Ora aqui está uma
sentença que deve merecer toda a nossa atenção: «A medida que usardes com os
outros será usada convosco.» É uma referência muito específica à Justiça de
Deus. Todos somos Seus filhos e a todos quer por igual. Assim, porque razão
haveria de ser mais pródigo com uns que com outros? Na verdade, a medida que
Deus usar connosco será escolhida por nós.
Suponhamos que estamos
no tribunal e que o Juiz nos pergunta: Que pena hei-de considerar no seu caso,
que lhe parece? Teríamos de responder honestamente: 'Algo similar ao que eu
considerei em relação aos outros.' E o Juiz responderia: Acho justo! Volto a
repetir o que já escrevi: Tendo em
consideração o que acabamos de ler, a sentença será elaborada por nós. O Senhor
a aplicará conforme achar justo.
O Evangelista parece
sublinhar que, neste momento, Jesus se dirige principalmente aos discípulos e
não tem qualquer dúvida em considerá-los felizes por já pertencerem ao Reino
dos Céus. Não obstante as contrariedades, privações, insultos, perseguições e
desafios que irão encontrar na vida de todos os dias, principalmente motivados
pelo facto de serem Seus discípulos, a sua recompensa está assegurada:
«Alegrai-vos e exultai nesse dia, pois a vossa recompensa será grande no Céu».
Vale a pena, pois, seguir Jesus com confiança e determinação, Ele nunca os que
O seguirem.
À “primeira vista”
pode parecer que Jesus está como que a fazer um vaticínio, a prever um futuro.
Não! O Senhor não é um “mago” que lê a sina nem se põe a adivinhar o futuro.
Bem ao contrário, quer que quem O escuta compreenda e tenha bem a noção das
consequências do seu comportamento na vida corrente. Os actos que praticamos
têm sempre uma consequência e, a vida que vivemos, um resultado. Nada do que
fazemos fica por “contabilizar” nem sequer com a desculpa: “não sabia”, “foi
sem querer”. O cristão não deve fazer nada – absolutamente – por acaso, sem
pensar bem se o que faz – ou diz – trará benefícios ou, ao contrário, prejuízos
para si próprio e para outros. Isto nunca acontecerá se tentarmos com
verdadeiro empenho, fazer, em tudo a Vontade de Deus.
Pôr em prática as
palavras de Cristo equivale a fazer a Vontade de Deus e, esta, só pode ser boa
para nós. Porquê? Porque o Deus Nosso Senhor e Criador só pode querer o que é
bom para os Seus filhos e dar-lhes-á quanto necessário para poderem pôr em
prática o que convém. Todos nós temos bem claras as imagens que Jesus utiliza
nestes trechos do Evangelho. Quando se trabalha mal, contra vontade e
renitência o que fizermos ficará imperfeito, com deficiências que podem ser
graves e, consequentemente, resultados catastróficos. E, se pensarmos bem, o
trabalho mal feito cansa tanto como se o fizermos bem ou, por outras palavras,
não ganhamos nada e podemos perder muito. As consequências de um trabalho feito
apressadamente sem zelo nem critério podem causar enormes prejuízos não só a
nós, mas também a outros.
Jesus profere umas palavras
que devemos reter com muita atenção: «Não está o discípulo acima do mestre, mas
o discípulo bem formado será como o mestre.» Ninguém pode fazer as vezes de
Cristo, mas quando nos dedicamos ao apostolado – que deve ser dever de todo o
cristão – só o deveremos fazer se possuirmos conhecimentos correctos e,
sobretudo, uma doutrina sólida e bem estruturada. Afinal, o apostolado que
fazemos é em nome de Cristo e não deverá ter absolutamente nada da nossa lavra.
De nada servem as
palavras, as intenções, as promessas sem, de facto, não se traduzem em obras.
Não seremos avaliados, ou teremos de responder pelo que dissemos, mas sim pelo
que fizemos. As obras marcam o homem, conferem-lhe a dignidade que deve ter ou,
ao contrário, podem colocar em sério risco a sua salvação. Res non verba, obras
e não palavras é o que se nos pede. As pessoas que nos rodeiam podem não
escutar o que dizemos ou, até, não compreender o que afirmamos mas, seguramente
veem o que fazemos e avaliam-nos por isso mesmo.
(AMA, 1999)
SANTÍSSIMA VIRGEM
Reflexão
Mediante a graça recebida no Baptismo,
o homem participa no eterno nascimento do Filho e a partir do Pai, porque é
constituído filho adoptivo de Deus: filho no Filho.
(São João Paulo II, Homília,
23.03.1980)
SÃO JOSEMARIA – textos
A
messe é grande e poucos os operários. – "Rogate ergo!". – Rogai, pois, ao Senhor da messe que envie
operários para o seu campo. A oração é o meio mais eficaz do proselitismo. (Caminho,
800)
Ainda
ressoa no mundo aquele clamor divino: "Vim trazer fogo à Terra, e que
quero senão que se ateie?". – E bem vês: quase tudo está apagado... Não te
animas a propagar o incêndio? (Caminho, 801)
Querias
atrair ao teu apostolado aquele homem sábio, aquele poderoso, e aquele cheio de
prudência e virtudes. Pede por eles, oferece sacrifícios e prepara-os com o teu
exemplo e com a tua palavra. – Não: vêm? – Não percas a paz; é que não são
precisos. Julgas que não havia contemporâneos de Pedro sábios e poderosos, e
prudentes, e virtuosos, fora do apostolado dos primeiros doze? (Caminho, 802)