27/09/2018

NUNC COEPI : Publicações em 27 Set

NUNC COEPI : Publicações em 27 Set: el Reto del amor Pequena agenda do cristão Temas para reflectir e meditar Evangelho e comentário Senhor, tantas almas longe de Ti! Le...

Publicações em 27 Set


el Reto del amor






por El Reto Del Amor

Pequena agenda do cristão

Quinta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?






Temas para reflectir e meditar


Formação humana e cristã – 63

Falamos várias vezes na direcção espiritual como um meio importantíssimo de auxílio na nossa vida de cristãos e nomeadamente no que respeita ao apostolado tarefa de todos os filhos de Deus.

Pode levantar-se a questão: escolher um director espiritual… mas quem?

Temos de convir que a direcção espiritual não tem que ser dada por um sacerdote, mas por qualquer um que tenha reconhecida capacidade critério e seriedade para o fazer.

Director espiritual não é o mesmo que Confessor, não é essa a sua missão embora evidentemente o confessor também aconselhe e esclareça.

Os sacerdotes encarregados de múnus pastoral dificilmente conseguem encontrar tempo disponível para o muito trabalho que têm.

(AMA, reflexões)

Evangelho e comentário


Tempo comum


Evangelho: Lc 9, 7-9

7 O tetrarca Herodes ouviu dizer tudo o que se passava; e andava perplexo, pois alguns diziam que João ressuscitara dos mortos; outros, 8 que Elias aparecera, e outros, que um dos antigos profetas ressuscitara. 9 Herodes disse: «A João mandei-o eu decapitar, mas quem é este de quem oiço dizer semelhantes coisas?» E procurava vê-lo.

Comentário:

Sabemos, pelos Evangelhos, que quando Jesus Cristo finalmente Se encontra cara a cara com Herodes permanece no mais profundo silêncio como que não fazendo caso nem da pessoa nem do que pretende.

Herodes é uma figura desprezível sob todos os aspectos, mas o Senhor não o trata com desprezo; poderia ter feito um discurso demolidor que deixaria marca indelével do encontro, mas, não o fez.

Permanecendo em silêncio mantém a Sua dignidade, enquanto o outro, frustrada a sua curiosidade mórbida e doentia, regressa à sua condição de criatura sem qualificação.

(AMA, comentário sobre Lc 9, 7-9, 28.09.2017)


Senhor, tantas almas longe de Ti!


Vejo a tua Cruz, meu Jesus, e alegro-me com a tua graça, porque o prémio do teu Calvário foi para nós o Espírito Santo... E dás-te a mim, cada dia, amoroso – louco! – na Hóstia Santíssima... E fizeste-me filho de Deus e deste-me a tua Mãe! Não me basta a acção de graças; vai-se-me o pensamento: – Senhor, Senhor, tantas almas longe de Ti! Fomenta na tua vida as ânsias de apostolado, para que o conheçam..., e o amem..., e se sintam amados! (Forja, 27)

Que respeito, que veneração, que carinho temos de sentir por uma só alma, ante a realidade de que Deus a ama como algo seu! (Forja, 34)

Ante a aparente esterilidade do apostolado, assaltam-te as cristas de uma onda de desalento, que a tua fé repele com firmeza... Mas reparas que necessitas de mais fé, humilde, viva e operativa.
– Tu, que desejas a salvação das almas, grita como o pai daquele rapaz doente, possesso: "Domine, adiuva incredulitatem meam!" – Senhor, ajuda a minha incredulidade!
Não duvides: o milagre repetir-se-á. (Forja, 257)

Leitura espiritual


São Josemaria Escrivá


Cristo que passa 

124 
       
Sementeira de paz e de alegria

Que fazer?
Dizia-vos que não procurei descrever crises sociais ou políticas, derrocadas ou doenças culturais.
Centrado sobre a fé cristã, tenho-me referindo ao mal no sentido preciso da ofensa a Deus.
O apostolado cristão não é um programa político, nem uma alternativa cultural: significa a difusão do bem, o contágio do desejo de amar, uma sementeira concreta de paz e de alegria.
Desse apostolado, sem dúvida, derivarão benefícios espirituais para todos: mais justiça, mais compreensão, mais respeito do homem pelo homem.

Há muitas almas à nossa volta, e não temos o direito de sermos obstáculo para o seu bem eterno.
Estamos obrigados a ser plenamente cristãos, a ser santos, a não defraudar Deus nem todas as pessoas que esperam do cristão o exemplo, a doutrina.

O nosso apostolado tem de basear-se na compreensão.
Insisto novamente: a caridade, mais do que em dar, está em compreender.
Não vos escondo como aprendi, na minha própria carne, o que custa não ser compreendido.
Esforcei-me sempre por fazer-me compreender, mas há quem se empenhe em não me entender: eis outra razão, prática e viva, para que eu deseje compreender a todos.
Mas não é um impulso circunstancial que há-de obrigar-nos a ter esse coração amplo, universal, católico.
O espírito de compreensão é expressão da caridade cristã do bom filho de Deus: porque o Senhor quer que estejamos presentes em todos os caminhos rectos da terra, para estender a semente da fraternidade - não do joio -, da desculpa, do perdão, da caridade, da paz.
Nunca vos sintais inimigos de ninguém.

O cristão há-de mostrar-se sempre disposto a conviver com todos, a dar a todos - pela maneira de lidar com os outros - a possibilidade de se aproximarem de Cristo Jesus.
Há-de sacrificar-se gostosamente por todos, sem distinções, sem dividir as almas em departamentos estanques, sem lhes pôr etiquetas como se fossem mercadorias ou insectos dissecados.
O cristão não pode separar-se dos outros, porque a sua vida seria miserável e egoísta: deve fazer-se tudo para todos, para salvar a todos.

Se vivêssemos assim, se soubéssemos impregnar a nossa conduta com esta sementeira de generosidade, com este desejo de convivência, de paz, fomentar-se-ia a legítima independência pessoal dos homens, cada um assumiria a sua responsabilidade e responderia pelos afazeres que lhe competem nos trabalhos temporais.
Além disso, o cristão saberia defender, em primeiro lugar, a liberdade alheia, para poder depois defender a sua própria; teria a caridade de aceitar os outros como são - porque cada um, sem excepção, traz consigo misérias e comete erros -, ajudando-os com a graça de Deus e com delicadeza humana a superar o mal, a arrancar o joio, a fim de que todos possamos ajudar-nos mutuamente e conduzir com dignidade a nossa condição de homens e de cristãos.

125
        
A vida futura

A tarefa apostólica que Cristo atribuiu a todos os seus discípulos produz, portanto, resultados concretos no âmbito social.
Não é admissível pensar que, para se ser cristão, seja preciso voltar as costas ao mundo, ser um derrotista da natureza humana. Tudo, até o mais pequeno dos acontecimentos honestos, encerra um sentido humano e divino.
Cristo, perfeito homem, não veio destruir o que é humano, mas enobrecê-lo, assumindo a nossa natureza humana, excepto o pecado. Veio compartilhar todos os anseios do homem, menos a triste aventura do mal.

O cristão deve encontrar-se sempre disposto a santificar a sociedade a partir de dentro, estando plenamente no mundo, mas não sendo do mundo naquilo que ele tem - não por característica real, mas por defeito voluntário, pelo pecado - de negação de Deus, de oposição à Sua amável Vontade salvífica.

A festa da Ascensão do Senhor sugere-nos também outra realidade: o Cristo que nos anima a esta tarefa no mundo espera-nos no Céu. Por outras palavras: a vida na terra, que amamos, não é a definitiva: porque não temos aqui cidade permanente, mas andamos em busca da futura cidade imutável.

Procuremos, no entanto, não interpretar a Palavra de Deus nos limites de horizontes estreitos.
O Senhor não nos impele a sermos infelizes enquanto caminhamos, esperando só a consolação no além. Deus quer-nos felizes também aqui, embora anelando o cumprimento definitivo dessa outra felicidade, que só Ele pode preencher completa e abundantemente.

Nesta terra, a contemplação das realidades sobrenaturais, a acção da graça nas nossas almas, o amor ao próximo como fruto saboroso do amor a Deus, supõem já uma antecipação do Céu, um começo destinado a crescer dia a dia.
Nós, cristãos, não suportamos uma vida dupla: mantemos uma unidade de vida, simples e forte, na qual se fundamentam e compenetram todas ás nossas acções.

126
        
Cristo espera-nos.
Vivemos já como cidadãos do céu sendo plenamente cidadãos da Terra, no meio de dificuldades, de injustiças, de incompreensões, mas também no meio da alegria e da serenidade que dá saber-se filho amado de Deus.
Perseveremos no serviço do nosso Deus e veremos como aumenta em número e em santidade este exército cristão de paz, este povo de corredenção.

Sejamos almas contemplativas, com um diálogo constante, convivendo com o Senhor a toda a hora: desde o primeiro pensamento do dia ao último da noite, pondo continuamente o nosso coração em Jesus Cristo Senhor Nosso, chegando até junto d'Ele por intermédio da Nossa Mãe Santa Maria e, por Ele, ao Pai e ao Espírito Santo.

Se, apesar de tudo, a subida de Jesus aos Céus nos deixa na alma um amargo rasto de tristeza, acudamos a sua Mãe como fizeram os apóstolos: então, voltaram a Jerusalém... e oravam unanimemente... com Maria, a Mãe de Jesus.

127 
       
Os Actos dos Apóstolos, ao narrarem-nos os acontecimentos daquele dia de Pentecostes em que o Espírito Santo desceu em forma de línguas de fogo sobre os discípulos de Nosso Senhor, levam-nos a assistir à grande manifestação do poder de Deus com que a Igreja iniciou a sua caminhada por entre as nações.
 A vitória que Cristo obtivera sobre a morte e sobre o pecado - com a sua obediência, a sua imolação na Cruz e a sua Ressurreição - revelou-se então em todo o seu esplendor divino.

Os discípulos, que já tinham sido testemunhas da glória do Ressuscitado, experimentaram em si a força do Espírito Santo: as suas inteligências e os seus corações abriram-se a uma nova luz.
Tinham seguido Cristo e recebido com fé a sua doutrina; mas nem sempre conseguiam penetrar totalmente no sentido desta.
Era necessário que viesse o Espírito de Verdade para lhes fazer compreender todas as coisas.
Sabiam que só em Jesus podiam encontrar palavras de vida eterna e estavam dispostos a segui-Lo e a dar a vida por Ele; mas eram fracos e, quando chegou a hora da provação, fugiram, deixaram-nO só.
No dia de Pentecostes tudo isso passou: o Espírito Santo, que é espírito de fortaleza, tornou-os firmes, seguros, audazes.
A palavra dos Apóstolos ressoa então, forte e vibrante, pelas ruas e praças de Jerusalém.

Os homens e as mulheres vindos das mais diversas regiões, que naqueles dias povoam a cidade, escutam assombrados.
Partos, medos e elamitas, e os que habitam a Mesopotâmia, a Judeia e a Capadócia, o Ponto e a Ásia, a Frígia e a Panfília, o Egipto e várias partes da Líbia que é vizinha de Cirene, e os que vieram de Roma, tanto judeus como prosélitos, cretenses e árabes, todos os ouvimos falar, nas nossas próprias línguas, das maravilhas de Deus.
Estes prodígios, que se realizam diante dos seus olhos, levam-nos a prestar atenção à pregação apostólica.
O mesmo Espírito Santo, que actua nos discípulos do Senhor, tocou-lhes também nos corações e conduziu-os à Fé.

Conta-nos S. Lucas que, depois de S. Pedro ter falado, proclamando a Ressurreição de Cristo, muitos dos que o rodeavam se aproximaram, perguntando: que havemos de fazer, irmãos?
E o Apóstolo respondeu-lhes: Fazei penitência, e cada um de vós seja baptizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.
E o texto sagrado termina dizendo-nos que nesse dia se incorporaram na Igreja cerca de três mil pessoas.

A vinda solene do Espírito Santo no dia de Pentecostes não foi um acontecimento isolado.
Quase não há uma página dos Actos dos Apóstolos em que se não fale d'Ele e da acção pela qual guia, dirige e anima a vida e as obras da primitiva comunidade cristã.
É Ele que inspira a pregação de S. Pedro, que confirma na fé os discípulos, que sela com a sua presença o chamamento dirigido aos gentios e, que envia Saulo e Barnabé para terras distantes, a fim de abrirem novos caminhos à doutrina de Jesus.
Numa palavra, a sua presença e a sua actuação dominam tudo.

128
         
O renascimento baptismal

Esta realidade profunda que o texto da Sagrada Escritura nos dá a conhecer não é uma simples recordação do passado, de uma espécie de idade de ouro da Igreja, perdida na História.
Por cima das misérias e dos pecados de cada um de nós, continua a ser a realidade da Igreja de hoje e da Igreja de todos os tempos.
Eu rogarei ao Pai - anunciou o Senhor aos seus discípulos - e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco eternamente.
Jesus cumpriu as suas promessas: ressuscitou, subiu aos Céus e, em união com o Eterno Pai, envia-nos o Espírito Santo para nos santificar e nos dar a vida.

A força e o poder de Deus iluminam a face da Terra.
O Espírito Santo continua a assistir à Igreja de Cristo, para que ela seja - sempre e em tudo - sinal erguido diante das nações, anunciando à Humanidade a benevolência e o amor de Deus.
Por maiores que sejam as nossas limitações, nós, homens, podemos olhar com confiança para os Céus e sentir-nos cheios de alegria: Deus ama-nos e liberta-nos dos nossos pecados.
A presença e a acção do Espírito Santo na Igreja são o penhor e a antecipação da felicidade eterna, dessa alegria e dessa paz que Deus nos prepara.

Também nós, tal como aqueles primeiros que se aproximaram de S. Pedro no dia de Pentecostes, fomos baptizados.
 No baptismo, o Nosso Pai, Deus, tomou posse das nossas vidas, incorporou-nos na vida de Cristo e enviou-nos o Espírito Santo.
O Senhor, diz-nos a Sagrada Escritura, salvou-nos fazendo-nos renascer pelo baptismo, renovando-nos pelo Espírito Santo, que Ele difundiu sobre nós abundantemente por Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados pela sua graça, sejamos herdeiros da vida eterna, segundo a esperança.

A experiência da nossa debilidade e das nossas faltas, a desedificação que pode produzir o espectáculo doloroso da pequenez ou mesmo mesquinhez de alguns que se chamam cristãos, o aparente fracasso ou a desorientação de algumas iniciativas apostólicas, tudo isso - a comprovação da realidade do pecado e das limitações humanas - pode constituir, no entanto, uma provação para a nossa fé e fazer com que se insinuem em nós a tentação e a dúvida: onde estão a força e o poder de Deus?
É o momento de reagirmos, de pormos em prática da maneira mais pura e firme a nossa esperança e, portanto, de procurarmos ser mais firme na nossa fidelidade.

(cont)