20/12/2011

Conto de Natal

Josefa de Óbidos





Um belíssimo conto de Joaquim Mexia Alves

Mia Couto

Parece que Mia Couto é um escritor moçambicano com alguma audiência e leitores fiéis.

Até hoje, nunca li nada escrito por ele.

Absolutamente por acaso, no jornal "PÚBLICO" de hoje, deparei com esta "pérola":

"Morre-se nada quando chega a vez. É só um solavanco na estrada por onde já não vamos" (Mia Couto, 1955)

"Morreu" definitivamente qualquer possível interesse que pudesse vir a ter de ler alguma coisa mais escrito por este pobre homem.

Estamos predestinados? 7

Se queremos saber, quais são as nossas possibilidades de salvação, nunca o saberemos com absoluta certeza se nos vamos a salvar ou condenar, mas há uma série de indícios, que muitos santos e exegetas sempre manifestaram. O amor à Virgem e uma constante invocação a este amor, é uma causa segura de que jamais Ela abandonará um dos seus filhos predilectos. Há mais de quinhentos anos Luis de Blois, “Blosio” escrevia: “As tribulações desta vida são excelentíssimos dons de Deus. Não há sinal mais certo de que alguém está predestinado, que padecer adversidades com humildade e resignação por amor de Deus. (…). Jamais permitiria que um vento muito frouxo ou forte, causasse pena aos seus eleitos se não soubesse que era conveniente para a sua salvação”.

(JUAN DO CARMELO, trad AMA)


(juan do carmelo, trad ama)


Amizade (definição)

      Reflectindo


Chega a ter com algumas pessoas que já conhece por interesses comuns de tipo profissional, de tempo livre, diversos contactos periódicos pessoais, baseados numa simpatia mútua, interessando-se cada um pela pessoa do outro e pela sua melhoria. 

Tratado De Deo Trino 45

Questão 37: Do amor, nome do Espírito Santo.

Em seguida, vamos tratar do nome de Amor. E nesta questão discutem-se dois artigos:

Art. 1 – Se Amor é o nome próprio do Espírito Santo.
Art. 2 – Se o Pai e o Filho amam-se pelo Espírito Santo.

Art. 1 – Se Amor é o nome próprio do Espírito Santo.

(I Sent., dist. X, a. 1, ad 4; dist. XXVII, q. 2, a. 2, qª 2).

O primeiro discute-se assim. – Parece não é Amor o nome próprio do Espírito Santo.

1. – Pois, Agostinho diz: Não sei porque, assim como o Pai, o Filho e o Espírito Santo se chamam sabedoria, constituindo simultaneamente, não três, mas uma só sabedoria, assim Pai, o Filho, o Espírito Santo, constituindo todos simultaneamente uma só caridade [1]. Ora, nenhum nome, que se predique de cada Pessoa e de todas, em comum, singularmente, é nome próprio de qualquer das Pessoas. Logo, o nome do Amor não é o próprio do Espírito Santo.

2. Demais. – O Espírito Santo é uma pessoa subsistente. Ora, Amor não significa uma pessoa subsistente, mas uma acção transeunte do amante para o amado. Logo, Amor não é o nome próprio do Espírito Santo.

3. Demais. – O amor é o nexo dos amantes; pois, segundo Dionísio, é uma força unitiva [2]. Mas, o nexo é o meio, entre as coisas conexas, e não algo delas procedente. Ora, o Espírito Santo procedendo do Pai e do Filho, como já se demonstrou [3], parece que não seja amor nem nexo entre o Pai e o Filho.

4. Demais. – Todo amante tem algum amor. Ora, o Espírito Santo é amante. Logo, tem algum amor. Se pois o Espírito Santo é amor, amor será do amor e espírito, do espírito, o que é inadmissível.

Mas, em contrário, diz Gregório: O próprio Espírito Santo é Amor [4].

O nome de amor, em Deus, pode ser tomado em sentido essencial e pessoalmente. Pessoalmente, é o nome próprio do Espírito Santo, como o Verbo é o do filho. Para evidenciá-lo, devemos considerar o seguinte. Em Deus, como já se demonstrou [5], há duas processões, uma intelectual, que é a do Verbo; outra, pela vontade, que é a do amor. Como porém a primeira nos é mais conhecida, encontraram-se nomes mais apropriados para exprimir os conceitos a ela referentes, o que não se dá com a processão da vontade. Daí o usarmos de certos circunlóquios para significar a Pessoa assim procedente. E o darmos também os nomes de processão e espiração, como já dissemos [6], às relações derivadas desta processão; significando porém esses nomes, quanto a propriedade, mais a origem que a relação. E contudo ambas essas processões podem ser consideradas do mesmo modo. Pois assim como em quem intelige está uma certa concepção intelectual da coisa intelegida, que se chama verbo; assim também, quem ama alguma coisa recebe, no seu afecto, uma por assim dizer impressão da coisa amada, que nos leva a dizer que ela está no amante como a coisa inteligida, no inteligente. De modo que quem se intelige e se ama a si mesmo está, não só por identidade de ser, mas ainda como o inteligido, no inteligente e o amado, no amante.

Mas, quanto ao intelecto, há vocábulos apropriados a significar a relação do inteligente com a coisa inteligida, como é claro quando digo inteligir. E também outros vocábulos significam o processo da concepção intelectual, como, dizer e verbo. Por onde, de Deus, o inteligir se predica só essencialmente, por não importar relação com o verbo procedente. Verbo, porém, significando o que procede, dele se predica pessoalmente; e, enfim, dizer, importando relação do princípio do Verbo com o Verbo mesmo, se predica nocionalmente.

Quanto à vontade, porém, além das expressões – ter dilecção e amar, que importam relação do amante com a coisa amada, não há outras, que exprimam a relação entre a impressão mesma ou o afecto da coisa amada – que nasce no amante, quando ama – e o seu princípio, ou inversamente. E assim, por inópia de vocábulos, exprimimos essas relações pelas palavras – amor e dilecção, como se denominássemos o Verbo – inteligência concebida, ou sabedoria gerada.

Portanto, o amor ou a dilecção, enquanto só implicam relação entre o amante e a coisa amada, predicam-se essencialmente, como inteligência e inteligir. Se usarmos porém desses vocábulos para exprimirmos a relação entre o que procede por amor e o seu princípio, e inversamente, de maneira que, por amor, entendamos espirar o amor procedente; nesse caso, Amor é nome de Pessoa; e – ter dilecção ou amar – é verbo nocional, como – dizer ou gerar.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. – Agostinho fala da caridade, entendida de Deus essencialmente, como se disse.

RESPOSTA À SEGUNDA. – Embora, inteligir, querer e amar exprimam acções transeuntes para um objecto, todavia são acções imanentes no agente, como dissemos [7]; mas de modo que importam, no próprio agente, certa relação com o objecto. Por onde, o amor, mesmo em nós, é algo de imanente, e é verbo mental imanente em quem o diz; mas relativo à coisa verbalmente expressa, ou amada. Mas em Deus, no qual não há acidente algum, há algo maior, porque tanto o Verbo como o Amor são subsistentes. Quando pois dizemos, que o Espírito Santo é o amor do Pai para com o Filho ou para com qualquer outro ser, não dizemos que seja algo de transeunte para outro, mas assim exprimimos somente a relação do amor com a coisa amada, assim como, no Verbo, exprimimos a sua relação com a realidade que ele exprime.

RESPOSTA À TERCEIRA. – O Espírito Santo se chama nexo entre o Pai e o Filho, enquanto amor; pois o amor do Pai por si mesmo e pelo Filho, sendo uma única dilecção, e inversamente, implica em ser o Espírito Santo, como Amor, uma relação recíproca entre o Pai e o Filho, que une quem ama a quem é amado. Ora, pelo fato de que o Pai e o Filho mutuamente se amam, é necessário que de ambos proceda o Espírito Santo, que é o mútuo Amor. Segundo pois a sua origem, o Espírito Santo não é o meio, mas a terceira pessoa da Trindade; mas segundo o estado predito, é o nexo médio das duas de que procede.

RESPOSTA À QUARTA. – Ao Filho, embora intelija, não lhe cabe produzir o Verbo, porque inteligir lhe convém como Verbo procedente. Assim, também embora o Espírito Santo ame, essencialmente falando, todavia não lhe cabe espirar o amor, o que seria amar em sentido nocional; pois, ama essencialmente como Amor procedente, e não como princípio donde procede o amor.

SÃO TOMÁS DE AQUINO, Suma Teológica,



[1] XV de Trin., c. 17.
[2] De div. nom., c. 4.
[3] Q. 36, a. 2.
[4] Homil. 30 in Evang.
[5] Q. 27, a. 1, 3, 5.
[6] Q. 28, a. 4.
[7] Q. 14, a. 2; q. 18, a. 3 ad 1.

Preparando o Natal

           Oração do Natal

Menino Jesus: 

Este Natal quisera receber-te com aquele enlevo e carinho de Tua Santíssima Mãe, com a atenção e cuidados de São José, com a alegria e simplicidade dos Pastores de Belém.
São Josemaria, ajudai-me nestes propósitos.


ama, Advento 2011

Uma história de Natal, emocionante!!!

Vivendo o Advento

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Evangelho do dia e comentário



Perante a vinda eminente do Senhor, os homens devem dispor-se interiormente, fazer penitência dos seus pecados, rectificar a sua vida para receber a graça especial divina que traz o Messias. Tudo isso significa esse aplanar os montes, rectificar e suavizar os caminhos de que fala o Baptista. (...) A Igreja na sua liturgia do Advento anuncia-nos todos os anos a vinda de Jesus Cristo, Salvador nosso, e exorta cada cristão a essa purificação da sua alma mediante uma renovada conversão interior[i]

Terça-Feira da IV semana do Advento 20 de Dezembro
Evangelho: Lc 1, 26-38

26 Estando Isabel no sexto mês, foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27 a uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de David; o nome da virgem era Maria. 28 Entrando o anjo onde ela estava, disse-lhe: «Salve, ó cheia de graça; o Senhor é contigo». 29 Ela, ao ouvir estas palavras, perturbou-se e discorria pensativa que saudação seria esta. 30 O anjo disse-lhe: «Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus; 31 eis que conceberás no teu ventre, e darás à luz um filho, a Quem porás o nome de Jesus. 32 Será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus Lhe dará o trono de Seu pai David; 33 reinará sobre a casa de Jacob eternamente e o Seu reino não terá fim». 34 Maria disse ao anjo: «Como se fará isso, pois eu não conheço homem?». 35 O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; por isso mesmo o Santo que há-de nascer de ti será chamado Filho de Deus. 36 Eis que também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice; e este é o sexto mês da que se dizia estéril; 37 porque a Deus nada é impossível». 38 Então Maria disse: «Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra». E o anjo afastou-se dela.

Comentário:

«Porque a Deus nada é impossível» talvez que, estas, fossem as palavras decisivas para que a jovem Maria pronunciasse o “Fiat”.
Humilíssima como era, a Virgem não se considerava digna de tal desígnio de Deus a seu respeito.

Mas, exactamente por ser absolutamente humilde, decide que, não obstante a magnitude do anúncio que lhe é feito, se lhe impõe uma declaração fundamental:

«Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra».

(ama, comentário sobre Lc 1, 26-38, 2011.11.17)

Música para o Natal

 Sarah Brightman e Placido Domingo - Abertura de A Gala Christmas In Vienna -The Closing Of The Year



Textos de São Josemaria Escrivá

Tudo pode e deve levar-nos a Deus

É urgente difundir a luz da doutrina de Cristo. Entesoura formação, enche-te de clareza de ideias, de plenitude da mensagem cristã, para poder depois transmiti-la aos outros. Não esperes umas iluminações de Deus, que não tem porque dá-las, já que dispões de meios humanos concretos: o estudo, o trabalho. (Forja, 841)

O cristão precisa de ter fome de saber. Desde o estudo dos saberes mais abstractos até à habilidade do artesão, tudo pode e deve conduzir a Deus. Efectivamente não há tarefa humana que não seja santificável, motivo para a nossa própria santificação e oportunidade para colaborar com Deus na santificação dos que nos rodeiam. A luz dos seguidores de Jesus Cristo não deve estar no fundo do vale, mas no cume da montanha para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus.
Trabalhar assim é oração. Estudar assim é oração. Investigar assim é oração. Nunca saímos afinal do mesmo: tudo é oração, tudo pode e deve levar-nos a Deus, alimentar a nossa intimidade contínua com Ele, da manhã à noite. Todo o trabalho honrado pode ser oração e todo o trabalho que é oração é apostolado. Deste modo, a alma fortalece-se numa unidade de vida simples e forte.
Vimos a realidade da vocação cristã, ou seja, como o Senhor confiou em nós para levar as almas à santidade, para as aproximar d'Ele, para as unir à Igreja e estender o reino de Deus a todos os corações. O Senhor quer-nos entregues, fiéis, dedicados, com amor. Quer-nos santos, muito seus. (Cristo que passa, nn. 10–11)

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