Dentro
do Evangelho – (cfr:
São Josemaria, Sulco 253)
(Re Mc X...)
Escutei que a Mãe dos filhos de Zebedeu dizia a
Jesus: «Faz com que estes
meus dois filhos se sentem no Teu Reino um à Tua direita e outro à Tua esquerda» e logo a seguir as manifestações de indignação
dos outros Dez.
Confesso que a mim me pareceu "absolutamente
normal" que aquela Mãe pedisse o melhor para os seus filhos.
Aqueles dois irmãos tinham sido os primeiros a
travar conhecimento com Jesus e, esse acontecimento foi de tal forma decisivo
para as suas vidas que no Evangelho que escreveu João refere a hora e o local.
A partir desse momento abandonam tudo e seguem
Jesus incondicionalmente. A principal, talvez, característica do seu carácter é
a confiança indefectível no Mestre e a defesa quase intransigente da Sua Pessoa
e da Sua Doutrina. Jesus têm-os como íntimos, compraz-se particularmente com a
sua companhia, não duvida dar-lhes qualquer missão sabendo que a levarão a cabo,
chama-lhes BOANERNEGES (Filhos do trovão).
Concede a Tiago a honra de ser o primeiro dos Doze
a dar a vida por Ele; se, no Céu, estão sentados à Sua direita ou à Sua esquerda
não me deve interessar sobremaneira, sei que ocupam dois dos doze lugares e moradas que Ele disse ter reservado. De facto, o Céu é um mistério que não está ao meu alcance
compreender já que, se o Céu consiste na visão beatífica de Deus em toda a Sua
Magestade e Glória, como entender que uns "vejam mais e outros menos"
mas, mais... o Céu é Etéreo, não ocupa lugar, daí que eu sou levado a presumir
que posso estar no Céu mesmo estando vivo embora o GOZO só se concretize no
Final dos Tempos.
Portanto concluo que pensar sobre o Céu, embora
seja conveniente e até atractivo, pode ser motivo para dúvidas e inquietações
que não me interessam agora ter, sob pena de pôr em risco a paz interior que me
é indispensável para viver como tenho de viver: com os olhos postos no Céu e os pés assentes na terra.
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