26/06/2015

O que pode ver em NUNC COEPI em Jun 26

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São Josemaria - Textos

Catequese (São Cirilo de Jerusalém), Espírito Santo, São Cirilo de Jerusalém

AMA - Comentários ao Evangelho Mt 8 1-4, Amigos de Deus (S. Josemaria), São Josemaria Escrivá

Milagre Eucarístico


Agenda Domingo

Milagre eucarístico

Os ladrões roubaram 351 hóstias, mas Deus quis mostrar seu poder!

E este é apenas um dos mais de 130 milagres eucarísticos documentados no mundo

Na Basílica de São Francisco, em Siena, Itália, 223 hóstias conservam-se intactas há mais de 276 anos.

A tal respeito, opinou o cientista Enrico Medi:

“Esta intervenção directa de Deus é o milagre (...), realizado e mantido enquanto tal milagrosamente durante séculos, para testemunhar a realidade permanente de Cristo no Sacramento Eucarístico”. O milagre aconteceu no dia 14 de Agosto de 1730. A mais antiga memória escrita do evento foi redigida no mesmo ano e assinada por um certo Macchi.

Nesse mesmo dia, ladrões infiltraram-se na basílica e roubaram o cibório, que continha 351 partículas consagradas.

Três dias depois, ou seja, em 17 de Agosto, todas as 351 partículas apareceram no cofre de esmolas do santuário de Santa Maria de Provenzano, para onde haviam sido atiradas. Porém ficaram misturadas com o pó acumulado no fundo do cofre.

O povo acorreu para comemorar a recuperação das santas hóstias, que foram levadas de volta em procissão à Basílica de São Francisco.

Transcorreram os anos e não se percebia sinal algum das alterações que naturalmente deveriam ocorrer.

Em 14 de Abril de 1780, o Superior Geral da Ordem Franciscana, Frei Carlo Vipera, consumiu uma das hóstias e comprovou que estava fresca e incorrupta. Como algumas delas haviam sido distribuídas em anos anteriores, o Superior ordenou então que as 230 restantes fossem guardadas num novo cibório e não fossem mais distribuídas.

Visando deitar luz no fen’omeno inexplicável, em 1789 o arcebispo de Siena, D. Tibério Borghese, guardou algumas hóstias não consagradas numa caixa em condições análogas às das hóstias consagradas.

Após dez anos, uma comissão de cientistas escolhidos especialmente para estudar o caso abriu a caixa e só encontrou vermes e fragmentos putrefactos.

Mas as hóstias consagradas conservavam-se como podem ser vistas até hoje, contrariando todas as leis físicas e biológicas.

Em 1850 foi feito um teste similar com os mesmos resultados.

Em diversas ocasiões, as hóstias foram analisadas por pessoas de confiança ou ilustres pelo seu saber e as conclusões sempre foram as mesmas: “As sagradas partículas ainda estão frescas, intactas, fisicamente incorruptas, quimicamente puras e não apresentam nenhum início de corrupção”.

A mais importante verificação aconteceu em 1914, quando o Papa São Pio X autorizou um exame no qual participaram numerosos professores de bromatologia, higiene, química e farmacêutica.

Os cientistas concluíram que as hóstias foram preparadas sem nenhuma precaução científica e que haviam sido guardadas em condições comuns, factores que deveriam tê-las levado a deteriorarem-se naturalmente. Porém, estavam em tão bom estado que podiam ser consumidas 184 anos depois do milagre.

Siro Grimaldi, professor na Universidade de Siena e director do Laboratório Químico Municipal, foi o principal cientista da comissão de 1914.

Escreveu um livro com detalhes preciosos sobre o milagre, intitulado Uno Scienziato Adora. Em 1914 declarou que “a farinha em grão é o melhor terreno de cultura de microrganismos, parasitas animais e vegetais, e fermentação láctica. As partículas de Siena estão em perfeito estado de conservação, contra as leis físicas e químicas, não obstante as condições de tudo desfavoráveis em que foram encontradas e conservadas. Um fenómeno absolutamente anormal: as leis da natureza foram invertidas. O vidro em que foram encontradas possui mofo, enquanto a farinha se revelou mais refractária do que o cristal”.

Em 1922 foram realizadas novas análises, por ocasião da transferência das hóstias para um cilindro de cristal de pedra puro, na presença no Cardeal Giovanni Tacci e do Arcebispo de Siena, de Montepulciano, de Foligno e de Grosseto. Os resultados foram os mesmos. Ainda houve novas análises em 1950 e 1951.
Em 5 de Agosto de 1951, cinco dias antes da festa do milagre, o tabernáculo foi alvo de um novo atentado, desta vez com um objectivo bem definido: acabar com as hóstias conservadas de modo sobrenatural.

Os profanadores subtraíram o relicário de ouro e espalharam as partículas do milagre pelo chão da capela. Porém, o dano foi nulo, e menos de um ano depois foram expostas novamente num novo relicário especial, onde hoje podem ser adoradas.

Durante uma visita pastoral efectuada à cidade de Siena, em 14 de Setembro de 1980, assim se manifestou João Paulo II diante das prodigiosas hóstias: “É a Presença!”

As milagrosas partículas permanecem na capela Piccolomini durante os meses de verão, e na capela Martinozzi nos meses de inverno.

Os cidadãos de Siena realizam numerosos actos em louvor das Santas Hóstias. Entre elas, a homenagem das Contradas, o obséquio oferecido pelas crianças que fazem a Primeira Comunhão, a solene procissão na festa de Corpus Christi, o septenário eucarístico de fim de Setembro e a adoração eucarística no dia 17 de cada mês, em lembrança da recuperação acontecida em 17 de Agosto de 1730.

Fonte: ALETEIA

Revisão da versão portuguesa por ama






Evangelho, comentário, L. Espiritual




Tempo comum XII Semana

São Josemaria Escrivá

Evangelho: Mt 8, 1-4

1 Tendo Jesus descido do monte, seguiu-O uma grande multidão.2 E eis que, aproximando-se um leproso, se prostrou, dizendo: «Senhor, se Tu quiseres, podes curar-me».3 Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo-lhe: «Quero, sê curado». E logo ficou curado da sua lepra.4 E Jesus disse-lhe: «Vê, não o digas a ninguém, mas vai, mostra-te ao sacerdote, e faz a oferta que Moisés preceituou em testemunho da tua cura».

Comentário:

Impressiona este diálogo tão simples entre o pobre leproso e Jesus Cristo.
Não são necessárias nem muitas palavras nem grandes gestos.

Uma a afirmação de fé:

«Senhor, se Tu quiseres, podes curar-me».

O gesto de misericórdia divina:

«Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo-lhe: Quero, sê curado»

(ama, comentário sobre Mt 8, 1-4, 2013.06.28)



Leitura espiritual



São Josemaria Escrivá

Amigos de Deus 1 a 9

1
           
Há muitos anos, íamos por uma estrada de Castela e vimos ao longe, no campo, uma cena que me impressionou e me serviu para fazer oração em muitas ocasiões: vários homens fixavam com força na terra as estacas que depois utilizaram para segurar verticalmente uma rede e formar o redil.
Mais tarde, chegaram àquele lugar os pastores com as ovelhas, com os cordeiros; chamavam-nos pelo nome e entravam um a um no aprisco, para estarem todos juntos, em segurança.

E hoje, meu Senhor, lembro-me de modo particular desses pastores e desse redil, porque todos os que nos encontramos aqui reunidos para conversar contigo - e muitos outros no mundo inteiro -, sabemo-nos metidos no teu rebanho.

Tu próprio disseste: Eu sou o Bom Pastor, conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-me.
Conheces-nos bem; sabes que queremos ouvir, estar sempre atentos aos teus assobios de Bom Pastor e corresponder-lhes porque a vida eterna é esta:

Que te conheçam a ti como um só Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.

Gosto tanto da imagem de Cristo rodeado à direita e à esquerda pelas suas ovelhas, que mandei colocá-la no oratório onde habitualmente celebro a Santa Missa; e fiz gravar noutros lugares, como despertador da presença de Deus, as palavras de Jesus: cognosco oves meas et cognoscunt me meae, para considerarmos a toda a hora que Ele nos repreende ou nos instrui e nos ensina como o pastor faz com a sua grei.
Vem, pois, muito a propósito esta recordação de terras de Castela.

2            
Deus quer-nos santos

Todos os que aqui estamos fazemos parte da família de Cristo, porque Ele mesmo nos escolheu antes da criação do mundo, por amor, para sermos santos e imaculados diante dele, o qual nos predestinou para sermos seus filhos adoptivos por meio de Jesus Cristo para sua glória, por sua livre vontade.
Esta escolha gratuita de que Nosso Senhor nos fez objecto, marca-nos um fim bem determinado: a santidade pessoal, como S. Paulo nos repete insistentemente: haec est voluntas Dei: sanctificatio vestra , esta é a vontade de Deus: a vossa santificação.

Portanto, não nos esqueçamos: estamos no redil do Mestre, para alcançar esse fim.

3
            
Não se apaga da minha memória uma ocasião - já passou muito tempo - em que fui rezar à Catedral de Valência e passei defronte da sepultura do Venerável Ridaura.
Contaram-me então que perguntavam a este sacerdote, quando já era muito idoso: quantos anos tem?
Ele, muito convencido, respondia-lhes em valenciano: poquets, pouquinhos! os que passei a servir a Deus.

Para muitos de vocês ainda se contam pelos dedos de uma mão os anos que passaram desde que se decidiram a ter mais intimidade com Nosso Senhor, a servi-lo no meio do mundo, no próprio ambiente e através da própria profissão ou ofício.
Este pormenor não tem muita importância; pelo contrário, interessa gravarmos a fogo na alma que o convite à santidade, feito por Jesus Cristo a todos os homens sem excepção, exige que cada um de nós cultive a vida interior, exercite diariamente as virtudes cristãs; e não de uma maneira qualquer, nem acima do normal, nem sequer de um modo excelente: devemos esforçar-nos até ao heroísmo, no sentido mais forte e radical da expressão.

4
           
A meta que proponho - ou melhor, a que Deus indica a todos - não é uma miragem ou um ideal inatingível: podia contar-vos tantos exemplos concretos de mulheres e de homens correntes, como vocês e como eu, que encontraram Jesus que passa quasi in occulto pelas encruzilhadas aparentemente mais vulgares e decidiram segui-lo, abraçando com amor a cruz de cada dia.
Nesta época de desmoronamento geral, de concessões e de desânimos, ou de libertinagem e de anarquia, parece-me ainda mais actual aquela convicção simples e profunda que, no princípio da minha actividade sacerdotal e sempre, me consumiu em desejos de comunicar à humanidade inteira: estas crises mundiais são crises de santos.

          
Vida interior: é uma exigência do chamamento que o Mestre fez à alma de todos.

Temos de ser santos - di-lo-ei com uma expressão castiça - da cabeça aos pés: cristãos de verdade, autênticos, canonizáveis; se não, fracassámos como discípulos do único Mestre.
Pensem também que Deus, ao reparar em nós, ao conceder-nos a sua graça para lutarmos por alcançar a santidade no meio do mundo, nos impõe também a obrigação do apostolado.
Compreendam que, até humanamente, como comenta um Padre da Igreja, a preocupação pelas almas brota como uma consequência lógica dessa escolha: quando descobris que algo vos foi proveitoso, tentais atrair os outros.
Tendes pois que desejar que outros vos acompanhem pelos caminhos de Nosso Senhor.
Se ides ao foro ou aos banhos e deparais com alguém que esteja desocupado, convidai-lo para que vos acompanhe.
Aplicai ao espiritual este costume terreno e, quando fordes a Deus, não o façais sós.

Se não queremos desperdiçar o tempo inutilmente - nem sequer com falsas desculpas das dificuldades exteriores do ambiente, que nunca faltaram desde o princípio do cristianismo - devemos ter muito presente que, de um modo normal, Jesus Cristo vinculou à vida interior a eficácia da nossa acção para arrastar os que nos rodeiam.
Cristo pôs a santidade como condição para a eficácia da acção apostólica; corrijo-me, o esforço da nossa fidelidade, porque na terra nunca seremos santos.
Parece inacreditável, mas Deus e os homens precisam que, da nossa parte, haja uma fidelidade sem condições, sem eufemismos, que chegue até às últimas consequências, sem mediocridade ou concessões, em plenitude de vocação cristã assumida e praticada com delicadeza.

         
Talvez entre vocês algum esteja a pensar que me refiro exclusivamente a um sector de pessoas selectas.
Não se deixem enganar tão facilmente, movidos pela cobardia ou pelo comodismo.
Pelo contrário, que cada um sinta a urgência divina de ser outro Cristo, ipse Christus, o próprio Cristo; em poucas palavras, a urgência de que a nossa conduta seja coerente com as normas da fé, pois a nossa santidade - a que temos de aspirar - não é uma santidade de segunda categoria, que não existe.
E o principal requisito que nos é pedido - bem conforme com a nossa natureza - consiste em amar: a caridade é o vínculo da perfeição; caridade que devemos praticar de acordo com as orientações explícitas que o próprio Senhor estabelece: amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com toda a tua mente, sem reservarmos nada para nós.

A santidade consiste nisto.

7    
       
É bem certo que se trata de um objectivo elevado e árduo. Mas não se esqueçam de que o santo não nasce: forja-se no jogo contínuo da graça divina e da correspondência humana.
Um dos escritores cristãos dos primeiros séculos adverte, referindo-se à união com Deus: Tudo o que se desenvolve começa por ser pequeno.
Ao alimentar-se gradualmente, com constantes progressos, é que chega a ser grande.
Por isso te digo que, se quiseres portar-te como um cristão coerente - sei que estás disposto a isso, embora te custe tantas vezes vencer-te ou puxar por esse pobre corpo - deves ter muito cuidado com os mais pequenos pormenores, porque a santidade que Nosso Senhor te exige atinge-se realizando com amor de Deus o trabalho e as obrigações de cada dia, que se compõem quase sempre de pequenas realidades.

          
Coisas pequenas e vida de infância

Pensando naqueles que, à medida que o tempo passa, ainda se dedicam a sonhar -em sonhos vãos e pueris, como Tartarin de Tarascon - com caçar leões nos corredores de casa, onde se calhar só há ratos e pouco mais, pensando neles, insisto, lembro a grandeza de actuar com espírito divino no cumprimento fiel das obrigações habituais de cada dia, com essas lutas que enchem Nosso Senhor de alegria e que só Ele e cada um de nós conhece.

Convençam-se de que normalmente não vão encontrar ocasiões para grandes façanhas, entre outros motivos porque não é habitual que surjam essas oportunidades.
Pelo contrário, não faltam ocasiões de demonstrar o amor a Jesus Cristo, através do que é pequeno, do normal.
A grandeza da alma também se demonstra nas coisas diminutas, comenta S. Jerónimo.
Não admiramos o Criador apenas no céu e na terra, no sol e no oceano, nos elefantes, camelos, bois, cavalos, leopardos, ursos e leões; mas também nos animais minúsculos como formigas, mosquitos, moscas, vermes e outros animais semelhantes, que distinguimos melhor pelos corpos do que pelos nomes: admiramos a mesma mestria tanto nos grandes como nos pequenos.
Assim, a alma que se dá a Deus dedica às coisas menores o mesmo fervor que às maiores.

          
Ao meditar as palavras de Nosso Senhor: Por amor deles santifico-me a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade, percebemos claramente o nosso único fim: a santificação, isto é, que temos de ser santos para santificar.
Simultaneamente, como tentação subtil, talvez nos assalte o pensamento de que muito poucos estamos decididos a responder a esse convite divino, além de nos vermos como instrumentos de muito fraca categoria.
É verdade, somos poucos, em comparação com o resto da humanidade e pessoalmente não valemos nada; mas a afirmação do Mestre ressoa com autoridade: o cristão é luz, sal, fermento do mundo e um pouco de fermento faz levedar toda a massa.
Precisamente por isso, tenho pregado sempre que nos interessam todas as almas - as cem que há num cento - sem nenhuma espécie de discriminações, com a certeza de que Jesus Cristo nos redimiu a todos e quer servir-se de alguns de nós, apesar da nossa nulidade pessoal, para darmos a conhecer esta salvação.


Um discípulo de Jesus nunca trata ninguém mal; chama erro ao erro, mas deve corrigir com afecto o que erra: se não, não pode ajudá-lo, não pode santificá-lo.
Temos que conviver, temos que compreender, temos que desculpar, temos que ser fraternos; e, como aconselhava S. João da Cruz, temos que pôr amor, onde não há amor, para tirar amor, sempre, mesmo nas circunstâncias aparentemente intranscendentes que o trabalho profissional e as relações familiares e sociais nos proporcionam.
Portanto, tu e eu vamos aproveitar até as oportunidades mais banais que se apresentarem à nossa volta, para santificá-las, para nos santificarmos e para santificar os que compartilham connosco os mesmos afãs quotidianos, sentindo nas nossas vidas o peso doce e sugestivo da co-redenção.

(cont)



Temas para meditar - 459

Espírito Santo – Actuação



A actuação do Espírito Santo na alma é suave a aprazível, a Sua experiência é agradável e prazenteira.

A Sua vinda traz consigo a bondade genuína do protector, pois vem salvar, curar ensinar, aconselhar, fortalecer e consolar.



(São cirilo de jerusalém, Catequese 16, sobre o Espírito Santo, 1)

Dóceis ao Espírito Santo

É Jesus Nosso Senhor que o quer: é preciso segui-lo de perto. Não há outro caminho. Esta é a obra do Espírito Santo em cada alma – na tua – e tens de ser dócil, para não pôr obstáculos ao teu Deus. (Forja, 860)

Para pôr em prática, ainda que seja de um modo muito genérico, um estilo de vida que nos anime a conviver com o Espírito Santo – e, ao mesmo tempo com o Pai e o Filho – numa verdadeira intimidade com o Paráclito, devemos firmar-nos em três realidades fundamentais: docilidade – digo-o mais uma vez – vida de oração, união com a Cruz.

Em primeiro lugar, docilidade – porque é o Espírito Santo que, com as suas inspirações, vai dando tom sobrenatural aos nossos pensamentos, desejos e obras. É Ele que nos impele a aderir à doutrina de Cristo e a assimilá-la em profundidade; que nos dá luz para tomar consciência da nossa vocação pessoal e força para realizar tudo o que Deus espera de nós. Se formos dóceis ao Espírito Santo, a imagem de Cristo ir-se-á formando, cada vez mais nítida, em nós e assim nos iremos aproximando cada vez mais de Deus Pai. Os que são conduzidos pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.


Se nos deixarmos guiar por esse princípio de vida, presente em nós, que é o Espírito Santo, a nossa vitalidade espiritual irá crescendo e abandonar-nos-emos nas mãos do nosso Pai Deus, com a mesma espontaneidade e confiança com que um menino se lança nos braços do pai. Se não vos tornardes como meninos, não entrareis no Reino dos Céus, disse o Senhor. É este o antigo e sempre actual caminho da infância espiritual, que não é sentimentalismo nem falta de maturidade humana, mas sim maioridade sobrenatural, que nos leva a aprofundar as maravilhas do amor divino, reconhecer a nossa pequenez e a identificar plenamente a nossa vontade com a de Deus. (Cristo que passa, 135)

Pequena agenda do cristão


Sexta-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?