A hipocrisia é um defeito terrível que Jesus Cristo veementemente condena
como com frequência os Evangelhos referem.
Pretender que nos tomem por alguém que não somos, aparentar virtudes que
não possuímos, dizer que não sabemos o que realmente conhecemos enfim,
deturpar, enganar, fingir são próprios de alguém detestável em quem não se pode
confiar o que for.
Amiúde somos levados a julgar, ou pelo menos, avaliar, as atitudes e
comportamentos dos outros.
Seria muito útil para nós pensar que esses outros terão a mesma atitude
connosco e tal deveria levar-nos a uma conduta irrepreensível.
O são critério deve
estar sempre presente quando se trata de falar de Deus aos outros.
É contraproducente
falar de Deus e de coisas santas - «as vossas pérolas» - a pessoas que
ou não sabem ou não têm qualquer interesse em saber e, nalguns casos –
bastantes infelizmente – as perguntas que possam fazer têm como intenção
encontrar argumentos de discussão e desafio.
Porque que, se de
facto quer ouvir para entender e saber deve estar disposto desde logo a assumir
as dificuldades, obstáculos e eventuais renúncias que o seguimento de Cristo
implica.
Transportar a cruz de
cada dia será sempre difícil pela «porta estreita» por isso mesmo muitos
preferem usar o caminho largo e fácil onde não são necessários nem esforços ou
sacrifícios.
A prudência é uma
virtude que devemos pedir com insistência sobretudo quando se trata de
responder a questões que, de algum modo, tenham a ver com a nossa Santa
Religião Cristã.
Já referimos algumas
vezes que nem todas as perguntas merecem resposta porque feitas com espírito
malévolo e intencionalmente crítico.
Ser prudentes no que
dizemos e também no que escrevemos e, em caso de dúvida, pedir conselho.
Sim, algumas vezes o
que escrevemos pode ou não ser adequado ou pela forma poderá ser
deficientemente interpretado.
Nós, cristãos, não
somos mestres em coisa nenhuma, «um só é
o Nosso Mestre» (cfr. Mt 2 3-8) como muito bem frisou Jesus
Cristo.
Faz parte da condição humana o exercer quase que de forma automática
pensamentos, obras e opiniões sobre os outros que se cruzam na nossa vida.
Nem sempre, evidentemente, sob o aspecto da crítica e reprovação, também o
fazemos para louvar e de alguma forma sublinhar algo que achamos bem e até
invejamos.
Pois seja qual for a intenção devemos abster-nos porque em caso algum fomos
constituídos juízes..
A hipocrisia merece
de Jesus Cristo veemente repúdio e, os Evangelhos, relatam várias ocasiões em
que esse repúdio constitui uma acusação claríssima.
De facto, o hipócrita
age como um actor, fingindo o que não é, oferecendo o que não tem, aconselhando
o que não pratica.
A hipocrisia pode espalhar-se
como uma praga sobretudo quando se quer alguma coisa ou atingir um fim seja de
que maneira for.
Ninguém pode dar o
que não tem ou aconselhar o que não sabe.
Ser verdadeiro e
honesto quer no procedimento quer nas intenções é o que deve caracterizar o
cristão. Este, além de merecer crédito no que diz, tem de convencer pelo
exemplo do que faz.
Solidez da Fé
Temos de encarar -
seriamente - a solidez da nossa fé.
Acreditamos porque é
nossa convicção, séria, intelectualmente honesta, ou "porque sim", é
tradição de família, algo que consideramos desde crianças?
Não há alternativa:
ou se verifica a primeira ou, então, a fé que julgamos ter não resistirá aos
embates e vicissitudes que a vida nos trará.
Pedir, pedir...
parece ser esta a atitude da criatura em relação ao seu Criador. E não é nem
demais nem ousadia porque foi O próprio Jesus Cristo Quem nos instruiu para que
o fizéssemos e, mais, pedíssemos perseverantemente, sem descanso.
De que precisamos? De
tudo, absolutamente porque por nós mesmos não podemos nada.
Não tenhamos medo de
pedir ou receio de pedirmos demais.
O Senhor sabe muito
bem o que realmente nos faz falta e, na Sua Infinita Sabedoria nos dará o que
entender que realmente precisamos.
Por vezes na nossa
vida surgem momentos em que estas palavras de Jesus Cristo nos levantam algumas
dúvidas.
Com efeito aquilo que
vimos pedindo há tanto tempo parece não ser atendido como se o Senhor estivesse
desinteressado.
Pensemos bem: será
que na verdade não nos concede o que pedimos?
Talvez o faça de
outra forma e não exactamente como pedimos como, por exemplo, a cura de uma
doença persistente que nos aflige.
Podemos, é verdade,
continuar na mesma situação e essa cura não surgir, mas, consideremos, se não
recebemos graça para suportar a doença, se os méritos que possamos obter com o
nosso sofrimento não serão “aplicados” onde ou em quem esteja mais necessitado,
se, no fim e ao cabo, a nossa doença não é caminho da nossa salvação?
Construir, construir…
É a tarefa de todos os homens que foi dada pelo Criador.
O quê e como?
Pois, com critério e empenho para que a construção seja não só estável como
duradoura.
E verdade, estamos de passagem, mas as nossas obras ficarão como testemunho
dessa passagem.
O Senhor contemplará o que construirmos e, se achar digno, habitará na
nossa morada.
Guardar a fé como um Tesouro, Pérolas Preciosas, é um dever de qualquer
cristão, como guardião fiel e Depósito Seguro das verdades reveladas por Cristo
Nosso Senhor.
A nossa Santa religião tem de ser preservada dos que a combatem usando por
vezes as próprias fraquezas dos que deviam protegê-la e actuando, por isso
mesmo, com eficácia.
Tenhamos a coragem e desassombro necessários para mantermos com firmeza as
nossas convicções alicerçadas nas verdades da nossa Santa Fé.
Com a confiança em Deus que a Fé
consolida, o homem nunca será vencido no seu caminhar para Deus.
Passamos pela vida
curta ou longa em permanente actividade de construtores.
Fazemos pontes entre
uns e outros tentando unir o que por qualquer motivo se separou, pomos de pé
leis e regras para reger a sociedade; fazemos o que muitos recusam por apatia
vergonha ou outro motivo qualquer e sobretudo construímos passo a passo uma
vida que desejamos exemplar não nos poupando a esforços ou por vezes
sacrifícios.
Bom... tudo isto é, deve ser o ideal da vida de um
cristão.
Mas se não nos
apoiarmos na oração constante e perseverante tudo isso carecerá da solidez
indispensável para resistir aos vendavais e tormentas que constantemente o
demónio levanta contra nós.
O poder da Fé converte quem a possui em alguém indestrutível, como que
imune às vicissitudes e perigos que podem deparar-se nesta vida.
Com a confiança em Deus que a Fé consolida, o homem nunca será vencido no
seu caminhar para Deus.
Com a sua vida bem assente nas bases da verdadeira fé, pode estar seguro
que cumpre o necessário para alcançar a vida eterna, ou seja, como o Senhor
afirma: «entrará no Reino do Céu, (…) aquele
que faz a vontade de meu Pai que está no Céu».
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