01/01/2019

O Santo Rosário é arma poderosa


O Santo Rosário é arma poderosa. Emprega-a com confiança e maravilhar-te-ás do resultado. (Caminho, 558)


Nas nossas relações com a nossa Mãe do Céu, existem também essas normas de piedade filial, que são modelo do nosso comportamento habitual com Ela. Muitos cristãos tornam seu o antigo costume do escapulário; ou adquirem o hábito de saudar (não são precisas palavras; o pensamento basta) as imagens de Maria que há em qualquer lar cristão ou que adornam as ruas de tantas cidades; ou dão vida a essa oração maravilhosa que é o Terço, em que a alma não se cansa de dizer sempre as mesmas coisas, como não se cansam os enamorados, e em que se aprende a reviver os momentos centrais da vida do Senhor; ou então habituam-se a dedicar à Senhora um dia da semana - precisamente este em que estamos reunidos: o sábado - oferecendo-lhe alguma pequena delicadeza e meditando mais especialmente na sua maternidade...
Há muitas outras devoções marianas que não é necessário recordar aqui neste momento. Nem todas têm de fazer parte da vida de cada cristão - crescer em vida sobrenatural é algo de muito diferente de ir amontoando devoções - mas devo afirmar ao mesmo tempo que não possui a plenitude da fé cristã quem não vive alguma delas, quem não manifesta de algum modo o seu amor a Maria. (Cristo que passa, 142)

El reto del amor

El Reto del amor






por El Reto Del Amor

Temas para reflectir e meditar

Se bem que se pudesse ter oposto à partida do filho, o pai não o fez. 

Permitiu-Lhe que tomasse o seu quinhão e partisse, pois não se pode obrigar alguém a amar. Sabemos quais foram as consequências da partida do filho, sabemos que foi caindo cada vez mais baixo e que a sua vida se foi tornando cada vez mais penosa.
No nosso comentário podemos procurar fazer valer certos elementos não expostos directamente na parábola. Podemos, por exemplo, supor que o pai tenha tomado conhecimento do que se passava com o filho mais novo pelos seus servidores, sabendo assim que ele quase morria à fome, que estava sem abrigo e que andava completamente perdido. Suponhamos que, querendo poupar o filho de tal sorte e de tal humilhação, o pai tenha decidido enviar um seu servidor, às claras ou em segredo, com uma bolsa de dinheiro, o que lhe permitiria levar '' uma vida normal, ou ainda o regresso à vida desregrada. 'Seria este tipo de ajuda que o pai poderia proporcionar repetidas vezes, capaz de provocar o regresso do filho? Tudo parece indicar que não. Quer isto dizer que, ao amar o filho, o pai não deveria protegê-lo das consequências do mal que o próprio filho desencadeara. Pelo contrário, o seu coração paternal devia arcar com o sofrimento infligido pelo filho. 

(Tadeus DajczerMeditações sobre a Fé, Paulus, 4ª Ed., pg. 86)

Pequena agenda do cristão


TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?





A oculta maravilha da vida interior

Até agora não tinhas compreendido a mensagem que nós, os cristãos, trazemos aos outros homens: a oculta maravilha da vida interior. Que mundo novo lhes estás pondo diante dos olhos! (Sulco, 654)

Quantas coisas novas descobriste! No entanto, às vezes és um ingénuo, e pensas que já viste tudo, que já sabes tudo... Depois, tocas com as tuas mãos a riqueza única e insondável dos tesouros do Senhor, que sempre te mostrará "coisas novas" se tu responderes com amor e delicadeza; e então compreendes que estás no princípio do caminho, porque a santidade consiste na identificação com Deus, com este nosso Deus, que é infinito, inesgotável! (Sulco, 655)

Deixemos de enganar-nos: Deus não é uma sombra, um ser longínquo, que nos cria e depois nos abandona; não é um amo que vai e depois não volta. Ainda que não o percebamos com os nossos sentidos, a sua existência é muito mais verdadeira que a de todas as realidades que tocamos e vemos. Deus está aqui connosco, presente, vivo! Vê-nos, ouve-nos, dirige-nos, e contempla as nossas menores acções, as nossas intenções mais ocultas.
Acreditamos nisto... mas vivemos como se Deus não existisse! Porque não temos para Ele um pensamento sequer, nem uma palavra; porque não Lhe obedecemos, nem procuramos dominar as nossas paixões; porque não Lhe manifestamos amor, nem O desagravamos...
Havemos de continuar a viver com uma fé morta? (Sulco, 658)

Evangelho e comentário


TEMPO DE NATAL 



Santa Maria Mãe de Deus


Evangelho: Lc 2, 16-21

16 Foram apressadamente e encontraram Maria, José e o menino deitado na manjedoura. 17 Depois de terem visto, começaram a divulgar o que lhes tinham dito a respeito daquele menino. 18 Todos os que ouviram se admiravam do que lhes diziam os pastores. 19 Quanto a Maria, conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração. 20 E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora anunciado. 21 Quando se completaram os oito dias, para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus indicado pelo anjo antes de ter sido concebido no seio materno.

Comentário:

A Santíssima Virgem não podia mais que, como diz o Evangelista, «conservar todos estes acontecimentos no seu coração» de tal forma o impacto deveria ser extraordinário para a jovem Mãe.

(As Mães quase sempre guardam memórias quase fotográficas do nascimento dos seus filhos.)

Mas ainda bem que assim foi porque pode transmitir ao Evangelista com pormenor, todos esses acontecimentos – antes e depois do Nascimento de Jesus – permitindo assim que chegasse até nós a maravilhosa “história” do princípio da nossa salvação.

(ama, comentário sobre Lc 2,16-21, 03.11.2016)

Leitura espiritual

Resultado de imagem para santificação do trabalhoLA SANTIFICACIÓN DEL TRABAJO

EL TRABAJO EN LA HISTORIA DE LA ESPIRITUALIDAD
Décima Edición revisada y actualizada*

PRÓLOGO

A mediados de 1964 trabajé en la preparación de un ensayo, que se publicó con el título La santificación del trabajo, tema de nuestro tiempo, primero en versión italiana en la revista romana „Studi cattolici“ [1], y poco después, en castellano -lengua en la que había sido redactado-, en Ediciones Palabra, donde inauguró la serie de los „Cuadernos Palabra“ [2].
El Concilio Vaticano II se encontraba entonces en pleno desarrollo y acababa de ser promulgada la Constitución Lumen gentium, en la que se proclamaban, de manera solemne, la llamada universal a la santidad, la plena participación de los laicos o seglares en la misión de la Iglesia, el valor cristiano de las realidades temporales o terrenas.
Al redactar aquellas páginas aspiraba a señalar la concordancia de esas enseñanzas magisteriales con el espíritu que animaba al Opus Dei desde su fundación, en 1928. Deseaba, además, ofrecer algunos datos que contribuyeran a poner de manifiesto el lugar y la trascendencia que cabe atribuir al Opus Dei en la historia de la espiritualidad cristiana, precisamente como consecuencia de su aportación en orden a la valoración de esa realidad, absolutamente capital para nuestro existir en el mundo, que es el trabajo, y más concretamente el trabajo profesional, es decir, el trabajo asumido como condición estable de vida, de la que depende la personal inserción en la sociedad de los hombres [3].
Dos años más tarde, al publicarse la tercera edición, rehíce algunas páginas, con la intención de mencionar algunos textos del Concilio Vaticano II, aprobados en noviembre y diciembre de 1965, y por tanto después del período de la primera redacción, en los que se habían hecho importantes referencias al tema del trabajo: el Decreto Apostolicam actuositatem y la Constitución Gaudium et spes. Se trató, sin embargo, de simples retoques, que no implicaron cambios importantes en el conjunto de la obra, puesto que una tal tarea me pareció entonces innecesaria. No ocurrió lo mismo en 1979, cuando realicé una revisión con vistas a la sexta edición, destinada a publicarse en 1980, ya que, en ese momento, consideré necesario proceder a una verdadera reelaboración. Me impulsaron a ello no solo el transcurso de los años, que implicaban una ampliación de las perspectivas, sino también, y especialmente, algunos acontecimientos de singular importancia en relación con el tema objeto de estudio: el fallecimiento del Fundador del Opus Dei, ocurrido el 26 de junio de 1975, y la posibilidad de disponer de fuentes nuevas, ya que, entre una y otra fecha (1965 y 1979), se habían publicado diversos escritos suyos.
Cuando redacté la primera versión de este ensayo, me basé, fundamentalmente, en el más conocido de los libros del Beato Josemaría Escrivá, Camino, y en algunos textos provenientes de sus Cartas, su catequesis y su predicación, que pude consultar. Entre 1966 y 1968, el Fundador del Opus Dei concedió a diversos periodistas europeos y americanos algunas entrevistas, que luego se recogieron en un volumen: Conversaciones con Mons. Escrivá de Balaguer (1a edición, 1968).
A partir también de esos años, empezó a preparar para su publicación algunas de las numerosas homilías que había predicado a lo largo de sus intensos años de actividad sacerdotal; como fruto de ese trabajo, se publicaron un total de 39 homilías, la mayoría de ellas recogidas en dos volúmenes: Es Cristo que pasa (1a edición, 1973) y Amigos de Dios (1a edición, 1977).
Ese amplio material invitaba a reemprender la tarea que había realizado catorce años antes. Afrontar ese reto de forma radical, reflejando toda la multitud de ideas, datos y matices que ofrecían las nuevas publicaciones a las que acabo de hacer referencia, hubiera supuesto prescindir por entero del ensayo primitivo y lanzarse a preparar un libro totalmente nuevo.
Durante algún tiempo me tentó ese pensamiento, pero acabé, no obstante, siguiendo otro camino, ya que consideré plenamente válido el ensayo de 1965 y me pareció que merecía la pena conservarlo. Me limite, pues, a completarlo y a ampliarlo, incluso con cierta extensión, pero manteniendo intactas no solo las líneas de fondo, sino el enfoque y la estructura.
Así lo señalé en el prólogo, fechado el 8 de diciembre de 1979, que preparé para la sexta edición, a partir de la cual decidí modificar el título para acortarlo y subrayar más lo substantivo y menos lo cronológico, llegando así al actual: La santificación del trabajo [4].
En octubre de 1999 recibí una carta de Ediciones Palabra en la que se me animaba a revisar el libro, para proceder a una nueva edición revisada. Volví a experimentar los mismos sentimientos que veinte años antes, agudizados por el acumularse de los años y de los sucesos, algunos de especial significación, de entre los que destaco tres: la publicación por Juan Pablo II el 14 de septiembre de 1981 de la Encíclica Laborem exercens, sin duda alguna el documento pontificio más importante en relación con el trabajo y su significación teológica y espiritual; la erección en 1982 del Opus Dei en Prelatura personal, completando así un proceso que, situado a nivel jurídico, presuponía, no obstante, un amplio trasfondo teológico; la Beatificación el 17 de mayo de 1992 de Josemaría Escrivá de Balaguer, con cuanto desde una perspectiva eclesial y espiritual implica un acontecimiento de ese tipo. No obstante, después de pensarlo detenidamente, me volví a reiterar en la decisión tomada dos décadas antes: revisar el texto de 1965, pero respetando no solo el esquema original -un capítulo primero de carácter introductorio, seguido de otros dos, más amplios, destinados a ofrecer una descripción de las líneas básicas del mensaje del Fundador del Opus Dei respecto a la santificación del trabajo-, sino también el tenor general de la obra. Y, en consecuencia, introducir algunos retoques y ampliaciones -también por lo que se refiere a la bibliografía-, pero sin pretender recoger ni la investigación de fuentes ni los desarrollos especulativos acontecidos con posterioridad.
En suma, decidí proceder no a una reelaboración, sino a una revisión. Tal es, pues, el libro que ahora se publica.
Al redactar el prólogo para la sexta edición, señalé que tenía la satisfacción de escribirlo en 1979, entre los cincuentenarios de dos fechas fundacionales del Opus Dei: el 2 de octubre de 1928, en el que el Beato Josemaría Escrivá vio con claridad la empresa fundacional -la promoción de la santidad en medio del mundo- a que Dios lo llamaba, y el 14 de febrero de 1930, en el que esa compresión fue completada al percibir que el fenómeno pastoral e institucional del Opus Dei debía estar abierto, en unidad de espíritu, no solo a varones, sino también a mujeres.
También ahora, de cara a esta edición, me es dado evocar una efemérides que merece ser expresamente señalada: la celebración, dentro de pocos meses, el 9 de enero del 2002, del primer centenario del nacimiento del Beato Josemaría Escrivá. Sirva, pues, este libro de homenaje a su figura y de contribución -así lo espero- a la difusión del mensaje que Dios le confió.
Pamplona, 19 de marzo del 2001
Festividad de San José


Capítulo I

EL TRABAJO, UN TEMA RECUPERADO POR LA TEOLOGIA ESPIRITUAL

„El carácter secular es propio y peculiar de los laicos... A los fieles corrientes pertenece por propia vocación buscar el reino de Dios tratando y ordenando según el querer de Dios los asuntos temporales. Viven en el mundo, es decir, en todas y cada una de las actividades de la vida familiar y social con las que su existencia forma un único tejido“1[5]. Con estas palabras, la Constitución Lumen gentium perfila, en su capítulo cuarto, las notas distintivas del laicado como elemento integrante del pueblo de Dios.
Superaba así el Concilio Vaticano II una descripción puramente negativa de la condición propia de los laicos (los que no son ni clérigos ni religiosos), para dar paso a una descripción positiva en la que se subrayan, de una parte, la pertenencia al pueblo de Dios y la incorporación a Cristo, y, de otra, la realización de una misión en el mundo, en el núcleo mismo de las estructuras temporales [6].
El esfuerzo de penetración teológica en la comprensión y descripción del laicado, que supuso la elaboración de la Constitución Lumen gentium y que se refleja a lo largo de todo el capítulo cuarto de esa Constitución, encuentra su lógica prolongación en el capítulo quinto: la llamada universal a la santidad. „Todos los fieles -proclama el Concilio-, cualquiera que sea el estado o régimen de su vida, están llamados a la plenitud de la vida cristiana y a la perfección de la caridad... Todos los fieles, en cualquier condición de vida, de oficio o de circunstancia, y precisamente por medio de todo eso, se pueden santificar cada día más, siempre que todo sea recibido con fe de la mano del Padre celestial; siempre que se coopere con la voluntad divina al manifestar a todos, incluso en un servicio temporal, la caridad con que Cristo amó al mundo“3[7].
Una frase resulta especialmente significativa dentro del párrafo que se acaba de citar: el inciso donde se aclara que no solo se puede aspirar a la santidad desde cualquier estado de vida, sino que debe aspirarse „precisamente por medio de ese estado de vida“. Poco antes, y aludiendo a quienes se dedican al trabajo manual, los Padres conciliares habían escrito: „los que viven entregados al trabajo, con frecuencia duro, conviene que a través de esa misma tarea humana busquen su perfección“ [8]. La conexión entre esas afirmaciones de la Constitución Lumen gentium es clara: si los seglares, por vocación divina, deben estar en las estructuras temporales, ha de ser ahí donde encuentren los medios para su santificación. El trabajo, la tarea humana, se presenta así como algo que se injerta hondamente en el terreno de lo sobrenatural [9].
Esta formulación de la Lumen gentium encuentra su aplicación y complemento en otros documentos conciliares, en los que se nos ofrecen los elementos centrales para una reflexión sobre el valor santificador del trabajo:
a) De una parte, en efecto, esos documentos recogen y glosan aquellos aspectos del dogma cristiano que fundamentan la dignidad del trabajo humano. Quizá ninguna frase más gráfica en este sentido que el siguiente párrafo de la Constitución Gaudium et spes: „Una cosa es cierta para los creyentes: que el trabajo humano, individual o colectivo, es decir el conjunto ingente de los esfuerzos realizados por el hombre a lo largo de los siglos para lograr mejores condiciones de vida, considerado en sí mismo, responde a la voluntad de Dios... Esta enseñanza vale igualmente para los quehaceres más ordinarios. Porque los hombres y mujeres que, mientras procuran el sustento para si y su familia, realizan su trabajo de forma que resulte provechoso y en servicio de la sociedad, con razón pueden pensar que con su trabajo desarrollan la obra del Creador, sirven al bien de sus hermanos y contribuyen de modo personal a que se cumplan los designios de Dios en la historia“ [10]. En suma, la actividad humana, el trabajo, forma parte del orden querido por Dios, que no es un orden estático, sino dinámico; un orden, pues, que refleja la perfección de Dios no solo por el mero hecho de ser, es decir, por su simple estar hecho, sino por su obrar [11].
b) De otra, esos mismos documentos prolongan esas perspectivas dogmáticas y cósmicas, que se acaban de señalar, para, ya a un nivel más inmediatamente antropológico, poner de manifiesto la importancia del trabajo para la perfección del hombre, también para su perfección sobrenatural. El documento del Vaticano II donde este aspecto se encuentra más desarrollado es el Decreto Apostolicam actuositatem, en los párrafos destinados a perfilar algunos de los rasgos generales de la vida espiritual de los seglares: „Los laicos deben servirse de estos auxilios (las diversas prácticas espirituales y la liturgia), de tal modo que, al cumplir como es debido las funciones propias del mundo en las circunstancias ordinarias de la vida, no separen la unión con Dios de su vida personal, sino que crezcan en esa unión realizando su trabajo según la voluntad de Dios... La vida espiritual de los laicos debe tomar su nota peculiar a partir del estado de matrimonio y familia, de celibato o viudedad, de la situación de enfermedad, de la actividad profesional y social. No dejen, pues, de cultivar con asiduidad las cualidades y dotes que, adecuadas a esas situaciones, les han sido dadas, y hagan uso de los dones recibidos en propiedad del Espíritu Santo“ [12].
El magisterio pontificio de los años transcurridos desde la celebración del Concilio Vaticano II ha reiterado y prolongado esas enseñanzas [13]. No es necesario proceder ahora a documentar ese hecho; nos limitaremos, pues, simplemente a algunas citas significativas de los dos pontífices que, junto con el breve pontificado de Juan Pablo I, cubren el lapso de tiempo que va desde la década de los sesenta hasta nuestros días, Pablo VI y Juan Pablo II.
En palabras breves e incisivas, Pablo VI en la Encíclica Populorum progressio -publicada, como se recordara, poco mas de un año después de la terminación del Vaticano II- ponía en relación trabajo y obra creadora: „Dios, habiendo adornado al hombre con el intelecto, el pensamiento y los sentidos, le ha dado los instrumentos necesarios para que, la obra que Él había incoado, en cierto modo la completara y perfeccionara“ [14]. Y, en otro momento, desde una perspectiva no ya dogmática sino espiritual, comentaba: „no solo hay que convertir la profesión en algo bueno, no solo se la debe santificar, sino que la misma profesión ha de ser considerada como santificante, como algo que perfecciona. No es necesario salirse del propio camino para mejorar, para ser digno del Evangelio y de Cristo. Basta quedarse allí, permanecer allí. Es decir: basta dedicar a los propios deberes esa atención y fidelidad que convierten al hombre en una persona buena, honesta, justa, ejemplar“[15].
Juan Pablo II ha desarrollado esas perspectivas, tanto las dogmáticas como las espirituales, en diversos momentos, y especialmente en uno de los documentos más emblemáticos de su pontificado, la Encíclica Laborem exercens. La densidad del documento -el más amplio de los dedicados al trabajo por el magisterio eclesiástico- nos exime de un comentario detenido. Limitémonos a recordar que toda la Encíclica quiere ser como una glosa del „evangelio“, es decir, de la buena nueva sobre el trabajo que implica la fe cristiana, en referencia a dos ejes fundamentales: la narración del Génesis sobre la creación del hombre como ser llamado a dominar la tierra y el testimonio de Jesucristo y la realidad concreta de su trabajo en Nazaret. De ahí la intensidad de muchas de sus frases sintéticas, de entre las que reproducimos una: „Si la Iglesia considera como deber suyo pronunciarse sobre el trabajo desde el punto de vista de su valor humano y del orden moral en el cual se encuadra (...), contemporáneamente ve como un deber suyo particular la formación de una espiritualidad del trabajo, que ayude a todos los hombres a acercarse a través de él a Dios, Creador y Redentor“[16].
El alcance doctrinal y la trascendencia histórica de afirmaciones como las que acabamos de citar se advertirá más claramente si recordamos que, apenas unos años antes, un lenguaje semejante hubiera resultado inconcebible: la teología espiritual ignoraba, en efecto, el tema del trabajo o, si lo mencionaba, era solo marginal o tangencialmente. Baste remitir a tres de los más conocidos manuales de teología espiritual de la época a la que aludimos. Tanquerey, en su Compendio de Teología Ascética y Mística (primera edición, 1923), apenas dedica tres páginas al tema de la santificación del trabajo, y eso dentro del capítulo titulado „Santificación de la vida de relación“. En Las tres edades de la vida interior, de Garrigou-Lagrange (primera edición, 1938), o en la Theologia spiritualis del profesor de la Gregoriana J. de Guibert (primera edición, 1937), del trabajo ni siquiera se habla; la misma suerte corre el tema de los deberes de estado. Los ejemplos podrían multiplicarse.
¿Cómo puede haberse producido ese olvido?, ¿qué factores lo explican? Aunque volveremos sobre algunos aspectos de este problema en páginas posteriores, podemos ya ahora apuntar un esbozo de respuesta, aludiendo a tres factores, entre otros que podrían mencionarse.
Ese olvido parece vinculado, en primer lugar, al influjo ejercido sobre la teología espiritual por planteamientos surgidos a partir de la experiencia monástico-religiosa. Expliquémonos bien. Todas las espiritualidades que a lo largo de los siglos han ido floreciendo en la Iglesia, se justifican por si mismas en la medida de su fidelidad al Evangelio, de la que es garantía la aprobación de la Jerarquía eclesiástica. Los fallos o carencias son imputables, más bien, a la reflexión teológica posterior, que, en más de una ocasión, puede haber pecado de unilateralidad, al no abordar el problema en su conjunto, por encerrarse en perspectivas parciales. Fue eso lo que, en nuestro caso concreto, condujo, durante bastante tiempo, a considerar la espiritualidad cristiana solo -o al menos preponderantemente- desde el prisma del apartamiento del mundo y no también desde la óptica propia de quien está inserto en él, olvidando o dejando de lado, en la práctica, los valores propios de la experiencia laical y, por tanto, el trabajo en cuanto actividad u ocupación secular[17].
La experiencia monástica -sea en general, sea especialmente en la tradición benedictina- implicaba, ciertamente, una valoración de la actividad manual. Y en los siglos medievales, el desarrollo de las corporaciones y de la sociedad en general apuntó en más de un momento a una valoración del trabajo profesional, que, en la época del Renacimiento y del humanismo, se amplió, incluso desde una perspectiva más formalmente especulativa. La ruptura del universo cristiano que se produjo a raíz de la reforma protestante, y la crispación de posturas en que esa ruptura desembocó, trajo consigo -y este es el segundo de los factores a los que deseábamos aludir- una paralización de esos gérmenes. La teología postridentina y barroca, que supo advertir y valorar otras realidades temporales, ignoró en cambio el trabajo e incluso, en más de un momento, se dejó condicionar por un aristocratismo que lo excluía o lo minusvaloraba.
Todo ello se vio agravado -tercer factor- por la fractura que, como consecuencia de un complejo proceso histórico, se produjo, a partir del siglo XVIII, entre mundo civil y mundo eclesiástico, entre filosofía y teología, entre vivir humano y espiritualidad cristiana. En la génesis y desarrollo de ese proceso influyeron realidades y planteamientos muy diversos, tanto positivos, como neutros o ambivalentes e incluso negativos. Sin entrar ahora en mayores precisiones [18], digamos solo, y de forma muy esquemática, que ese proceso desembocó en fractura como consecuencia de la presencia y la acción de ideologías, de cuño deísta o ateo, que conciben la vida humana como una realidad cerrada en sí misma, relegando, por tanto, la religión, y todo lo relacionado con ella, al orden de lo insignificante o, incluso, de lo perjudicial.

José Luis Illanes

(cont)



* Ediciones Palabra, S. A., 2001 P. de la Castellana, 210 - 28046 Madrid * Printed in Spain ISBN: 84-8239-533-5 Depósito legal: M. 12.251-2001
[1] 1 La santificazione del lavoro, tema del nostro tiempo, en «Studi cattolici» 57 (1965) 33-59.
[2] 2 Ediciones Palabra, Madrid 1966, 88 páginas.
[3] 3 He hecho ya referencia a la génesis de este ensayo, en el prólogo a otra de mis obras: Ante Dios y en el mundo. Apuntes para una teología del trabajo, Eunsa, Pamplona 1997, pp. 11-13.
[4] 4 Se publicó, siempre en Ediciones Palabra, en 1980, constando de 184 paginas.
* Ediciones Palabra, S. A., 2001 P. de la Castellana, 210 - 28046 Madrid * Printed in Spain ISBN: 84-8239-533-5 Depósito legal: M. 12.251-2001
[5] 1 CONC. VATICANO II, Const. Lumen gentium, n. 31.
[6] 2 Sobre la comprensión del laico o cristiano corriente que implican los textos del Concilio Vaticano lI, los desarrollos espirituales y los estudios que confluyeron en las declaraciones conciliares, así como los debates posteriores y la reafirmación y profundización en la doctrina del Vaticano II realizadas por la Asamblea del Sínodo de Obispos celebrado en 1987 y la sucesiva Exhortación apostólica Christifideles laici, puede encontrarse información y bibliografía en nuestro estudio La discusión teológica sobre la noción de laico, en „Scripta Theologica” 22 (1990) 771-789 (recogido después en J. L. ILLANES, Laicado y sacerdocio, Pamplona 2000).
[7] 3 CONC. VATICANO II, Const. Lumen gentium, nn. 40 y 41.
[8] 4 Ibid., n. 41.
[9] 5 Para un desarrollo de esa idea, ver nuestro estudio La llamada universal a la santidad, en „Nuestro Tiempo“ 162 (1967) 611-630, donde el tema es analizado teniendo a la vista precisamente textos tanto del Concilio Vaticano II como del Fundador del Opus Dei (recogido luego en J. L. ILLANES, Mundo y santidad, Madrid 1984, pp. 65-96).
[10] 6 CONC. VATICANO II, Const. Gaudium et spes, n. 34.
[11] 7 Cfr. SANTO TOMÁS DE AQUlNO, Summa Theologiae, 1, q. 103, a.6.
[12] 8 CONC. VATICANO II, Decr. Apostolicam actuositatem, n. 4.
[13] 9 Para un análisis más detenido de la enseñanza del Vaticano II, ver R. M. NUBIOLA, Trabajo y redención en la „Gaudium et spes“, Terrassa (Barcelona) 1993, y H. FITTE, Lavoro umano e redenzione. Riflessione teologica dalla „Gaudium et spes“ a la „Laborem exercens“, Roma 1996, en ambos casos con buena bibliografía.
[14] 10 PABLO VI, Enc. Populorum progressio, n. 27; ver también el n. 28 donde recuerda a la vez el carácter ambivalente que, como toda realidad temporal, intrahistórica, tiene el trabajo. La Populorum progressio fue promulgada el 26-III-1967.
[15] 11 ÍDEM, Discurso a la Asociación de Juristas Católicos, 15-XII-1963 (en Insegnamenti di Paolo VI, Tipografía Políglota Vaticana, I, 1963, p. 609). Como puede advertirse, el pasaje que citamos no es posterior sino contemporáneo del Vaticano II; textos posteriores del mismo pontífice, en H. FITTE, Lavoro umano e redenzione, cit., pp. 244-249.
[16] 12 JUAN PABLO II, Enc. Laborem exercens, n. 24. Sobre esta Encíclica, junto a nuestro ensayo Trabajo, historia y persona. Elementos para una teología del trabajo en la „Laborem exercens“, en „Scripta Theologica“ 15 (1983) 205-231 (recogido en J. L. ILLANES, Ante Dios y en el mundo. Apuntes para una teología del trabajo, Pamplona 1997, pp. 143-178), pueden consultarse, entre otros estudios, AA. VV., Estudios sobre la „Laborem exercens“, Madrid 1987; E. COLOM Y F. WURMSER, El trabajo en JUAN PABLO II, Madrid 1995; H. FITTE, Lavoro humano e redenzione, cit., pp. 251-273, con amplia bibliografía.
[17] 13 Durante largo tiempo, afirmaba Henri Sanson, „el aspecto ascético del trabajo ha ocultado su significación humana“ (Spiritualité de la vie active, Le Puy 1957, p. 212; ver también páginas 9-11). Jacques Maritain (Le paysan de la Garonne, París 1966, pp. 73-79; versión castellana: El campesino del Garona, Bilbao 1967, pp. 80-85) expresaba un juicio análogo afirmando que, por una errada interpretación del dicho de algunos grandes místicos -alude a la expresión „desprecio del mundo”- la teología espiritual ha estado afectada, en ocasiones de forma patente, otras larvada, por un maniqueísmo práctico que hacía imposible una apreciación positiva de las realidades seculares, y, por tanto, del trabajo profesional que el cristiano realiza en medio del mundo y sabiéndose parte del mundo.
[18] 14 De ese proceso, y más concretamente de la distinción entre secularización, secularidad y secularismo -por acudir a términos emblemáticos y usuales-, nos hemos ocupado ya con detalle en otros momentos, especialmente en Cristianismo, historia, mundo, Pamplona 1973, e Historia y sentido. Estudios de teología de la historia, Madrid 1997.