23/01/2018

Dois mil anos de espera do Senhor

Jesus ficou na Hóstia Santa por nós! Para permanecer ao nosso lado, para nos sustentar, para nos guiar. – E amor só se paga com amor. Como poderemos deixar de ir ao Sacrário, todos os dias, ainda que por uns minutos apenas, para Lhe levar a nossa saudação e o nosso amor de filhos e de irmãos? (Sulco, 686)


O nosso Deus decidiu ficar no Sacrário para nos alimentar, para nos fortalecer, para nos divinizar, para dar eficácia ao nosso trabalho e ao nosso esforço. Jesus é simultaneamente o semeador, a semente e o fruto da sementeira: o Pão da vida eterna.

(...) Assim espera o nosso amor, desde há quase dois mil anos. É muito tempo e não é muito tempo; porque, quando há amor, os dias voam.


Vem-me à memória uma encantadora poesia galega, uma das cantigas de Afonso X, o Sábio. É a lenda de um monge que, na sua simplicidade, suplicou a Santa Maria que o deixasse contemplar o céu, ainda que fosse só por um instante. A Virgem acolheu o seu desejo, e o bom monge foi levado ao Paraíso. Quando regressou, não reconhecia nenhum dos moradores do mosteiro: a sua oração, que lhe tinha parecido brevíssima, tinha durado três séculos. Três séculos não são nada, para um coração que ama. Assim compreendo eu esses dois mil anos de espera do Senhor na Eucaristia. É a espera de Deus, que ama os homens, que nos procura, que nos quer tal como somos – limitados, egoístas, inconstantes – mas com capacidade para descobrirmos o seu carinho infinito e para nos entregarmos inteiramente a Ele. (Cristo que passa, 151)

Temas para reflectir e meditar

Soberba


O homem dominado pela soberba é um ladrão pior que os outros, porque rouba não bens terrenos, mas a glória de Deus (...).

Com efeito, segundo o Apóstolo, "por nós mesmos não podemos fazer obra boa, nem sequer ter um bom pensamento" (cf. 2 Cor 3, 5) (...). E já que isto é assim, quando fizermos algum bem, digamos ao Senhor:

Devolvemos-te, Senhor, o que da Tua mão recebemos (1 Cron. 29, 14).


(SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO, Selva de matérias predicables, 2 6, trad AMA)



Evangelho e comentário

Tempo Comum


Evangelho: Mc 3, 31-35

31 Nisto chegam sua mãe e seus irmãos que, ficando do lado de fora, o mandam chamar. 32 A multidão estava sentada em volta dele, quando lhe disseram: «Estão lá fora a tua mãe e os teus irmãos que te procuram.» 33 Ele respondeu: «Quem são minha mãe e meus irmãos?» 34 E, percorrendo com o olhar os que estavam sentados à volta dele, disse: «Aí estão minha mãe e meus irmãos. 35 Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe.»

Comentário:

Talvez que nem sempre nos demos conta da extraordinária importância – poderia dizer nobreza – da nossa condição humana:
Termos Jesus Cristo como amigo íntimo porque assim nos quer em máximo grau: deu a vida por todos e cada um de nós; mas, mais que isso, que já é muito, sermos da Sua Família como Sua Santíssima Mãe.
Ela gerou-O no seu seio virginal e, a nós, no seu incomensurável amor.

(ama, comentário sobre Mc 3, 31-35, Malta, 28.01.2015)








Leitura espiritual

CAPÍTULO IV

«ELE É O VERDADEIRO DEUS
                          E A VIDA ETERNA»            

Divindade de Cristo e anúncio da eternidade

3. Passar do dogma para a vida

4. Eternidade, eternidade!

…/2

Secularismo significa esquecer, ou pôr entre parêntesis, o desejo eterno do homem, agarrando-se exclusivamente ao ”saeculum”, isto é, ao tempo presente e a este mundo.
É considerado a heresia mais difundida e insidiosa da era moderna e, infelizmente, de um modo ou de outro, todos somos ameaçados por ele.
Também nós que, em teoria, lutamos contra o secularismo somos frequentemente seus cúmplices ou vítimas.
Somos “mundanizados”; perdemos o sentido, o gosto e a familiaridade daquilo que é eterno.
Sobre a palavra “eternidade”, ou “o além” (que é o seu equivalente em termos espaciais”, desabou primeiramente a conjectura marxista, segundo a qual desvia do compromisso histórico para transformara o mundo e melhorar as condições da vida presente e é, por isso, uma espécie de alibi e de evasão.
Pouco a pouco, com a desconfiança, caiu sobre ela o esquecimento e o silêncio.
O materialismo e o consumismo fizeram o resto na sociedade opulenta, fazendo até parecer estranho ou quase inconveniente que se fale ainda de eternidade entre pessoas cultas e que acompanham a evolução dos tempos.
Que é que hoje ousa ainda falar dos “Novíssimos”, isto é, das últimas coisas – Morte, Juízo, Inferno, Paraízo – que são, respectivamente, o começo e as formas da eternidade?
Quando foi que nós ouvimos a última pregação sobre avida eterna?
E, no entanto, pode dizer-se que Jesus, no Evangelho, não fala de outra coisa.

Qual é a consequência prática deste eclipse a ideia de eternidade?
S. Paulo refere a intenção daqueles que não creem na ressurreição da morte:
«Comamos, bebamos, que amanhã morreremos» [i].
O desejo natural de viver “sempre”, deformado, torna-se desejo, ou frenesim, de viver “bem”, isto é, agradavelmente.
A qualidade resolve-se na quantidade.
Acaba por faltar uma das motivações mais eficazes da vida moral.

Este enfraquecimento da ideia de eternidade não se processa, por ventura, do mesmo modo, em todos os crentes e não leva a uma conclusão tão grosseira como a que é referida pelo Apóstolo; mas opera também neles, diminuindo-lhes sobretudo a capacidade para enfrentar o sofrimento com coragem.
Imaginemos um homem com uma balança na mão: uma daquelas balanças que se seguram com uma só mão e têm num lado um prato em que se colocam os objectos e, no outro, uma barra a qual regista o peso ou a medida,
Se cair por terra ou se se perder a medida, tudo aquilo que se coloca no prato faz levantar a barra e fazer pender a balança.
A mais ínfima coisa adquire supremacia, até mesmo um punhado de penas [ii].

Pois bem, assim somos nós, pois que a isso estamos limitados.
Perdemos o peso, a medida de tudo o que é a eternidade e, assim, as coisas e os sofrimentos deste mundo deitam facilmente por terra a nossa alma.
Tuod nos parece demasiado pequeno e excessivo.
Jesus dizia:
«Se a tua mão te escandaliza, corta-a; se o teu olho te escandaliza, arranca-o, é melhor para ti entrar na vida com uma só mão ou um só olho, do que, tendo as duas mãos ou os dois olhos, seres lançado no fogo eterno [iii]»
Vê-se aqui como actua a medida da eternidade quando ela está presente e operante, e o que ela é capaz de estimular.
Nós, porém, tendo perdido de vista a eternidade, achamos até excessivo que nos seja pedido para fecharmos os olhos perante um espectáculo inconveniente.

Ao contrário, quando estiveres prostrado, ao ponto de te sentires esmagado pelas tribulações, lança com a fé, para o outro lado da balança, o peso desmesurado que é o pensamento da eternidade; verás, então, que o peso das agruras se tornará mais leve e suportável.
Digamos a nós mesmos:
“Que é isto comparado com a eternidade? Mil anos são como um só dia” [iv].
São “como o dia de ontem que passou, como um turno da vigília da noite” [v].
Mas porque digo eu “um só dia”?
São um instante, ainda menos que um sopro.

A propósito de pesos e de medidas, recordemos o que diz S. Paulo a quem coube a sorte de ter de sofrer uma medida invulgarmente abundante.
“Porque o que presentemente é para nós tribulação momentânea e ligeira, produz em nós um peso eterno de uma extraordinária e incomparável glória, não atendendo nós às coisas que se vêm, mas sim às que se não vêm; porque as coisas que se vêm são passageiras e as que se não vêm são eternas” [vi].
O peso da tribulação é “ligeiro” precisamente porque é momentâneo, e o peso da glória é “extraordinário” porque é “eterno”.
Por isso o próprio Apóstolo pôde dizer:
«Eu tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não têm comparação com a glória vindoura, que se manifestará em nós»[vii].


(cont)
rainiero cantalamessa, Pregador da Casa Pontifícia.





[i] 1Cor 15,32
[ii] Cfr. S. Kierkegaard, O Evangelho do sofrimento,  6
[iii] Cfr. Mt 18,8-9
[iv] 2 Pd 3,8
[v] Sl, 90,4
[vi] 2Cor 4,17-18
[vii] Rm 8,18

Doutrina – 395

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ
SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ
CAPÍTULO TERCEIRO

CREIO NA SANTA IGREJA CATÓLICA

A Igreja é una, santa, católica e apostólica

173. Como é que a Igreja é missionária?



Guiada pelo Espírito Santo, a Igreja continua no curso da história a missão do próprio Cristo. Os cristãos, portanto, devem anunciar a todos a Boa Nova trazida por Cristo, seguindo o seu caminho, dispostos também ao sacrifício de si mesmos até ao martírio.

Hoy el reto del amor es que tú también seas luz.

LA LUZ PASCUAL  

Una de las ocupaciones de las sacristanas al acabar cada celebración es "arreglar las velas". Es muy importante: aparte de prolongar su duración, también mantienen su calidad y dignidad.

Cuando las velas del altar terminan su función, por todo el tiempo que han estado prendidas, la mecha de cada vela se hace grande, consumiendo cada vez más cera, y produciendo humo, que afecta a las gargantas.

El remedio lleva unos minutos, pero es muy sencillo. Las sacristanas soplamos con cuidado la vela y, acto seguido, se recorta un poquito la mecha, se añade algo de cera... ¡y listo!

Sin embargo, ahora que estamos en Pascua, nuestra misión se amplía de forma especial: arreglar el Cirio Pascual.

Se trata de un "ritual" constante que deseo aprovechar: cojo el Cirio y lo saco de la capilla a la sacristía, para poder trabajar mejor.

Cuando, después de Laudes, llevo el Cirio a la sacristía, apenas llegan los primeros rayos del nuevo amanecer. El Cirio va iluminando el pasillo con su luz cálida, vibrante, alegre.

Cada paseo con él en las manos siento que es acercamiento a Cristo Resucitado. Al llevarlo con reverencia y cariño, voy reviviendo la obra que hace el Señor con nosotros.

Él, la columna de fuego sólida y firme, está ofreciéndonos la Vida, iluminando y calentando nuestro corazón, cantando en cada Aleluya que nos ama. Podemos ver que todo es oscuridad a nuestro alrededor, pero Cristo es el Fuego vivo que nunca se apaga. Por muy densas que sean las tinieblas, Él siempre nos ilumina el siguiente paso. Yendo de su mano, ¡siempre estamos rodeados de luz!

Por eso, hoy el reto del amor es que tú también seas luz. Te invito a que pares unos minutos con Cristo antes de empezar tu Jornada. Pídele poder sentir su Presencia a tu lado todo el día... ¡y trasmite su luz! De la mano del Señor, hoy sonríe a tres personas. ¡Puede ser el rayo de luz que ilumine su día!


VIVE DE CRISTO

Pequena agenda do cristão


TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?