Publicações de hoje
Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
30/03/2014
Evangelho diário e comentário
Tempo de Quaresma Semana IV |
1 Passando Jesus, viu um homem cego de
nascença. 2 Os Seus discípulos perguntaram-Lhe: «Mestre, quem pecou, este ou os
seus pais, para que nascesse cego?». 3 Jesus respondeu: «Nem ele nem seus pais
pecaram; mas foi para se manifestarem nele as obras de Deus. 4 Importa que Eu
faça as obras d'Aquele que Me enviou enquanto é dia; vem a noite, quando
ninguém pode trabalhar. 5 Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo». 6 Dito
isto, cuspiu no chão, fez lodo com a saliva, e ungiu com o lodo os olhos do
cego. 7 Depois disse-lhe: «Vai, lava-te na piscina de Siloé!», que quer dizer
“Enviado”. Foi, lavou-se e voltou com vista. 8 Então os seus vizinhos e os que
o tinham visto antes a mendigar diziam: «Não é este aquele que estava sentado e
pedia esmola?». Uns diziam: «É este!». 9 Outros, porém: «Não é, mas é outro,
que se parece com ele!». Porém ele dizia: «Sou eu mesmo!». 10 Perguntaram-lhe:
«Como se abriram os teus olhos?». 11 Ele respondeu: «Aquele homem, que se chama
Jesus, fez lodo, ungiu os meus olhos e disse-me: Vai à piscina de Siloé e
lava-te. Fui, lavei-me e vejo». 12 Perguntaram-lhe: «Onde está Ele?».
Respondeu: «Não sei». 13 Levaram aos fariseus o que tinha sido cego. 14 Ora era
dia de sábado quando Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos. 15 Perguntaram-lhe,
pois, também os fariseus de que modo tinha adquirido a vista. Respondeu-lhes:
«Pôs-me lodo sobre os olhos, lavei-me e vejo». 16 Então, alguns fariseus
diziam: «Este homem, que não guarda o sábado, não é de Deus». Porém, outros
diziam: «Como pode um homem pecador fazer tais prodígios?». E havia desacordo
entre eles. 17 Disseram, por isso, novamente ao cego: «Tu que dizes d'Aquele
que te abriu os olhos?». Ele respondeu: «Que é um profeta!». 18 Mas os judeus
não acreditaram que ele tivesse sido cego e recuperado a vista, enquanto não
chamaram os pais. 19 Interrogaram-nos: «É este o vosso filho, que dizeis que nasceu
cego? Como vê, pois, agora?». 20 Seus pais responderam: «Sabemos que este é
nosso filho e que nasceu cego; 21 mas não sabemos como ele agora vê e também
não sabemos quem lhe abriu os olhos; perguntai-o a ele mesmo. Tem idade; ele
próprio fale de si!». 22 Seus pais falaram assim porque tinham medo dos judeus;
porque estes tinham combinado que, se alguém confessasse que Jesus era o
Messias, fosse expulso da sinagoga. 23 Por isso é que os pais disseram: «Ele
tem idade, interrogai-o a ele!». 24 Tornaram, pois, a chamar o homem que tinha
sido cego e disseram-lhe: «Dá glória a Deus! Nós sabemos que esse homem é um
pecador». 25 Então disse-lhes ele: «Se é pecador, não sei; o que sei é que eu
era cego, e agora vejo». 26 Disseram-lhe pois: «Que é que Ele te fez? Como te
abriu os olhos?». 27 Respondeu-lhes: «Eu já vo-lo disse e vós não me destes
atenção; porque o quereis ouvir novamente? Quereis, porventura, fazer-vos
também Seus discípulos?». 28 Então, injuriaram-no e disseram: «Discípulo d'Ele
sejas tu; nós somos discípulos de Moisés. 29 Sabemos que Deus falou a Moisés;
mas Este não sabemos donde é».30 O homem respondeu-lhes: «É de admirar que vós
não saibais donde Ele é, e que me tenha aberto os olhos. 31 Nós sabemos que Deus
não ouve os pecadores; mas quem honra a Deus e faz a Sua vontade, esse é ouvido
por Deus. 32 Desde que existe o mundo, nunca se ouviu dizer que alguém abrisse
os olhos a um cego de nascença. 33 Se Este não fosse de Deus, não podia fazer
nada». 34 Responderam-lhe: «Tu nasceste coberto de pecados e queres
ensinar-nos?». E lançaram-no fora. 35 Jesus ouviu dizer que o tinham lançado
fora e, tendo-o encontrado, disse-lhe: «Tu crês no Filho de Deus?». 36 Ele
respondeu: «Quem é, Senhor, para eu acreditar n'Ele?». 37 Jesus disse-lhe:
«Estás a vê-l'O; é Aquele mesmo que fala contigo». 38 Então ele disse: «Creio,
Senhor!». E O adorou. 39 Jesus disse: «Eu vim a este mundo para exercer um
justo juízo, a fim de que os que não vêem vejam, e os que vêem se tornem cegos».
40 Ouviram isto alguns dos fariseus que estavam com Ele, e disseram-Lhe:
«Porventura também nós somos cegos?». 41 Jesus disse-lhes: «Se vós fosseis
cegos, não teríeis culpa; mas, pelo contrário, vós dizeis: Nós vemos! E
permanece o vosso pecado».
Comentário:
Parece um pouco enigmática esta frase de Jesus
Cristo: «Eu
vim a este mundo para exercer um justo juízo, a fim de que os que não veem
vejam, e os que veem se tornem cegos»!
Atente-se porém, que o Senhor se dirigia
expressamente ao cego de nascença, agora curado, e aos fariseus.
O primeiro, de facto não via e passou a ver
porque acreditou;
Os segundos pretendiam ver mas não podiam porque
os preconceitos e falta de critério os impediam.
Ou seja:
Quem quer ver tem, forçosamente, de acreditar
quando não continua nas trevas.
(ama, comentário sobre Jo 4, 1-11, 2014.012.24)
Leitura espiritual para Mar 30
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemaria, Caminho 116)
Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.
1 Aproximavam-se d'Ele os publicanos e
os pecadores para O ouvir. 2 Os fariseus e os escribas murmuravam,
dizendo: «Este recebe os pecadores e come com eles». 3 Então
propôs-lhes esta parábola: 4 «Qual de vós, tendo cem ovelhas, se
perde uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto, para ir procurar a que
se tinha perdido, até que a encontre? 5 E, tendo-a encontrado, a põe
sobre os ombros todo contente 6 e, indo para casa, chama os seus
amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha
ovelha que se tinha perdido. 7 Digo-vos que, do mesmo modo, haverá
maior alegria no céu por um pecador que fizer penitência que por noventa e nove
justos que não têm necessidade de penitência». 8 «Ou qual é a mulher
que, tendo dez dracmas, e perdendo uma, não acende a candeia, não varre a casa,
e não procura diligentemente até que a encontre? 9 E que, depois de
a achar, não convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque
encontrei a dracma que tinha perdido. 10 Assim vos digo Eu que
haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que faça penitência». 11
Disse mais: «Um homem tinha dois filhos. 12 O mais novo disse ao
pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. O pai repartiu entre eles os
bens. 13 Passados poucos dias, juntando tudo o que era seu, o filho
mais novo partiu para uma terra distante e lá dissipou os seus bens vivendo
dissolutamente. 14 Depois de ter consumido tudo, houve naquele país
uma grande fome e ele começou a passar necessidade. 15 Foi pôr-se ao
serviço de um habitante daquela terra, que o mandou para os seus campos guardar
porcos. 16 «Desejava encher o seu ventre das alfarrobas que os
porcos comiam, mas ninguém lhas dava. 17 Tendo entrado em si, disse:
Quantos jornaleiros há em casa de meu pai que têm pão em abundância e eu aqui
morro de fome! 18 Levantar-me-ei, irei ter com meu pai, e
dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e contra ti, 19 já não sou
digno de ser chamado teu filho, trata-me como um dos teus jornaleiros. 20
«Levantou-se e foi ter com o pai. Quando ele estava ainda longe, o pai viu-o,
ficou movido de compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e beijou-o. 21
O filho disse-lhe: Pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de
ser chamado teu filho. 22 Porém, o pai disse aos servos: Trazei
depressa o vestido mais precioso, vesti-lho, metei-lhe um anel no dedo e os
sapatos nos pés. 23 Trazei também um vitelo gordo e matai-o. Comamos
e façamos festa, 24 porque este meu filho estava morto, e reviveu;
tinha-se perdido, e foi encontrado. E começaram a festa. 25 «Ora o
filho mais velho estava no campo. Quando voltou, ao aproximar-se de casa, ouviu
a música e os coros. 26 Chamou um dos servos, e perguntou-lhe que
era aquilo. 27 Este disse-lhe: Teu irmão voltou e teu pai mandou
matar o vitelo gordo, porque o recuperou com saúde. 28 Ele
indignou-se, e não queria entrar. Mas o pai, saindo, começou a pedir-lhe. 29
Ele, porém, respondeu ao pai: Há tantos anos que te sirvo, nunca transgredi
nenhuma ordem tua e nunca me deste um cabrito para eu me banquetear com os meus
amigos, 30 mas logo que veio esse teu filho, que devorou os seus
bens com meretrizes, mandaste-lhe matar o vitelo gordo. 31 Seu pai
disse-lhe: Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu. 32
Era, porém, justo que houvesse banquete e festa, porque este teu irmão estava
morto e reviveu; tinha-se perdido e foi encontrado».
CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA
LUMEN GENTIUM
SOBRE A IGREJA
CAPÍTULO
VII
A ÍNDOLE ESCATOLÓGICA DA
IGREJA PEREGRINA E A SUA UNIÃO COM A IGREJA CELESTE
Expressões
dessa união:
Orações
pelos defuntos, culto dos santos
50.
Reconhecendo claramente esta comunicação de todo o Corpo místico de Cristo, a
Igreja dos que ainda peregrinam, cultivou com muita piedade desde os primeiros
tempos do Cristianismo a memória dos defuntos (151) e, «porque é
coisa santa e salutar rezar pelos mortos, para que sejam absolvidos de seus
pecados» (2 Mac. 12,46), por eles ofereceu também sufrágios. Mas, os apóstolos
e mártires de Cristo que, derramando o próprio sangue, deram o supremo
testemunho de fé e de caridade, sempre a Igreja acreditou estarem mais ligados
connosco em Cristo, os venerou com particular afecto, juntamente com a
Bem-aventurada Virgem Maria e os santos Anjos (152) e implorou o
auxílio da sua intercessão. Aos quais bem depressa foram associados outros, que
mais de perto imitaram a virgindade e pobreza de Cristo (153) e,
finalmente, outros, cuja perfeição nas virtudes cristãs (154) e os
carismas divinos recomendavam à piedosa devoção dos fiéis (155).
Com
efeito, a vida daqueles que fielmente seguiram a Cristo, é um novo motivo que
nos entusiasma a buscar a cidade futura (cfr. Hebr. 14,14, 11,10) e, ao mesmo tempo,
nos ensina um caminho seguro, pelo qual, por entre as efémeras realidades deste
mundo e segundo o estado e condição próprios de cada um, podemos chegar à união
perfeita com Cristo, na qual consiste a santidade (156). É sobretudo
na vida daqueles que, participando connosco da natureza humana, se transformam,
porém, mais perfeitamente à imagem de Cristo, (cfr. 2 Cor. 3,18) que Deus
revela aos homens, de maneira mais viva, a Sua presença e a Sua face. Neles nos
fala, e nos dá um sinal do Seu reino (157), para o qual, rodeados de
uma tão grande nuvem de testemunhas (cfr. Hebr. 12,1) e tendo uma tal afirmação
da verdade do Evangelho, somos fortemente atraídos.
Porém,
não é só por causa de seu exemplo que veneramos a memória dos bem-aventurados,
mas ainda mais para que a união de toda a Igreja aumente com o exercício da
caridade fraterna (cfr. Ef. 4, 1-6). Pois, assim como a comunhão cristã entre
os peregrinos nos aproxima mais de Cristo, assim a comunhão com os santos nos
une a Cristo, de quem procedem, como de fonte e cabeça, toda a graça e ã
própria vida do Povo de Deus (158).
É,
portanto, muito justo que amemos estes amigos e co-herdeiros de Jesus Cristo,
nossos irmãos e grandes benfeitores, que dêmos a Deus, por eles, as devidas
graças (159), «lhes dirijamos as nossas súplicas e recorramos às
suas orações, ajuda e patrocínio, para obter de Deus os benefícios, por Seu
Filho Jesus Cristo, Nosso Senhor e Redentor e Salvador único» (160)
Porque todo o genuíno testemunho de veneração que prestamos aos santos, tende e
leva, por sua mesma natureza, a Cristo, que é a «coroa de todos os santos» (161)
e, por Ele, a Deus, que é admirável nos seus santos e neles é glorificado (162).
Mas
a nossa união com a Igreja celeste realiza-se de modo mais sublime quando, sobretudo
na sagrada Liturgia, na qual a virtude do Espírito Santo actua sobre nós
através dos sinais sacramentais, concelebramos em comum exultação os louvores
da divina Majestade (163) e, todos de todas as tribos, línguas e
povos, remidos no sangue de Cristo (cfr. Apoc. 5,9) e reunidos numa única
Igreja, engrandecemos com um único canto de louvor o Deus uno e trino. Assim,
ao celebrar o sacrifício eucarístico, unimo-nos no mais alto grau ao culto da
Igreja celeste, comungando e venerando a memória, primeiramente da gloriosa
sempre Virgem Maria, de S. José, dos santos Apóstolos e mártires e de todos os
santos (164).
Unidade
no amor e na Liturgia
51.
Esta venerável fé dos nossos maiores acerca da nossa união vital com os irmãos
que já estão na glória celeste ou que, após a morte, estão ainda em
purificação, aceita-a este sagrado Concílio com muita piedade e de novo propõe
os decretos dos sagrados Concílios Niceno II (165), Florentino (166)
e Tridentino (167). Ao mesmo tempo, com solicitude pastoral, exorta
todos aqueles a quem isto diz respeito a esforçarem-se por desterrar ou
corrigir os abusos, excessos ou defeitos que porventura tenham surgido aqui ou
além, e tudo restaurem para maior glória de Cristo e de Deus. Ensinem,
portanto, aos fiéis que o verdadeiro culto dos santos não consiste tanto na
multiplicação dos actos externos quanto na intensidade do nosso amor efectivo,
pelo qual, para maior bem nosso e da Igreja, procuramos «na vida dos santos um
exemplo, na comunhão com eles uma participação, e na sua intercessão uma ajuda»
(168). Por outro lado, mostrem aos fiéis que as nossas relações com
os bem-aventurados, quando concebidas à luz da fé, de modo algum diminuem o
culto de adoração prestado a Deus pai por Cristo, no Espírito, mas pelo
contrário o enriquecem ainda mais (169).
Pois,
com efeito, todos os que somos filhos de Deus, e formamos em Cristo uma família
(cfr. Hebr. 3,6), ao comunicarmos na caridade mútua e no comum louvor da
Trindade Santíssima, correspondemos à íntima vocação da Igreja e participamos,
prelibando-a, na liturgia da glória (170), Com efeito, quando Cristo
aparecer e se der a gloriosa ressurreição dos mortos, a luz de Deus iluminará a
cidade celeste e o seu candelabro será o Cordeiro (cfr. Apoc. 21,24). Então,
toda a Igreja dos santos, na suprema felicidade da caridade, adorará a Deus e
ao «Cordeiro que foi imolado» (Apoc. 5,12), proclamando numa só voz: «louvor,
honra, glória e poderio, pelos séculos dos séculos, Aquele que está sentado no
trono, e ao Cordeiro» (Apoc. 5, 13-14).
CAPÍTULO
VIII
A BEM-AVENTURADA VIRGEM
MARIA MÃE DE DEUS NO MISTÉRIO DE CRISTO E DA IGREJA
I. PROÉMIO
A
Virgem mãe de Cristo
52.
Querendo Deus, na Sua infinita benignidade e sabedoria, levar a cabo a redenção
do mundo, «ao chegar a plenitude dos tempos, enviou Seu Filho, nascido de
mulher,... a fim de recebermos a filiação adoptiva» (Gál. 4, 4-5). «Por amor de
nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus e encarnou na Virgem Maria,
por obra e graça do Espírito Santo» (171). Este divino mistério da
salvação é-nos relevado e continua na Igreja, instituída pelo Senhor como Seu
corpo, nela, os fiéis, aderindo à cabeça que é Cristo, e em comunhão com todos
os santos, devem também venerar a memória «em primeiro lugar da gloriosa sempre
Virgem Maria Mãe do nosso Deus e Senhor Jesus Cristo» (172).
A
Virgem e a Igreja
53.
Efectivamente, a Virgem Maria, que na anunciação do Anjo recebeu o Verbo no coração
e no seio, e deu ao mundo a Vida, é reconhecida e honrada como verdadeira Mãe
de Deus Redentor. Remida dum modo mais sublime, em atenção aos méritos de seu
Filho, e unida a Ele por um vínculo estreito e indissolúvel, foi enriquecida
com a excelsa missão e dignidade de Mãe de Deus Filho, é, por isso, filha
predilecta do Pai e templo do Espírito Santo, e, por este insigne dom da graça,
leva vantagem á todas as demais criaturas do céu e da terra. Está, porém,
associada, na descendência de Adão, a todos os homens necessitados de salvação,
melhor, «é verdadeiramente Mãe dos membros (de Cristo)..., porque cooperou com
o seu amor para que na Igreja nascessem os fiéis, membros daquela cabeça» (173).
É, por esta razão, saudada como membro eminente e inteiramente singular da
Igreja, seu tipo e exemplar perfeitíssimo na fé e na caridade, e a Igreja
católica, ensinada pelo Espírito Santo, consagra-lhe, como a mãe amantíssima,
filial afecto de piedade.
Intenção
do Concílio
54.
Por isso, o sagrado Concílio, ao expor a doutrina acerca da Igreja, na qual o
divino Redentor realiza a salvação, pretende esclarecer cuidadosamente não só o
papel da Virgem Santíssima no mistério do Verbo encarnado e do Corpo místico,
mas também os deveres dos homens resgatados para com a Mãe de Deus, Mãe de
Cristo e Mãe dos homens, sobretudo dos fiéis. Não tem, contudo, intenção de
propor toda a doutrina acerca de Maria, nem de dirimir as questões ainda não
totalmente esclarecidas pelos teólogos. Conservam, por isso, os seus direitos
as opiniões que nas escolas católicas livremente se propõem acerca daquela que
na santa Igreja ocupa depois de Cristo o lugar mais elevado e também o mais
próximo de nós (174).
II. A VIRGEM SANTÍSSIMA NA
ECONOMIA DA SALVAÇÃO
A
mãe do Redentor no Antigo Testamento
55.
A Sagrada Escritura do Antigo e Novo Testamento e a venerável Tradição mostram
de modo progressivamente mais claro e como que nos põem diante dos olhos o
papel da Mãe do Salvador na economia da salvação. Os livros do Antigo
Testamento descrevem a história da salvação na qual se vai preparando
lentamente a vinda de Cristo ao mundo. Esses antigos documentos, tais como são
lidos na Igreja e interpretados à luz da plena revelação ulterior, vão pondo
cada vez mais em evidência a figura duma mulher, a Mãe do Redentor. A esta luz,
Maria encontra-se já profeticamente delineada na promessa da vitória sobre a
serpente (cfr. Gén. 3,15), feita aos primeiros pais caídos no pecado. Ela é,
igualmente, a Virgem que conceberá e dará à luz um Filho, cujo nome será
Emmanuel (cfr. Is. 7,14, cfr. Miq. 5, 2-3, Mt. 1, 22-23). É a primeira entre os
humildes e pobres do Senhor, que confiadamente esperam e recebem a salvação de
Deus. Com ela, enfim, excelsa Filha de Sião, passada a longa espera da
promessa, se cumprem os tempos e se inaugura a nova economia da salvação,
quando o Filho de Deus dela recebeu a natureza humana, para libertar o homem do
pecado com os mistérios da Sua vida terrena.
Maria
na Anunciação
56.
Mas o Pai das misericórdias quis que a aceitação, por parte da que Ele
predestinara para mãe, precedesse a encarnação, para que, assim como uma mulher
contribuiu para a morte, também outra mulher contribuísse para a vida. É o que
se verifica de modo sublime na Mãe de Jesus, dando à luz do mundo a própria Vida,
que tudo renova. Deus adornou-a com dons dignos de uma tão grande missão, e,
por isso, não é de admirar que os santos Padres chamem com frequência à Mãe de
Deus «toda santa» e «imune de toda a mancha de pecado», visto que o próprio
Espírito Santo a modelou e d'Ela fez uma nova criatura (175).
Enriquecida, desde o primeiro instante da sua conceição, com os esplendores
duma santidade singular, a Virgem de Nazaré é saudada pelo Anjo, da parte de
Deus, como «cheia de graça» (cfr. Lc. 1,28), e responde ao mensageiro celeste:
«eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc. 1,38).
Deste modo, Maria, filha de Adão, dando o seu consentimento à palavra divina,
tornou-se Mãe de Jesus e, não retida por qualquer pecado, abraçou de todo o
coração o desígnio salvador de Deus, consagrou-se totalmente, como escrava do
Senhor, à pessoa e à obra de seu Filho, subordinada a Ele e juntamente com Ele,
servindo pela graça de Deus omnipotente o mistério da Redenção. por isso,
consideram com razão os santos Padres que Maria não foi utilizada por Deus como
instrumento meramente passivo, mas que cooperou livremente, pela sua fé e
obediência, na salvação dos homens. Como diz S. Ireneu, «obedecendo, ela
tornou-se causa de salvação, para si e para todo o género humano» (176).
Eis porque não poucos, Padres afirmam com ele, nas suas pregações, que «o no da
desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria, e aquilo que a
virgem Eva atou, com a sua incredulidade, desatou-o a virgem Maria com a sua
fé» (177), e, por comparação com Eva, chamam Maria a «mãe dos vivos»
(178) e afirmam muitas vezes: «a morte veio por Eva, a vida veio por
Maria» (179).
Maria
na infância de Jesus
57.
Esta associação da mãe com o Filho na obra da salvação, manifesta-se desde a
conceição virginal de Cristo até à Sua morte. Primeiro, quando Maria, tendo
partido solicitamente para visitar Isabel, foi por ela chamada bem-aventurada,
por causa da fé com que acreditara na salvação prometida, e o precursor exultou
no seio de sua mãe (cfr. Luc. 1, 41-45), depois, no nascimento, quando a Mãe de
Deus, cheia de alegria, apresentou aos pastores e aos magos o seu Filho
primogénito, o qual não só não lesou a sua integridade, mas antes a consagrou (180).
E quando O apresentou no templo ao Senhor, com a oferta dos pobres, ouviu
Simeão profetizar que o Filho viria a ser sinal de contradição e que uma espada
trespassaria o coração da mãe, a fim de se revelarem os pensamentos de muitos
(cfr. Luc. 2, 34-35). Ao Menino Jesus, perdido e buscado com aflição,
encontraram-n'O os pais no templo, ocupado nas coisas de Seu Pai, e não
compreenderam o que lhes disse. Mas sua mãe conservava todas estas coisas no
coração e nelas meditava (cfr. Luc. 2, 41-51).
Maria
na vida pública e na paixão de Cristo
58.
Na vida pública de Jesus, Sua mãe aparece duma maneira bem marcada logo no
princípio, quando, nas bodas de Caná, movida de compaixão, levou Jesus Messias
a dar início aos Seus milagres. Durante a pregação de Seu Filho, acolheu as
palavras com que Ele, pondo o reino acima de todas as relações de parentesco,
proclamou bem-aventurados todos os que ouvem a palavra de Deus e a põem em
prática (cfr. Mc. 3,35 e paral., Lc. 11, 27-28), coisa que ela fazia fielmente
(cfr. Luc. 2, 19 e 51). Assim avançou a Virgem pelo caminho da fé, mantendo
fielmente a união com seu Filho até à cruz. Junto desta esteve, não sem
desígnio de Deus (cfr. Jo.19,25), padecendo acerbamente com o seu Filho único,
e associando-se com coração de mãe ao Seu sacrifício, consentindo com amor na
imolação da vítima que d'Ela nascera, finalmente, Jesus Cristo, agonizante na
cruz, deu-a por mãe ao discípulo, com estas palavras: mulher, eis aí o teu
filho (cfr. Jo. 19, 26-27) (181).
Maria
depois da Ascensão
59.
Tendo sido do agrado de Deus não manifestar solenemente o mistério da salvação
humana antes que viesse o Espírito prometido por Cristo, vemos que, antes do
dia de Pentecostes, os Apóstolos «perseveravam unanimemente em oração, com as
mulheres, Maria Mãe de Jesus e Seus irmãos» (Act. 1,14), implorando Maria, com
as suas orações, o dom daquele Espírito, que já sobre si descera na anunciação.
Finalmente, a Virgem Imaculada, preservada imune de toda a mancha da culpa
original, terminado o curso da vida terrena, foi elevada ao céu em corpo e alma
(183) e exaltada por Deus como rainha, para assim se conformar mais
plenamente com seu Filho, Senhor dos senhores (cfr. Apoc. 19,16) e vencedor do
pecado e da morte (184).
Nota:
Revisão da versão portuguesa por ama.
_________________________
Notas:
151.
Cfr. muitas inscrições nas catacumbas romanas.
152.
Cfr. Gelásio I, Decretal De libris recipendis, 3: PL 59, 160, Denz. 165 (353).
153.
Cfr. S. Método, Symposion, VII, 3: GCS (Bonwetsch), 74.
154.
Cfr. Bento XV, Decretum approbationis virtutum in Causa beatificationis e
canonizationis Servi Dei Ioannis Nepomuceni Neumann: AAS 14 (1922) p. 23,
Várias alocuções de Pio XI sobre os Santos: Inviti All'eroismo, em Discorsi e
Radiomessaggi t. I-III, Roma, 1941-1942, passim, Pio XII, Discorsi e Radiomessaggi,
t. 10, 1949, pp. 37-43.
155.
Cfr. Pio XII, Encícl. Mediator Dei: AAS 39 (1947) p. 581.
156.
Cfr. Hebr. 13,7, Eccli. 44-50, Hebd. 11, 3-40. Cfr. também Pio XII, Encícl.
Mediator Dei: AAS 39 (1947) pp. 582-583.
157.
Cfr. Conc. Vaticino I, Const. De fide catholica, cap. 3: Denz. 1794 (3013).
158.
Cfr. Pio XII, Encícl. Mystici Corporis: AAS 35 (1943) p. 216.
159.
"Quanto à gratidão para com os próprios Santos, cfr. E. Diehl,
Inscriptiones latinae christianae veteres, I, Berlim, 1925, nn. 2008, 2382, etc.
etc.
160.
Conc. Tridentino, Decr. De invocatione... Sanctorum: Denz. 984 (1821).
161.
Breviarium Romanum, Invitatorium in festo Sanctorum Omnium.
162. Cfr. v. g. 2 Tess. 1, 10.
163. Conc. Vaticano
II, Const. De Sacra Liturgia, Sacrosanctum Concilium, cap. 5, n. 104: AAS 56
(1964) p. 125-126.
164.
Cfr. Missale Romanum, cânon da missa.
165. Conc. Niceno II, Act. VII:
Denz. 302 (600).
166.
Conc. Florentino, Decretum pro Graecis: Denz. 693 (1304).
167. Conc. Tridentino, Decr. De invocatione,
veneratione et reliquiis Sanctorum et sacris imaginibus: Denz. 983 (1820),
Decretum de iustificatione, can. 30: Denz. 840 (1580).
168.
Missale Romanum, Prefácio dos Santos concedido a algumas dioceses de França.
169.
Cfr. S. Pedro Canisio, Catechismus Maior seu Summa Doctrinae christianae, cap.
III (ed. crit. F. Streicher) parte I, pp. 15-16, n. 44 e pp. 100-101, n. 49.
170.
Cfr. Conc. Vaticano II, Const. De Sacra Liturgia, Sacrosanctum Concilium, cap.
1, n. 8: AAS 56 (1964), p. 401.
171.
Símbolo Constantinopolitano: Mansi 3, 566. Cfr. Conc. Efesino, 1b. 4, 1130 (íb.
2, 665 e 4, 1071), Conc. Calcedonense, ib. 7, 111-116, Conc.
Constantinopolitano II, ib. 9, 375-396 Missale Romanum, Credo.
172.
Missale Romanum, cânon.
173.
S. Agostinho, De S. Virginitate, 6: PL 40, 399.
174..
Cfr. Paulo VI, Alocução no Concílio, no dia 4 dez. 1963: AAS 56 (1964) p. 37.
175. Cfr. S. Germano Const.,
Hom in Annunt. Deiparae: PG 98, 328 A, In Dorm. 2: col. 357.-Anastácio Antioq.,
Serm. 2 de Annunt., 2: PG 89, 1377 AB, Serm. 3, 2: col. 1388: C. - S. André
Cret., Can. in B. V. Nat. 4: PG 97, 1321 B. In B. V. Nat., 1: col. 812 A. Hom.
in dorm. 1: col. 1086 C. - S. Sofrónio, Or. 2 in Annunt., 18: PG' 87 (3), 3237
BD.
176. S. Ireneu, Adv. Haer. III,
22, 4: PG 7, 959 A, Harvey, 2, 123.
177. S. Ireneu, ib., Harvey, 2,
124.
178. S. Epináfio, Haer. 78, 18:
PG 42, 728 CD - 729 AB.
179.
S. Jerónimo, Epist. 22, 21: PL, 22, 408. Cfr. S. Agostinho, Serm. 51, 2, 3: PL
38, 335, Serm. 232, 2: col. 1108. -S. Cirilo de Jerusalém, Catech. 12, 15: PG
33, 741 AB. - S. João Crisóstomo, In Ps. 44, 7: PG 55, 193. - S. João
Damasceno, Hom. 2 in dorm. B. M. V., 3: PG 96, 728.
180.
Cfr. Conc. Lateranense em 649, can. 3: Mansi 10, 1151. S. Leão M., Epist. ad. Flav.: PL 54, 759. -
Conc. Calcedonense: Mansi 7, 462. - S. Ambrósio, De instit. virg.: PL 16, 320.
181.
Cfr. Pio XII, Encícl. Mystici
Corporis, 29 jun. 1943: AAS 35 (1943) pp. 247-248.
182.
Cfr. Pio IX, Bula Ineffabilis, 8 dez. 1854: Acta Pii IX, 1, I. p. 616, Denz.
1641 (2803).
183.
Cfr. Pio XII, Const. Apost. Munificentissimus, 1 nov. 1950: AAS 42 (1950),
Denz. 2333 (3903). Cfr. S. João Damasceno, Enc. in dorm. Dei genetricis, Hom. 2
e 3: PG 96, 721-761, sobretudo col. 728 B. -S. Germano Constantinop., In S. Dei
gen. dorm. Serm. 1: PG 98 (6) , 340-348, Serm. 3: cola 361. -S. Modesto de
Jerus. In dorm. SS. Deiparae: PG 86 (2), 3277-3312.
184.
Cfr. Pio XII, Encicl. Ad coeli Reginam, 11 out. 1954: AAS 46 (1954), pp.
633-636, Denz. Denz. 3913 ss. S. André Cret., Hom. 3 in dorm. SS. Deiparae: PG
97, 1089-1109. -S. João Damasceno, De lide orth., IV, 14: PG 94, 1153-1161.
Tratado dos vícios e pecados 44
Art. 4 — Se quem peca por
malícia intencional peca mais gravemente que quem peca por paixão.
(II Sent., dist. XLIII, a. 4;
De Malo, q. 3, a. 13; VII Ethic., lect. VIII).
O
quarto discute-se assim. — Parece que quem peca por malícia intencional não
peca mais gravemente que quem peca por paixão.
1.
— Pois, a ignorância isenta do pecado, total ou parcialmente. Ora, a ignorância
de quem peca por malícia intencional é maior que a de quem peca por paixão.
Pois, quem peca por malícia intencional procede assim por ignorância do
princípio, que é a maior de todas, como diz o Filósofo. Pois aprecia mal o fim,
princípio das obras. Logo, é mais isento de pecado quem peca por malícia
intencional que quem peca por paixão.
2.
Demais. — Quanto maior for o impulso com que pecamos tanto menor será o pecado,
como o demonstra quem a ele se entrega por maior ímpeto de paixão. Ora, quem
peca por malícia intencional é levado pelo hábito, cujo impulso é mais forte
que o da paixão. Logo, quem peca por hábito peca menos que quem peca por
paixão.
3.
Demais. — Pecar por malícia intencional é pecar elegendo o mal. Ora, quem peca
por paixão também elege o mal. Logo, não peca menos que quem peca por malícia
intencional.
Mas,
em contrário, o pecado cometido de propósito, merece pena mais grave, conforme a
Escritura (Jó 34): Feriu-os como ímpios à vista de todos, os que como de
propósito se afastaram dele. Ora, a pena só aumenta pela gravidade da culpa.
Logo, o pecado agrava-se quando proposital e por malícia intencional.
O pecado por malícia intencional é mais grave que o passional, por tríplice
razão. — Primeiro porque, residindo o pecado principalmente na vontade, quanto
mais o acto deste lhe for próprio a ela, tanto mais grave é ele, em igualdade
de circunstâncias. Ora, quando pecamos por malícia intencional, o acto
pecaminoso é mais próprio da vontade, que por si mesma o busca, que quando
pecamos por paixão, pois neste caso a vontade é levada a pecar por um princípio
extrínseco. Donde, o pecado, pelo próprio facto de ser procedente da malícia,
agrava-se, e tanto mais quanto mais veemente for a malícia. E pelo que procede
da paixão, tanto mais diminui, quanto mais veemente ela for.
Segundo
porque a paixão inclinante a pecar se desvanece rapidamente, e então logo
tornamos ao bom propósito, arrependendo-nos do pecado. Ao contrário, o hábito
inclinante ao pecado por malícia é um defeito permanente, e portanto, quem peca
por malícia peca mais diuturnamente. E por isso o Filósofo compara o
intemperante, que peca por malícia, ao enfermo que sofre continuamente, e o
incontinente, que peca por paixão, ao que sofre intermitentemente.
Terceiro
porque quem peca por malícia intencional está mal disposto quanto ao próprio fim,
que é o princípio na ordem da acção. E assim, a sua deficiência é mais perigosa
que a de quem peca por paixão, cujo propósito tende para um bom fim, embora tal
propósito fique momentaneamente travado pela paixão. Ora, a deficiência do
princípio é sempre péssima. Donde é manifesto, que o pecado por malícia é mais
grave que o passional.
DONDE
A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — A ignorância da eleição, onde a objecção se
funda, nem isenta do pecado nem o diminui, como já se disse. Portanto, nem a
tal ignorância maior torna menor o pecado.
RESPOSTA
À SEGUNDA. — O impulso proveniente da paixão vem de uma como deficiência
exterior, relativa à vontade, ao passo que, pelo hábito, a vontade se inclina
quase por um princípio interior. Portanto, não há semelhança de razões.
RESPOSTA
À TERCEIRA. — Uma coisa é pecarmos elegendo e outra, por eleição. Porque, nessa
tal pessoa, não é a eleição o princípio primeiro do pecado, mas é levado pela
paixão a eleger o que não elegeria se desta estivesse isento. Mas, quem peca
por malícia intencional elege o mal em si mesmo, do modo já dito. E portanto a
sua eleição é o princípio do pecado, sendo por isso considerado como pecando
por eleição.
Revisão da tradução portuguesa por ama
Temas para meditar 58
Sacramentos
Jesus,
para poder permanecer sempre connosco com a força da Sua graça, entregou-nos os
sete Sacramentos, cuja guarda confiou à Igreja e a quem deu a autoridade e o
poder de estabelecer as leis necessárias para regulamentar a recepção e a concessão
dos Sacramentos.
(LEO
J. TRESE, A Fé Explicada, Edições
Quadrante, S. Paulo, 4ª Ed., nr. 219)
Pequena agenda do cristão
Domingo
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito: Viver a família.
Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.
Lembrar-me: Cultivar a Fé.
São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.
Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?
|
Recorramos ao bom pastor
Tu, pensas, tens muita personalidade: os teus
estudos (os teus trabalhos de investigação, as tuas publicações), a tua posição
social (os teus apelidos), as tuas actividades políticas (os cargos que
ocupas), o teu património..., a tua idade – já não és nenhuma criança!... Precisamente
por tudo isso, necessitas, mais do que outros, de um Director para a tua alma. (Caminho, 63)
A santidade da esposa de Cristo sempre se
provou – e continua a provar-se actualmente – pela abundância de bons pastores.
Mas a fé cristã, que nos ensina a ser simples, não nos leva a ser ingénuos. Há
mercenários que se calam e há mercenários que pregam uma doutrina que não é de
Cristo. Por isso, se porventura o Senhor permite que fiquemos às escuras,
inclusivamente em coisas de pormenor, se sentimos falta de firmeza na fé,
recorramos ao bom pastor, àquele que – dando a vida pelos outros – quer ser, na
palavra e na conduta, uma alma movida pelo amor – àquele que talvez seja também
um pecador, mas que confia sempre no perdão e na misericórdia de Cristo.
Se a vossa consciência vos reprova por alguma
falta – embora não vos pareça uma falta grave – se tendes uma dúvida a esse
respeito, recorrei ao sacramento da Penitência. Ide ao sacerdote que vos atende,
ao que sabe exigir de vós firmeza na fé, delicadeza de alma, verdadeira
fortaleza cristã. Na Igreja existe a mais completa liberdade para nos
confessarmos com qualquer sacerdote que possua as necessárias licenças
eclesiásticas; mas um cristão de vida limpa recorrerá – com liberdade! – àquele
que reconhece como bom pastor, que o pode ajudar a erguer a vista para voltar a
ver no céu a estrela do Senhor. (Cristo
que passa, 34)
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