24/11/2016

Não há razão para que a Igreja e o Estado choquem

Não é verdade que haja oposição entre ser bom católico e servir fielmente a sociedade civil. Como não há razão para que a Igreja e o Estado choquem no exercício legítimo das respectivas autoridades, em cumprimento da missão que Deus lhes confiou. Mentem (isso mesmo: mentem!) os que afirmam o contrário. São os mesmos que, em aras de uma falsa liberdade, quereriam "amavelmente" que os católicos voltassem às catacumbas. (Sulco, 301)

Tendes de difundir por toda a parte uma verdadeira mentalidade laical, que há-de levar os cristãos a três consequências:

– a serem suficientemente honrados para arcarem com a sua responsabilidade pessoal;

– a serem suficientemente cristãos para respeitarem os seus irmãos na fé que proponham – em matérias discutíveis – soluções diversas das suas

– e a serem suficientemente católicos para não se servirem da Igreja, nossa Mãe, misturando-a com partidarismos humanos.

Vê-se claramente que, neste terreno como em todos, não poderíeis realizar o programa de viver santamente a vida diária se não gozásseis de toda a liberdade que vos é reconhecida – simultaneamente – pela Igreja e pela vossa dignidade de homens e de mulheres criados à imagem de Deus. A liberdade pessoal é essencial para a vida cristã. Mas não vos esqueçais, meus filhos, de que falo sempre de uma liberdade responsável.


Interpretai, portanto, as minhas palavras como o que são: um chamamento a exercerdes – diariamente!, não apenas em situações de emergência – os vossos direitos; e a cumprirdes nobremente as vossas obrigações como cidadãos – na vida política, na vida económica, na vida universitária, na vida profissional –, assumindo com coragem todas as consequências das vossas decisões, arcando com a independência pessoal que vos corresponde. E essa mentalidade laical cristã permitir-vos-á fugir de toda a intolerância, de todo o fanatismo. Di-lo-ei de um modo positivo: far-vos-á conviver em paz com todos os vossos concidadãos e fomentar também a convivência nos diversos sectores da vida social. (Temas Actuais do Cristianismo, n. 117)

Temas para meditar - 670

União


A união provocada pelo amor sobrenatural é mais firme e intensa (embora careça de uma fisionomia sensível) que todas as relações humanas. 

Por isso, no fim de contas, estão mais unidos e próximos dois cristãos que vivem em graça e jamais se viram, do que pai e filho, se um deles se encontra em pecado; e a união será tanto maior quanto maior for a intensidade do amor de Deus que possuam as suas almas.

federico suarez A Virgem Nossa Senhora Éfeso 4ª Ed. nr. 150

Evangelho e comentário

Tempo Comum

Evangelho: Lc 21, 20-28

21 Os que então estiverem na Judeia, fujam para os montes; os que estiverem no meio da cidade, retirem-se; os que estiverem nos campos, não entrem nela; 22 porque estes são dias de vingança, para que se cumpram todas as coisas que estão escritas. 23 Ai das mulheres grávidas, e das que amamentarem naqueles dias!, porque haverá grande angústia sobre a terra e ira contra este povo. 24 Cairão ao fio da espada, serão levados cativos a todas as nações e Jerusalém será calcada pelos gentios, até se completarem os tempos dos gentios. 25 «Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra haverá consternação dos povos pela confusão do bramido do mar e das ondas, 26 morrendo os homens de susto, na expectativa do que virá sobre toda a terra, porque as próprias forças celestes serão abaladas. 27 Então verão o Filho do Homem vir sobre uma nuvem com grande poder e majestade. 28 Quando começarem, pois, a suceder estas coisas, erguei-vos e levantai as vossas cabeças, porque está próxima a vossa libertação»

Comentário:

Quase às portas do Advento, a Liturgia, desta vez pela pena de São Lucas, repete uma vez mais insistindo nos temas da Escatologia, verdades da nossa fé cristã, como aviso nunca por demais repetido da urgente necessidade de revisão de vida, vigilância perseverante, preparação para o que sabemos há-de vir.

Nunca nos poderemos queixar ter sido abandonados e sem guia, bem ao contrário.


(ama, comentário sobre Lc 21, 20-28, 26.11.2015)

Leitura espiritual


DE MAGISTRO

(DO MESTRE)

CAPÍTULO VI

SINAIS QUE SE SIGNIFICAM A SI MESMOS

AGOSTINHO

– Vamos em frente, e diz-me se te parece que, assim como concordamos que todas as palavras são nomes, e todos os nomes, palavras, também te parece que todos os nomes são vocábulos e todos os vocábulos nomes.

ADEODATO

– Não encontro entre eles outra diferença senão a do som das sílabas.

AGOSTINHO

– Por enquanto, aceito, embora não faltem os que vêm entre eles diferença de significado, o que não vem ao caso discutirmos agora. Porém, com certeza compreendes que chegamos àqueles sinais que tem significado recíproco, noutra diferença que a do som, e àqueles que se significam a si mesmos junto com as demais partes da oração.

ADEODATO

– Por ora não entendo.

AGOSTINHO

– Não compreendes então que “nome” significa “vocábulo” e “vocábulo” “nome”, e que assim – além do seu som – não há outra diferença entre eles quanto ao nome em geral; mas que, quanto a ser nome em particular, trata-se de uma das oitos partes da oração, sem que naturalmente inclua as outras sete.

ADEODATO

– Compreendo.

AGOSTINHO

– Contudo, era isso mesmo que estava dizendo quando afirmava que vocábulo e nome significam-se reciprocamente.

ADEODATO

– Entendo, mas o que querias dizer com as palavras “significam a si mesmos junto com as demais partes da oração”?

AGOSTINHO

– Acaso a discussão anterior não nos provou que todas as partes da oração podem chamar-se tanto nomes como vocábulos, isto é, podem ser significadas pelos termos de “nome” e de “vocábulo”?

ADEODATO

– Certamente.

AGOSTINHO

– Se te indagasse como chamas o nome em si mesmo, isto é, o som expresso por estas duas sílabas, seria correto me responder “nome”?

ADEODATO

– Seria correcto.

AGOSTINHO

– E significará a si mesmo, talvez, o sinal com quatro sílabas, quando proferimos “coniunctio” (conjunção)? Não; porque este termo não pode ser incluído entre as coisas que significa.

ADEODATO

– Compreendo perfeitamente.

AGOSTINHO

– E foi isso que antes afirmamos: que o nome se significa a si mesmo tanto quanto os outros nomes que significa; o que podes chamar também do “vocábulo”.

ADEODATO

– Sim, está fácil; agora porém ocorre-me que o termo “nome” pode ser tomado em sentido geral ou particular, enquanto “vocábulo”, ao contrário, não é uma das oito partes da oração; parece-me, pois, que os dois termos são diferentes não só pelo som, mas também por isso.

AGOSTINHO

– Acreditas que “nomem” (nome) e “ónoma” (nome) tenham algo mais diferente que o som, que também distingue a língua grega da latina?

ADEODATO

– Neste caso, sinceramente, nada mais encontro.

AGOSTINHO

– Chegamos, então, àqueles sinais que, além de significantes a si mesmos, com inteira reciprocidade um significa o outro, ou seja, os seus significados mutuamente se significam. Assim, o que este significa também aquele significa e vice-versa, tendo por diferença entre si apenas o som; este quarto caso, nós o encontramos agora: os três anteriores referem-se a “nome” e “palavra”.

ADEODATO

– Chegamos.

CAPÍTULO VII

RESUMO DOS CAPÍTULOS ANTERIORES

AGOSTINHO

– Desejaria que fizesses um resumo do que apuramos em nossa discussão.

ADEODATO

– Farei o que puder. Antes de mais nada, lembro que por certo tempo indagamos da razão por que se fala, e achamos que se fala para ensinar ou para recordar. Pois, mesmo quando interrogamos, nada mais pretendemos do que fazer saber ao interlocutor o que dele queremos ouvir. Depois vimos que, ao cantar, o som que emitimos apenas por prazer não pertence propriamente à locução; e quando na oração nos dirigimos a Deus, a quem não se pode ensinar ou recordar algo, o valor das palavras está em admoestar a nós mesmos ou, mediante nós, admoestar e instruir aos outros. A seguir, após teres demonstrado o bastante que as palavras nada mais são do que sinais e que não pode existir sinal que não tenha significado, propuseste-me um verso, de cujas palavras busquei explicar o significado, uma por uma, o verso era: “Si nihil ex tanta superis placet urbe relinqui”. Sua segunda palavra (nihil), apesar de familiar a todos, não conseguimos, todavia, encontrar o que significava, pois parecia a mim que nós não a empregamos inutilmente durante a fala, mas para transmitir algo a nosso ouvinte; isto é, parecia-me que esta palavra indicasse, talvez, o estado da mente quando acha que não existe a coisa que procura ou que julga tê-la achado; e tu evitaste com uma brincadeira aprofundar não sei como a questão, adiando para outra ocasião o esclarecimento. Não julgues, porém, que eu esqueça dessa tua dívida comigo. Depois, quando eu buscava explicar a terceira palavra do verso, me convidaste a indicar não outra palavra equivalente, mas, pelo contrário, a mostrar a própria coisa que a palavra significa. Respondi, em nossa conversação, que isto não seria possível, e consideramos aquelas coisas que podem ser apontadas aos nossos interlocutores. Pensava eu que isso fosse possível com todas as coisas corpóreas, mas depois achamos que o seria apenas com as visíveis. Daí passamos, não lembro como, aos surdos e aos histriões, observando que exprimem pelo gesto sem voz, não só as coisas visíveis, mas muitas outras e quase todas as que expressamos com palavras, e conviemos que os gestos também são sinais. Voltamos, pois, a indagar se seria possível indicar, sem empregar sinal algum, as mesmas coisas que indicamos por sinais, sendo aquela parede, aquela cor e tudo o que é visível e que é indicado pelo gesto, devemos convir que é sempre indicado por certo sinal. Nisso eu me enganei e respondi que não poderíamos achar nada disso, e, todavia, ficou assente entre nós que seria possível mostrar, sem sinais, aquilo que nós não fazemos no momento da pergunta, mas que podemos fazer depois de interrogados; a locução, porém, não se enquadra nisto, pois quando falamos, se alguém nos perguntar o que é falar, demonstra-se facilmente por si mesmo: falando.


(Revisão de versão portuguesa por ama

El satanismo aumenta 6

Satanismo

Muy insistente con los riesgos del yoga

El padre Gary Thomas está muy concienciado sobre las posibilidades que abren la puerta al demonio y que en muchas ocasiones se presentan de manera inocente. De ahí que ya en varias ocasiones haya alertado de los riesgos del yoga, muy extendido en todo Occidente, incluso entre los católicos.

Del mismo modo, ha advertido también en distintas ocasiones de otros males que esclavizan al hombre y que permiten la entrada de Satanás: “el incremento del consumo de drogas y la adicción a la pornografía son facilitadores y signos de la acción del demonio”.

El padre gary thomas es exorcista de la Diócesis de San José (EEUU)

j. lozano / ReL25 octubre 2016

Pequena agenda do cristão

Quinta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?