22/01/2012

A correcção fraterna

Textos de São Josemaria Escrivá

A prática da correcção fraterna – que tem tradição evangélica – é uma manifestação de carinho sobrenatural e de confiança. Agradece-a quando a receberes, e não deixes de praticá-la com quem convives. (Forja, 566)

Sede prudentes e actuai sempre com simplicidade, virtude tão própria dos bons filhos de Deus. Sede naturais na vossa linguagem e na vossa actuação. Chegai ao fundo dos problemas; não fiqueis à superfície. Reparai que é preciso contar antecipadamente com o sofrimento alheio e com o nosso, se desejamos deveras cumprir santamente e com honradez as nossas obrigações de cristãos.
Não vos oculto que, quando tenho que corrigir ou tomar uma decisão que fará sofrer alguém, padeço antes, durante e depois; e não sou um sentimental. Consola-me pensar que só os animais não choram; nós, os homens, filhos de Deus, choramos. Sei que em determinados momentos, também vós tereis que sofrer, se vos esforçardes por levar a cabo fielmente o vosso dever. Não vos esqueçais de que é mais cómodo – mas é um descaminho – evitar o sofrimento a todo o custo, com o pretexto de não magoar o próximo; frequentemente o que se esconde por trás desta omissão é uma vergonhosa fuga ao sofrimento próprio, porque normalmente não é agradável fazer uma advertência séria a alguém. Meus filhos, lembrai-vos de que o inferno está cheio de bocas fechadas.
(...) Para curar uma ferida, primeiro limpa-se esta muito bem e inclusivamente ao seu redor, desde bastante distância. O médico sabe perfeitamente que isso dói, mas se omitir essa operação, depois doerá ainda mais. A seguir, põe-se logo o desinfectante; arde – pica, como dizemos na minha terra – mortifica, mas não há outra solução para a ferida não infectar.
Se para a saúde corporal é óbvio que se têm de tomar estas medidas, mesmo que se trate de escoriações de pouca importância, nas coisas grandes da saúde da alma – nos pontos nevrálgicos da vida do ser humano – imaginai como será preciso lavar, como será preciso cortar, como será preciso limpar, como será preciso desinfectar, como será preciso sofrer! A prudência exige-nos intervir assim e não fugir ao dever, porque não o cumprir seria uma falta de consideração e inclusivamente um atentado grave, contra a justiça e contra a fortaleza. (Amigos de Deus, nn. 160–161)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Leitura Espiritual para 22 Jan 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.



Para ver texto completo para hoje, clicar abaixo

S. Josemaria Escrivá: A confissão - Vídeo


Música e oração

Ave Maria - Mascagni - Jose Carreras - Roma/2000



A evolução do evolucionismo 22

Como valora Karl Popper a selecção natural?

O problema da selecção natural é – como já se disse – que jamais se observou um salto de espécie, nem tampouco se pode prevenir. E a ciência necessita que as demonstrações confirmem as suposições. Por outra o lado, a selecção natural parece um processo evidente e irrefutável, porque estabelece que sobrevivemos como indivíduos mais aptos para sobreviver. Mas semelhante afirmação coloca um grave problema, pois – como observou Karl Popper – parece-se demasiado a uma tautología (a=a), e com tautologías não se faz ciência. Além do mais, a selecção natural não introduz novidades, pois opera sobre o que previamente sofreu uma mutação. É portanto, um agente passivo e externo, como uma rede que apanha uns peixes e deixa livres outros, mas não os engendra. A selecção natural é responsável – se se me permite a comparação – do que resta em pé numa cidade que sofreu, ao longo dos séculos, guerras, inundações, terramotos e incêndios. Em certo sentido, o que ficou em pé é uma cidade. Mas a causa de seus edifícios actuais não são essas desgraças, mas sim os engenheiros e arquitectos que os levantaram. O aqueduto de Segóvia passou a prova da selecção natural, mas não foi levantado pela selecção natural.

(jose ramón ayllón, trad. ama)


Pensamentos inspirados à procura de Deus

À procura de Deus

De que tens medo?
Não te disse Jesus:
«E sabei que Eu estarei sempre
convosco até ao fim dos tempos.» 
Mt 28,20


jma



Tratado De Deo Trino 68

Questão 43: Da missão das Pessoas divinas.

Art. 2 – Se a missão pode ser eterna.

(I Sent., dist. XV, q. 4, a. 3).

O segundo discute-se assim. – Parece que a missão pode ser eterna.

1. – Pois, diz Gregório: O Filho é enviado do mesmo modo que é gerado [1]. Ora, a geração do Filho é eterna. Logo, também é a missão.

2. Demais. – O ser ao qual convém uma coisa, temporalmente, é mutável. Ora, a Pessoa divina não o é. Logo, a missão da Pessoa divina não é temporal, mas eterna.

3. Demais. – Missão importa processão. Ora, a processão das divinas Pessoas é eterna. Logo, também a missão.

Mas, em contrário, a Escritura (Gl 4, 4): Quando veio o cumprimento do tempo, enviou Deus a seu Filho.


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Evangelho do dia e comentário













T. Comum– III Semana


Evangelho: Mc 1, 14-20

14 Escolheu doze para que andassem com Ele e para os enviar a pregar, 15 com poder de expulsar os demónios: 16 Simão, a quem pôs o nome de Pedro; 17 Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, que quer dizer “filhos do trovão”; 18 e André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o Cananeu, 19 e Judas Iscariotes, que foi quem O entregou. 20 Depois, foi para casa e de novo acorreu tanta gente, que nem sequer podiam tomar alimento.

Comentário:

Tem-se escrito livros, obras de fôlego e outros inúmeros textos sobre este Doze. Basicamente todos concordam que: eram homens simples, talvez um pouco rudes, sem grande cultura, algo volúveis e de difícil entendimento.
É um facto.
E, de repente, convertem-se de simples pescadores de águas interiores da Palestina em homens escolhidos para uma missão grandiosa: “pescar homens” em todas as águas do mundo!
E todos, menos um, levaram a cabo a missão confiada o que seria, em si mesmo, extraordinário não fora uma qualidade que superava todos os seus defeitos e limitações: a humildade pessoal.
Para se ser guiado pelo Espírito Santo, como com eles aconteceu, a humildade é fundamental porque, por nós mesmos, nada podemos ou, sequer, sabemos, fazer.
A Igreja de Jesus Cristo, esta mesma Igreja que hoje conhecemos e que tem resistido ao longo de dois mil anos e resistirá sempre até ao fim dos tempos, assenta nestas Colunas, assenta na humildade.


(ama, comentário sobre Mc 1, 14-20, 2011.12.23)