14/09/2011

Solidariedade Cristã

Música e oração


   Taizé Song - The Kingdom of God


selecção ALS

Evolucionismo

Do Céu à Terra
Há alternativas ao darwinismo?

Rémy Chauvin sugere a hipótese de dois programas evolutivos coordenados. A curto prazo, o ADN. A longo prazo, o autêntico programa evolutivo em sentido estrito, que não residiria no genoma mas no citoplasma. Pode observar-se este velho programa nas primeiras fases do desenvolvimento embrionário, tão surpreendentemente análogas em todos os animais. Mas "não sejamos hipócritas: tudo programa supõe a existência de um programador, e nenhuma acrobacia dialéctica pode levar-nos a esquivar esta dificuldade. Quem é o programador? Não tenho resposta para esta pergunta, ainda que podemos imaginá-lo".

jose ramón ayllón, trad. ama


Princípios filosóficos do Cristianismo

Caminho e Luz

Princípio de substância (I)

A estrutura do juízo
Vejamos agora o juízo existencial. Comecemos por este juízo: «o homem existe». O que é o que fazemos neste juízo? O que há que dizer em primeiro lugar é que o juízo «o homem existe» é absolutamente equivalente ao juízo «o homem é uma realidade». Este último juízo tem perfeito sentido, o mesmo sentido que o primeiro. A prova é que na conversação normal serve para recalcar a existência dalgo. Se eu digo: «os extraterrestres existem» e provoco perplexidade ou incerteza nos que me escutam, posso recalcar a ideia dizendo: «sim, os extraterrestres são uma realidade».
Ora bem, dizer de uma coisa determinada que é uma realidade, é cometer uma tautologia? Não absolutamente. Quando no juizo existencial afirmo «o homem existe», tomo o sujeito «homem» não como uma realidade mas como uma essência. Sei perfeitamente o que é ser homem: animal racional; mas não sei se existe, não sei se é uma realidade. Então, o que faço no juízo «o homem existe» ou «o homem é uma realidade» é atribuir a realidade a uma essência. Quer dizer, o que faço aqui é o contrário ao que fazia no juízo essencial. No juízo essencial «Pedro é homem» atribuía a essência de homem à realidade de Pedro conhecida só como realidade. Agora, o que faço no juízo existencial é atribuir a realidade a uma essência conhecida como essência. O juízo existencial predica, portanto, a realidade de uma essência. No juízo existencial dá-se também a verdade, no quanto no que nele se adequa à realidade a uma essência.

josé antonio sayés, [i] trad ama,



[i] Sacerdote, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana e professor de Teologia fundamental na Faculdade de Teologia do Norte de Espanha.
Escreveu mais de quarenta obras de teologia e filosofia e é um dos Teólogos vivos mais importantes da Igreja Católica. Destacou-se pelas suas prolíferas conferências, a publicação de livros quase anualmente e pelos seus artigos incisivos em defesa da fé verdadeira.

Uma história de amor

Continuo pensando que o que mais ocupa e preocupa o ser humano é o amor. Com diferença e ainda que não creia que saia nas estatísticas.
Manifesta-se de muitas maneiras, mas o que todos queremos é dar-nos, fundir-nos, enamorar-nos. É a vocação por excelência do homem: amar. É esse desejo que não acaba de saciar-se, essa pele e essa alma que procuram a carícia, a ternura e o consolo. O amor é a nossa explicação de homens e o esteio da nossa existência (na existência do outro). Por isso andamos atrás dele toda a vida; daí essas ganas loucas de entregar-nos, de transformar-nos, e esse desassossego, e esses olhares que perscrutam cada instante, cada detalhe. O homem necessita amar porque procura a plenitude e a transcendência, porque o dia-a-dia sem amor é um suplício, uma agonia. Caminhamos pela rua pensando nesse amor, no nosso amor. E o sentido que a tudo se dá porque amamos. E não é só uma questão de afectos, o um corpo (por excelso que seja) ou a fantasia. É que o sentido do mundo e da realidade e do que somos passa por essa pessoa que amamos. O sentido é o amor. A realidade é o amor. O amor é a razão: razão de vida. E o amor remove tudo, inspira tudo. Que outra coisa pode urgir-nos mais que amar e ser amados? Que outra coisa pode importar mais que isso? Nada. Nada é no mundo mais importante, mais crucial, mais núcleo. E cada um de nós é amante. E cada um de nós tenta encontrar a origem desse ardor. E cada um de nós olha as carícias, a pureza, o infinito (porque o amor verdadeiro nunca se conforma com minúcias). Queremos amar mais, queremos amar melhor. Não se trata de amar o evanescente, o difuso. Amamos uma pessoa concreta, amamo-la, tal como é. Assim imperfeita, assim completa.  

guillermo urbizu, trad ama

A MISSA É UMA "SECA"? (2)

Do Catecismo da Igreja Católica

1324. A Eucaristia é «fonte e cume de toda a vida cristã» (LG 11 Lumen Gentium). «Os restantes sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e obras de apostolado, estão vinculados com a sagrada Eucaristia e a ela se ordenam. Com efeito, na santíssima Eucaristia está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, nossa Páscoa» (PO 5 Presbyterorum Ordinis).





Esta é a realidade da Eucaristia!
Esta é a realidade da Missa!

Como pode, então, ser uma “seca” estar com o próprio Deus?

Se por acaso alguém viesse ter connosco e nos garantisse um encontro com o próprio Jesus Cristo, visível aos nossos olhos, para com Ele falarmos, para com Ele rezarmos, para com Ele vivermos, para enfim d’ Ele nos alimentarmos espiritualmente, não correríamos nós ao Seu encontro?

E nesse momento e para esse momento, importar-nos-ia muito aquele que nos proporcionava tal encontro, ou Jesus Cristo e o encontro com Ele não seriam bem mais importantes que tudo o resto?

E a Eucaristia não é precisamente esse encontro pessoal e comunitário com a presença real e verdadeira de Jesus Cristo?

E essa presença real e verdadeira de Jesus Cristo depende do sacerdote que preside à celebração, ou é vontade e graça do próprio Deus aos homens, independentemente do presidente da celebração?

É que por vezes parece que “vamos” mais à Missa para ouvir ou “admirar” um determinado sacerdote, do que para estarmos com «o próprio Cristo, nossa Páscoa», como acima lemos.

Temos realmente que perceber, (a maior parte das vezes?), qual é a nossa predisposição quando vamos participar da/na Missa.

Vamos realmente para celebrar e ter um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, ou vamos apenas cumprir preceito, muitas vezes apenas pelo receio do pecado, pela falta à Missa Dominical?

É que, se vamos apenas cumprir preceito, tudo vai servir para nos distrair, tudo vai servir para criticarmos: porque são muitos cânticos, porque a homilia foi longa, porque leram muito devagar, porque isto ou porque aquilo, e afinal o nosso encontro com Jesus Cristo perdeu-se no meio do “mundo”, e a Missa foi realmente uma “seca”, porque foi assim que a vivemos.

Será por isso também, que muitos de nós durante a Missa, damos mais importância ao telemóvel, (que não desligamos), ao vizinho e à vizinha, do que à celebração, do que ao momento de encontro com o nosso próprio Deus, que por nós se entrega, que por nós se faz realmente presente, porque nos ama com amor eterno, amor esse a que, com essa nossa atitude, não correspondemos minimamente.

É “fantástico” então, como no final da Missa, nos lembramos do que os outros fizeram ou tinham vestido, de como o coro desafinou ou não, mas não nos lembramos das Leituras, ou minimamente do que o sacerdote disse durante a homilia!

Podemos então lembrar-nos das palavras que Jesus Cristo dirigiu aos seus discípulos no Monte das Oliveiras:
«Porque dormis? Levantai-vos e orai, para que não entreis em tentação.» Lc 22, 46

Sim, é verdade, que muitas vezes se introduzem na celebração da Missa alguns “elementos” que não deveriam lá estar, (segundo os liturgistas), ou que alguns sacerdotes se alongam demasiadamente nas homilias, (e têm no entanto conselhos específicos sobre o tempo que cada homilia deve demorar), mas isso não deve, nem pode servir para nos afastar da centralidade para a vivência da fé cristã, que é o Sacramento da Eucaristia.

É certo também, que muitos desconhecem a essência, o conteúdo, o todo que constitui uma Missa, e por isso mesmo, não é possível viver bem aquilo que não se conhece, mas a verdade é que, desde o Catecismo da Igreja Católica a inúmeros documentos da Igreja e livros de espiritualidade escritos por homens da Igreja, só não procura saber mais, quem não quiser, ou a tal se dispuser.

Acresce o facto de que, hoje em dia, não só nas paróquias, mas também nas Dioceses, acontecem muitas acções de formação sobre os Sacramentos, as quais estão abertas à participação de todos.

Ao escrever este texto, reflicto também para mim, quanto tenho ainda de mudar em mim, para melhor participar e viver a extraordinária graça que é o Sacramento da Eucaristia.

Muito mais haveria e há para dizer e meditar sobre este tema, mas fico agora por aqui, reflectindo com aqueles que lêem este texto, como estamos ainda tão longe de alcançarmos a dimensão de toda a graça que o Senhor derrama em cada Eucaristia sobre as nossas vidas.


Monte Real, 13 de Setembro de 2011

Tema para breve reflexão

Reflectindo
Jesus Cristo

Com tão bom amigo presente - nosso Senhor Jesus Cristo -, com tão bom capitão, que pôs em primeiro lugar o sofrer, tudo se pode sofrer. Ele ajuda e dá esforço, nunca falta, é amigo verdadeiro.



(Stª. teresa d’ávila, Vida, 22, trad ama)

O confessor como educador

A liberdade só existe no interior de um vínculo radical e último, pois somos criaturas de Deus e a nossa plena realização ou perfeição estriba-se em que Deus nos quer como Seus filhos e nos convida a participar pela graça e pelo amor na sua vida divina. 
Se rejeitas o convite divino, estás a deixar-te dominar por laços como o do dinheiro, o prazer, o orgulho, o sexo, o êxito; noutros casos, no de uma ideologia que quem sabe para onde se orienta.


Com tal a única coisa que conseguimos são novas dependências e ataduras que te tornam a sua vítima.

pedro revijano, trad ama


Evangelho do dia e comentário

 Exaltação da Santa Cruz












T. Comum– XXIV Semana




Evangelho: Jo 3, 13-17

13 Ninguém subiu ao céu, senão Aquele que desceu do céu, o Filho do Homem, que está no céu. 14 E como Moisés levantou no deserto a serpente, assim também importa que seja levantado o Filho do Homem, 15 a fim de que todo o que crê n'Ele tenha a vida eterna. 16 «Porque Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu Seu Filho Unigénito, para que todo aquele que crê n'Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. 17 Porque Deus não enviou Seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.

Comentário:

É muito importante atentar bem nas palavras do Evangelho: «Deus não enviou Seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele» porque elas contém o segredo, a chave da salvação dos homens.

De facto, Deus não condena ninguém, não poderia fazer porque é Amor e, o amor, é incompatível com a condenação, o castigo.

É o homem quem se condena a si mesmo ao afastar-se de Deus, ao ir contra a Sua Vontade, ao não cumprir os Seus Mandamentos.
Deus, sumamente Justo, mais não faz que respeitar a escolha do homem.

Mas, é verdade… tenta tudo para que o homem se salve e, por isso mesmo, chega ao extremo de Se imolar numa Cruz para o resgatar.

(ama, comentário sobre Jo 3, 13-17, 2011.08.12)

Festa da Exaltação da Santa Cruz

A CRUZ É A GLÓRIA E A EXALTAÇÃO DE CRISTO [i]

Celebramos a festa da Santa Cruz, que dissipou as trevas e nos restituiu a luz. Celebramos a festa da santa cruz, e juntamente com o Crucificado somos elevados para o alto, para que, deixando o terror do pecado, alcancemos os bens celestes. Tão grande é o valor da cruz, que quem a possui, possui um tesouro. E chamo-a justamente tesouro, porque é na verdade, de nome e de facto, o mais precioso de todos os bens. Nela está a plenitude da nossa salvação e por ela regressamos à dignidade original.

Com efeito, sem a cruz, Cristo não teria sido crucificado. Sem a cruz, a Vida não teria sido cravada no madeiro. E se a Vida não tivesse sido crucificada, não teriam brotado do seu lado aquelas fontes da imortalidade, o sangue e a água, que purificam o mundo, não teria sido rasgada a sentença e condenação escrita pelo nosso pecado, não teríamos alcançado a liberdade, não poderíamos saborear o fruto da árvore da vida, não estaria aberto para nós o Paraíso. Sem a cruz, não teria sido vencida a morte, nem espoliado o inferno.

Verdadeiramente grande e preciosa realidade é a santa cruz! Grande, porque é a origem de bens inumeráveis, tanto mais excelentes quanto maior é o mérito que lhes advém dos milagres e dos sofrimentos de Cristo. Preciosa, porque a cruz é simultaneamente o patíbulo o troféu de Deus; o patíbulo, porque nela sofreu a morte voluntariamente; e o troféu, porque nela foi mortalmente ferido o demónio, e com ele foi vencida a morte. E, deste modo, destruídas as portas do inferno, a cruz converteu-se em fonte de salvação para todo o mundo.

 A cruz é a glória de Cristo e a exaltação de Cristo! A cruz é o cálice precioso da paixão de Cristo, é a síntese de tudo o que Ele sofreu por nós. Para te convenceres de que a cruz é a glória de Cristo, ouve o que Ele mesmo diz: Agora foi glorificado o Filho do Homem e Deus foi glorificado n’Ele e em breve O glorificará. E também: Glorifica-Me, ó Pai, com a glória que tinha junto de Ti, antes de o mundo existir. E noutra passagem: ‘Eu O glorificarei e, de novo, O glorificarei?.

E também para saberes que a cruz é a exaltação de Cristo, escuta o que Ele próprio diz:Quando Eu for exaltado, então atrairei todos a Mim. Como vês, a cruz é a glória e a exaltação de Cristo.


[i] Dos Sermões de Santo. André de Creta, bispo. Sermão 10, na Festa da Exaltação da Santa Cruz (Século VIII).
Do Boletim da Paróquia de Nª Srª da Porta do Céu, Ano VII, nº 84, Setembro der 2011 (INFORMAÇÕES MUITO BREVES  [De vez em quando].2011.09.13


Era necessário que fosse anunciado a Bem-aventurada Virgem o que iria realizar-se nela?

Anunciação
Giotto
Parece que não era necessário que fosse anunciado à Bem-aventurada Virgem o que iria realizar-se nela:

1. Com efeito, parece que a anunciação só seria necessária para obter o consentimento da virgem. Ora, tal consentimento não perece ter sido necessário, porque a concepção de uma virgem já estava anunciada de antemão pela profecia de predestinação que “se realiza sem a nossa decisão”, como diz uma Glosa. Logo, não era necessário que se realizasse tal anunciação.
2. Além disso, a bem-aventurada Virgem acreditava na encarnação, pois sem essa fé ninguém poderia estar em estado de salvação, porque, como diz a Carta aos Romanos: “A justiça de Deus é dada pela fé em Jesus Cristo(3,22). Ora, quando alguém crê algo com certeza não precisa de ulteriores explicações. Logo, não era necessário à bem-aventurada Virgem que lhe fosse anunciada a encarnação do Filho.
3. Ademais, assim como a bem-aventurada Virgem concebeu a Cristo corporalmente, assim também toda alma santa o concebe espiritualmente; por isso diz o apóstolo na Carta aos Gálatas: “Meus filhinhos a quem de novo dou à luz, até que se forme Cristo em vós(4, 19). Ora, aos que devem conceber Cristo espiritualmente não lhes é anunciada tal concepção. Logo não havia por que anunciar à bem-aventurada Virgem que iria conceber no seu seio o Filho de Deus.
EM SENTIDO CONTRÁRIO, o anjo, segundo o Evangelho de Lucas, lhe disse: “Eis que conceberás em teu seio e darás à luz um filho(1, 31).

Era conveniente que fosse anunciado à bem-aventurada Virgem que iria conceber Cristo:
1º. Para que fosse guardada a ordem que convinha à união do Filho de Deus com a Virgem, ou seja, que o seu espírito fosse preparado antes que ela o concebesse corporalmente. Por isso Agostinho diz: “Maria foi mais feliz de receber a fé em Cristo do que de conceber a carne de Cristo”. E acrescenta a seguir: “De nada teria servido a Maria a intimidade materna, se não tivesse sido mais feliz por levar a Cristo em seu coração do que em seu corpo”.
2º. Para que pudesse ser firme testemunha deste mistério, uma vez que fora instruída por Deus a respeito dele.
3º. Para que oferecesse a Deus os serviços voluntários da sua entrega, ao que prontamente se dispôs ao dizer: “Eis a escrava do Senhor(Lc 1, 38).
4º. Para que assim se manifestasse existir um certo matrimónio espiritual entre o Filho de Deus e a natureza humana. Por isso, da anunciação se esperava o consentimento da Virgem em nome de toda a natureza humana. [i]

Suma Teológica,  P3Q30A1

Quanto às objecções iniciais, portanto, deve-se dizer que:

1. A profecia de predestinação se realiza sem que entre em acção o nosso livre-arbítrio, mas não sem o nosso consentimento.
2. A bem-aventurada Virgem tinha uma fé expressa na encarnação futura; mas, por ser humilde, não tinha tão alta ideia de si mesma. E por isso era preciso que fosse informada a respeito da encarnação.
3. A concepção espiritual de Cristo, que se realiza pela fé, é precedida por uma anunciação que é a pregação da fé, como diz a carta aos Romanos: “A fé vem pelo ouvido(10, 17). Sem que, por isso, tenha alguém a certeza de possuir a graça, mas tem a certeza de que a fé que recebe é verdadeira.


2011.07.15


[i] Nota: A ideia de que a encarnação é um “casamento” entre o Verbo de Deus e o género humano como um todo, que o corpo concebido em Maria traz em si toda a humanidade, é agostiniana. Mas é próprio de São Tomás, e de importância capital, afirmar que tal “casamento” só se efectua, e para sempre, por meio de um “consentimento”, e que, tal consentimento, a Virgem Maria o deu em nome de todo o género humano: “per annuntiationem expectabatur consensus Virginis loco totius humanae naturae”. Que todo o género humano tenha como que se personalizado em Maria para tornar-se esposa de Deus que se faz homem, para tornar-se a Igreja, isso funda toda a teologia tão actual de Maria protótipo da Igreja, nova Eva, associada a Cristo em todo seu destino de Verbo encarnado. Isso permite compreender que a “mulher” do Génesis (3, 15), ou a do capítulo 12 do Apocalipse seja ao mesmo tempo Maria e o género humano, do qual é a realização pessoal, para que ela dê à luz seu Salvador.