03/07/2022

Publicações em Julho 03

 


Dentro do Evangelho –  (cfr: São Josemaria, Sulco 253)

 

(Re Jo XIII)

 

Mantendo-me atento ás palavras de Jesus, hoje como que sobressaíu algo que me provocou algumas questões; refiro particularmente «o servo não é maior que o seu Senhor», isto não porque não aceite algo óbvio como seja o servo está num plano inferior ao do Senhor, mas porque guardo no coração as várias declarações de Jesus dizendo que vinha para salvar todos os homens sem distinção de categoria social e, enfantizando que, Ele Próprio tinha vindo ao mundo para servir, ou seja, ser o servo de todos, principalmente e em primeiro lugar os oprimidos, os sem esperança, os "restringidos" na sua intrínseca dignidade humana. Quero crer que, este discurso, naquela época em que os israelitas estavam como que estractificados em classes sociais - realmente apenas duas... o grupo dos Escribas  Anciãos e Fariseus e, depois... todos os outros que não "contavam", não tinham qualquer direito a manifestar-se, a emitir uma opinião, tenha causado grande preocupação nos Chefes do Povo porque viam a "atracção" que exerciam sobre ele. De facto, uns quantos eram os senhores, todos os outros estavam cometidos à condição de servos e, portanto, sem quaisquer direitos. Ora esta "gente" via e percebia que as atitudes e as palavras de Jesus alastravam como apelo irresistível por entre o povo que, ao escutá-Lo sentiam na alma uma irreprimível esperança. Postos de lado os exaltados dispostos a lutar com as armas disponíveis, ficam os pacíficos que antes de encetarem uma guerra se esforçam por conseguir a Paz. Estes "Pacíficos" que Jesus menciona no, chamado, "discurso das Bem-Aventuranças", estão destinados a "possuir a terra", ou seja, concluo, só a Paz vence qualquer conflito. É verdade, por vezes travar uma guerra pode ser justificável como a única solução para defender a Fé e a Igreja. Estarão neste caso, por exemplo, a batalha de Lepanto, ou o "princípio" que esteve na origem das Cruzadas.  Próprio Jesus disse: «Quem não tem uma espada que compre uma», o que, no meu entender, significa que as verdades da Fé devem ser defendidas até ao último reduto". Entendo pois,  que Jesus não deseja a guerra mas aconselha vivamente aos Seus seguidores que estejam preparados e dispostos a defender a sua Fé. De facto, concluo, é diferente lutar para impor o que seja, que lutar para resistir ao que outros lhe querem impor sobretudo se tal restringe a sua liberdade pessoal e, rematando, penso que é uma elementar noção de Justiça.

Reflexão

O que são, verdadeiramente, as "reservas" que tenho relativamente a alguém?

Pois penso que é tudo aquilo que tenho no "arquivo" da memória e que não passa de um julgamento imediato sobre essa pessoa.

E penso que a melhor forma de obviar este defeito pessoal será, quando seja porque for me lembrar de alguém a primeiríssima coisa que devo fazer é rezar um Pai-Nosso por esse alguém e, tenho a certeza, o resto desvanece-se.

 

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