PLANO DE VIDA: (Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito: Viver a família.
Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família
em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo
de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que
os lares de cada um sejam luminosos e alegres.
Pequeno exame: Cumpri o
propósito que me propus ontem?
LEITURA ESPIRITUAL
Evangelho
Lc
XXIV, 15-35
Os discípulos de
Emaús
13 Nesse mesmo dia, dois dos
discípulos iam a caminho de uma aldeia chamada Emaús, que ficava a cerca de duas
léguas de Jerusalém; 14 e conversavam entre si sobre tudo o que acontecera. 15
Enquanto conversavam e discutiam, aproximou-se deles o próprio Jesus e pôs-se
com eles a caminho; 16 os seus olhos, porém, estavam impedidos de o reconhecer.
17 Disse-lhes Ele: «Que palavras são essas que trocais entre vós, enquanto
caminhais?» Pararam entristecidos. 18 E um deles, chamado Cléofas, respondeu:
«Tu és o único forasteiro em Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes
dias!» 19 Perguntou-lhes Ele: «Que foi?» Responderam-lhe: «O que se refere a
Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo
o povo; 20 como os sumos sacerdotes e os nossos chefes o entregaram, para ser
condenado à morte e crucificado. 21 Nós esperávamos que fosse Ele o que viria
redimir Israel, mas, com tudo isto, já lá vai o terceiro dia desde que se deram
estas coisas. 22 É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deixaram
perturbados, porque foram ao sepulcro de madrugada 23 e, não achando o seu
corpo, vieram dizer que lhes apareceram uns anjos, que afirmavam que Ele vivia.
24 Então, alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as
mulheres tinham dito. Mas, a Ele, não o viram.» 25 Jesus disse-lhes, então: «Ó
homens sem inteligência e lentos de espírito para crer em tudo quanto os
profetas anunciaram! 26 Não tinha o Messias de sofrer essas coisas para entrar
na sua glória?» 27 E, começando por Moisés e seguindo por todos os Profetas,
explicou-lhes, em todas as Escrituras, tudo o que lhe dizia respeito. 28 Ao
chegarem perto da aldeia para onde iam, fez menção de seguir para diante. 29 Os
outros, porém, insistiam com Ele, dizendo: «Fica connosco, pois a noite vai
caindo e o dia já está no ocaso.» Entrou para ficar com eles. 30 E, quando se
pôs à mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir,
entregou-lho. 31 Então, os seus olhos abriram-se e reconheceram-no; mas Ele
desapareceu da sua presença. 32 Disseram, então, um ao outro: «Não nos ardia o
coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» 33
Levantando-se, voltaram imediatamente para Jerusalém e encontraram reunidos os
Onze e os seus companheiros, 34 que lhes disseram: «Realmente o Senhor
ressuscitou e apareceu a Simão!» 35 E eles contaram o que lhes tinha acontecido
pelo caminho e como Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o pão.
Considerações
Sobre este episódio que São Lucas descreve podem fazer-se
várias considerações.
Uma primeira talvez o facto de os dois a caminho de
Emaús não reconhecerem o companheiro que se lhes junta na viagem.
Nem sequer as palavras que profere lhes despertam a
memória e, seguramente como concluimos, deveriam estar familiarisados com os
discursos de Jesus, o tom da Sua voz.
Foi necessário um sinal para que os seus olhos se
abrissem.
Jesus deveria ter um modo caracteristíco de o fazer e,
depois de distribuir os pedaços.
Vemos aqui uma importante referência à Eucaristia e o
valor dos gestos e, assim, compreendem porque Jesus lhes ordenou que fizessem
como Ele fez na instituição da Eucaristia.
Uma segunda consideração leva-nos ao zêlo apostólico.
Descoberta a verdade há que comunicá-la sem demora aos
outros porque estão carentes dela.
A verdade, quando devidamente testemunhada convence e
arrasta e como ninguém pode ser apóstolo sem transmitir a verdade tal qual é o
testemunho tem de ser concreto, simples, assertivo.
Não são necessárias muitas palavras, ou discursos
elaborados porque com a segurança do próprio testemunho pessoal ela torna-se
firme, indiscutível, absolutamente aceitável.
DOCUMENTOS DO
MAGISTÉRIO
Mal o
homem nasce para a vida, o sacerdote regenerado no Baptismo, confere-lhe uma
vida mais nobre, mais preciosa, a vida sobrenatural, e torna-o filho de Deus e
da Igreja de Jesus Cristo.
Para o
fortificar e o tornar mais apto para combater generosamente nas lutas
espirituais, também um sacerdote, revestido de uma dignidade especial, o torna
soldado de Cristo por meio da Confirmação.
Quando
ainda criança é capaz de discernir e apreciar o Pão dos Anjos, dom do céu, o
sacerdote alimenta-o e fortifica-o com este manjar vivo e vivificante. Se teve
a desgraça de cair, o sacerdote levanta-o em nome de Deus e reconciliado com
Ele por meio do sacramento da Penitência. Se Deus o chama para formar uma família
e para cooperar com Ele na transmissão da Vida Humana no mundo e para aumentar
o número de fiéis sobre a terra, e depois, dos eleitos no Céu, o sacerdote está
ali para bendizer o seu casamento e o seu amor, nobre. Quando, finalmente, o
cristão próximo do desenlace da sua vida mortal, necessita de fortaleza,
necessita de auxílio para se apresentar perante o Juiz Divino, o ministro de
Cristo, inclinando-se sobre os membros doridos dos moribundos, conforta-os e
purifica-os com a unção do óleo sagrado. (Pio XI, Encíclica
Ad catholici sacerdotii, 20-XII-1935, nr. 15)
REFLEXÃO
Pedro e o seu irmão, André «Deixaram tudo»!... diz Mateus.
Como Cristo hão-de entregar também as
suas vidas na cruz.
Ambos se consideraram indignos ser
crucificados como o Rabi por Quem tinham abandonado tudo, naquele dia, nas
margens do mar da Galileia: Pedro quer ser crucificado de cabeça para baixo;
André escolhe uma cruz em X.
Quiseram deixar bem claro quem era o
Mestre e quem eram os discípulos.
E eu? O que é que eu tenho deixado, ao
longo da minha vida, pelo meu Mestre?
Umas coisitas de pouca monta e, mesmo
assim, sempre relutante, a contra-gosto.
Fico-me para aqui, agarrado às minhas
redes, encostado ao meu barco e não avanço mar dentro à pesca com é meu dever.
Ah! Porque o tempo não está favorável; talvez amanhã; porque estou cansado;
porque chove; está frio; faz muito calor; não me apetece; ainda ontem fui e não
apanhei nada!
Tantas razões sem razão nenhuma!
Vá! Nunc coepi! Agora...agora
começo. Com o que tenho, com as minhas misérias e pouca coisa, com os meus
enormes defeitos e pequenas virtudes, mas de ouvidos bem atentos à voz de quem
chama: Tu...! Vem e segue-me!