18/04/2021

NUNC COEPI: Publicações em Abril 18

PLANO DE VIDA:  (Coisas muito simples, curtas, objectivas)

Propósito: Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

 

Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?

 

LEITURA ESPIRITUAL

 

Evangelho

 

Lc XXIV, 15-35

Os discípulos de Emaús

13 Nesse mesmo dia, dois dos discípulos iam a caminho de uma aldeia chamada Emaús, que ficava a cerca de duas léguas de Jerusalém; 14 e conversavam entre si sobre tudo o que acontecera. 15 Enquanto conversavam e discutiam, aproximou-se deles o próprio Jesus e pôs-se com eles a caminho; 16 os seus olhos, porém, estavam impedidos de o reconhecer. 17 Disse-lhes Ele: «Que palavras são essas que trocais entre vós, enquanto caminhais?» Pararam entristecidos. 18 E um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único forasteiro em Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias!» 19 Perguntou-lhes Ele: «Que foi?» Responderam-lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; 20 como os sumos sacerdotes e os nossos chefes o entregaram, para ser condenado à morte e crucificado. 21 Nós esperávamos que fosse Ele o que viria redimir Israel, mas, com tudo isto, já lá vai o terceiro dia desde que se deram estas coisas. 22 É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deixaram perturbados, porque foram ao sepulcro de madrugada 23 e, não achando o seu corpo, vieram dizer que lhes apareceram uns anjos, que afirmavam que Ele vivia. 24 Então, alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas, a Ele, não o viram.» 25 Jesus disse-lhes, então: «Ó homens sem inteligência e lentos de espírito para crer em tudo quanto os profetas anunciaram! 26 Não tinha o Messias de sofrer essas coisas para entrar na sua glória?» 27 E, começando por Moisés e seguindo por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, tudo o que lhe dizia respeito. 28 Ao chegarem perto da aldeia para onde iam, fez menção de seguir para diante. 29 Os outros, porém, insistiam com Ele, dizendo: «Fica connosco, pois a noite vai caindo e o dia já está no ocaso.» Entrou para ficar com eles. 30 E, quando se pôs à mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir, entregou-lho. 31 Então, os seus olhos abriram-se e reconheceram-no; mas Ele desapareceu da sua presença. 32 Disseram, então, um ao outro: «Não nos ardia o coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» 33 Levantando-se, voltaram imediatamente para Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os seus companheiros, 34 que lhes disseram: «Realmente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!» 35 E eles contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o pão.

 

Considerações

 

Sobre este episódio que São Lucas descreve podem fazer-se várias considerações.

Uma primeira talvez o facto de os dois a caminho de Emaús não reconhecerem o companheiro que se lhes junta na viagem.

Nem sequer as palavras que profere lhes despertam a memória e, seguramente como concluimos, deveriam estar familiarisados com os discursos de Jesus, o tom da Sua voz.

Foi necessário um sinal para que os seus olhos se abrissem.

Jesus deveria ter um modo caracteristíco de o fazer e, depois de distribuir os pedaços.

Vemos aqui uma importante referência à Eucaristia e o valor dos gestos e, assim, compreendem porque Jesus lhes ordenou que fizessem como Ele fez na instituição da Eucaristia.

Uma segunda consideração leva-nos ao zêlo apostólico.

Descoberta a verdade há que comunicá-la sem demora aos outros porque estão carentes dela.

A verdade, quando devidamente testemunhada convence e arrasta e como ninguém pode ser apóstolo sem transmitir a verdade tal qual é o testemunho tem de ser concreto, simples, assertivo.

Não são necessárias muitas palavras, ou discursos elaborados porque com a segurança do próprio testemunho pessoal ela torna-se firme, indiscutível, absolutamente aceitável.

 

 

DOCUMENTOS DO MAGISTÉRIO

 

Mal o homem nasce para a vida, o sacerdote regenerado no Baptis­mo, confere-lhe uma vida mais nobre, mais preciosa, a vida sobrenatural, e tor­na-o filho de Deus e da Igreja de Jesus Cristo.

Para o fortificar e o tornar mais apto para combater generosamente nas lutas espirituais, também um sacerdote, revestido de uma dignidade especial, o torna soldado de Cristo por meio da Confirmação.

Quando ainda criança é capaz de discernir e apreciar o Pão dos Anjos, dom do céu, o sacerdote alimenta-o e fortifica-o com este manjar vivo e vivi­ficante. Se teve a desgraça de cair, o sacerdote levanta-o em nome de Deus e reconciliado com Ele por meio do sacramento da Penitência. Se Deus o chama para formar uma família e para cooperar com Ele na transmissão da Vida Humana no mundo e para aumentar o número de fiéis sobre a terra, e depois, dos eleitos no Céu, o sacerdote está ali para bendizer o seu casamento e o seu amor, nobre. Quando, finalmente, o cristão próximo do desenlace da sua vida mor­tal, necessita de fortaleza, necessita de auxílio para se apresentar perante o Juiz Divino, o ministro de Cristo, inclinando-se sobre os membros doridos dos mo­ribundos, conforta-os e purifica-os com a unção do óleo sagrado. (Pio XI, Encíclica Ad catholici sacerdotii, 20-XII-1935, nr. 15)

 

REFLEXÃO

Pedro e o seu irmão, André «Deixaram tudo»!... diz Mateus.

Como Cristo hão-de entregar também as suas vidas na cruz.

Ambos se consideraram indignos ser crucificados como o Rabi por Quem tinham abandonado tudo, naquele dia, nas margens do mar da Galileia: Pedro quer ser crucificado de cabeça para baixo; André escolhe uma cruz em X.

Quiseram deixar bem claro quem era o Mestre e quem eram os discípulos.

E eu? O que é que eu tenho deixado, ao longo da minha vida, pelo meu Mestre?

Umas coisitas de pouca monta e, mesmo assim, sempre relutante, a contra-gosto.

Fico-me para aqui, agarrado às minhas redes, encostado ao meu barco e não avanço mar dentro à pesca com é meu dever. Ah! Porque o tempo não está favorável; talvez amanhã; porque estou cansado; porque chove; está frio; faz muito calor; não me apetece; ainda ontem fui e não apanhei nada!

Tantas razões sem razão nenhuma!

Vá! Nunc coepi! Agora...agora começo. Com o que tenho, com as minhas misérias e pouca coisa, com os meus enormes defeitos e pequenas virtudes, mas de ouvidos bem atentos à voz de quem chama: Tu...! Vem e segue-me!