Mês de Maio
História verdadeira
Com 4/5 anos de idade, o sexto filho de
uma, família nessa altura com 7 irmãos, mais tarde seriam 10, apareceu com uma
doença, na época, pelos anos 1944/45, estranha ou, pelo menos, pouco divulgada:
Leucemia.
Não havia, então, grandes meios, nem de
diagnóstico e, muito menos de tratamento. As análises semanais eram feitas e
enviadas para Alemanha; em Portugal, não havia recursos para tal. Os resultados
revelavam sempre o agravamento da doença.
Os Pais, não desistiam de aplicar todos
os meios, embora escassos, para lutar pela saúde do seu filho e, sobretudo,
todos os dias 13 de cada mês, levavam-no a Fátima onde participava na Missa dos
peregrinos e recebia a bênção dos doentes.
O miúdo olhava para a Mãe ao seu lado,
vestida de servita e via nos seus olhos doces, fixando a Custódia, um brilho de
lágrimas incontidas.
Passados talvez 2 anos e meio, num dia
13 de Maio, mais uma vez ali estiveram.
No dia seguinte mais uma análise, desta
vez com colheita de gânglios linfáticos que se avolumavam no pescoço do
rapazinho. Uns dias depois, talvez uma semana, vieram os resultados do
laboratório alemão: Não havia vestígios de Leucemia!
As análises continuaram, cada vez mais
espaçadas e, os resultados mantinham-se.
O rapazinho recuperou totalmente a
saúde, foi para o colégio e fazia, normalmente, a vida que todos os rapazes da
sua idade faziam.
Passados 3 anos, em Fevereiro, nova e
terrível doença: Meningite no seu estado mais grave!
Não havia ainda medicamentos
apropriados (como a Estreptomicina que só apareceria no mercado em Abril desse
ano e por um preço astronómico). As punções lombares cada dois dias eram um
tormento indescritível e as dores de cabeça eram tais que o Pai do menino pediu
ao porteiro do prédio que desse uma moeda a cada tocador de guitarra, acordeão
etc., que então abundavam nas ruas de Lisboa, com a recomendação de se
afastarem do local.
Não havia possibilidades de o levar a
Fátima, tal a prostração e debilidade crescentes, mas, a sua Mãe colocou-lhe
debaixo da almofada da sua cama de quase moribundo, um cravo que tinha colhido
do andor de Nossa Senhora, em Fátima, depois da “procissão do adeus” num dia 13
também de Maio.
Passadas poucas semanas, voltou para o
colégio, são e salvo!
Naquela família existiu – existe –
sempre a convicção profunda que Jesus, por intercessão da Sua Santíssima Mãe,
tinha, mais uma vez, operado um milagre.
O rapazinho viveu.
Tem, hoje 83 anos!
A Deus nada é impossível… e atende
sempre a Sua Santíssima Mãe!
(AMA, 2016.11.12)
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