Dentro
do Evangelho – (cfr:
São Josemaria, Sulco 253)
EVANGELHO – Mc V, 2-…
Estou com Jesus junto ao mar
Prólogo
Muitas vezes dou
comigo a pensar que, a minha vida é uma constante procura de um encontro com o
Senhor, fazendo oração, procurando-O no sacrário, participando na Santa Missa.
Quando me detenho mais um pouco, vejo com clareza que não é bem assim, aliás,
não é de todo assim; com efeito, eu, procuro encontrar-me com Ele, mas, isto só
acontece porque, primeiro, Ele, quis encontrar-se comigo. De muitas maneiras
diferentes, nos mais diversos ambientes e circunstâncias, sinto que me fala, me
interpela, me chama. Está à minha espera! E não deixo de me surpreender com
este cuidado e carinho que Jesus tem para comigo, sendo eu o que sou, sendo eu
como sou: Nada! Depois, mergulho em mim mesmo e reflicto: Sou filho de Deus!
Ser Teu filho Senhor! Esta certeza é cada vez mais uma
presença dominante no meu espírito e desejo sinceramente que assim continue,
aumente e cresça até tomar conta total de mim. De tal modo desejo que esta
realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas
de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que
queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante porque sei que me
conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é
assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor.
Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez,
nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.
Penso na minha vida e
imagino-me um marinheiro, um navegante na viagem permanente que é qualquer vida
normal e corrente de todo o ser humano. Dentro de mim mesmo entrechocam-se
emoções contraditórias principalmente devido a que, sabendo-me um ponto
minúsculo no Universo tenho simultâneamente a certeza de uma extraordinária
“grandeza” pessoal cuja verdadeira dimensão não consigo abarcar completamente.
Cristo está junto ao
mar. O mar da vida de cada homem. O mar onde navega a multidão de seres humanos
lutando por chegar a um porto. O de cada um. O porto que cada um escolheu para
si, para descansar da luta da viagem, longa ou breve, que começou quando nasceu
de sua mãe e acabará exactamente nesse porto.
Sabemos qual é o porto para
onde nos dirigimos? Temos a certeza de que a nossa “navegação” nos levará a
esse destino?
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