05/02/2013

Leitura espiritual para 05 Fev


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.



Evangelho do dia e comentário


   

T. Comum – IV Semana









Evangelho: Mc 5, 21-43

21 Tendo Jesus passado novamente na barca para a outra margem, acorreu a Ele muita gente, e Ele estava junto do mar. 22 Chegou um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo, que, vendo-O, lançou-se a Seus pés, 23 e suplicava-Lhe com insistência: «Minha filha está nas últimas; vem, impõe sobre ela as mãos, para que seja salva e viva». 24 Jesus foi com ele; e uma grande multidão O seguia e O apertava. 25 Então, uma mulher que havia doze anos padecia um fluxo de sangue, 26 e tinha sofrido muito de muitos médicos, e gastara tudo quanto possuía, sem ter sentido melhoras, antes cada vez se achava pior, 27 tendo ouvido falar de Jesus, foi por detrás entre a multidão e tocou o Seu manto. 28 Porque dizia: «Se eu tocar, ainda que seja só o Seu manto, ficarei curada». 29 Imediatamente parou o fluxo de sangue e sentiu no seu corpo estar curada do mal. 30 Jesus, conhecendo logo em Si mesmo a força que saíra d'Ele, voltado para a multidão, disse: «Quem tocou os Meus vestidos?». 31 Os Seus discípulos responderam: «Tu vês que a multidão Te comprime, e perguntas: “Quem Me tocou?”». 32 E Jesus olhava em volta para ver quem tinha feito aquilo. 33 Então a mulher, que sabia o que se tinha passado nela, cheia de medo e a tremer, foi prostrar-se diante d'Ele, e disse-Lhe toda a verdade. 34 Jesus disse-lhe: «Filha, a tua fé te salvou; vai em paz e fica curada do teu mal». 35 Ainda Ele falava, quando chegaram da casa do chefe da sinagoga, dizendo: «Tua filha morreu; para que incomodar mais o Mestre?». 36 Porém, Jesus, tendo ouvido o que eles diziam, disse ao chefe da sinagoga: «Não temas; crê somente». 37 E não permitiu que ninguém O acompanhasse, senão Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago. 38 Ao chegarem a casa do chefe da sinagoga, viu Jesus o alvoroço e os que estavam a chorar e a gritar. 39 Tendo entrado, disse-lhes: «Porque vos perturbais e chorais? A menina não está morta, mas dorme». 40 E troçavam d'Ele. Mas Ele, tendo feito sair todos, tomou o pai e a mãe da menina e os que O acompanhavam, e entrou onde a menina estava deitada. 41 Tomando a mão da menina, disse-lhe: «Talitha kum», que quer dizer: «Menina, Eu te mando, levanta-te». 42 A menina imediatamente levantou-se e andava, pois tinha já doze anos. Ficaram cheios de grande espanto. 43 Jesus ordenou-lhes com insistência que ninguém o soubesse. Depois disse que dessem de comer à menina.

Comentário:

Quantas vezes, alguns de nós, estamos mergulhados num sono como que de morte!
Não vemos, não ouvimos, não nos damos conta do que se passa à nossa volta, não nos preocupamos com os outros.
Mergulhados nos nossos próprios problemas – por vezes, muitos e sérios – ficamos, de facto, mortos para a vida que temos obrigação de viver.

Precisamos, então, que Jesus se apiede de nós e nos diga com a Sua voz forte mas cheia de carinho:

“Tu… levanta-te! Acorda! Sê verdadeiro homem, verdadeira mulher! Não te deixes esmagar pelo peso da vida! Eu, que sou a Vida, pego-te na mão e estou aqui, pronto para te ajudar a levá-la”

(ama, comentário sobre Mc 2, 21-43, 2012.12.26)

PENSAMENTOS INSPIRADOS À PROCURA DE DEUS 314



Porque vês nos outros
o que recusas ver em ti?

PENSAMENTOS INSPIRADOS À PROCURA DE DEUS 313



Para subires para Deus,
precisas descer abaixo de ti.

Tratado dos actos humanos 23


Questão 10: Do modo pelo qual a vontade é movida.



Em seguida devemos tratar do modo pelo qual a vontade é movida.

E, sobre esta Questão, quatro artigos se discutem:

Art. 1 ― Se a vontade é movida para alguma coisa, naturalmente.
Art. 2 ― Se a vontade é necessariamente movida pelo seu objecto.
Art. 3 ― Se a vontade é movida necessariamente pela paixão do apetite inferior.
Art. 4 — Se a vontade é necessariamente movida por Deus.


Carta do Prelado do Opus Dei por ocasião do Ano da Fé. 47


Como o fermento na massa


47. Quando, nalguma ocasião, noteis com especial força o peso do ambiente adverso, no local de trabalho, entre os próprios parentes, no círculo de amigos e conhecidos, pensai com profunda responsabilidade que o Senhor chama os cristãos para ser fermento no meio da massa. O Reino dos céus é comparado ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha e que faz fermentar toda a massa (Mt 13, 33). E S. João Crisóstomo explica: «Como o fermento comunica a sua própria virtude a uma grande massa, assim vós haveis de transformar o mundo inteiro» 86.

Assim atuou e actua Deus na história do mundo. Nas suas mãos está a possibilidade de que todos caiam rendidos a seus pés, porque nenhuma criatura pode resistir ao seu poder; mas então não respeitaria a liberdade que Ele mesmo nos concedeu. Deus não quer vencer pela força, mas convencer pelo amor, contando com a colaboração livre e entusiasta doutras criaturas, sem ignorar que ao Mestre interessam as multidões, as pessoas, os desorientados como ovelhas sem dono. Não quer impor despoticamente a sua Verdade, mas também não fica indiferente ante a ignorância das pessoas ou os desvios morais; e por isso, da boca do bom pai de família que convida para o banquete, brota a indicação: Sai pelos caminhos e atalhos e obriga todos a entrar, para que se encha a minha casa (Lc 14, 23): compélle intráre!

«Mesmo que, permanecendo no mesmo lugar, Cristo tivesse podido atrair a Si as pessoas para ouvirem a sua pregação, não atuou desse modo; dando-nos exemplo, para que percorramos também nós os caminhos, buscando aqueles que se perdem como o pastor procura a ovelha perdida, como o médico socorre o doente» 87.

Por este trabalho constante produziram-se inúmeras conversões ao longo do caminho que a Igreja foi abrindo no mundo. Raramente surgiram como resultado da ação duma personalidade excecional, ou como resultado duma estratégia pensada até aos menores detalhes. Surgiram como efeito do bom exemplo de homens e mulheres, de famílias inteiras, que com a ajuda da graça praticaram a sua fé com naturalidade e souberam dar com continuidade razão da esperança que neles habitava (cfr. 1 Pd 3 15).

Que grande é a responsabilidade dos cristãos, de cada um de nós! Do nosso comportamento, do zelo pelas almas, dependem tantas tarefas grandes, altamente eficazes e atraentes. Se as pessoas se tornam insípidas, vós podeis devolver-lhes o seu sabor; mas se isso vos acontecer a vós, com a vossa perda arrastaríeis também os outros. Por isso, quanto maiores encargos tendes, mais necessitais de maior fervor e zelo 88.

Copyright © Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
Nota: Publicação devidamente autorizada

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Notas:
86 S. João Crisóstomo, Homilias sobre o Evangelho de S. Mateus, 46, 2 (PG 58, 478).
87 S. João Crisóstomo, cit. por S. Tomás de Aquino, Suma Teológica, III, q. 40, a. 1 ad 2.
88 S. João Crisóstomo, Homilias sobre o Evangelho de S. Mateus, 15, 7 (PG 57, 231).

Bendita perseverança a do burrico


Se não for para construir uma obra muito grande, muito de Deus – a santidade –, não vale a pena entregar-se. Por isso, a Igreja, ao canonizar os Santos, proclama a heroicidade da sua vida. (Sulco, 611)

Se a vida não tivesse por fim dar glória a Deus, seria desprezível; mais ainda, detestável. (Caminho, 783)

Bendita perseverança a do burrico de nora! – Sempre ao mesmo passo. Sempre as mesmas voltas. – Um dia e outro; todos iguais.

Sem isso, não haveria maturidade nos frutos, nem louçania na horta, nem o jardim teria aromas.

Leva este pensamento à tua vida interior. (Caminho, 998)

Qual é o segredo da perseverança? O Amor. – Enamora-te. e não "O" deixarás. (Caminho, 999)

A entrega é o primeiro passo de uma corrida de sacrifício, de alegria, de amor, de união com Deus. E, assim, toda a vida se enche de uma bendita loucura, que faz encontrar felicidade onde a lógica humana não vê senão negação, padecimento, dor. (Sulco, 2)

– Qual é o fundamento da nossa fidelidade?

– Dir-te-ia, a traços largos, que se baseia no amor de Deus, que faz vencer todos os obstáculos: o egoísmo, a soberba, o cansaço, a impaciência...

Um homem que ama calca-se a si próprio; sabe que, até amando com toda a sua alma, ainda não sabe amar bastante. (Forja, 532)