Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
09/02/2020
Tu e eu procedemos como filhos de Deus?
Um filho de Deus não tem medo da vida nem medo da morte, porque o
fundamento da sua vida espiritual é o sentido da filiação divina: Deus é meu
Pai, pensa, e é o Autor de todo o bem, é toda a Bondade. – Mas tu e eu
procedemos, de verdade, como filhos de Deus? (Forja, 987)
A nossa condição de filhos de Deus levar-nos-á – insisto – a ter
espírito contemplativo no meio de todas as actividades humanas – luz, sal e
levedura, pela oração, pela mortificação, pela cultura religiosa e profissional
–, fazendo realidade este programa: quanto mais dentro do mundo estivermos,
tanto mais temos de ser de Deus. (Forja, 740)
Quando se trabalha por Deus, é preciso ter "complexo de
superioridade" – fiz-te notar. – Mas – perguntavas-me – isso não é uma
manifestação de soberba? – Não! É uma consequência da humildade, de uma
humildade que me faz dizer: – Senhor, Tu és o que és. Eu sou a negação. Tu tens
todas as perfeições: o poder, a fortaleza, o amor, a glória, a sabedoria, o
império, a dignidade... Se eu me unir a Ti, como um filho quando se põe nos
braços fortes do pai ou no regaço maravilhoso da mãe, sentirei o calor da tua
divindade, sentirei as luzes da tua sabedoria, sentirei correr pelo meu sangue
a tua fortaleza. (Forja,
342)
THALITA KUM 96
(Cfr. Lc 8, 49-56)
Dentro de alguns
dias começará a Quaresma, o período litúrgico de quarenta dias que leva os
cristãos a prepararem-se para a festa maior da nossa fé:
O Domingo da
Ressurreição.
É um tempo,
especialmente dedicado pela Igreja, à exortação dos seus filhos ao
arrependimento e penitência.
O arrependimento
sincero, que só será possível com o exame sereno e constante, do nosso
comportamento, ou seja, um entrar em nós mesmos com a valentia e a determinação
de descobrir tudo quanto nos vai no mais íntimo do ser, de pôr a nu, sem falsos
pretextos, a verdadeira raiz das nossas vidas.
Sem precipitações
nem excessos de zelo, antes com serenidade e constância, iremos examinando em
pormenor os nossos comportamentos como homens, como filhos, como pais, como
trabalhadores, como membros da sociedade, nas nossas relações com os outros, no
seio familiar ou no ambiente em que vivemos e trabalhamos.
Para que este exame
seja profícuo é muito útil tomarmos algum propósito concreto de melhoria, um
ponto de cada vez, e, desta forma, ao longo da Quaresma, iremos caminhando com
segurança para o objectivo geral de melhoria de vida.
Nesta tarefa, o
arrependimento irá surgindo inevitavelmente, preparando-nos para dar boa conta
deste facto, na Confissão Sacramental com que coroaremos este tempo de
reflexão.
Tal como a Igreja
aconselha, é muito útil a penitência, sobretudo porque ela ajuda à
concretização da vida interior.
Assim como nos
dedicaremos ao exame que atrás falava, também diariamente nos deveríamos propor
algum pequeno acto de mortificação, que não tem que ser nem violento nem
espalhafatoso:
-
Qualquer
pequena privação na comida ou na bebida;
-
O
cigarro que se deixa de fumar ou que se fuma mais tarde e não logo que apetece;
-
Um
esforço por sermos mais afáveis em casa;
-
Dedicarmos
alguma atenção extra aos nossos filhos, à nossa mulher;
-
Não
evitarmos aquele sujeito "maçador" que nos importuna;
-
Completarmos
com perfeição o nosso trabalho de cada dia;
-
A
arrumação daquela gaveta que há tanto tempo vimos adiando; enfim... pequenas
coisas que, todos sabemos bem, que nos custam.
Desta sucessão de
pequenos esforços, pequenos sacrifícios em suma, nascerá uma atitude mais
consciente perante os outros e, sobretudo, perante nós próprios.
Ser-nos-á mais
fácil, evidenciar as nossas fraquezas e deficiências.
Em concreto, será
muito útil para o exame já referido.
Sempre que alguma
tarefa mais importante ou definitiva se aproximava, Jesus retirava-se para
orar.
Os Evangelistas
relatam inúmeras vezes, este facto.
Esta atitude do
Mestre é uma indicação clara da necessidade de recolhimento e tranquilidade
para um melhor encontro com Deus.
Nesta Quaresma,
faremos um esforço para nos aproximarmos mais amiúde do Senhor presente no
Sacrário da nossa Igreja.
A alguma hora do
dia, havemos de descobrir uns momentos para Lhe fazer uma visita, breve que
seja, alguns minutos apenas, mas que serão muito provavelmente o suficiente
para nos animar nos propósitos que temos intenção de concretizar nesta
Quaresma.
Nestes quarenta
dias temos também de encontrar algum tempo diário - 15 minutos, não mais - para
lermos uma passagem do Evangelho e algum trecho de leitura espiritual.
Desta forma
completaremos uma linha mestra de atitudes de reflexão e de verdadeira união
com Deus.
Tudo isto se
traduzirá, de forma muito concreta, na nossa atitude e não deixará de
influenciar o ambiente em que nos movemos.
Em nossa casa, por
exemplo, os nossos filhos mais pequenos, e mesmo os outros, dar-se-ão conta que
vivemos um tempo "especial" em que se evidencia uma certa moderação
nos costumes: na comida e na bebida, nos divertimentos, (na utilização
excessiva da televisão, muito concretamente).
Significa, isto,
que vamos viver "conventualmente"?
É evidente que não
é disso que se trata.
Somos homens comuns
e correntes e não monges ou religiosos de qualquer congregação.
Mas somos cristãos,
fiéis da Igreja de Cristo Nosso Senhor e, por isso mesmo, parece justificável
que nos comportemos como a Santa Igreja nos aconselha.
De resto, hoje em
dia, as limitações, por assim dizer, que a Igreja nos recomenda expressamente
para este tempo, resumem-se, diria, apenas ao jejum na Quarta Feira de Cinzas e
na Sexta-feira Santa, e a uma moderação nas refeições nas Sextas-feiras, tudo o
resto, é apenas no plano interior, espiritual.
E, se acaso nos
assaltarem respeitos humanos - que todos mais ou menos temos - lembremo-nos que
somos livres de proceder como muito bem entendermos e que ninguém se pode
escandalizar por querermos cumprir os preceitos que a Santa Igreja nos
recomenda.
Os Muçulmanos têm
aquele longo tempo do Ramadão que crentes e não crentes respeitam e
compreendem.
Não parece, portanto, aceitável
alguma crítica a um cristão que pretenda viver mais autenticamente o tempo de
preparação da sua maior festa.
Somos o que
somos... temos de viver de acordo».
(AMA, reflexões).
Evangelho e comentário
Evangelho: Mt 5, 13-16
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: «Vós sois o sal da terra. Mas se ele perder a força, com que há-de
salgar-se? Não serve para nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos
homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre
um monte; nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas
sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa. Assim deve
brilhar a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras,
glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus».
Comentário:
Jesus Cristo declara sem qualquer margem para dúvidas
a importância do cristão na sociedade.
Uma importância que lhe vem directamente da sua Categoria de Filho de Deus em Cristo.
Como do sal ou da luz muitos dependerão dele como necessidade concreta para melhor "temperarem" as suas vidas e verem com nitidez o caminho a seguir.
(AMA, comentário sobre Mt 5, 13-16, 2015.06.09)
Leitura espiritual
Cartas de São Paulo
2ª Carta a Timóteo
2Tm 1
Saudação
–
1
Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, por mandato de Deus, nosso Salvador, e de
Cristo Jesus, nossa esperança, 2 a Timóteo, verdadeiro filho na fé: graça,
misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, Nosso Senhor.
As
falsas doutrinas (4,1-5;
2
Tm 2,14-18; Tt 1,10-16) –
3
Quando parti para a Macedónia, recomendei-te que ficasses em Éfeso, para
dissuadir alguns de ensinarem doutrinas estranhas 4 e de se ocuparem de fábulas
ou de genealogias intermináveis, que favorecem mais as discussões do que o desígnio
de Deus que se realiza na fé. 5 O objectivo desta recomendação é o amor que
procede de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sincera. 6 Por
se terem afastado desta linha, alguns perderam-se em discursos vãos. 7 Pretendendo
serem mestres da lei, não sabem nem o que dizem, nem o que afirmam com tanta
segurança. 8 Mas nós sabemos que a lei é boa, contanto que dela se faça um uso
legítimo 9 e tendo em conta que a lei não foi feita para o justo, mas para os
maus e rebeldes, para os ímpios e pecadores, para os sacrílegos e profanadores,
para os parricidas e matricidas, homicidas, 10 impudicos, pederastas,
traficantes de escravos, mentirosos, perjuros, e tudo aquilo que está em
contradição com a sã doutrina, 11 segundo o Evangelho da glória do Deus
bem-aventurado, que me foi confiado. 12 Dou graças àquele que me confortou,
Cristo Jesus Nosso Senhor, por me ter considerado digno de confiança, pondo-me
ao seu serviço,
Acção
de graças –
13
a mim que antes fora blasfemo, perseguidor e violento. Mas alcancei
misericórdia, porque agi por ignorância, sem ter fé ainda. 14 E a graça de
Nosso Senhor manifestou-se em mim com superabundância, juntamente com a fé e o
amor que está em Cristo Jesus. 15 Eis uma palavra digna de fé e de toda a
aceitação: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos sou o quais
eu primeiro. 16 E justamente por isso alcancei misericórdia, para que, em mim
primeiramente, Cristo Jesus mostrasse toda a sua magnanimidade, como exemplo
para aqueles que haviam de crer nele para a vida eterna. 17 Ao rei dos séculos,
ao Deus incorruptível, invisível e único, honra e glória pelos séculos dos
séculos. Ámen. 18 Esta é a recomendação que te confio, meu filho Timóteo, de
acordo com o que predisseram algumas profecias a teu respeito: apoiado nelas,
combate o bom combate, 19 conservando a fé e a boa consciência. Alguns, que as
rejeitaram, naufragaram na sua fé, 20 como aconteceu com Himeneu e Alexandre,
que entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar.
DEVOÇÃO A S. JOSÉ
7 Dores e Alegrias
II
- A segunda dor e alegria de S. José:
A sua dor quando viu Jesus nascido
em tanta pobreza; a sua alegria quando os anjos anunciaram o nascimento de
Jesus.
"Ite
ad Joseph: 'recorrei
a São José'. Ele vos mostrará caminhos concretos e meios humanos e divinos para
chegar a Jesus. E em breve ousareis, tal como ele, segurar nos braços, beijar, vestir e cuidar deste Menino Deus que
nasceu para nós. Em sinal de veneração, os Magos ofereceram a Jesus ouro,
incenso e mirra; José deu-lhe plenamente o coração jovem, cheio de amor."[ii]
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Viver a família.
Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.
Lembrar-me:
Cultivar a Fé
São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
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