09/02/2020

NUNC COEPI

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Tu e eu procedemos como filhos de Deus?


Um filho de Deus não tem medo da vida nem medo da morte, porque o fundamento da sua vida espiritual é o sentido da filiação divina: Deus é meu Pai, pensa, e é o Autor de todo o bem, é toda a Bondade. – Mas tu e eu procedemos, de verdade, como filhos de Deus? (Forja, 987)

A nossa condição de filhos de Deus levar-nos-á – insisto – a ter espírito contemplativo no meio de todas as actividades humanas – luz, sal e levedura, pela oração, pela mortificação, pela cultura religiosa e profissional –, fazendo realidade este programa: quanto mais dentro do mundo estivermos, tanto mais temos de ser de Deus. (Forja, 740)

Quando se trabalha por Deus, é preciso ter "complexo de superioridade" – fiz-te notar. – Mas – perguntavas-me – isso não é uma manifestação de soberba? – Não! É uma consequência da humildade, de uma humildade que me faz dizer: – Senhor, Tu és o que és. Eu sou a negação. Tu tens todas as perfeições: o poder, a fortaleza, o amor, a glória, a sabedoria, o império, a dignidade... Se eu me unir a Ti, como um filho quando se põe nos braços fortes do pai ou no regaço maravilhoso da mãe, sentirei o calor da tua divindade, sentirei as luzes da tua sabedoria, sentirei correr pelo meu sangue a tua fortaleza. (Forja, 342)


THALITA KUM 96


THALITA KUM 96

(Cfr. Lc 8, 49-56)

  
Dentro de alguns dias começará a Quaresma, o período litúrgico de quarenta dias que leva os cristãos a prepararem-se para a festa maior da nossa fé:

O Domingo da Ressurreição.

É um tempo, especialmente dedicado pela Igreja, à exortação dos seus filhos ao arrependimento e penitência.

O arrependimento sincero, que só será possível com o exame sereno e constante, do nosso comportamento, ou seja, um entrar em nós mesmos com a valentia e a determinação de descobrir tudo quanto nos vai no mais íntimo do ser, de pôr a nu, sem falsos pretextos, a verdadeira raiz das nossas vidas.

Sem precipitações nem excessos de zelo, antes com serenidade e constância, iremos examinando em pormenor os nossos comportamentos como homens, como filhos, como pais, como trabalhadores, como membros da sociedade, nas nossas relações com os outros, no seio familiar ou no ambiente em que vivemos e trabalhamos.

Para que este exame seja profícuo é muito útil tomarmos algum propósito concreto de melhoria, um ponto de cada vez, e, desta forma, ao longo da Quaresma, iremos caminhando com segurança para o objectivo geral de melhoria de vida.
Nesta tarefa, o arrependimento irá surgindo inevitavelmente, preparando-nos para dar boa conta deste facto, na Confissão Sacramental com que coroaremos este tempo de reflexão.
Tal como a Igreja aconselha, é muito útil a penitência, sobretudo porque ela ajuda à concretização da vida interior.

Assim como nos dedicaremos ao exame que atrás falava, também diariamente nos deveríamos propor algum pequeno acto de mortificação, que não tem que ser nem violento nem espalhafatoso:

-        Qualquer pequena privação na comida ou na bebida;
-        O cigarro que se deixa de fumar ou que se fuma mais tarde e não logo que apetece;
-        Um esforço por sermos mais afáveis em casa;
-        Dedicarmos alguma atenção extra aos nossos filhos, à nossa mulher;
-        Não evitarmos aquele sujeito "maçador" que nos importuna;
-        Completarmos com perfeição o nosso trabalho de cada dia;
-        A arrumação daquela gaveta que há tanto tempo vimos adiando; enfim... pequenas coisas que, todos sabemos bem, que nos custam.

Desta sucessão de pequenos esforços, pequenos sacrifícios em suma, nascerá uma atitude mais consciente perante os outros e, sobretudo, perante nós próprios.
Ser-nos-á mais fácil, evidenciar as nossas fraquezas e deficiências.
Em concreto, será muito útil para o exame já referido.

Sempre que alguma tarefa mais importante ou definitiva se aproximava, Jesus retirava-se para orar.
Os Evangelistas relatam inúmeras vezes, este facto.

Esta atitude do Mestre é uma indicação clara da necessidade de recolhimento e tranquilidade para um melhor encontro com Deus.
Nesta Quaresma, faremos um esforço para nos aproximarmos mais amiúde do Senhor presente no Sacrário da nossa Igreja.
A alguma hora do dia, havemos de descobrir uns momentos para Lhe fazer uma visita, breve que seja, alguns minutos apenas, mas que serão muito provavelmente o suficiente para nos animar nos propósitos que temos intenção de concretizar nesta Quaresma.
Nestes quarenta dias temos também de encontrar algum tempo diário - 15 minutos, não mais - para lermos uma passagem do Evangelho e algum trecho de leitura espiritual.
Desta forma completaremos uma linha mestra de atitudes de reflexão e de verdadeira união com Deus.
Tudo isto se traduzirá, de forma muito concreta, na nossa atitude e não deixará de influenciar o ambiente em que nos movemos.
Em nossa casa, por exemplo, os nossos filhos mais pequenos, e mesmo os outros, dar-se-ão conta que vivemos um tempo "especial" em que se evidencia uma certa moderação nos costumes: na comida e na bebida, nos divertimentos, (na utilização excessiva da televisão, muito concretamente).

Significa, isto, que vamos viver "conventualmente"?

É evidente que não é disso que se trata.

Somos homens comuns e correntes e não monges ou religiosos de qualquer congregação.
Mas somos cristãos, fiéis da Igreja de Cristo Nosso Senhor e, por isso mesmo, parece justificável que nos comportemos como a Santa Igreja nos aconselha.

De resto, hoje em dia, as limitações, por assim dizer, que a Igreja nos recomenda expressamente para este tempo, resumem-se, diria, apenas ao jejum na Quarta Feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa, e a uma moderação nas refeições nas Sextas-feiras, tudo o resto, é apenas no plano interior, espiritual.
E, se acaso nos assaltarem respeitos humanos - que todos mais ou menos temos - lembremo-nos que somos livres de proceder como muito bem entendermos e que ninguém se pode escandalizar por querermos cumprir os preceitos que a Santa Igreja nos recomenda.

Os Muçulmanos têm aquele longo tempo do Ramadão que crentes e não crentes respeitam e compreendem.

Não parece, portanto, aceitável alguma crítica a um cristão que pretenda viver mais autenticamente o tempo de preparação da sua maior festa.

Somos o que somos... temos de viver de acordo».


(AMA, reflexões).

Evangelho e comentário


TEMPO COMUM



Evangelho: Mt 5, 13-16

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Vós sois o sal da terra. Mas se ele perder a força, com que há-de salgar-se? Não serve para nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa. Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus».

Comentário:

Jesus Cristo declara sem qualquer margem para dúvidas a importância do cristão na sociedade.

Uma importância que lhe vem directamente da sua Categoria de Filho de Deus em Cristo.

Como do sal ou da luz muitos dependerão dele como necessidade concreta para melhor "temperarem" as suas vidas e verem com nitidez o caminho a seguir.


(AMA, comentário sobre Mt 5, 13-16, 2015.06.09)


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Publicações de hoje: 





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Leitura espiritual


Novo Testamento

Cartas de São Paulo

2ª Carta a Timóteo

2Tm 1

Saudação –

1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, por mandato de Deus, nosso Salvador, e de Cristo Jesus, nossa esperança, 2 a Timóteo, verdadeiro filho na fé: graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, Nosso Senhor.

As falsas doutrinas (4,1-5;

2 Tm 2,14-18; Tt 1,10-16) –

3 Quando parti para a Macedónia, recomendei-te que ficasses em Éfeso, para dissuadir alguns de ensinarem doutrinas estranhas 4 e de se ocuparem de fábulas ou de genealogias intermináveis, que favorecem mais as discussões do que o desígnio de Deus que se realiza na fé. 5 O objectivo desta recomendação é o amor que procede de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sincera. 6 Por se terem afastado desta linha, alguns perderam-se em discursos vãos. 7 Pretendendo serem mestres da lei, não sabem nem o que dizem, nem o que afirmam com tanta segurança. 8 Mas nós sabemos que a lei é boa, contanto que dela se faça um uso legítimo 9 e tendo em conta que a lei não foi feita para o justo, mas para os maus e rebeldes, para os ímpios e pecadores, para os sacrílegos e profanadores, para os parricidas e matricidas, homicidas, 10 impudicos, pederastas, traficantes de escravos, mentirosos, perjuros, e tudo aquilo que está em contradição com a sã doutrina, 11 segundo o Evangelho da glória do Deus bem-aventurado, que me foi confiado. 12 Dou graças àquele que me confortou, Cristo Jesus Nosso Senhor, por me ter considerado digno de confiança, pondo-me ao seu serviço,

Acção de graças –

13 a mim que antes fora blasfemo, perseguidor e violento. Mas alcancei misericórdia, porque agi por ignorância, sem ter fé ainda. 14 E a graça de Nosso Senhor manifestou-se em mim com superabundância, juntamente com a fé e o amor que está em Cristo Jesus. 15 Eis uma palavra digna de fé e de toda a aceitação: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos sou o quais eu primeiro. 16 E justamente por isso alcancei misericórdia, para que, em mim primeiramente, Cristo Jesus mostrasse toda a sua magnanimidade, como exemplo para aqueles que haviam de crer nele para a vida eterna. 17 Ao rei dos séculos, ao Deus incorruptível, invisível e único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Ámen. 18 Esta é a recomendação que te confio, meu filho Timóteo, de acordo com o que predisseram algumas profecias a teu respeito: apoiado nelas, combate o bom combate, 19 conservando a fé e a boa consciência. Alguns, que as rejeitaram, naufragaram na sua fé, 20 como aconteceu com Himeneu e Alexandre, que entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar.



DEVOÇÃO A S. JOSÉ


OS SETE DOMINGOS

7 Dores e Alegrias

II - A segunda dor e alegria de S. José

A sua dor quando viu Jesus nascido em tanta pobreza; a sua alegria quando os anjos anunciaram o nascimento de Jesus.

"Foram, pressurosos, e encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoira."[i]

"Ite ad Joseph: 'recorrei a São José'. Ele vos mostrará caminhos concretos e meios humanos e divinos para chegar a Jesus. E em breve ousareis, tal como ele, segurar nos braços, beijar, vestir e cuidar deste Menino Deus que nasceu para nós. Em sinal de veneração, os Magos ofereceram a Jesus ouro, incenso e mirra; José deu-lhe plenamente o coração jovem, cheio de amor."[ii]


[i] Lc 2,16
[ii] Josemaria Escrivá, "Na Epifania do Senhor", em “Cristo que passa”, n. 38


Pequena agenda do cristão

DOMINGO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me:
Cultivar a Fé

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?