Dentro
do Evangelho – (cfr:
São Josemaria, Sulco 253)
(Re Lc XVII)
Neste episódio ficou particularmente gravada no meu
espírito esta "sentença" de Jesus: «onde
quer que esteja o corpo, juntar-se-ão aí também as águias».
Dou voltas e mais voltas na minha cabeça procurando
um significado para esta, para mim, enigmática mensagem.
Consigo perceber que, na presença de um corpo, as
águias procurem alimentar-se do mesmo, faz parte da sua natureza, a águia, não
corre riscos, prefere atacar um corpo indefeso, inerme, abandonado.
Contemplando Cristo suspenso na Cruz, moribundo, vejo aqueles todos presentes
no Calvário à espera do desfecho final.
Estas "águias" desta cena são exactamente
as mesmas que ao longo de mais de dois mil anos e, ainda hoje em dia, esperam o
momento de se lançarem sobre o cadáver.
A verdade, porém, é que não conseguem o seu intento
porque, O Crucificado VIVE RESSUSCITADO.
Vejo as "estas águias" e, ainda bem,
porque elas me indicam onde devo procurar O que pende da CRUZ.
Ponho a mão sobre a cruz que trago ao peito e digo:
Aqui, Senhor, aqui estás a salvo, eu Te defenderei com todas as minhas forças,
com toda a minha vida.
A minha cruz de todos os dias
A minha cruz de todos
os dias, aquela que tenho de carregar – quer queira quer não – sobre os meus
ombros e que me pesa e causa dor!
Que cruz é esta?
Reflicto e chego à
triste conclusão que a maior parte das vezes sou o primeiro e principal
responsável pela sua existência.
Poderia chamar-me com
toda a propriedade: o carpinteiro das minhas cruzes diárias.
Não me orgulho, bem
pelo contrário, desta minha “profissão” na qual me envolvo de forma tão
contumaz que me espanta.
Vejo com clareza que
não tenho outra “saída” que pedir ao Crucificado que me ajude a transportá-las
de forma digna e reparadora.
Festa
SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
Meu Jesus, dai-me um
coração igual ao Teu!
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