PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO
Segunda-Feira
(Coisas
muito simples, curtas, objectivas)
Propósito: Sorrir; ser amável; prestar serviço.
Senhor
que eu faça "boa cara" que seja alegre e transmita aos outros, principalmente
em minha casa, boa disposição.
Senhor
que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com
naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que
nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade”
ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando
graças pela oportunidade de ser útil.
Lembrar-me:
Sorrir,
ser amável.
LEITURA ESPIRITUAL
Evangelho
Mc X, 1-52
Jesus e o divórcio
1 Saindo dali, foi para a
região da Judeia, para além do Jordão. As multidões agruparam-se outra vez à
volta dele, e outra vez as ensinava, como era seu costume. 2 Aproximaram-se uns
fariseus e perguntaram-lhe, para o experimentar, se era lícito ao marido
divorciar-se da mulher. 3 Ele respondeu-lhes: «Que vos ordenou Moisés?» 4 Disseram:
«Moisés mandou escrever um documento de repúdio e divorciar-se dela.» 5 Jesus
retorquiu: «Devido à dureza do vosso coração é que ele vos deixou esse
preceito. 6 Mas, desde o princípio da criação, Deus fê-los homem e mulher. 7 Por
isso, o homem deixará seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher, 8 e serão os
dois um só. Portanto, já não são dois, mas um só. 9 Pois bem, o que Deus uniu
não o separe o homem.» 10 De regresso a casa, de novo os discípulos o
interrogaram acerca disto. 11 Jesus disse: «Quem se divorciar da sua mulher e
casar com outra, comete adultério contra a primeira. 12 E se a mulher se
divorciar do seu marido e casar com outro, comete adultério.»
Jesus e os
pequeninos
13 Apresentaram-lhe uns
pequeninos para que Ele os tocasse; mas os discípulos repreenderam os que os
haviam trazido. 14 Vendo isto, Jesus indignou-se e disse-lhes: «Deixai vir a
mim os pequeninos e não os afasteis, porque o Reino de Deus pertence aos que
são como eles. 15 Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como um
pequenino, não entrará nele.» 16 Depois, tomou-os nos braços e abençoou-os,
impondo-lhes as mãos.
O homem rico
17 Quando se punha a
caminho, alguém correu para Ele e ajoelhou-se, perguntando: «Bom Mestre, que
devo fazer para alcançar a vida eterna?» 18 Jesus disse: «Porque me chamas bom?
Ninguém é bom senão um só: Deus. 19 Sabes os mandamentos: Não mates, não
cometas adultério, não roubes, não levantes falso testemunho, não defraudes,
honra teu pai e tua mãe.» 20 Ele respondeu: «Mestre, tenho cumprido tudo isso
desde a minha juventude.» 21 Jesus, fitando nele o olhar, sentiu afeição por
ele e disse: «Falta-te apenas uma coisa: vai, vende tudo o que tens, dá o
dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem e segue-me.» 22 Mas,
ao ouvir tais palavras, ficou de semblante anuviado e retirou-se pesaroso, pois
tinha muitos bens.
Perigo das riquezas
23 Olhando em volta, Jesus
disse aos discípulos: «Quão difícil é entrarem no Reino de Deus os que têm
riquezas!» 24 Os discípulos ficaram espantados com as suas palavras. Mas Jesus
prosseguiu: «Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! 25 É mais fácil
passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de
Deus.» 26 Eles admiraram-se ainda mais e diziam uns aos outros: «Quem pode,
então, salvar-se?» 27 Fitando neles o olhar, Jesus disse-lhes: «Aos homens é
impossível, mas a Deus não; pois a Deus tudo é possível.»
Recompensa do
desprendimento
28 Pedro começou a
dizer-lhe: «Aqui estamos nós que deixámos tudo e te seguimos.» 29 Jesus
respondeu: «Em verdade vos digo: quem deixar casa, irmãos, irmãs, mãe, pai,
filhos ou campos por minha causa e por causa do Evangelho, 30 receberá cem
vezes mais agora, no tempo presente, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e
filhos, e campos, juntamente com perseguições, e, no tempo futuro, a vida
eterna. 31 Muitos dos que são primeiros serão últimos, e muitos dos que são
últimos serão primeiros.»
Terceiro anúncio
da Paixão
32 Iam a caminho, subindo
para Jerusalém, e Jesus seguia à frente deles. Estavam espantados, e os que
seguiam estavam cheios de medo. Tomando de novo os Doze consigo, começou a
dizer-lhes o que lhe ia acontecer: 33 «Eis que subimos a Jerusalém e o Filho do
Homem vai ser entregue aos sumos sacerdotes e aos doutores da Lei, e eles vão
condená-lo à morte e entregá-lo aos gentios. 34 E hão-de escarnecê-lo, cuspir
sobre Ele, açoitá-lo e matá-lo. Mas, três dias depois, ressuscitará.»
Poder e serviço
35 Tiago e João, filhos de
Zebedeu, aproximaram-se dele e disseram: «Mestre, queremos que nos faças o que
te pedimos.» 36 Disse-lhes: «Que quereis que vos faça?» 37 Eles disseram:
«Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua
esquerda.» 38 Jesus respondeu: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice
que Eu bebo e receber o baptismo com que Eu sou baptizado?» 39 Eles disseram:
«Podemos, sim.» Jesus disse-lhes: «Bebereis o cálice que Eu bebo e sereis
baptizados com o baptismo com que Eu sou baptizado; 40 mas o sentar-se à minha
direita ou à minha esquerda não pertence a mim concedê-lo: é daqueles para quem
está reservado.» 41 Os outros dez, tendo ouvido isto, começaram a indignar-se
contra Tiago e João. 42 Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis como aqueles que
são considerados governantes das nações fazem sentir a sua autoridade sobre
elas, e como os grandes exercem o seu poder. 43 Não deve ser assim entre vós.
Quem quiser ser grande entre vós, faça-se vosso servo 44 e quem quiser ser o
primeiro entre vós, faça-se o servo de todos. 45 Pois também o Filho do Homem
não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por
todos.»
Cura do cego de
Jericó
46 Chegaram a Jericó. Quando
ia a sair de Jericó com os seus discípulos e uma grande multidão, um mendigo
cego, Bartimeu, o filho de Timeu, estava sentado à beira do caminho. 47 E
ouvindo dizer que se tratava de Jesus de Nazaré, começou a gritar e a dizer:
«Jesus, filho de David, tem misericórdia de mim!» 48 Muitos repreendiam-no para
o fazer calar, mas ele gritava cada vez mais: «Filho de David, tem misericórdia
de mim!» 49 Jesus parou e disse: «Chamai-o.» Chamaram o cego, dizendo-lhe:
«Coragem, levanta-te que Ele chama-te.» 50 E ele, atirando fora a capa, deu um
salto e veio ter com Jesus. 51 Jesus perguntou-lhe: «Que queres que te faça?»
«Mestre, que eu veja!» - respondeu o cego. 52 Jesus disse-lhe: «Vai, a tua fé
te salvou!» E logo ele recuperou a vista e seguiu Jesus pelo caminho.
Comentário
Para que se possa seguir alguém é preciso estar pronto
a desprender-se do que nos ata e prende.
Para seguir Jesus Cristo esse desprendimento deve
ser absolutamente total porque o Senhor não nos aceitará como companheiros de
viajem se mantivermos os inúmeros laços que nos sujeitam e nos fazem ou
deter-nos no caminho ou, mesmo voltar atrás.
Ele não Se detém no caminho e, por isso mesmo, se
nós nos detemos ou voltamos atrás podemos perde-Lo de vista, talvez,
irremediavelmente.
(AMA, 2021)
VIRTUDES
Influência das paixões na
vida moral
1 –
Pela união substancial da alma e do corpo, a nossa vida
espiritual – o conhecimento intelectual e o livre querer da vontade –
encontra-se sob o influxo (para o bem ou para o mal) da sensibilidade. Este
influxo manifesta-se nas paixões que são «emoções ou movimentos da
sensibilidade, que inclinam a agir, ou a não agir, em vista do que se sentiu ou
imaginou como bom ou como mau» (Catecismo, 1763). As paixões são movimentos do apetite sensível
(irascível e concupiscível). Podem chamar-se também, em sentido amplo,
“sentimentos” ou “emoções”.
Por exemplo, são paixões o amor, a ira, o temor, etc. A
mais fundamental é o amor, provocado pela atracção do bem. O amor causa o
desejo do bem ausente e a esperança de o alcançar. Este movimento tem o seu
termo no prazer e na alegria do bem possuído. A apreensão pelo mal causa o
ódio, a aversão e o receio do mal futuro; este movimento termina na tristeza
pelo mal presente ou na cólera que a ele se opõe» (Catecismo, 1765).
REFLEXÃO
As
datas marcantes dos acontecimentos da nossa vida podem ser motivo de impiedosa
agonia.
Talvez
que o remédio esteja em considerar que são motivos de dar graças porque O
Senhor nunca manda nada superior às nossas forças mas para que consideremos
esta realidade: Quanto manda é para nosso bem!
(AMA,
O5.06.2021)
SÃO JOSEMARIA - textos
O
amor casto entre um homem e uma mulher
Admira a bondade do nosso
Pai Deus: não te enche de alegria a certeza de que o teu lar, a tua família, o
teu país, que amas com loucura, são matéria de santidade? (Forja,
689)
E agora, meus filhos e
minhas filhas, permiti que me detenha noutro aspecto – particularmente querido
– da vida comum. Refiro-me ao amor humano, ao amor casto entre um homem e uma
mulher, ao noivado, ao matrimónio. Devo dizer uma vez mais que esse amor humano
santo não é algo de permitido, de tolerado, à margem das verdadeiras actividades
do espírito, como poderiam insinuar os falsos espiritualismos a que antes
aludia. Há quarenta anos que venho pregando exactamente o contrário, através da
palavra e da escrita, e os que não compreendiam já o vão entendendo. O amor que
conduz ao matrimónio e à família pode ser também um caminho divino, vocacional,
maravilhoso, meio para uma completa dedicação ao nosso Deus. Realizai as coisas
com perfeição, tenho-vos recordado, ponde amor nas pequenas actividades da
jornada, descobri – insisto – esse quê divino que se oculta nos pormenores:
toda esta doutrina encontra um lugar especial no espaço vital em que o amor
humano se enquadra. (Temas Actuais do Cristianismo, 121)