02/09/2021

NUNC COEPI Publicações em Setembro 2

 


PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO

Segunda-Feira

 

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)

Propósito: Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça "boa cara" que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me: 

Sorrir, ser amável.


 

LEITURA ESPIRITUAL

 

Evangelho

 

Mc X, 1-52

 

Jesus e o divórcio

1 Saindo dali, foi para a região da Judeia, para além do Jordão. As multidões agruparam-se outra vez à volta dele, e outra vez as ensinava, como era seu costume. 2 Aproximaram-se uns fariseus e perguntaram-lhe, para o experimentar, se era lícito ao marido divorciar-se da mulher. 3 Ele respondeu-lhes: «Que vos ordenou Moisés?» 4 Disseram: «Moisés mandou escrever um documento de repúdio e divorciar-se dela.» 5 Jesus retorquiu: «Devido à dureza do vosso coração é que ele vos deixou esse preceito. 6 Mas, desde o princípio da criação, Deus fê-los homem e mulher. 7 Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher, 8 e serão os dois um só. Portanto, já não são dois, mas um só. 9 Pois bem, o que Deus uniu não o separe o homem.» 10 De regresso a casa, de novo os discípulos o interrogaram acerca disto. 11 Jesus disse: «Quem se divorciar da sua mulher e casar com outra, comete adultério contra a primeira. 12 E se a mulher se divorciar do seu marido e casar com outro, comete adultério.»

 

Jesus e os pequeninos

13 Apresentaram-lhe uns pequeninos para que Ele os tocasse; mas os discípulos repreenderam os que os haviam trazido. 14 Vendo isto, Jesus indignou-se e disse-lhes: «Deixai vir a mim os pequeninos e não os afasteis, porque o Reino de Deus pertence aos que são como eles. 15 Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como um pequenino, não entrará nele.» 16 Depois, tomou-os nos braços e abençoou-os, impondo-lhes as mãos.

 

O homem rico

17 Quando se punha a caminho, alguém correu para Ele e ajoelhou-se, perguntando: «Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?» 18 Jesus disse: «Porque me chamas bom? Ninguém é bom senão um só: Deus. 19 Sabes os mandamentos: Não mates, não cometas adultério, não roubes, não levantes falso testemunho, não defraudes, honra teu pai e tua mãe.» 20 Ele respondeu: «Mestre, tenho cumprido tudo isso desde a minha juventude.» 21 Jesus, fitando nele o olhar, sentiu afeição por ele e disse: «Falta-te apenas uma coisa: vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem e segue-me.» 22 Mas, ao ouvir tais palavras, ficou de semblante anuviado e retirou-se pesaroso, pois tinha muitos bens.

 

Perigo das riquezas

23 Olhando em volta, Jesus disse aos discípulos: «Quão difícil é entrarem no Reino de Deus os que têm riquezas!» 24 Os discípulos ficaram espantados com as suas palavras. Mas Jesus prosseguiu: «Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! 25 É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus.» 26 Eles admiraram-se ainda mais e diziam uns aos outros: «Quem pode, então, salvar-se?» 27 Fitando neles o olhar, Jesus disse-lhes: «Aos homens é impossível, mas a Deus não; pois a Deus tudo é possível.»

 

Recompensa do desprendimento

28 Pedro começou a dizer-lhe: «Aqui estamos nós que deixámos tudo e te seguimos.» 29 Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: quem deixar casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou campos por minha causa e por causa do Evangelho, 30 receberá cem vezes mais agora, no tempo presente, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, juntamente com perseguições, e, no tempo futuro, a vida eterna. 31 Muitos dos que são primeiros serão últimos, e muitos dos que são últimos serão primeiros.»

 

Terceiro anúncio da Paixão

32 Iam a caminho, subindo para Jerusalém, e Jesus seguia à frente deles. Estavam espantados, e os que seguiam estavam cheios de medo. Tomando de novo os Doze consigo, começou a dizer-lhes o que lhe ia acontecer: 33 «Eis que subimos a Jerusalém e o Filho do Homem vai ser entregue aos sumos sacerdotes e aos doutores da Lei, e eles vão condená-lo à morte e entregá-lo aos gentios. 34 E hão-de escarnecê-lo, cuspir sobre Ele, açoitá-lo e matá-lo. Mas, três dias depois, ressuscitará.»

 

Poder e serviço

35 Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se dele e disseram: «Mestre, queremos que nos faças o que te pedimos.» 36 Disse-lhes: «Que quereis que vos faça?» 37 Eles disseram: «Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda.» 38 Jesus respondeu: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu bebo e receber o baptismo com que Eu sou baptizado?» 39 Eles disseram: «Podemos, sim.» Jesus disse-lhes: «Bebereis o cálice que Eu bebo e sereis baptizados com o baptismo com que Eu sou baptizado; 40 mas o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não pertence a mim concedê-lo: é daqueles para quem está reservado.» 41 Os outros dez, tendo ouvido isto, começaram a indignar-se contra Tiago e João. 42 Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis como aqueles que são considerados governantes das nações fazem sentir a sua autoridade sobre elas, e como os grandes exercem o seu poder. 43 Não deve ser assim entre vós. Quem quiser ser grande entre vós, faça-se vosso servo 44 e quem quiser ser o primeiro entre vós, faça-se o servo de todos. 45 Pois também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por todos.»

 

Cura do cego de Jericó

46 Chegaram a Jericó. Quando ia a sair de Jericó com os seus discípulos e uma grande multidão, um mendigo cego, Bartimeu, o filho de Timeu, estava sentado à beira do caminho. 47 E ouvindo dizer que se tratava de Jesus de Nazaré, começou a gritar e a dizer: «Jesus, filho de David, tem misericórdia de mim!» 48 Muitos repreendiam-no para o fazer calar, mas ele gritava cada vez mais: «Filho de David, tem misericórdia de mim!» 49 Jesus parou e disse: «Chamai-o.» Chamaram o cego, dizendo-lhe: «Coragem, levanta-te que Ele chama-te.» 50 E ele, atirando fora a capa, deu um salto e veio ter com Jesus. 51 Jesus perguntou-lhe: «Que queres que te faça?» «Mestre, que eu veja!» - respondeu o cego. 52 Jesus disse-lhe: «Vai, a tua fé te salvou!» E logo ele recuperou a vista e seguiu Jesus pelo caminho.

 

Comentário

 

Para que se possa seguir alguém é preciso estar pronto a desprender-se do que nos ata e prende.

Para seguir Jesus Cristo esse desprendimento deve ser absolutamente total porque o Senhor não nos aceitará como companheiros de viajem se mantivermos os inúmeros laços que nos sujeitam e nos fazem ou deter-nos no caminho ou, mesmo voltar atrás.

Ele não Se detém no caminho e, por isso mesmo, se nós nos detemos ou voltamos atrás podemos perde-Lo de vista, talvez, irremediavelmente.

 

(AMA, 2021)

 

VIRTUDES

 


Influência das paixões na vida moral

 

1 –

Pela união substancial da alma e do corpo, a nossa vida espiritual – o conhecimento intelectual e o livre querer da vontade – encontra-se sob o influxo (para o bem ou para o mal) da sensibilidade. Este influxo manifesta-se nas paixões que são «emoções ou movimentos da sensibilidade, que inclinam a agir, ou a não agir, em vista do que se sentiu ou imaginou como bom ou como mau» (Catecismo, 1763). As paixões são movimentos do apetite sensível (irascível e concupiscível). Podem chamar-se também, em sentido amplo, “sentimentos” ou “emoções”.

Por exemplo, são paixões o amor, a ira, o temor, etc. A mais fundamental é o amor, provocado pela atracção do bem. O amor causa o desejo do bem ausente e a esperança de o alcançar. Este movimento tem o seu termo no prazer e na alegria do bem possuído. A apreensão pelo mal causa o ódio, a aversão e o receio do mal futuro; este movimento termina na tristeza pelo mal presente ou na cólera que a ele se opõe» (Catecismo, 1765).

 


REFLEXÃO

 

As datas marcantes dos acontecimentos da nossa vida podem ser motivo de impiedosa agonia.

Talvez que o remédio esteja em considerar que são motivos de dar graças porque O Senhor nunca manda nada superior às nossas forças mas para que consideremos esta realidade: Quanto manda é para nosso bem!

(AMA, O5.06.2021)



SÃO JOSEMARIA - textos

 

O amor casto entre um homem e uma mulher

Admira a bondade do nosso Pai Deus: não te enche de alegria a certeza de que o teu lar, a tua família, o teu país, que amas com loucura, são matéria de santidade? (Forja, 689)

E agora, meus filhos e minhas filhas, permiti que me detenha noutro aspecto – particularmente querido – da vida comum. Refiro-me ao amor humano, ao amor casto entre um homem e uma mulher, ao noivado, ao matrimónio. Devo dizer uma vez mais que esse amor humano santo não é algo de permitido, de tolerado, à margem das verdadeiras actividades do espírito, como poderiam insinuar os falsos espiritualismos a que antes aludia. Há quarenta anos que venho pregando exactamente o contrário, através da palavra e da escrita, e os que não compreendiam já o vão entendendo. O amor que conduz ao matrimónio e à família pode ser também um caminho divino, vocacional, maravilhoso, meio para uma completa dedicação ao nosso Deus. Realizai as coisas com perfeição, tenho-vos recordado, ponde amor nas pequenas actividades da jornada, descobri – insisto – esse quê divino que se oculta nos pormenores: toda esta doutrina encontra um lugar especial no espaço vital em que o amor humano se enquadra. (Temas Actuais do Cristianismo, 121)