Santa Maria, Mãe de Deus
Evangelho: Lc 2, 16-21
16 Foram a toda a
pressa, e encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura. 17
Vendo isto, conheceram o que lhes tinha sido dito acerca deste Menino. 18
E todos os que ouviram, se admiraram das coisas que os pastores lhes diziam.19
Maria conservava todas estas coisas, meditando-as no seu coração. 20
Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham
ouvido e visto, conforme lhes tinha sido dito. 21 Depois que se
completaram os oito dias para ser circuncidado o Menino, deram-Lhe o nome de
Jesus, como Lhe tinha chamado o anjo, antes que fosse concebido no ventre materno.
Comentário:
Que significa
proclamar Maria “Mãe de Deus”? Significa reconhecer que Jesus, o fruto do seu
seio, é o Filho de Deus, consubstancial ao Pai, que o gerou na eternidade
(Credo). Um grande mistério, um mistério de amor! Ele, o Filho único do Pai (Jo
1,14), fez-se um entre nós. Desta forma, “a eternidade entrou no tempo” e
a sucessão dos anos, dos séculos, dos milénios, não é uma viagem cega para o
desconhecido, mas um caminho para Ele, plenitude do tempo (Ga 4,4) e
ponto de chegada da história.
Honrando a
Santíssima Virgem como Mãe de Deus, queremos igualmente sublinhar que Jesus, o
Verbo eterno feito carne, é o verdadeiro "filho de Maria”. Ela
transmitiu-lhe a plena humanidade, foi sua mãe e sua educadora, comunicando-lhe
a doçura, a força delicada do seu temperamento e as riquezas da sua sensibilidade.
Maravilhosa troca de dons: Maria que, enquanto criatura, é primeiro que tudo
uma discípula de Cristo e ao mesmo tempo resgatada por Ele, foi escolhida como
sua mãe para modelar a sua humanidade. Na relação entre Maria e Jesus realiza-se
assim de maneira exemplar e sentido profundo do Natal: Deus fez-se semelhante a
nós, para que nos tornemos, de certa forma, como Ele.
(João Paulo II)