Dentro
do Evangelho
(Re
Mt XVIII)
Jesus
e o mar…
Ele
sabe bem o que espera os homens da Sua Igreja até ao final dos tempos. A
agitação, os ventos contrários, os naufrágios, as vagas alterosas, o velame que
se rompe, os mastros que quebram. Por isso, escolhe, sempre, um “patrão” para a
Sua barca que sabe guiá-la através de todas estas dificuldades, que será sempre
fiel ao rumo e que acabará sempre por alcançar bom porto. Esses homens que ao
longo dos séculos se têm sucedido no comando da barca de Cristo, da Sua Igreja,
são sempre as melhores escolhas porque, quem os escolhe, é Ele.
Como
não confiar inteiramente naquele que foi escolhido para esse lugar? Sozinho,
entre o mundo e Cristo, o Papa encontra sempre o rumo certo para a Igreja,
porque não confia em si próprio, na sua sabedoria ou aptidões, mas, sim, em
Cristo a quem obedece fielmente nesse constante duc in altum.
Nem
um “til”, nem um “jota” jamais será mudado ou alterado até ao final dos tempos.
Jesus afirma: «Sobre esta pedra
edificarei a Minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.»(1)
Estas palavras atestam a vontade de Jesus em edificar a Sua Igreja com uma
referência especial à missão e o poder específicos que Ele, por Sua vez,
conferirá a Simão.
Jesus
define Simão Pedro como cimento sobre o qual construirá a Sua Igreja. A relação
Cristo-Pedro reflecte-se, assim, na relação Pedro-Igreja. Confere-lhe valor e
clarifica o seu significado teológico e espiritual, que objectiva e
eclesialmente está na base do seu significado jurídico.
Jesus
disse a Pedro: «O que atares na terra
ficará atado nos céus, e o que desatares na terra ficará desatado nos céus.»
(2) É
outra comparação utilizada por Jesus para manifestar a Sua vontade de conferir
a Simão um poder universal e completo, garantido e autenticado pela aprovação divina.
Não se trata só do poder de enunciar afirmações doutrinais ou dar directrizes
gerais de acção: segundo Jesus, é o poder de atar e desatar, ou seja, de tomar todas as medidas necessárias para
a vida e o desenvolvimento da Igreja.
A contraposição
atar-desatar serve para mostrar a
totalidade do poder.
Ora
bem, é necessário acrescentar em seguida que a finalidade deste poder consiste
em abrir o acesso ao reino, não em fechá-lo: “abrir”, isto é tornar possível a
entrada no reino dos Céus, e não pôr obstáculos, que equivaleriam a “fechar”» (3)
Como
não aceitar inteiramente como guia e chefe o que foi escolhido para esse lugar?
A
missão do Papa é uma missão divina porque emana do próprio Jesus Cristo, com um
mandato preciso e claro. O que Jesus disse a Pedro não foram generalidades mais
ou menos abrangentes, algo vago, indefinido. Não! (4) É,
portanto, claro que um cristão tem o dever de acatar as directrizes emanadas
desde a Cátedra de Pedro.
Seja
quem for o homem que a ocupe, ele é sempre o Vigário de Cristo na terra e, a
palavra “vigário” significa exactamente, aquele que substitui alguém.
Na
sua viagem no mar da vida, Jairo, encontra-se com a tempestade. O drama da
doença, da morte eminente da sua filha querida. É um personagem importante, mas
perante a gravidade da situação sabe, no mais íntimo do seu coração que só um
milagre podia curar a filha e alguém lhe terá dito que, Jesus, poderia fazer
esse milagre. Talvez tenha ouvido falar dos milagres recentes que Ele fizera.
Na
sequência do Evangelho de S. Mateus, Jesus tinha vindo de Gerasa e, decerto, os
acontecimentos extraordinários, os dois mil porcos precipitados no mar como
“preço”, da cura do endemoninhado, (5)
teriam chegado ao seu conhecimento. Também poderá ter ouvido falar do filho da
viúva de Naim, ressuscitado em pleno cortejo fúnebre.
Vai,
portanto, ter com Ele à praia, não espera que o chame, adianta-se e decide-se.
A
situação é grave, a tormenta violentíssima. «Cai-lhe aos pés» (6),
diz expressamente o Evangelho. Uma atitude de enorme humildade, de profunda
entrega.
Cair
aos pés de Jesus é “meio caminho andado” para alcançar a misericórdia que se
implora.
Que
tem de mais ajoelharmo-nos? Não é Ele o Criador e Senhor de todas as coisas?
Esta
passagem tão linear deve fazer-nos pensar na facilidade com que, por vezes, nos
aproximamos de Jesus. Por exemplo, em frente do Sacrário, onde Ele está
presente em Corpo, Alma e Divindade como nos comportamos? Ajoelhamos
reverentemente ou, se não o podemos fazer, detemo-nos sem pressas e fazemos uma
vénia conveniente, sentida, própria de quem se sabe servo quem cumprimenta o
seu Senhor? E como O recebemos na Sagrada Comunhão? Aproximamo-nos com
respeito, com profundo recolhimento interior? Se Ele se nos entrega em Corpo,
Alma e Divindade para nosso alimento, não será para nós bastante recebê-lo como
alimento?
Porque
têm algumas pessoas de tocar o real e verdadeiro Corpo de Jesus com as suas
mãos? Bem sei que a Igreja o permite, e que é uma prática quase usual em alguns
lugares. (O sacerdote tem as mãos ungidas exactamente para poder administrar os
sacramentos, tocar a hóstia consagrada.)
A
comunhão deve ser um acto íntimo e respeitoso, feito com decoro e
compenetração. Diria até, com cerimónia. Trata-se de Deus Nosso Senhor, Criador
dos Céus e da Terra e de todas as coisas visíveis e invisíveis. O respeito,
nunca demasiado, pelas coisas sagradas e, sobretudo, pela Sagrada Eucaristia,
deve ser uma atitude permanente em nós e deveríamos esforçar-nos para o fazer
também sentir aos outros.
Lembra-me de antigamente se comungar de joelhos, que é a
atitude natural de recolhimento interior e respeito do homem para com Deus. Os
tempos são outros, evidentemente, e a prática comum hoje em dia é comungar-se
de pé. No entanto, não podemos, nem devemos transigir com novas práticas, - a
menos que a Santa Igreja assim o recomende -, com facilidades ou, como dizia,
familiaridades, sob pena de a Sagrada Comunhão se ir tornando uma coisa banal e
corriqueira em vez de um acto profundamente reflectido e de extraordinária
importância.
Ajoelhar-se
diante de Jesus é uma atitude constante no Evangelho.
Pouco
antes deste relato sobre Jairo, S. Marcos conta-nos o que aconteceu com um
leproso: «Vem ter com Ele um leproso que,
suplicando e lançando-se de joelhos Lhe diz: Se quiseres, podes limpar-me» (7). (8)
De
facto, qualquer atitude corporal pode ser adequada para se falar com Deus.
Perante o nosso progenitor também não costumamos tomar nenhuma atitude
especial, claro está, dentro das normas do respeito que nos merece. Mas, na
oração, que é o nosso diálogo com Deus a nossa postura deverá ser, além de amor
filial, e preferencialmente, de recolhimento, de veneração de reconhecimento do
nosso “nada” perante o Criador de todas as coisas. A resposta de Jesus a esta
postura de humildade e entrega confiante é sempre generosa, pronta,
extraordinária. Ele comove-se, enternece-se, sente-se movido a satisfazer o que
pedimos. «Por isso, sem medo de exageros ou interpretações acomodatícias, temos
de concluir que rezar de joelhos, mortificando o corpo, é sumamente agradável a
Deus.» (9)
Jairo
não sabe nada destas coisas, sabe apenas que, aquele Homem em frente do qual se
prostra é a sua única esperança naquela grande aflição. Reconhece, assim, a
Omnipotência de Jesus e, por causa deste reconhecimento que é já, em si mesmo,
uma graça de Deus, toma a atitude de entrega, de submissão, de profundo
respeito por Quem, sabe no íntimo do seu coração de pai amargurado, pode salvar
a sua filha.
Jesus
tem de se deter junto daquele homem que se ajoelha aos Seus pés.
A
conversa interrompe-se, faz-se silêncio na multidão próxima, todos ficam
expectantes do que se vai seguir. Jairo explica, certamente com um acento de
ansiedade: «A minha filhinha está em
agonia, Vem impor-lhe as mãos, para que se salve e viva!» (10)
Jesus
entende muito bem a mensagem. Nela, Jairo, diz tudo quanto quer, o que precisa,
o que deseja do Mestre. Diz o que o traz ali, à Sua presença, a urgência que o
impele, a gravidade da situação que o consome e, com total confiança, faz o
pedido, simples, concreto, objectivo. É assim que devemos rezar. Não nos
ficarmos por “generalidades”. Como as crianças, dizer exactamente o que
desejamos, pedir o que queremos, abrir a alma e o coração sem medos nem
receios. Como as crianças – Pai, quero isto, quero aquilo –, sem rodeios nem falsas razões. O Senhor sabe
muito bem o que precisamos e o que é melhor para nós e nunca deixará de nos
ouvir como desejamos ser ouvidos. Dar-nos o que pedimos depende da Sua Vontade
e do bem que o que pedimos pode, ou não, ser para nós. Mas, Ele, sabe mais,
sempre, fará o que é melhor para nós, por isso mesmo podemos – e devemos dizer:
‘Sei que farás sempre melhor que aquilo que Te peço. Aceito a Tua Vontade Santa
sobre todas as coisas. Ámen’
Voltamos
ao leproso. «Se quiseres podes
limpar-me». (11) Que manifestação de fé, confiança absoluta no
Senhor!
Uma
confissão tão simples, sem rodeios, sem muitas palavras não pode deixar de
tocar no fundo do Coração amantíssimo de Jesus. Ele olha para aquele homem, um
destroço humano de quem todos se afastam com repulsa e compadece-se de tal
forma que faz algo tão extraordinário, - que deve ter espantado tanto os
circunstantes -, que o evangelista achou que o deveria fazer constar: «Ele, enternecido, estendeu a mão e tocou-o».([12]) Jesus
não sente repulsa por ninguém, por mais doente que o homem possa estar, por
mais grave ou horroroso que seja o mal que o afecta. Pois se não há pior mal
que o pecado, nem nada mais horrível, e, Ele, nos acolhe, esquece, perdoa!
Jesus não nos afasta nunca, somos nós que nos afastamos dele.
Há
uma frase de Jesus que nos deve tranquilizar a este respeito: «Em verdade vos digo que aos filhos dos
homens serão perdoados todos os pecados e todas as blasfémias que proferirem».
(13) Que
afirmação extraordinária, esta, de Jesus! Que entranhas de misericórdia! Quem,
entre os homens, poderia alguma vez dizer tal coisa?
Nós
que, muitas vezes andamos carregados com uma lista de agravos,
desconsiderações, atropelos; que, pensamos, nos são feitos; a nossa dignidade
ferida, a importância que nos atribuímos desprezada, as qualidades, que
julgamos possuir, ignoradas… não nos lembrando, quase nunca, das vezes que
fizemos juízos, pensámos o pior, avistámos defeitos, erros, incongruências,
coisas estranhas; os comentários, as lucubrações, insinuando, levantando a
dúvida, a suspeita… Vamos, assim, pela vida, muitas vezes, com uma postura de
personagem ferida sem repararmos que, a maior parte das vezes, o único
ferimento que ostentamos está no nosso orgulho.
Jesus,
não! Perdoa tudo, absolutamente, quando o homem, arrependido e contrito, se
ajoelha aos Seus pés e Lhe pede perdão. Mas não só perdoa, o que já seria
muito, esquece e coloca-nos novamente ao pé de Si como se nunca dali tivéssemos
saído.
Como
o pai do filho pródigo, restitui-nos a posição, a dignidade e a liberdade: o
anel no dedo, o melhor vestido, as sandálias nos pés. E nós, pecadores
miseráveis, vamos e vimos, uma e outra vez, quase sempre pelos mesmos motivos,
com as mesmas faltas, numa repetição de erros, abandonos, fraquezas e, Ele,
sempre à nossa espera e mal nos avista ao longe «corre ao nosso encontro a lançar-se ao nosso pescoço e a beijar-nos».
(14)
Nós,
na hora de perdoar, guardamos, quase sempre, uma pequena “reserva” que, mais
tarde, a propósito e a despropósito, talvez lembremos.
Claro,
Jesus, é Deus e, nós somos humanos, mas, não
obstante, Ele quer que O imitemos em tudo, mas, sobretudo, no perdão. Por isso
fez constar na oração que ensinou, de uma forma muito clara, essa necessidade
de perdoar para ser perdoado. Se Deus fizesse exactamente o que Lhe pedimos e
nos perdoasse só na medida em que perdoamos os outros – tal como rezamos no Pai-nosso – que desgraçados
seríamos.
Felizmente,
que o Senhor sabe muito bem de que “massa somos feitos” e, na Sua Infinita
Misericórdia concede-nos um “desconto” precioso no nosso compromisso.
Tão
difícil perdoar! Tão difícil não julgar! «Senhor, ajuda-me a conter-me no meu tão
frequente julgamento dos outros. Intimamente e de viva voz. Põe na minha frente
o espelho dos meus próprios defeitos e faltas de carácter, tudo aquilo que
julgo ver nos outros. Não valho nada, não sei nada, não tenho nada, não sou
nada» (15)
Ao
ver a Seus pés aquele pai angustiado, com certeza que Jesus Se debruçou a
levantá-lo do solo. Jairo é tão claro e determinado, mostra tanta confiança e
fé que Jesus foi com ele. Cristo não
precisa de grandes discursos, de interpelações grandiloquentes para que a Sua
misericórdia se manifeste. Deseja tão só que Lhe peçamos o que queremos. Ele já
decidirá se o nosso pedido é justo e nos convém que seja atendido. Orar, no fim
e ao cabo, é a forma que temos de nos relacionarmos com o Senhor e, orar é…
«Orar é falar com Deus. Mas de quê?" De quê?! Dele e de ti; alegrias,
tristezas, êxitos e fracassos, ambições nobres, preocupações diárias...,
fraquezas; e acções de graças e pedidos; e Amor e desagravo. Em duas palavras:
conhecê-lo e conhecer-te - ganhar intimidade!». (16)
Ele
sabe muito bem quem nós somos e o que somos, conhece-nos intimamente e, por
isso mesmo, não se importa que nos consideremos indignos, como de facto somos,
e de, não obstante, nos dirigirmos a Ele com familiaridade. Quer, deseja, que
sejamos Seus amigos e, os amigos, não têm “cerimónias” uns com os outros. «Não mais vos chamarei servos, porque o
servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a
conhecer tudo o que ouvi de Meu Pai.» ([17])
Links
sugeridos:
Evangelho/Biblia
Santa Sé
[3]
são joão paulo ii, Audiência Geral, 25.11.1992
[4]
«Segundo os textos evangélicos, a missão pastoral do Romano Pontífice, sucessor
de Pedro, comporta uma missão doutrinal. Como pastor universal, o Papa tem a
missão de anunciar a doutrina revelada e de promover em toda a Igreja a
verdadeira fé em Cristo. Pedro é o primeiro daqueles Apóstolos aos quais Jesus
disse: Como o Pai Me enviou, também Eu
vos envio a vós (Jo 20,21; Cfr. 17,18). Como pastor universal,
Pedro deve actuar em nome de Cristo e em sintonia com Ele em toda a ampla área
humana na qual Jesus quis que se pregasse o Seu Evangelho e se anunciasse a
verdade salvífica: No mundo inteiro. Contudo, o Bispo de Roma, como cabeça do
colégio episcopal por vontade de Cristo, é o primeiro pregoeiro da fé, ao que
corresponde a tarefa de ensinar a verdade revelada e de mostrar as suas
aplicações no comportamento humano. Ele é o primeiro responsável pela difusão
da fé no mundo. O sucessor de Pedro cumpre esta missão doutrinal mediante uma
série contínua de intervenções orais e escritas que constituem o exercício
ordinário do magistério como ensinamento das verdades em que é preciso
acreditar e aplicar na vida (fidem et
mores). Os actos que expressam tal magistério podem ser mais ou menos
frequentes e tomar formas diferentes segundo as necessidades dos tempos, as
exigências de situações concretas, as possibilidades e meios disponíveis, os
métodos e as técnicas de comunicação. Mas, uma vez que derivam de uma intenção
explícita ou implícita de se pronunciar em matéria de fé e costumes, remetem-se
ao mandato recebido por Pedro e revestem-se da autoridade que Cristo lhe
conferiu. Ao cumprir esta tarefa, o sucessor de Pedro expressa de forma
pessoal, mas com autoridade institucional, a “regar da fé”, à qual devem
ater-se os membros da Igreja universal – simples fiéis, catequistas,
professores de religião, teólogos –, ao procurar o sentido dos conteúdos
permanentes da fé cristã, inclusive em relação com as discussões que surgem
dentro e fora da comunidade eclesial sobre diversos pontos ou sobre todo o
conjunto da doutrina. É verdade que dentro da Igreja, todos, e de forma
especial os teólogos, estão chamados a realizar este trabalho de contínuo
esclarecimento e explicação. Mas a missão de Pedro e dos seus sucessores
consiste em estabelecer e afirmar com autoridade o que a Igreja recebeu e
acreditou desde o princípio, o que os apóstolos ensinaram, o que a Sagrada
Escritura e a tradição cristã fixaram como objecto de fé e como norma cristã de
vida. Também os outros pastores da Igreja, os bispos sucessores dos apóstolos,
são confirmados pelo sucessor de Pedro na sua comunhão de fé com Cristo e no
cumprimento fiel da sua missão. Deste modo, o magistério do bispo de Roma
assinala a todos uma linha de clareza e unidade que, especialmente em tempos de
máxima comunicação e discussão, como o nosso, resulta imprescindível. O Romano
Pontífice (…) tem a missão de proteger o povo cristão contra os erros no campo
da fé e da moral, o dever de guardar o depósito da fé (Cfr. 2 Tim 4,7). Ai daquele
que se assustasse ante as críticas e as incompreensões! O seu papel é dar
testemunho de Cristo, da Sua palavra, da Sua lei e do Seu amor. Mas à
consciência da sua responsabilidade no campo doutrinal e moral, o Romano
Pontífice deve acrescentar o compromisso de ser, como Jesus, «manso e humilde de coração» (Mt
11,29)» são joão paulo ii, Audiência
Geral, 10.03.1993).
[5] Cfr. Lc 8, 26-39.
[6] Mc 5, 22.
[7] Mc 1, 40.
[8]
Aquele homem ajoelha-se prostrando-se por terra o que é sinal de humildade -,
para que cada um se envergonhe das manchas da sua vida. Mas a vergonha não
há-de impedir a confissão: o leproso mostrou a chaga e pediu remédio. A sua
oração está, além disso, cheia de piedade: isto é, reconheceu que o poder de se
curar estava nas mãos do Senhor» (S. Beda,
Comentário ao Ev. de S. Marcos, 1,
40-45).
[9] D. Javier Echevarria,
Getsemani,
Planeta, 3ª Ed. Cap. IV, 4.
[10] Mc 5, 23.
[11] Mc 4, 5-40.
[12] Mc 1, 41.
[13] Mc 3, 28-29.
[14] Cfr. Lc 15, 20-22.
[15] AMA, orações pessoais
[16] S.
Josemaria Escrivá, Caminho,
91.
[17] Jo
15, 15