por El Reto del amor
Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
30/03/2019
Temas para reflectir e meditar
Salmos
As queixas podem e devem ser expressas a Deus.
Muitas pessoas têm medo de acusar Deus, durante a oração. Pensam que não devem questioná-lo.
Mas são precisamente os Salmos que nos convidam a dirigir recorrentemente a Deus as nossas queixas.
As queixas podem e devem ser expressas a Deus.
Muitas pessoas têm medo de acusar Deus, durante a oração. Pensam que não devem questioná-lo.
Mas são precisamente os Salmos que nos convidam a dirigir recorrentemente a Deus as nossas queixas.
(anselm grun, A incompreensível existência de Deus, Paulinas, p. 79)
Reflexões ao Sábado
Diz-me, Senhora minha, se
esses olhos tristes que vejo estão assim por mim!
Por algo que não fiz ou
fiz mal ou, talvez, tenha deixado de fazer!
Eu perscruto no meu
coração mas não encontro nada, absolutamente, que possa ser a causa desses
olhos tristes.
Então, diz-me, minha Mãe
do Céu, que posso fazer – agora… já! – para ver de novo o teu sorriso brilhar
nos teus olhos carinhosos.
Não quero ver-te triste,
não quero… não quero!
Bem sei que pouco ou nada
valho mas este pouco é teu inteiramente, sem condições nem reservas.
És, Senhora minha, a minha
alegria, a minha esperança o meu consolo e refúgio.
Senhora! Não estejas
triste!
(AMA,
reflexões, Dez. 2018)
Leitura espiritual
AMORIS LÆTITIA
DO SANTO PADRE FRANCISCO
AOS BISPOS AOS PRESBÍTEROS E AOS DIÁCONOS
ÀS PESSOAS CONSAGRADAS AOS ESPOSOS CRISTÃOS E A TODOS OS FIÉIS LEIGOS SOBRE O AMOR NA FAMÍLIA
CAPÍTULO VI
ALGUMAS PERSPECTIVAS PASTORAIS.
Guiar os noivos no caminho de preparação para o matrimónio.
3
A preparação da celebração.
A preparação próxima do
matrimónio tende a concentrar-se nos convites, na roupa, na festa com os seus
inumeráveis detalhes que consomem tanto os recursos económicos como as energias
e a alegria. Os noivos chegam desfalecidos e exaustos ao casamento, em vez de
dedicarem o melhor das suas forças a preparar-se como casal para o grande passo
que, juntos, vão dar. Esta mesma mentalidade subjaz também à decisão dalgumas
uniões de facto que nunca mais chegam ao matrimónio, porque pensam nas elevadas
despesas da festa, em vez de darem prioridade ao amor mútuo e à sua
formalização diante dos outros.
Queridos noivos, tende a
coragem de ser diferentes, não vos deixeis devorar pela sociedade do consumo e
da aparência. O que importa é o amor que vos une, fortalecido e santificado
pela graça. Vós sois capazes de optar por uma festa austera e simples, para colocar
o amor acima de tudo. Os agentes pastorais e toda a comunidade podem ajudar
para que esta prioridade se torne a norma e não a excepção.
Na preparação mais
imediata, é importante esclarecer os noivos para viverem com grande
profundidade a celebração litúrgica, ajudando-os a compreender e viver o
significado de cada gesto. Lembremo-nos de que um compromisso tão grande como
este expresso no consentimento matrimonial e a união dos corpos que consuma o
matrimónio, quando se trata de dois baptizados, só podem ser interpretados como
sinais do amor do Filho de Deus feito carne e unido com a sua Igreja em aliança
de amor. Nos baptizados, as palavras e os gestos transformam-se numa linguagem
que manifesta a fé. O corpo, com os significados que Deus lhe quis infundir ao
criá-lo, «transforma-se na linguagem dos
ministros do sacramento, conscientes de que, no pacto conjugal, se manifesta e
realiza o mistério».
Às vezes, os noivos não
percebem o peso teológico e espiritual do consentimento, que ilumina o
significado de todos os gestos sucessivos. É necessário salientar que aquelas
palavras não podem ser reduzidas ao presente; implicam uma totalidade que inclui
o futuro: «até que a morte vos separe».
O sentido do consentimento
mostra que «liberdade e fidelidade não se
opõem uma à outra, aliás apoiam-se reciprocamente quer nas relações
interpessoais quer nas sociais. De facto, pensemos nos danos que produzem, na
civilização da comunicação global, o aumento de promessas não mantidas (...). A
honra à palavra dada, a fidelidade à promessa não se podem comprar nem vender.
Não podem ser impostas com a força, nem guardadas sem sacrifício».
Os bispos do Quénia
fizeram notar que «os futuros esposos, muito
concentrados com o dia da boda, esquecem-se de que estão a preparar-se para um compromisso
que dura a vida inteira».
Temos de ajudá-los a
darem-se conta de que o sacramento não é apenas um momento que depois passa a
fazer parte do passado e das recordações, mas exerce a sua influência sobre
toda a vida matrimonial, de maneira permanente[i].
O significado procriador
da sexualidade, a linguagem do corpo e os gestos de amor vividos na história
dum casal de esposos transformam-se numa «continuidade
ininterrupta da linguagem litúrgica» e «a
vida conjugal torna-se de algum modo liturgia».
Também se pode meditar com
as leituras bíblicas e enriquecer a compreensão do significado das alianças que
trocam entre si, ou doutros sinais que fazem parte do rito. Mas não seria bom
chegarem ao matrimónio sem ter rezado juntos, um pelo outro, pedindo ajuda a
Deus para serem fiéis e generosos, perguntando juntos a Deus que espera deles,
e inclusive consagrando o seu amor diante duma imagem de Maria. Quem os
acompanha na preparação do matrimónio deveria orientá-los para que saibam viver
estes momentos de oração, que lhes podem fazer muito bem.
«A liturgia nupcial é um evento único, que se vive no contexto familiar
e social duma festa. Jesus começou os seus milagres no banquete das bodas de
Caná: o vinho bom do milagre do Senhor, que alegra o nascimento duma nova
família, é o vinho novo da Aliança de Cristo com os homens e mulheres de cada
tempo[ii]. (...)
Frequentemente, o celebrante tem a oportunidade de se dirigir a uma assembleia
formada por pessoas que participam pouco na vida eclesial ou pertencem a outra confissão
cristã ou comunidade religiosa. Trata-se, pois, duma preciosa ocasião para
anunciar o Evangelho de Cristo».
Acompanhamento nos primeiros anos da vida matrimonial.
Temos de reconhecer como
um grande valor que se compreenda que o matrimónio é uma questão de amor: só se
podem casar aqueles que se escolhem livremente e se amam. Apesar disso, se o
amor se reduzir a mera atracção ou a uma vaga afectividade, isto faz com que os
cônjuges sofram duma extraordinária fragilidade quando a afectividade entra em
crise ou a atracção física diminui. Uma vez que estas confusões são frequentes,
torna-se indispensável o acompanhamento dos esposos nos primeiros anos de vida
matrimonial, para enriquecer e aprofundar a decisão consciente e livre de se
pertencerem e amarem até ao fim. Muitas vezes o tempo de noivado não é
suficiente, a decisão de casar-se apressa-se por várias razões e, como se não
bastasse, atrasou a maturação dos jovens. Assim os recém-casados têm de
completar aquele percurso que deveria ter sido feito durante o noivado.[iii]
Por outro lado, quero
insistir que um desafio da pastoral familiar é ajudar a descobrir que o
matrimónio não se pode entender como algo acabado. A união é real, é
irrevogável e foi confirmada e consagrada pelo sacramento do matrimónio; mas,
ao unir-se, os esposos tornam-se protagonistas, senhores da sua própria
história e criadores dum projecto que deve ser levado para a frente
conjuntamente. O olhar volta-se para o futuro, que é preciso construir
dia-a-dia com a graça de Deus e, por isso mesmo, não se pretende do cônjuge que
seja perfeito. É preciso pôr de lado as ilusões e aceitá-lo como é: inacabado,
chamado a crescer, em caminho.
Quando o olhar sobre o
cônjuge é constantemente crítico, isto indica que o matrimónio não foi assumido
também como um projecto a construir juntos, com paciência, compreensão,
tolerância e generosidade.
Isto faz com que o amor
seja substituído pouco a pouco por um olhar inquisidor e implacável, pelo
controle dos méritos e direitos de cada um, pelas reclamações, a competição e a
autodefesa. Deste modo tornam-se incapazes de se apoiarem um ao outro para o
amadurecimento de ambos e para o crescimento da união. Aos novos cônjuges, é
necessário apresentar isto com clareza realista desde o início, de modo que tomem
consciência de que estão apenas a começar.
O «sim» que deram um ao
outro é o início dum itinerário, cujo objectivo se propõe superar as circunstâncias
que surgirem e os obstáculos que se interpuserem. A bênção recebida é uma graça
e um impulso para este caminho sempre aberto. Habitualmente ajuda sentar-se a
dialogar para elaborar o seu projecto concreto com os seus objectivos, meios,
detalhes.
Lembro-me dum refrão que
dizia que a água estagnada corrompe-se, estraga-se. O mesmo acontece com a vida
do amor nos primeiros anos do matrimónio quando fica estagnada, cessa de
mover-se, perde aquela inquietude sadia que a faz avançar. A dança conduzida
com aquele amor jovem, a dança com aqueles olhos iluminados pela esperança, não
deve parar.
No noivado e nos primeiros
anos de matrimónio, é a esperança que tem em si a força do fermento, que faz
olhar para além das contradições, conflitos, contingências, que sempre faz ver
mais além; é ela que põe em movimento a ânsia de se manter num caminho de
crescimento.
A mesma esperança
convida-nos a viver em cheio o presente, colocando o coração na vida familiar,
porque a melhor forma de preparar e consolidar o futuro é viver bem o presente.
O caminho implica passar
por diferentes etapas, que convidam a doar-se com generosidade: do impacto
inicial caracterizado por uma atracção decididamente sensível, passa-se à necessidade
do outro sentido como parte da vida própria. Daqui passa-se ao gosto da
pertença mútua, seguido pela compreensão da vida inteira como um projecto de ambos,
pela capacidade de colocar a felicidade do outro acima das necessidades próprias,
e pela alegria de ver o próprio matrimónio como um bem para a sociedade.
O amadurecimento do amor
implica também aprender a «negociar».
Não se trata duma atitude interesseira nem dum jogo de tipo comercial, mas, em
última análise, dum exercício do amor recíproco, já que esta negociação é um
entrelaçado de recíprocas ofertas e renúncias para o bem da família. Em cada nova
etapa da vida matrimonial, é preciso sentar-se e negociar novamente os acordos,
de modo que não haja vencedores nem vencidos, mas ganhem ambos.
No lar, as decisões não se
tomam unilateralmente, e ambos compartilham a responsabilidade pela família;
mas cada lar é único e cada síntese conjugal é diferente.
Uma das causas que leva a
rupturas matrimoniais é ter expectativas demasiado altas sobre a vida conjugal.
Quando se descobre a realidade mais limitada e problemática do que se sonhara,
a solução não é pensar imediata e irresponsavelmente na separação, mas assumir
o matrimónio como um caminho de amadurecimento, onde cada um dos cônjuges é um
instrumento de Deus para fazer crescer o outro. É possível a mudança, o
crescimento, o desenvolvimento das potencialidades boas que cada um traz dentro
de si.
(cont)
(revisão da versão
portuguesa por AMA)
[i] João Paulo II,
Catequese (27 de Junho de 1984), 4: Insegnamenti 7/1 (1984), 1941;
L’Osservatore Romano (ed. semanal portuguesa de 01/VII/1984), 12. Francisco,
Catequese (21 de Outubro de 2015): L’Osservatore Romano (ed. semanal portuguesa
de 22/X/2015), 16. 244 Conferência Episcopal do Quénia, Mensagem de Quaresma
(18 de Fevereiro de 2015).
[ii] Cf. Pio XI, Carta
enc. Casti connubii (31 de Dezembro de 1930): AAS 22 (1930), 583. 246 João
Paulo II, Catequese (4 de Julho de 1984), 3.6: Insegnamenti 7/2 (1984), 9.10;
L’Osservatore Romano (ed. semanal portuguesa de 08/VII/1984), 12.
Evangelho e comentário
TEMPO DA QUARESMA
Evangelho: Lc 18, 9-14
9 Disse também a seguinte parábola, a
respeito de alguns que confiavam muito em si mesmos, tendo-se por justos e
desprezando os demais: 10 «Dois homens subiram ao templo para orar: um era
fariseu e o outro, cobrador de impostos. 11 O fariseu, de pé, fazia interiormente
esta oração: ‘Ó Deus, dou-te graças por não ser como o resto dos homens, que
são ladrões, injustos, adúlteros; nem como este cobrador de impostos. 12 Jejuo
duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo quanto possuo.’ 13 O cobrador de
impostos, mantendo-se à distância, nem sequer ousava levantar os olhos ao céu;
mas batia no peito, dizendo: ‘Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador.’ 14 Digo-vos:
Este voltou justificado para sua casa, e o outro não. Porque todo aquele que se
exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.»
Comentário:
Ter-se
a si mesmo em boa conta ou, até, motivo de admiração dos outros, é uma vaidade
pessoal que não tem nem fundamento nem possível aceitação seja por quem for.
O
vaidoso – auto-convencido – vai pela vida sozinho com a sua empáfia e nem
repara nos outros que o rodeiam ou com quem se cruza nos caminhos da vida.
Vive
de si mesmo, do que julga saber e possuir, e isto é suficiente.
É
uma figura triste e digna de pena porque, afinal, não se dá conta que todos os
homens temos uma mesma dignidade, que não obtemos nem conseguimos, mas que Deus
nos deu a todos por igual:
Sermos
Seus Filhos!
(AMA,
comentário sobre Lc 18, 9-14 13.12.2018)
Frequenta o convívio do Espírito Santo
Frequenta o convívio do Espírito Santo – o Grande Desconhecido –
que é Quem te há-de santificar. Não esqueças de que és templo de Deus. – O
Paráclito está no centro da tua alma: ouve-O e segue docilmente as Suas
inspirações. (Caminho, 57)
A força e o poder de Deus iluminam a face da Terra. O Espírito
Santo continua a assistir à Igreja de Cristo, para que ela seja – sempre e em
tudo – sinal erguido diante das nações, anunciando à Humanidade a benevolência
e o amor de Deus. Por maiores que sejam as nossas limitações, nós, homens,
podemos olhar com confiança para os Céus e sentir-nos cheios de alegria: Deus
ama-nos e liberta-nos dos nossos pecados. A presença e a acção do Espírito
Santo na Igreja são o penhor e a antecipação da felicidade eterna, dessa alegria
e dessa paz que Deus nos prepara. (...).
Mas esta nossa fé no Espírito Santo deve ser plena e completa. Não
é uma crença vaga na sua presença no mundo; é uma aceitação agradecida dos
sinais e realidades a que quis vincular a sua força de um modo especial. Quando
vier o Espírito de Verdade – anunciou Jesus – Ele Me glorificará, porque
receberá do que é meu e vo-lo anunciará. O Espírito Santo é o Espírito enviado
por Cristo, para operar em nós a santificação que Ele nos mereceu para nós na
Terra.
É por isso que não pode haver fé no Espírito Santo, se não houver
fé em Cristo, na doutrina de Cristo, nos sacramentos de Cristo, na Igreja de
Cristo. Não é coerente com a fé cristã, não crê verdadeiramente no Espírito
Santo, quem não ama a Igreja, quem não tem confiança nela, quem se compraz
apenas em mostrar as deficiências e limitações dos que a representam, quem a
julga por fora e é incapaz de se sentir seu filho. (Cristo que passa, 128 – 130)
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.
A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.
Lembrar-me:
Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.
Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
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