27/01/2020

NUNC COEPI Nota de AMA

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NUNC COEPI


Nunca actueis por medo ou por rotina


Atravessas uma etapa crítica: um certo vago temor; dificuldade em adaptares o plano de vida; um trabalho angustiante, porque não te chegam as vinte e quatro horas do dia para cumprir todas as tuas obrigações... Já experimentaste seguir o conselho do Apóstolo: "Faça-se tudo com decoro e com ordem", quer dizer, na presença de Deus, com Ele, por Ele e só para Ele? (Sulco 512)


E como é que vou conseguir – parece que me perguntas – actuar sempre com esse espírito, que me leve a concluir com perfeição o meu trabalho profissional? A resposta não é minha. Vem de S. Paulo: Trabalhai varonilmente, sede fortes. Que tudo, entre vós, se realize na caridade. Fazei tudo por Amor e livremente. Nunca actueis por medo ou por rotina: servi ao Nosso Pai Deus.

Gosto muito de repetir – porque tenho experimentado bem a sua mensagem – aqueles versos pouco artísticos, mas muito gráficos: Minha vida é toda amor / Se em amor sou entendido, / Foi pela força da dor, / Pois ninguém ama melhor / Que quem muito haja sofrido.

Ocupa-te dos teus deveres profissionais por Amor. Faz tudo por Amor – insisto – e comprovarás as maravilhas que produz o teu trabalho, precisamente porque amas, embora tenhas de saborear a amargura da incompreensão, da injustiça, da ingratidão e até do próprio fracasso humano. Frutos saborosos, sementes de eternidade!

Acontece, porém, que algumas pessoas – são boas, bondosas – afirmam por palavras que aspiram a difundir o formoso ideal da nossa fé, mas se contentam na prática com uma conduta profissional superficial e descuidada, própria de cabeças-no-ar. Se nos encontrarmos com alguns destes cristãos de fachada, temos de ajudá-los com carinho e com clareza e recorrer, quando for necessário, a esse remédio evangélico da correcção fraterna: Irmãos, se porventura alguém for surpreendido nalguma falta, vós, os espirituais, corrigi-o com espírito de mansidão; e tu, acautela-te a ti mesmo, não venhas também a cair na tentação. Levai os fardos uns dos outros e desse modo cumprireis a lei de Cristo. (Amigos de Deus, nn. 68–69)


THALITA KUM 83


THALITA KUM 83 

(Cfr. Lc 8, 49-56)


Na nossa vida corrente com certeza que já passamos por dificuldades e tivemos de pedir ajuda: a um amigo, a uma instituição etc.
Nessas ocasiões procuramos ser claros e muito concretos, não escondendo a dificuldade nos seus contornos.
É natural que nos tenha custado ter de relatar e esclarecer as circunstâncias ou motivos que nos levaram a esse pedido de auxílio, mas pensamos, com lógica, que se quem nos atende desconfiasse, por intuição ou por informações que tivesse, que não estávamos a ser totalmente verdadeiros, ficaria comprometida a ajuda.

Pois com Deus as coisas são mais sérias, pois Ele conhece, com certeza absoluta, tudo que temos dentro de nós.
Qual é o Pai que não fica "desarmado" perante o filho pequeno que lhe confessa um disparate?
Deus Nosso Senhor, Pai amorosíssimo, deixa-se tocar pela nossa sinceridade.

Diz S. Josemaria:

«Não te esqueças que o Senhor tem predilecção pelas crianças e pelos que se fazem como crianças». [1]

O facto é que na nossa vida de homens adultos, as nossas preocupações e problemas, fazem-nos esquecer esta predilecção de Jesus pelas crianças.
Esquecemo-nos até, frequentemente, daquela passagem do Evangelho:

«Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele». [2]

Esta atitude de criança que o Senhor pretende e deseja ver em nós, não é senão a simplicidade.
As crianças são simples e vêm as coisas com olhos puros. Assumem com naturalidade os pequenos disparates que fazem porque sabem que o seu Pai lhes perdoará.
Não têm malícia nem procuram esquemas complicados para tornear a verdade.


AMA, reflexões sobre o Evangelho, 2006)



[1] S. Josemaria Escrivá, Caminho, 872.
[2] Mc 10, 15.

Evangelho e comentário


TEMPO COMUM



Evangelho: Mc 3, 22-30

22 E os doutores da Lei, que tinham descido de Jerusalém, afirmavam: «Ele tem Belzebu!» E ainda: «É pelo chefe dos demónios que expulsa os demónios.» 23 Então, Jesus chamou-os e disse-lhes em parábolas: «Como pode Satanás expulsar Satanás? 24 Se um reino se dividir contra si mesmo, tal reino não pode perdurar; 25 e se uma família se dividir contra si mesma, essa família não pode subsistir. 26 Se, portanto, Satanás se levanta contra si próprio, está dividido e não poderá subsistir; é o seu fim. 27 Ninguém consegue entrar em casa de um homem forte e roubar-lhe os bens sem primeiro o amarrar; só depois poderá saquear-lhe a casa. 28 Em verdade vos digo: todos os pecados e todas as blasfémias que proferirem os filhos dos homens, tudo lhes será perdoado; 29 mas, quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca mais terá perdão: é réu de pecado eterno.» 30 Disse-lhes isto porque eles afirmavam: «Tem um espírito maligno.»

Comentário:

Este trecho de São Marcos demonstra bem até onde pode chegar o espírito retorcido e malévolo, a ausência critério e, até o simples senso comum.

Na ânsia de criticar, descobrir algo passível de reprovação chega-se ao extremo de apresentar argumentos sem nexo nem lógica.

Não interessa, o que não se quer entender e muito menos aceitar: tem de ser denegrido qualquer forma.

Também, hoje em dia não faltam estes "iluminados" por umas teorias e ideologias que pretendem ser a "nova ordem" pela qual o mundo se tem de reger.

Atenção às palavras de Cristo: tais pecados que revelam total ausência respeito devido a Deus e mantêm o homem voluntariamente afastado dele, não terão perdão!


(AMA, comentário sobre Mc 3, 22-30, Carvide, 27,01.2017)


Leitura espiritual

Cartas Católicas

2ª Carta de Pedro

2Pe 2

II. DENÚNCIA DOS FALSOS MESTRES (2,1-22)

Os falsos mestres (Jd 4-19) –

1 Assim como houve entre o povo de Israel falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres; introduzirão disfarçadamente heresias perniciosas e, indo ao ponto de negar o Senhor que os resgatou, atrairão sobre si mesmos uma rápida perdição. 2 Muitos hão-de segui-los na sua libertinagem e, por causa deles, o caminho da verdade será blasfemado; 3 movidos pela cobiça, hão-de explorar-vos com palavras enganadoras. Mas a sua condenação há muito que não perde pela demora e a sua ruína não dorme.

Um castigo inevitável –

4 Com efeito, Deus não poupou os anjos que pecaram mas, precipitando-os no Inferno, entregou-os a um fosso de trevas, onde estão reservados para o Juízo; 5 e não poupou o mundo antigo, embora tenha preservado oito pessoas, contando Noé, o arauto da rectidão, quando desencadeou o dilúvio sobre o mundo dos ímpios; 6 e condenou as cidades de Sodoma e Gomorra à destruição, reduzindo-as a cinzas, para servirem de exemplo aos ímpios que viriam depois; 7 mas livrou o justo Lot, deprimido pela vida dissoluta daquela gente depravada, 8 pois este justo, morando no meio deles, sentia atormentada a sua alma recta, devido às obras malvadas que via e ouvia, dia após dia. 9 É que o Senhor sabe livrar da provação quem é piedoso e reservar os maus para o castigo do dia do juízo, 10 principalmente aqueles que correm atrás dos desejos impuros do corpo e desprezam a autoridade do Senhor.

A moral dos falsos mestres –

11 Audaciosos e arrogantes, não temem ultrajar seres gloriosos, ao passo que os anjos, superiores em força e poder, não pronunciam um juízo injurioso contra eles, diante do Senhor. 12 Estes, porém, semelhantes a animais irracionais, destinados por natureza a serem caçados e mortos, falam mal do que não conhecem e, assim, morrerão como animais, 13 sofrendo o mal pelo mal que fizeram. Põem a sua satisfação no gozo de um dia e são homens imundos e corrompidos, que sentem prazer em enganar, enquanto se banqueteiam convosco. 14 Os seus olhos estão cheios de adultério e não se fartam de pecar. Seduzem as almas débeis; o seu coração está acostumado à cobiça; são filhos da maldição. 15 Abandonaram o caminho recto e extraviaram-se no caminho de Balaão, filho de Bosor que foi atrás do salário da iniquidade, 16 mas foi repreendido pela sua desobediência: um jumento mudo, falando com voz humana, deteve a insensatez do profeta. 17 Esses são fontes sem água e nuvens agitadas pela tempestade, para quem está reservada a mais tenebrosa escuridão. 18 Gritam discursos empolados e vazios e, excitando as paixões carnais e a devassidão, seduzem aqueles que começam a afastar-se dos que vivem no erro. 19 Prometem-lhes a liberdade, quando eles próprios são escravos da corrupção, pois é-se escravo daquele por quem nos deixamos vencer.

Gravidade da apostasia –

20 Com efeito, se aqueles que fugiram da corrupção do mundo, pelo conhecimento de Jesus Cristo, Nosso Senhor e Salvador, se deixam de novo enredar e vencer por ela, o seu último estado torna-se pior do que o primeiro. 21 Melhor lhes fora não ter conhecido o caminho da justiça do que, depois de o conhecer, voltar atrás, abandonando a lei santa que lhes foi transmitida. 22  Acontece-lhes o que diz aquele provérbio tão acertado: «O cão volta ao seu vómito e a porca, acabada de lavar, volta a revolver-se na lama.»


Pequena agenda do cristão

SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça "boa cara" que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?