2ª Carta de Pedro
2Pe
2
II.
DENÚNCIA DOS FALSOS MESTRES (2,1-22)
Os
falsos mestres (Jd 4-19) –
1
Assim como houve entre o povo de Israel falsos profetas, assim também haverá
entre vós falsos mestres; introduzirão disfarçadamente heresias perniciosas e,
indo ao ponto de negar o Senhor que os resgatou, atrairão sobre si mesmos uma
rápida perdição. 2 Muitos hão-de segui-los na sua libertinagem e, por causa
deles, o caminho da verdade será blasfemado; 3 movidos pela cobiça, hão-de
explorar-vos com palavras enganadoras. Mas a sua condenação há muito que não
perde pela demora e a sua ruína não dorme.
Um
castigo inevitável –
4
Com efeito, Deus não poupou os anjos que pecaram mas, precipitando-os no
Inferno, entregou-os a um fosso de trevas, onde estão reservados para o Juízo;
5 e não poupou o mundo antigo, embora tenha preservado oito pessoas, contando
Noé, o arauto da rectidão, quando desencadeou o dilúvio sobre o mundo dos
ímpios; 6 e condenou as cidades de Sodoma e Gomorra à destruição, reduzindo-as
a cinzas, para servirem de exemplo aos ímpios que viriam depois; 7 mas livrou o
justo Lot, deprimido pela vida dissoluta daquela gente depravada, 8 pois este
justo, morando no meio deles, sentia atormentada a sua alma recta, devido às
obras malvadas que via e ouvia, dia após dia. 9 É que o Senhor sabe livrar da
provação quem é piedoso e reservar os maus para o castigo do dia do juízo, 10 principalmente
aqueles que correm atrás dos desejos impuros do corpo e desprezam a autoridade
do Senhor.
A
moral dos falsos mestres –
11
Audaciosos e arrogantes, não temem ultrajar seres gloriosos, ao passo que os
anjos, superiores em força e poder, não pronunciam um juízo injurioso contra
eles, diante do Senhor. 12 Estes, porém, semelhantes a animais irracionais,
destinados por natureza a serem caçados e mortos, falam mal do que não conhecem
e, assim, morrerão como animais, 13 sofrendo o mal pelo mal que fizeram. Põem a
sua satisfação no gozo de um dia e são homens imundos e corrompidos, que sentem
prazer em enganar, enquanto se banqueteiam convosco. 14 Os seus olhos estão
cheios de adultério e não se fartam de pecar. Seduzem as almas débeis; o seu
coração está acostumado à cobiça; são filhos da maldição. 15 Abandonaram o
caminho recto e extraviaram-se no caminho de Balaão, filho de Bosor que foi
atrás do salário da iniquidade, 16 mas foi repreendido pela sua desobediência:
um jumento mudo, falando com voz humana, deteve a insensatez do profeta. 17 Esses
são fontes sem água e nuvens agitadas pela tempestade, para quem está reservada
a mais tenebrosa escuridão. 18 Gritam discursos empolados e vazios e, excitando
as paixões carnais e a devassidão, seduzem aqueles que começam a afastar-se dos
que vivem no erro. 19 Prometem-lhes a liberdade, quando eles próprios são
escravos da corrupção, pois é-se escravo daquele por quem nos deixamos vencer.
Gravidade
da apostasia –
20
Com efeito, se aqueles que fugiram da corrupção do mundo, pelo conhecimento de
Jesus Cristo, Nosso Senhor e Salvador, se deixam de novo enredar e vencer por
ela, o seu último estado torna-se pior do que o primeiro. 21 Melhor lhes fora
não ter conhecido o caminho da justiça do que, depois de o conhecer, voltar
atrás, abandonando a lei santa que lhes foi transmitida. 22 Acontece-lhes o que diz aquele provérbio tão
acertado: «O cão volta ao seu vómito e a porca, acabada de lavar, volta a
revolver-se na lama.»
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