14/06/2014

Como podemos amar a Virgem?



Pequena agenda do cristão

SÁBADO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)





Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:
Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?


Temas para meditar 145

Livre arbítrio



O privilégio que nos confere o livre arbítrio não nos torna independentes de Deus; oferece-nos o mérito duma dependência voluntária. Não nos dispensa de termos senhores, permite-nos escolher os nossos senhores.



(georges chevrotJesus e a samaritana, Éfeso 1956 pg 1176-177

Tratado da lei 23

Questão 96: Do poder da lei humana.

Em seguida devemos tratar do poder da lei humana.

E nesta questão discutem-se seis artigos:

Art. 1 — Se a lei humana deve ser feita para o bem comum ou antes, para o particular.
Art. 2 — Se à lei humana pertence coibir todos os vícios.
Art. 3 — Se a lei humana ordena os actos de todas as virtudes.
Art. 4 — Se a lei humana obriga no foro da consciência.
Art. 5 — Se todos estão sujeitos à lei.
Art. 6 — Se é lícito a quem está sujeito à lei agir fora dos termos dela.

Art. 1 — Se a lei humana deve ser feita para o bem comum ou antes, para o particular.

(V Ethic., lect XVI).

O primeiro discute-se assim. — Parece que a lei humana não deve ser feita para o bem comum, mas antes, para o particular.

1. — Pois, o Filósofo diz: Legal é a lei estabelecida para casos particulares; e também os decretos que regulam, como o legal, casos particulares, pois são expedidos para se aplicarem a actos particulares. Logo, a lei não é feita só para o bem comum, mas também para o particular.

2. Demais. — A lei é directiva dos actos humanos, como já se disse (q. 90, a. 1, a. 2). Ora, os actos humanos versam sobre o particular. Logo, a lei humana deve ser feita, não para o bem comum, mas antes, para o particular.

3. Demais. — A lei é a regra e a medida dos actos humanos, como já se disse (q. 90, a. 1, a. 2). Ora, a medida deve ser certíssima, como diz Aristóteles. Logo, nos actos humanos, não podendo haver nada a tal ponto certo que não falhe em casos particulares, parece que as leis devem ser feitas, não para o bem geral, mas para o particular.

Mas, em contrário, diz o jurisconsulto: O direito deve ser constituído para regular o que frequentemente se dá e não, para o que acontece fortuitamente.

Tudo o que existe para um fim deve ser-lhe proporcionado. Ora, o fim da lei é o bem comum; pois, como diz Isidoro, a lei deve ser estabelecida para a utilidade comum dos cidadãos, e não, para a utilidade privada. Donde, as leis humanas devem ser proporcionadas ao bem comum. Ora, este consta de muitos elementos, que portanto, a lei há de necessariamente visar; no concernente às pessoas, aos actos e aos tempos. Pois, a comunidade civil é composta de muitas pessoas, cujo bem é buscado por meio de muitas acções. Nem a lei é instituída para durar pouco tempo, mas para perdurar longamente, através da sucessão dos cidadãos, como diz Agostinho.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — O Filósofo distingue três partes na justiça legal, que é o direito positivo. Pois algumas leis são, em si mesmas, estabelecidas para o bem geral; e são as leis gerais. E a esta luz, diz: ao legal é indiferente vir a ser de um ou de outro modo mas já não o é, quando está estabelecido: p. ex., que os prisioneiros sejam resgatados por um certo preço estatuído. — Outras são gerais, sob certo respeito e particulares, sob outro. E essas chamam-se privilégios, quase leis privadas, porque respeitam pessoas singulares, embora o seu vigor se estenda a muitos outros casos. E por isso acrescenta: além disso, todas as leis feitas para casos particulares. — Certas determinações também se chamam legais, não por serem leis, mas por constituírem aplicação das leis comuns a certos factos particulares; e tais são os decretos, tidos como leis. E, por isto, acrescenta: os decretos.

RESPOSTA À SEGUNDA. — O que é directivo deve sê-lo de muitas coisas. Por isso, o Filósofo diz, que tudo o pertencente a um mesmo género é medido pelo que é primeiro nesse género. Pois, se fossem as regras ou as medidas tantas quantas as coisas medidas ou reguladas, cessaria por certo a utilidade daquelas, que consiste em podermos conhecer muitas coisas por meio de uma só. E assim, nenhuma utilidade teria a lei, se não abrangesse senão um acto particular. Ora, para dirigir actos particulares são estabelecidos os preceitos singulares dos prudentes. A lei, ao contrário, é um preceito comum, como já se disse (q. 92, a. 2 arg. 2).

RESPOSTA À TERCEIRA. — Não devemos buscar em tudo a mesma certeza, diz Aristóteles. Donde, nas coisas contingentes, como as naturais e as humanas, basta uma certeza tal, que seja um princípio verdadeiro, na maior parte dos casos, embora, em alguns possa a não vir a sê-lo.

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.


Evangelho diário, comentário e leitura espiritual (A Paciência 4)


Tempo comum XI Semana

Evangelho: Jo 3, 16-18

16 «Porque Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu Seu Filho Unigénito, para que todo aquele que crê n'Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. 17 Porque Deus não enviou Seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. 18 Quem n'Ele acredita, não é condenado, mas quem não acredita, já está condenado, porque não acredita no nome do Filho Unigénito de Deus.

Comentário:

Toda a história da redenção humana é uma história de amor.


Deus é Amor e, portanto, tudo quanto sai das Suas mãos ou é engendrado no Seu o pensamento não pode ser outra coisa que a expressão desse amor.


Por isso só se salva quem ama verdadeiramente.
Quem, por desgraça, tem o coração preso às coisas terrenas não tem espaço para outro amor, o principal, o mais importante, o imprescindível: o amor a Deus.


(ama, comentário sobre Jo 3, 16-21, 2013.04.10)


Leitura espiritual



Temas


A PACIÊNCIA

…/4

EXERCÍCIOS DE PACIÊNCIA

Não, não há “truques” ou “técnicas” que sirvam para viver a paciência, se o egoísmo ainda tem o ninho no nosso coração. Com esse hóspede indesejável, é inútil qualquer tentativa. Mas se há amor, então vão-nos ocorrendo mil maneiras de exercitar a paciência, bem práticas, simples, bonitas... e eficazes.

Quem tem experiência da luta por viver com Deus, sabe que o amor cristão se mexe movido por duas asas: a da oração e a da mortificação. Por isso, todo o exercício da virtude cristã da paciência comportará necessariamente o movimento de uma dessas asas ou, o que será mais frequente, de ambas ao mesmo tempo.

Em primeiro lugar, a oração. O cristão paciente procura falar antes com Deus do que com os homens. Quando se sente à beira de uma crise de impaciência – pois ia retrucar, censurar, queixar-se... –, faz o esforço de se calar. Alguns recomendam contar até vinte, antes de abrir a boca. Melhor será fazer o sacrifício de guardar silêncio, de sair, se for preciso, de perto do foco do atrito (ir para outro cômodo, etc.), e de rezar bem devagar alguma oração, como por exemplo o Pai-Nosso (sublinhando mentalmente as palavras-chave que acordarão a fé e o amor e, portanto, trarão calma e lucidez à alma: Pai, ...seja feita a vossa vontade..., perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido...).

Após essa oração, que pode ser também uma sequência de jaculatórias, de invocações breves, pedindo paciência a Deus, e já com a alma mais tranquila, poderemos discernir o que nos convém fazer: se é deixarmos passar, sem mais, aquele dissabor, aquela contrariedade; ou é praticar o que lemos no n. 10 de Caminho: “Não repreendas quando sentes a indignação pela falta cometida.

– Espera pelo dia seguinte, ou mais tempo ainda. – E depois, tranquilo e com a intenção purificada, não deixes de repreender [1]; ou, então, se é tomar a iniciativa de ter um gesto simpático – um afago para a esposa ou a filha; uma palavra amável, que quebre o gelo com aquele que nos causou mal-estar.

Não duvidemos de que o esforço de guardar silêncio, unido ao esforço de fazer oração, sempre conduzirá para a paciência, para a paciência real e prática, os que lutam com boa vontade.

Ao lado da oração, mas sem largá-la da mão, o cristão exercita a paciência por meio da prática voluntária, consciente, amorosa, de um sem-fim de pequenos sacrifícios, que são uma gota de paz, de afabilidade, de bondade, sobre as incipientes ebulições da impaciência. Talvez não seja demais lembrar, a título de sugestão para o leitor, algumas dessas mortificações cristãs, que diariamente podemos oferecer a Deus: fazer o esforço de escutar pacientemente a todos (ao menos durante um tempo prudencial), sem deixar que se apague o sorriso dos lábios, nem permitir que os olhos adquiram a inexpressiva fixidez, prelúdio de bocejo, de um peixe;

* não andar comentando a toda a hora e com todos, sem razão plausível nem necessidade, as nossas gripes, as nossas dores de cabeça ou de fígado nem, em geral, qualquer outro tipo de mal estar pessoal: propor-nos firmemente não nos queixarmos da saúde, do calor ou do frio, do abafamento no autocarro lotado, do tempo que levamos sem comer nada... renunciar decididamente a utilizar os verbetes típicos do Dicionário da Impaciência:

* “Você sempre faz isso!”, “De novo, mulher, já é a terceira vez que você passa um cheque sem fundos!”, “Outra vez!”, “Já estou cansado”, etc., etc.;

* evitar cobranças insistentes e antipáticas, e prontificar-nos a ajudar os outros, usando mais vezes do expediente afável de lembrar-lhes as coisas que omitiram ou atrasaram, e de estimulá-los a fazê-las;

* não implicar – não vale a pena! – com pequenos maus hábitos ou cacoetes dos outros, mas deixá-los passar como quem nem repara neles: mania de bater na cadeira ou de tamborilar com os dedos na mesa, tendência para ler por cima do ombro o jornal que nós estamos lendo, de fazer ruído com a boca, de cantarolar horrivelmente enquanto se lê ou se trabalha... Lembro-me bem da “guerra fria” que se travou entre uma filha cinquentona e um pai quase oitentão, e na qual fui chamado a intervir como mediador. Ela sustentava que o pai vivia gemendo, ele retrucava dizendo que “não, senhora, estou é cantarolando”... E, se não tivesse havido a intervenção de uma “potência neutra”, o atrito poderia ter terminado muito mal;

* saber repetir calmamente as nossas explicações a quem não as entende e se mostra porfiadamente obtuso; ter a calma de partir do bê-á-bá para esclarecer assuntos técnicos a pessoas que os desconhecem e não têm vocação para lidar com cálculos e máquinas;

* não buzinar quando alguém reduz a marcha do veículo e estaciona inopinadamente; por sinal, se o leitor deseja um bom conselho para o trânsito, ofereço-lhe o seguinte, que já deu muito bons resultados: nunca olhe para a cara do “agressor”, do motorista “barbeiro”. Continue serenamente o seu percurso sem ficar sabendo se era homem ou mulher, jovem ou velho: vai ver que é difícil ficar com raiva de uma sombra indefinida; se, além disso, passada a primeira reação, reza ao Anjo da Guarda por ele/ela, para que se torne mais prudente, mais hábil ou menos prepotente, melhor ainda;

* por último, permito-me repisar a importância da oração para adquirir a paciência, evocando a simpática surpresa de uma mãe impaciente que se tornou “rezadora”. Aquela mulher de nervos frágeis tinha-se proposto rezar a Nossa Senhora a jaculatória: “Mãe de misericórdia, rogai por nós (por mim e por esse moleque danado)” a cada grito das crianças. Quando começava a ferver uma crise conjugal, tinha igualmente “preparada” uma oração própria que dizia: “Meu Deus, que eu veja aí a cruz e saiba oferecer-Vos essa contrariedade! Rainha da paz, rogai por nós!” E quando ia ficando enervada e ríspida, rezava: “Maria.., vida, doçura e esperança nossa, rogai por mim!” Depois comentava com certo espanto: – “Sabe que dá certo? Fico mais calma!” E ficava mesmo.

Como vemos, nem essa boa mãe, nem as outras pessoas acima evocadas como exemplo, conseguiam viver a paciência à base de truques de “pensamento positivo”, mas de esforços de fé e de amor cristão. De maneira que, sem terem a mínima noção disso, todas elas estavam dando a razão a São Tomás de Aquino que, com o seu habitual laconismo, sintetizou assim a questão:
Manifestum est quod patientia a caritate causatur – “é evidente que a paciência é causada pelo amor”, ou, por outras palavras que traduzem com igual precisão as do santo: “Só o amor é causa da paciência” [2]

HISTÓRIAS DE AMOR PACIENTE

O AMOR QUE SABE SOFRER

Víamos no começo que a paciência é a arte de sofrer. Depois das considerações que acabamos de fazer, pode-se modificar um pouco esse enunciado e dizer que a paciência é o amor que sabe sofrer.

Uma das coisas mais comoventes e edificantes do mundo é ter conhecido uma pessoa que, durante longo tempo, soube sofrer com amor. Nenhuma teoria, nenhuma ciência, nenhum livro nos pode ensinar melhor do que ela o que é a beleza e a grandeza da paciência. É bem certo que poucas realidades mostram tão bem a presença de Deus e a marca da sua graça num ser humano como o faz – quase que por transparência – o bom sofredor, o sofredor amoroso, sereno e esquecido de si mesmo.

Não é por acaso que São Paulo, quando começa a enumerar as qualidades do amor cristão, como quem apresenta as facetas de uma pedra preciosa, menciona em primeiro lugar que a caridade é paciente, e arremata os elogios dizendo que a caridade tudo sofre (cf. 1 Cor 13, 4.7). A vida dos santos, ou simplesmente a vida dos homens e mulheres bons, que optaram por transformar a sua existência numa amorosa tarefa de edificar, confirma o que Deus nos diz por meio de São Paulo.

Por isso, como o exemplo é o melhor livro e o testemunho vivido a mais pedagógica das escolas, vamos adentrar neste novo capítulo em quatro histórias de amor paciente ou, para sermos mais precisos, vamos relatar numas poucas pinceladas alguns episódios significativos de quatro vidas que souberam encarnar o amor paciente.

Dos dois primeiros casos, quem escreve estas páginas foi, em parte, testemunha presencial.

Os outros dois, conhece-os pela tocante narração de um médico.

UM MESTRE DE BOM HUMOR

Durante dois anos, tive o privilégio – seria mais exato dizer a graça – de conviver em Roma com o Fundador do Opus Dei, o Bem-aventurado Josemaría Escrivá.

Muito alegre e desportivamente, uns cento e vinte alunos do Colégio Romano da Santa Cruz nos acomodávamos como podíamos nos escassos e surrealistas espaços de um prédio ainda em construção. Mas, para nós, o sol raiava todos os dias, mesmo quando a Cidade Eterna se cobria de nuvens, porque saboreávamos a experiência de estar convivendo com um santo.

Todos os biógrafos de Mons. Escrivá, hoje já numerosos, coincidem em afirmar que uma das características da sua personalidade era a alegria, patenteada num constante bom humor. Um desses biógrafos dá justamente o título de Mestre de bom humor à obra de recordações pessoais que lhe dedica. [3]

Os que convivemos durante algum tempo com ele somos testemunhas de que esse título é exacto.

Quase diariamente, os alunos do Colégio Romano da Santa Cruz, anexo então à sede central do Opus Dei em Roma, tínhamos a feliz oportunidade de estar e de conversar uns bons momentos com Mons. Escrivá. Eu, que chegara a Roma em outubro de 1953 e só sairia de lá no fim do ano lectivo de 1955, guardo a viva lembrança do Fundador do Opus Dei como um sacerdote inflamado em amor de Deus, amor que fundia maravilhosamente com um enorme carinho humano, sempre sorridente, sempre otimista, sempre vibrante, sempre bem- disposto.

Todos os que o conhecíamos de perto víamos nele a extraordinária harmonia das diversas virtudes cristãs – mesmo das aparentemente contraditórias, como a mais terna compreensão e a firmeza mais exigente –, a erguer-se como picos elevados na cordilheira compacta da sua vida santa. Pois bem, um desses cumes elevados era, sem dúvida alguma, a paciência. Esta virtude manifestava-se, no dia-a-dia, de diversas formas; uma das mais patentes era a equanimidade que se percebia a todas as horas e em todas as circunstâncias. Equanimidade, ou seja, igualdade de ânimo, boa disposição permanente, que atraía com força irradiante e estimulava a imitá-lo.


Não é que tudo fosse um mar calmo à sua volta, nem que ele – homem de temperamento vivo, sensível e ardente – fosse impassível. Mesmo sem conhecermos muitos detalhes, todos nós tínhamos noção das dificuldades grandes que o Padre – assim o chamávamos – tivera e tinha que enfrentar para levar a Obra de Deus para a frente. Sabíamos em parte, ou imaginávamos saber, o calibre das provações e sofrimentos por que Deus permitiu que passasse, forjando-lhe assim a têmpera do santo: incompreensões dolorosas, incríveis calúnias, perseguições, carência absoluta de meios materiais... Contradições brutais, que acabaram por deixar a sua farpada na saúde do Padre.

Desde os anos quarenta, de facto, padecia de uma séria diabete mellitus. Mas, se alguém nos perguntasse: – “Como vai a saúde do Padre?”, teríamos respondido, com a maior naturalidade: – “Ora, graças a Deus, vai muito bem”.

E, com efeito, era assim mesmo que víamos o Fundador: muito bem.
Todos os dias nos deixava a imagem de um homem cheio de Deus e pletórico de humanidade, transbordante de alegria e de dinamismo.

(cont.)







[1] josemaría escrivá, Caminho, 7ª ed., Quadrante, São Paulo, 1989
[2] Suma Teológica, II-II, q. 136, a. 3, c.].
[3] José Luis Soria, Maestro de buen humor, Rialp, Madrid, 1994.