06/07/2019

Doutrina


Doutrina – 491  
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
Compêndio



SEGUNDA SECÇÃO

OS SETE SACRAMENTOS DA IGREJA


CAPÍTULO PRIMEIRO

OS SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO CRISTÃ

O SACRAMENTO DA EUCARISTIA


274. O que significa a Eucaristia na vida da Igreja?



É fonte e cume da vida cristã. 
Na Eucaristia, atingem o auge a acção santificadora de Deus em nosso favor e o nosso culto para com Ele. 
Nela está contido todo o tesouro espiritual da Igreja: o próprio Cristo, nossa Páscoa.
A comunhão da vida divina e a unidade do Povo de Deus são significadas e realizadas na Eucaristia.
Pela celebração eucarística unimo-nos desde já à liturgia do Céu e antecipamos a vida eterna.

Evangelho e comentário


TEMPO COMUM



Evangelho: Mt 9, 14-17

14 Depois, foram ter com Ele os discípulos de João, dizendo: «Porque é que nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?» 15 Jesus respondeu-lhes: «Porventura podem os convidados para as núpcias estar tristes, enquanto o esposo está com eles? Porém, hão-de vir dias em que lhes será tirado o esposo e, então, hão-de jejuar.» 16«Ninguém põe um remendo de pano novo em roupa velha, porque o remendo puxa parte do tecido e o rasgão torna-se maior. 17 Nem se deita vinho novo em odres velhos; de contrário, rompem-se os odres, derrama-se o vinho e estragam-se os odres. Mas deita-se o vinho novo em odres novos; e, desta maneira, ambas as coisas se conservam.»

Comentário:

Jejuar é uma prática muito aconselhada por todos os directores espirituais como uma salutar medida para fortalecer a temperança.

Esta virtude fundamental para o cristão, não se resume ao jejum, mas a toda a forma de viver e comportar-se não apenas consigo próprio, mas sobretudo com os outros.


(AMA, comentário sobre Mt 9, 14-17, 2015.07.04)


Temas para reflectir e meditar

Agradecer


Gostaria muito de saber agradecer convenientemente as graças que recebo.

Constantemente!

Sei bem que ficarei sempre numa pálida expressão de agradecimento se bem que saiba que ao Senhor não Lhe importam tanto as palavras como as acções concretas.

Bem... então que posso, devo fazer?

Posso, devo tentar viver como Ele quer e só como Ele quer.

Conheço a minha fraqueza e debilidade e, por isso Te peço que me ajudes a cumprir este desejo que é, também, uma obrigação.


(AMA, reflexão, 21.01.2019)

Leitura espiritual


"Christus vivit": Exortação Apostólica aos Jovens

1. CRISTO VIVE: é Ele a nossa esperança e a mais bela juventude deste mundo! Tudo o que toca torna-se jovem, fica novo, enche-se de vida. Por isso as primeiras palavras, que quero dirigir a cada jovem cristão, são estas:

Ele vive e quere-te vivo!


2. Está em ti, está contigo e jamais te deixa. Por mais que te possas afastar, junto de ti está o Ressuscitado, que te chama e espera por ti para recomeçar.
Quando te sentires envelhecido pela tristeza, os rancores, os medos, as dúvidas ou os fracassos, Jesus estará a teu lado para te devolver a força e a esperança.

3. Com afecto, escrevo a todos os jovens cristãos esta Exortação Apostólica, ou seja, uma carta que recorda algumas convicções da nossa fé e, ao mesmo tempo, encoraja a crescer na santidade e no compromisso em prol da própria vocação.
Mas, dado que é um marco dentro de um caminho sinodal, dirijo-me simultaneamente a todo o Povo de Deus, aos pastores e aos fiéis, porque a reflexão sobre os jovens e para os jovens nos interpela e estimula a todos nós.
Por isso, nalguns parágrafos falarei directamente aos jovens, enquanto em outros oferecerei abordagens mais gerais para o discernimento eclesial.

4. Deixei-me inspirar pela riqueza das reflexões e diálogos do Sínodo do ano passado. Aqui não poderei recolher todas as contribuições – podereis lê-las no Documento Final –, mas procurei assumir, na redacção desta carta, as propostas que me pareceram mais significativas.
Assim, a minha palavra será enriquecida por milhares de vozes de fiéis de todo o mundo, que fizeram chegar ao Sínodo as suas opiniões.
Mesmo os jovens que não têm fé, que quiseram participar com as suas reflexões, propuseram questões que fizeram nascer em mim novas interrogações.

Capítulo I

O QUE A PALAVRA DE DEUS DIZ SOBRE OS JOVENS?

5. Resgatemos alguns tesouros da Sagrada Escritura, onde várias vezes se fala de jovens e do modo como o Senhor vai ao seu encontro.

No Antigo Testamento

6. Numa época em que os jovens contavam pouco, alguns textos mostram que Deus vê com olhos diferentes. Por exemplo, vemos José que era quase o mais novo da família (cf. Gn 37, 2-3) e, todavia, Deus comunicou-lhe em sonho coisas grandes e superou todos os seus irmãos em cargos importantes quando tinha cerca de vinte anos (cf. Gn 37-47).

7. Em Gedeão, reconhecemos a sinceridade dos jovens, que não costumam dulcificar a realidade.
Quando lhe foi dito que o Senhor estava com ele, retorquiu: «Se o Senhor está connosco, então por que é que nos aconteceu tudo isto?» (Jz 6, 13). Mas Deus não se aborreceu com esta censura e redobrou a aposta nele: «Vai com toda a tua força, e salva Israel» (Jz 6, 14).

8. Samuel era um adolescente inseguro, mas o Senhor comunicava com ele. Graças ao conselho dum adulto, abriu o seu coração para escutar a chamada de Deus: «Fala, Senhor; o teu servo escuta» (1 Sm 3, 9-10).
Por isso, foi um grande profeta que interveio em momentos importantes da sua pátria.
O rei Saul também era um jovem, quando o Senhor o chamou para cumprir a sua missão (cf. 1 Sm 9, 2).

9. Quando o rei David foi escolhido, era ainda rapaz. O profeta Samuel procurava o futuro rei de Israel, e um homem apresentou-lhe, como candidatos, os seus filhos mais velhos e mais experientes. Mas o profeta disse que o escolhido era David, o rapaz que cuidava das ovelhas (cf. 1 Sm16, 6-13), porque «o homem vê as aparências, mas o Senhor olha o coração» (16, 7).

A glória da juventude está mais no coração do que na força física ou na impressão que provoca nos outros.

10. Salomão, quando teve de suceder a seu pai, sentiu-se perdido e disse a Deus: «Eu não passo de um jovem inexperiente que não sabe ainda como governar» (1 Re 3, 7). No entanto, a audácia da juventude impeliu-o a pedir a Deus a sabedoria e entregou-se à sua missão.
Algo parecido aconteceu com o profeta Jeremias, chamado a despertar o seu povo quando era ainda muito jovem.
Temeroso, disse: «Ah! Senhor Deus, eu não sei falar, pois ainda sou um jovem» (Jr 1, 6). Mas o Senhor pediu-lhe para não falar assim (cf. Jr 1, 7), acrescentando: «Não terás medo diante deles, pois Eu estou contigo para te livrar» (Jr 1, 8).
A entrega do profeta Jeremias à sua missão mostra o que é possível fazer-se, se se unem o frescor da juventude e a força de Deus.

11. Uma donzela judia, que estava ao serviço do militar estrangeiro Naaman interveio com fé para ajudá-lo a curar da sua doença (cf. 2 Re 5, 2-6).

A jovem Rute foi um exemplo de generosidade ao ficar na companhia da sua sogra, que ficara viúva e só (cf. Rt 1, 1-18), e mostrou também a sua audácia para triunfar na vida (cf. Rt 4, 1-17).

Franciscus

Revisão da versão portuguesa por AMA


Pequena agenda do cristão

SÁBADO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?





Ele é bom..., e Ele ama-te


Penas? Contradições por aquele acontecimento ou outro qualquer?... Não vês que é o que o teu Pai-Deus que o quer..., e Ele é bom..., e Ele ama-te – a ti só! – mais que todas as mães do mundo juntas podem amar os seus filhos? (Forja, 929)

Mas não esqueçamos que estar com Jesus é seguramente encontrar-se com a sua Cruz. Quando nos abandonamos nas mãos de Deus, é frequente que Ele permita que saboreemos a dor, a solidão, as contradições, as calúnias, as difamações, os escárnios, por dentro e por fora: porque quer conformar-nos à Sua imagem e semelhança e permite também que nos chamem loucos e que nos tomem por néscios.

É a altura de amar a mortificação passiva que vem – oculta, ou descarada e insolente – quando não a esperamos. Chegam a ferir as ovelhas com as pedras que deviam atirar-se aos lobos: quem segue Cristo experimenta na própria carne que aqueles que o deviam amar se comportam com ele de uma maneira que vai da desconfiança à hostilidade, da suspeita ao ódio. Olham-no com receio, como um mentiroso, porque não acreditam que possa haver relação pessoal com Deus, vida interior; em contrapartida, com o ateu e com o indiferente, geralmente rebeldes e desavergonhados, desfazem-se em amabilidades e compreensão.

E talvez Nosso Senhor permita que o Seu discípulo se veja atacado com a arma, que nunca é honrosa para aquele que a empunha, das injúrias pessoais; com lugares comuns, fruto tendencioso e delituoso de uma propaganda massificada e mentirosa... Porque o bom gosto e a cortesia não são coisas muito comuns.

Assim vai Jesus esculpindo as almas dos Seus, sem deixar de lhes dar interiormente serenidade e alegria, porque eles entendem muito bem que – com cem mentiras juntas – os demónios não são capazes de fazer uma verdade: e grava nas suas vidas a convicção de que só se sentirão bem quando renunciarem à comodidade. (Amigos de Deus, 301)