Dentro
do Evangelho – (cfr:
São Josemaria, Sulco 253)
(Re Lc
XVIII, 18...)
No
final de cada dia passo em revista quanto ouvi e presenciei e vou sublinhando o
que em mim teve mais impacto; Hoje presenciei algo que me marcou profundamente;
um jovem que se afastou triste «abitti tritis» depois de Jesus lhe ter
respondido como encontrar o que procurava... «como alcançar a vida eterna»; o Evangelista continua dizendo a possível
razão desta desistência: «Tinha muitos bens, era rico».
Na
continuação, vejo o olhar com que Jesus mirou o jovem, com infinita ternura
para, depois de ele se afastar, dizer com tristeza: «Como é difícil a um
rico entrar no Reino do Céu».
Noto
bem que, Jesus, não Se manifesta quanto à riqueza pessoal, pouca ou muita, mas
o juízo que faz sobre o que ao apego aos bens pode constituir obstáculo á
Salvação.
Ao
mesmo tempo, posso advertir nas palavras de Jesus o seguinte: a riqueza pessoal
pode, deve ser, um excelente modo de alcançar a Salvação, na medida em que
utilizando essa abundância para distribuir algo por quantos possam necessitar
ganharei o reconhecimento e gratidão desses mesmos. Que melhor paga! Que
extraordinário retorno!
«Estava
nu e vestiste-me, tinha fome e sacias-te-me...»!
Que
ganho! Os "meus bens" a minha "riqueza" aumentam cada vez
que procedo assim.
Sim,
repito, a "contabilidade divina" não tem par!
Reflexão
Hoje celebro o dia do nascimento do Amor da minha
Vida; não posso mais que dizer:
AMOR DA MINHA VIDA, eu bem sei que,
estando no Céu, estás sempre comigo mas, não obstante esta certeza, esmagam-me
as saudades tuas.
Diria... físicamente: poder fazer-te
uma festa, sentir a tua mão a retribuir, um beijo, um sorriso cúmplice.
Sei, tenho a certeza que, como dizias,
estavas "pronta" e, por isso o Senhor te chamou para o pé de Si.
Eu, bem sei, não estou "pronto"
e por isso Ele me mantém aqui até que esteja.
Peço-te, meu Amor, pede-Lhe que abrevie
esta espera.
Dedicatória
A ti
dedico
a calma
das horas mortas
e do nascer de sóis.
A ti
ofereço
as flores murchas
do meu peito deserto.
Por ti
sofro
o dilema
de viver
dia a dia.
Para ti,
meu amor,
escrevo
esta elegia.
Lisboa, 62
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