Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
07/08/2018
Reto del amor
VIVE DE CRISTO®Dominicas de Lerma
Temas para reflectir e meditar
O Senhor quando disse para
sermos santos como o nosso Pai Deus é Santo (Cfr Mt 5, 48),
não se referia apenas a uns quantos privilegiados, com características
especiais ou fora do comum.
Não! Dirigia-se a todos os
homens de todos os tempos.
Ele, que nos conhece
intimamente, não diria tal coisa se fosse impossível de alcançar.
E, evidentemente, nós
sabemos muito bem como fazer para cumprir tal mandato:
Trata-se de fazer, em
tudo, a Vontade de Deus.
(AMA,
reflexões)
A messe é grande e poucos os operários
A
messe é grande e poucos os operários. – "Rogate ergo!". – Rogai, pois, ao Senhor da messe que envie
operários para o seu campo. A oração é o meio mais eficaz do proselitismo. (Caminho,
800)
Ainda
ressoa no mundo aquele clamor divino: "Vim trazer fogo à Terra, e que
quero senão que se ateie?". – E bem vês: quase tudo está apagado...
Não
te animas a propagar o incêndio? (Caminho, 801)
Querias
atrair ao teu apostolado aquele homem sábio, aquele poderoso, e aquele cheio de
prudência e virtudes.
Pede
por eles, oferece sacrifícios e prepara-os com o teu exemplo e com a tua
palavra. – Não: vêm? – Não percas a paz; é que não são precisos.
Julgas
que não havia contemporâneos de Pedro sábios e poderosos, e prudentes, e
virtuosos, fora do apostolado dos primeiros doze? (Caminho,
802)
Corta
o coração aquele clamor – sempre actual! – do Filho de Deus, que se lamenta
porque a messe é grande e os operários são poucos.
-
Esse grito saiu da boca de Cristo, para que também tu o ouvisses: como lhe
respondeste até agora? Rezas, pelo menos diariamente, por essa intenção? (Forja,
906)
Para
seguir o Senhor, é preciso dar-se de uma vez, sem reservas e com fortaleza:
queimar as naves com decisão, para que não haja possibilidades de retroceder. (Forja,
907)
Evangelho e comentário
Evangelho: Mt 14, 22-36
22
Depois, Jesus obrigou os discípulos a embarcar e a ir adiante para a outra
margem, enquanto Ele despedia as multidões. 23 Logo que as despediu, subiu a um
monte para orar na solidão. E, chegada a noite, estava ali só. 24 O barco
encontrava-se já a várias centenas de metros da terra, açoitado pelas ondas,
pois o vento era contrário. 25 De madrugada, Jesus foi ter com eles, caminhando
sobre o mar. 26 Ao verem-no caminhar sobre o mar, os discípulos assustaram-se e
disseram: «É um fantasma!» E gritaram com medo. 27 No mesmo instante, Jesus
falou-lhes, dizendo: «Tranquilizai-vos! Sou Eu! Não temais!» 28 Pedro
respondeu-lhe: «Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas.» 29 «Vem»
- disse-lhe Jesus. E Pedro, descendo do barco, caminhou sobre as águas para ir
ter com Jesus. 30 Mas, sentindo a violência do vento, teve medo e, começando a
ir ao fundo, gritou: «Salva-me, Senhor!» 31 Imediatamente Jesus estendeu-lhe a
mão, segurou-o e disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?» 32 E, quando
entraram no barco, o vento amainou. 33 Os que se encontravam no barco
prostraram-se diante de Jesus, dizendo: «Tu és, realmente, o Filho de Deus!» 34 Após a travessia, pisaram terra em
Genesaré. 35 Ao reconhecerem-no, os habitantes daquele lugar espalharam a
notícia por toda a região. Trouxeram-lhe todos os doentes, 36 suplicando-lhe
que, ao menos, os deixasse tocar na orla do seu manto. E todos aqueles que a
tocaram ficaram curados.
Comentário:
Estas
cenas que São Mateus nos relata de forma tão viva e detalhada têm uma
importância extraordinária na formação dos futuros apóstolos.
Jesus
retira de qualquer circunstância ou acontecimento o que necessita para formar o
carácter e fortalecer a fé dos O seguem mais de perto e, sobretudo, os que
serão os seguidores a quem confiará a Sua Igreja.
Já
estamos habituados a estas revelações da humildade daqueles homens que desejam
que conste para sempre, as suas hesitações, os “altos e baixos” da sua
confiança em Jesus… enfim, da sua fragilidade e medos.
Claro
que, temos de pensar, também com humildade, que, no nosso caso as reacções que
teríamos seriam idênticas porque, na verdade há todo um ambiente de mistério e
de poder divino que ultrapassa a simples compreensão humana.
Mas,
de facto, o que acontece, é que a convivência com o Senhor há-de levar estes
homens simples a formarem uma fé e confiança sólidas como rocha e inabaláveis
perante todas as adversidades.
Leiamos
com atenção quanto os Evangelhos nos relatam e peçamos ao Espírito Santo nos
ilumine o entendimento para entender e acreditar.
(AMA,
comentário sobre Mt 14, 22-36, 05.05.2018)
Tratado das Virtudes
Art.
5 — Se a sabedoria é a maior das virtudes intelectuais.
O quinto discute-se assim.
— Parece que a sabedoria não é a maior das virtudes intelectuais.
1. — Pois, quem dirige é
maior que o dirigido. Ora, parece que a prudência impera sobre a sabedoria como
diz o Filósofo: esta, i. é, a política, relativa à prudência, segundo ficou
dito [2],
esta preordena quais as artes que devem
existir no Estado, e quais e até que ponto cada um as deve estudar [3].
Ora, como a sabedoria também faz parte da ciência, resulta que a prudência é
maior que ela.
2. Demais. — É da essência
da virtude ordenar o homem à felicidade, pois, ela é a disposição do que é
perfeito para o que é óptimo, como se disse [4].
Ora, a prudência é a razão recta dos actos, pelos quais alcançamos a
felicidade; ora, a sabedoria não considera esses actos. Logo, a prudência é
maior que ela.
3. Demais. — Tanto mais
perfeito, tanto maior é o conhecimento. Ora, podemos ter um conhecimento mais perfeito das coisas humanas, com as
quais se ocupa a ciência, do que das divinas, objecto da sabedoria, como
diz Agostinho [5];
porque as coisas divinas são incompreensíveis, conforme a Escritura (Job
36, 26): Com efeito, Deus é grande,
que sobreexcede a nossa ciência. Logo a ciência é maior virtude que a
sabedoria.
4. Demais. — O
conhecimento dos princípios é mais digno que o das conclusões. Ora, a
sabedoria, como as outras ciências, conclui partindo de princípios
indemonstráveis, objecto do intelecto. Logo, o intelecto é maior virtude que a
sabedoria.
Mas, em contrário, o
Filósofo diz, que a sabedoria é como a
cabeça das virtudes intelectuais [6].
SOLUÇÃO. — Como já
dissemos [7],
a grandeza específica de uma virtude depende do seu objecto. Ora; o objecto da
sabedoria tem precedência sobre os objectos de todas as virtudes intelectuais,
pois, é Deus, causa altíssima, como já dissemos [8].
E como pela causa julgamos do efeito, e pela causa superior, das inferiores, à
sabedoria cabe julgar de todas as outras virtudes intelectuais e ordená-las a
todas, e é quase arquitectónica em relação a todas.
DONDE A RESPOSTA À
PRIMEIRA OBJECÇÃO. — Versando a prudência sobre as coisas humanas e a
sabedoria, sobre a causa altíssima, é impossível seja a prudência maior virtude
que a sabedoria, a menos que, como se disse, o homem fosse o que há de maior no
mundo [9].
Donde, devemos concluir, conforme também já está dito [10]
que a prudência não governa a sabedoria, mas ao inverso, pois, como diz a
Escritura (1 Cor 2, 15), o
espiritual julga todas as coisas, e ele não é julgado de ninguém. Assim, a
prudência não deve se ocupar com as coisas altíssimas, que a sabedoria
considera, mas dirige aquilo que se ordena à sabedoria, i. é, se ocupa com o
modo pelo qual os homens devem chegar à sabedoria. E por aí a prudência ou
política é ministra da sabedoria, pois conduz a ela, preparando-lhe a via, como
o ostiário ao rei.
RESPOSTA À SEGUNDA. — A
prudência considera os meios pelos quais chegamos à felicidade, ao passo que a
sabedoria considera o objecto mesmo da felicidade que é o inteligível
altíssimo. Ora, se a sabedoria fosse perfeita no considerar o seu objecto,
nesse acto consistiria a felicidade perfeita. Mas, como o acto da sabedoria
nesta vida é imperfeito, em relação ao seu principal objecto que é Deus, esse acto
é uma como incoação ou participação da felicidade futura. E portanto, está mais
próxima da felicidade que a prudência.
RESPOSTA À TERCEIRA. —
Como diz o Filósofo, um conhecimento é
superior a outro, ou porque tem um objecto mais nobre, ou pela sua certeza[11].
Se porém os objectos fossem iguais em bondade e nobreza, a virtude mais certa
será a maior. Mas a menos certa porém, com objectos mais altos e mais
importantes, é superior a mais certa, mas que tem por objecto coisas
inferiores. Por isso o Filósofo diz que é
grande coisa poder conhecer algo sobre as coisas celestes, mesmo por uma razão
débil e local [12].
E, noutro lugar, Aristóteles diz, que é
preferível conhecer um pouco dos seres mais nobres, que conhecer muito de seres
inferiores [13].
Donde, a sabedoria, cujo objecto é o conhecimento de Deus, o homem, no estado
da vida presente, não pode alcançá-la perfeitamente, de modo a ter-lhe a posse,
o que só é próprio de Deus, como se disse [14].
Porém, mesmo esse pequeno conhecimento, que, pela sabedoria, podemos ter de
Deus, é preferível a qualquer outro.
RESPOSTA À QUARTA. — A
verdade e o conhecimento dos princípios indemonstráveis, depende da natureza
dos termos. Assim, quem souber o que é o todo e o que é a parte, imediatamente
compreenderá que o todo é maior que a parte. Ora, conhecer em que consiste o
ente e o não-ente, o todo e a parte, e tudo o mais que resulta do ser e de que
se constituem como termos; os princípios indemonstráveis, isso pertence à
sabedoria. Pois, o ser comum é efeito próprio da causa altíssima, i. é, Deus. E
portanto, a sabedoria não só se serve dos princípios indemonstráveis, que é o objecto
do intelecto, para por eles chegar a conclusões, como o fazem também as outras
ciências, mas também os julga e disputa contra os que os negam. Donde se
conclui que a sabedoria é maior virtude que o intelecto.
(Revisão
da versão portuguesa por AMA)
Leitura espiritual
São Josemaria Escrivá
Amigos
de Deus
196
Jesus, parando, mandou chamá-lo.
E
alguns dos melhores que o rodeiam, dirigem-se ao cego: Tem confiança; levanta-te; Ele chama-te.
É
a vocação cristã!
Mas,
na vida de cada um de nós, não há apenas um chamamento de Deus.
O
Senhor procura-nos a todo o instante: levanta-te - diz-nos - e sai da tua
preguiça, do teu comodismo, dos teus pequenos egoísmos, dos teus problemazinhos
sem importância.
Desapega-te
da terra; estás aí rasteiro, achatado e informe.
Ganha
altura, peso, volume e visão sobrenatural.
Aquele homem, deitando fora a capa,
levantou-se de um salto e foi ter com Jesus.
Atirou
a capa!
Não
sei se estiveste alguma vez na guerra.
Há
já muitos anos, tive ocasião de andar por um campo de batalha, algumas horas
depois de ter acabado a luta.
Lá
havia, abandonados pelo chão, mantas, cantis e mochilas cheias de recordações
de família: cartas, fotografias de pessoas queridas... E não pertenciam aos derrotados,
mas aos vitoriosos!
Tudo
aquilo lhes sobrava para correrem mais depressa e saltarem as trincheiras do
inimigo.
Tal
como acontecia com Bartimeu, para correr atrás de Cristo.
Não te esqueças de que, para chegar até
Cristo, é preciso o sacrifício.
Deitar
fora tudo o que estorva: manta, mochila, cantil. Tens de proceder da mesma
maneira nesta luta pela glória de Deus, nesta luta de amor e de paz, com que
procuramos difundir o reinado de Cristo. Para servires a Igreja, o Romano
Pontífice e as almas, deves estar disposto a renunciar a tudo o que sobeja; a
ficar sem essa manta, que é abrigo para as noites frias, sem essas recordações
queridas da família e sem o refrigério da água.
Lição
de fé, lição de amor, porque é assim que se tem de amar Cristo.
197
Fé
com obras
E imediatamente começa um diálogo divino,
um diálogo maravilhoso, que comove, que abrasa, porque tu e eu somos agora
Bartimeu.
Da
boca divina de Cristo sai uma pergunta: quid
tibi vis faciam?
Que
queres que te faça?
E
o cego: Mestre, faz que eu veja.
Que
coisa mais lógica!
E tu, vês?
Não
te aconteceu já, alguma vez, o mesmo que a esse cego de Jericó?
Não
posso agora deixar de recordar que, ao meditar nesta passagem há já muitos anos
e ao compreender então que Jesus esperava alguma coisa de mim - algo que eu não
sabia o que era! - compus para mim, umas jaculatórias:
Senhor,
que queres?
Que
me pedes?
Pressentia
que me procurava para uma realidade nova e o Rabboni, ut videam - Mestre, que eu veja - levou-me a suplicar a
Cristo, numa oração contínua: Senhor, que se faça isso que Tu queres.
198
Rezai comigo ao Senhor: doce me facere voluntatem tuam, quia Deus
meus es tu, ensina-me a cumprir a tua Vontade, porque Tu és o meu Deus.
Por
outras palavras: que brote dos nossos lábios o afã sincero por corresponder,
com um desejo eficaz, aos convites do nosso Criador, procurando seguir os seus
desígnios com uma fé inquebrantável, com a convicção de que Ele não pode
falhar.
Amando deste modo a Vontade divina,
percebemos como o valor da fé não consiste apenas na clareza com que se expõe,
mas também na resolução de a defender com obras.
Assim,
agiremos de acordo com ela.
Mas voltemos à cena que se desenrola à
saída de Jericó.
Agora
é contigo que Cristo fala.
Diz-te:
que queres de Mim?
Que
eu veja, Senhor, que eu veja!
E
Jesus: Vai, a tua fé te salvou.
Nesse
mesmo instante, começou a ver e seguia-o pelo caminho. Segui-lo pelo caminho.
Tu
tomaste conhecimento do que o Senhor te propunha e decidiste acompanhá-lo pelo
caminho.
Tu
procuras seguir os seus passos, vestir-te com as vestes de Cristo, ser o
próprio Cristo: portanto, a tua fé - fé nessa luz que o Senhor te vai dando -
deverá ser operativa e sacrificada.
Não
te iludas, não penses em descobrir novas formas.
É
assim a fé que Ele nos pede: temos de andar ao seu ritmo com obras cheias de
generosidade, arrancando e abandonando tudo o que seja estorvo.
199
Fé
e humildade
Agora é S. Mateus quem nos descreve um
quadro comovedor.
Eis que uma mulher, que,
havia doze anos, padecia de um fluxo de sangue, se chegou por detrás dele e
tocou a fímbria do seu manto. Que humildade a desta mulher!
Dizia dentro de si: Basta
que eu toque somente o seu manto para ficar curada.
Nunca
faltam doentes que imploram, como Bartimeu, com uma fé grande, e que não têm
pejo em confessá-la aos gritos.
Mas
reparai como, no caminho de Cristo, não há duas almas iguais. Grande é também a
fé desta mulher, e não grita: aproxima-se sem que ninguém a note.
Basta-lhe
tocar ao de leve o traje de Jesus, porque tem a certeza de que será curada.
E
ainda mal tinha acabado de fazê-lo, quando Nosso Senhor se volta e a olha.
Já
sabe o que se passa no interior daquele coração.
Apercebeu-se
da sua segurança: Tem confiança, filha, a
tua fé te salvou.
Tocou com delicadeza a orla do manto,
aproximou-se com fé, acreditou e soube que tinha sido curada...
Também
nós, se queremos salvar-nos, devemos tocar com fé o manto de Cristo.
Estás
bem persuadido de como há-de ser a nossa fé?
Humilde.
Quem
és tu, quem sou eu, para merecer este chamamento de Cristo? Quem somos nós,
para estar tão perto dele?
Tal
como àquela pobre mulher no meio da multidão, ofereceu-nos uma oportunidade.
E
não só para tocar um pouco do seu traje ou, num breve momento, a ponta do seu
manto, a orla.
Temo-lo
a ele próprio.
Entrega-se-nos
totalmente, com o seu Corpo, com o seu Sangue, com a sua Alma e com a sua
Divindade.
Comemo-lo
todos os dias, falamos intimamente com Ele, como se fala com um pai, como se
fala com o Amor.
E
isto é verdade.
Não
são imaginações.
200
Procuremos que aumente a nossa humildade.
Porque
só uma fé humilde permite que tenhamos visão sobrenatural. Não existe outra
alternativa.
Só
são possíveis dois modos de viver na terra: ou se vive vida sobrenatural ou
vida animal.
E
tu e eu não podemos viver senão a vida de Deus, a vida sobrenatural.
Que
aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua alma.
Que
proveito terá para o homem tudo o que existe na terra, todas as ambições da
inteligência e da vontade? Que vale tudo isto, se tudo se acaba, se tudo se
desfaz, se são bambolinas de teatro todas as riquezas deste mundo terreno, se
depois é a eternidade para sempre, para sempre, para sempre?
Este advérbio - sempre - tornou grande
Teresa de Jesus. Quando ela - em criança - saía pela porta do rio Adaja,
atravessando as muralhas da cidade acompanhada por seu irmão Rodrigo, com o
intuito de chegar a terras de moiros, para que os decapitassem por amor de
Cristo, ia segredando ao irmão que já dava mostras de cansaço: para sempre,
para sempre, para sempre.
Mentem os homens ao dizer para sempre em
coisas temporais. Só é verdade, com uma verdade total, o para sempre em relação
a Deus.
E
assim hás-de viver tu, com uma fé que te ajude a sentir sabor de mel, doçura de
céu, ao pensares na eternidade, que é, de verdade, para sempre.
201
Vida
corrente e contemplação
Voltemos ao Santo Evangelho e detenhamo-nos
no que refere S. Mateus, no capítulo vigésimo primeiro.
Conta-nos
que Jesus, quando voltava para a cidade, teve fome.
Vendo
uma figueira junto do caminho, aproximou-se dela.
Que
alegria, Senhor, ver-te com fome, ver-te também sedento, junto do poço de
Sicar!
Contemplo-te
perfectus Deus, perfectus homo:
verdadeiro Deus, mas também verdadeiro homem, com carne como a minha.
Aniquilou-se
a si mesmo, tomando a forma de servo, para que eu nunca mais duvidasse de que
Ele me compreende e me ama.
Teve fome.
Sempre
que nos cansemos - no trabalho, no estudo, na tarefa apostólica - sempre que no
horizonte haja trevas, então é preciso olhar Cristo: Jesus bom, Jesus cansado,
Jesus faminto e sedento.
Como
te fazes compreender bem, Senhor!
Como
te fazes amar!
Mostras-te
igual a nós em tudo, excepto no pecado, para que sintamos que contigo poderemos
vencer as nossas más inclinações e as nossas culpas.
Efectivamente,
não têm importância o cansaço, a fome, a sede, as lágrimas...
Cristo
cansou-se, passou fome, teve sede, chorou.
O
que importa é a luta - uma luta amável, porque o Senhor permanece sempre a
nosso lado - para cumprir a vontade do Pai que está nos céus.
(cont)
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Aplicação no trabalho.
Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.
Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.
Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
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