Dentro
do Evangelho – (cfr:
São Josemaria, Sulco 253)
(Re Lc
XV…)
Oiço as perguntas dos discípulos que querem saber o que se lhes afigura
"complicado" para entenderem, insatisfeitos com as respostas dos
Chefes do Povo que usavam sempre os mesmos "chavões" refugiando-se na
Lei que eles próprios tinham ido adapatando ás suas conveniências resultando
numa amálgama trapalhona sem nexo algum. Isto tinha uma intenção… mantendo o
povo na ignorância era mais fácil manipulá-lo conforme lhes conviesse.
As respostas de Jesus são completamente diferentes, não só esclarecem
liminarmente como, aproveitando o ensejo, discursa breve ou longamente
explicando, dando exemplos de tal forma claros, transparentes que ficarão para
sempre na memória. Está, neste caso, a Parábola do Filho Pródigo.
Esta Parábola, que São Lucas relata tão admiravelmente, ficará para todo o
sempre como a expressão mais extraordinária do Perdão.
Revejo os meus apontamentos sobre esta Parábola e, embora tenha receio de não
ter "apontado" quanto devia, leio-os amiúde porque me consolam e
esclarecem a alma.
Em primeiro lugar considero a injustiça do pedido do filho mais novo ao
pedir ao Pai o que lhe caberia em herança.
Uma herança, qual for, só tem justificação após a morte de quem se herda;
na Parábola o Pai ainda está vivo, de modo que posso concluir que ao Filho lhe
interessam mais os bens que a vida ou a morte do Pai. Depois... a atitude do
Pai, numa decisão de amor pelo filho resolve dar-lhe o que este lhe pede.
Expresso a minha opinião para dizer que acho más as duas atitudes, a do
filho porque revela uma insensibilidade rasteira, ignóbil, a do Pai porque se
deixa vencer por uma visão errada do amor paternal. O amor por um filho não é
sinónimo de lhe conceder quanto pede mas, dar o que é justo e razoável. Anuir
aos pedidos de um filho implica uma responsabilidade paternal e não o desejo de
que o filho o ame mais porque lhe concede o que lhe pede. Esta responsabilidade
acresce quando se trata de um filho jovem cuja personalidade não está ainda
totalmente desenvolvida.
Ou seja... ir dando na justa medida do possível e conveniente e não dar, de
uma vez para "arrumar a questão".
Concluo, portanto, que quem mais errou foi quem tinha maior
responsabilidade: o Pai!
Reflexão
A Santa Missa
“Já foste à Missa hoje?”, houve-se
perguntar, às vezes, aos Domingos.
Claro que, a intenção subjacente na
pergunta é muito específica. Como quem dissesse ‘Já cumpriste a tua obrigação
de Cristão?’
Cumprir uma obrigação? Está bem, pelo
menos… isso!
Mas fazer o que seja por obrigação,
porque “tem de ser” tem um mérito muito relativo.
O mérito reside no desejo de dar
exemplo, de vencer a vontade de fazer outra coisa…
Mas…quem faz o que deve não terá
mérito?
Claro que tem, mas, terá um mérito
incomensuravelmente maior se ofizer por convicção e amor, sobretudo amor.
O amor tempera os actos e as intenções,
qualifica as obras, o que se faz.
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