01/08/2011

Diálogos apostólicos

Diálogos
Está bem! Acabámos as nossas conversas sobre férias.


Quando voltares me dirás o que te aprouver.

Ah! E…não tenhas receio…vai correr tudo bem.

E…já sabes…contas comigo SEMPRE, mas e sobretudo, conta com Nossa Senhora para te ajudar nalgum momento mais difícil.

2011.08.01

A JMJ, UM NOVO DAMASCO

A Jornada Mundial da Juventude, um novo Damasco

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Cruz da JMJ
Faltam poucos dias para que Madrid acolha centenas de milhares de jovens. O Prelado do Opus Dei recorda o que essa cidade significou para S. Josemaria: um lugar de conversão e de encontro com a vontade de Deus. [i]

Saulo de Tarso, cheio de zelo pela lei de Moisés, levava cartas emitidas pela mais alta autoridade do judaísmo, destinadas às sinagogas de Damasco, com o fim de levar quantos encontrasse, homens mulheres, seguidores do Caminho, presos para Jerusalém. O Senhor, no entanto, não lho permitiu. Quando já estava perto da cidade, uma luz intensíssima derrubou-o para o chão e ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, porque me persegues? O jovem respondeu: Quem és tu, Senhor? E a voz disse-lhe: Eu sou Jesus, a quem tu persegues.

Sucedeu tudo num instante, no caminho de Damasco. Desde então, este nome – Damasco – é sinónimo de conversão, de abertura à graça de Deus. A partir daquele momento, Saulo o perseguidor, com a ajuda de um cristão piedoso de Damasco, Ananias, converteu-se no apóstolo Paulo. Disse que sim ao Senhor, livremente e foi até à morte – com uma luta generosa, alegre – um discípulo fiel e evangelizador de Jesus Cristo.
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De alguma maneira, pode-se dizer que cada JMJ é, para muitas e muitos jovens, ocasião de reviver o episódio de Damasco. O Senhor Jesus, pela boca do Seu Vigário na terra, Bento XVI, dirigirá a Sua palavra aos que o escutem e provocará – naqueles que o oiçam com boas disposições – uma nova conversão, uma mudança talvez profunda na sua existência.

Dessa palavra acolhida com fé, podem nascer milhares de decisões de procura de Jesus Cristo, sem mudar de estado – na vida matrimonial, no celibato apostólico – ou abraçando o sacerdócio ou a vida religiosa.

O Senhor chama muitos, todos, à plenitude da vida cristã, por muitos caminhos diferentes. Mas é preciso – como no caso de São Paulo – um coração aberto a Deus e aos irmãos, que se adquire e se aprofunda com a ajuda da catequese e também com a colaboração de outras pessoas que, como Ananias, possam facilitar que a palavra do Vigário de Cristo arraigue na alma.

Cada santo, canonizado ou não, teve o seu Damasco, o seu momento de conversão radical para Deus. Talvez não tenha sido tão aparatoso como o de São Paulo, mas foi igualmente eficaz. Talvez tenha sido simplesmente passar da indiferença à entrega de si próprio. De uma vida que consistia em receber, para outra que é também dar e que vai acompanhada de uma felicidade profunda, muito diferente da que oferecem as satisfações materiais.

Tive a sorte de viver muitos anos ao lado de um santo que, cheio de convicção, assegurava: "Madrid foi o meu Damasco, porque foi aqui que caíram as escamas dos olhos da minha alma e aqui recebi a minha missão". Refiro-me S. Josemaria Escrivá de Balaguer, fundador do Opus Dei.

Embora nascido e criado em terra aragonesa, foi em Madrid onde o Senhor lhe mostrou a tarefa que lhe tinha atribuído desde a eternidade: ensinar a todos os cristãos que a existência corrente – tecida com horas de trabalho bem feito, com dedicação à família e aos amigos, com interesse pelo bem comum da sociedade – podia e devia ser um verdadeiro caminho de santificação.

Durante muitos anos, pressentindo que o Senhor queria algo da sua vida, mas sem saber o quê, o jovem Josemaria dirigiu-se a Deus com umas palavras tiradas do Evangelho: Domine, ut videam; as mesmas que um cego dirigiu a Jesus que passava pelo caminho de Jericó: Senhor, que eu veja! Essa luz tornou-se realidade na sua alma no dia 2 de Outubro de 1928, precisamente nesta cidade de Madrid.

Aqui desenvolveu um serviço generoso entre todo o tipo de pessoas, entre os doentes dos hospitais e entre as pessoas mais necessitadas dos bairros limítrofes. Bem depressa se rodeou também de um grupo de jovens a quem contagiou o seu entusiasmo sobrenatural e humano, ensinando-lhes a santificar o estudo, o trabalho e todas as realidades da vida quotidiana.

Muitas pessoas tiveram o seu Damasco em Madrid, terra de santos, de mártires e de cristãos normais que procuram imitar Jesus Cristo na vida corrente. Por uns dias, esta cidade converter-se-á na capital mundial da juventude.

Sobretudo, vai ser a cidade de Pedro. Bento XVI guia-nos e conduz-nos até ao Modelo de todos os santos, até Cristo. Damos-lhe as mais calorosas boas vindas, rezamos pelos frutos da sua Viagem pastoral e pedimos, sobretudo, que muitas raparigas e muitos rapazes se sintam pessoalmente interpelados pelas suas palavras e experimentem nesses dias o seu Damasco: um encontro pessoal mais intenso com Jesus Cristo, que mude e melhore a sua existência.

Dizia o Papa, ao iniciar o seu pontificado: "Quem deixa entrar Cristo não perde nada, nada – absolutamente nada – daquilo que torna a vida livre, bela e grande. Não! Só nesta amizade se abrem de par em par as portas da vida. Só nesta amizade se abrem realmente as grandes potencialidades da condição humana. Só nesta amizade experimentamos o que é belo e o que nos liberta".

Temos que estar plenamente convencidos: Cristo não retira nada do que há de formoso e grande em nós, mas leva tudo à perfeição para a glória de Deus, para a felicidade dos homens e para a salvação do mundo. 

Recorro à intercessão de S. Josemaria, tão estreitamente ligado a esta cidade e ao Beato João Paulo II inspirador das Jornadas Mundiais da Juventude. Que eles nos consigam do Senhor, pela intercessão da Virgem da Almudena, uma chuva de graças nestes dias. 

Que a JMJ de Madrid seja  Damasco para muitos jovens dispostos a deixar a vida por Cristo e pelos outros, sendo testemunhas credíveis e vibrantes desse Evangelho – sempre velho e sempre novo – de que o mundo actual, o nosso mundo, necessita com urgência.

INFORMAÇÕES MUITO BREVES [De vez em quando] 2011.07.30



[i] "Uma terra de mártires que necessita novos santos". Artigo do Prelado do Opus Dei em "Alfa y Ómega".

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“Pôr Cristo no cume de todas as actividades”

Qualquer actividade – quer seja ou não humanamente muito importante – tem de converter-se para ti num meio de servir Nosso Senhor e os homens: aí está a verdadeira dimensão da sua importância. (Forja, 684)

Trabalha sempre e em tudo, com sacrifício, para pôr Cristo no cume de todas as actividades dos homens. (Forja, 685)

A correspondência à graça também está nessas coisas miúdas do dia, que parecem sem categoria e, no entanto, têm a transcendência do Amor. (Forja, 686)

Não se pode esquecer que o trabalho humanamente digno, nobre e honesto, pode – e deve! – elevar-se à ordem sobrenatural, passando a ser uma tarefa divina. (Forja, 687)
Jesus, nosso Senhor e nosso Modelo, crescendo e vivendo como um de nós, revela-nos que na existência humana – a tua –, as ocupações correntes e vulgares têm um sentido divino, de eternidade. (Forja, 688).

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet
http://www.opusdei.pt/art.php?p=13979

ORAÇÃO E MÚSICA

Bach - Magnificat, Ton Koopman, Amsterdam Baroque Orchestra & Soloists




agrad ALS

A Dor

Conta, peso e medida
Efeitos sobrenaturais da dor [i]

Fomenta a oração, porque normalmente acode-se mais a Deus nos momentos difíceis.

Contribui a purificar a alma pois serve como penitência pelos nossos pecados. 

Reduz o tempo no purgatório.

Une-nos com Cristo, que morreu na cruz. Como a cruz foi central na vida do Senhor, também o sofrimento é essencial para quem deseja imita-lo. ("O que não toma a sua cruz e me segue, não pode ser meu discípulo").

Mostra nosso amor a Deus, pois contribui a aliviar o peso da Cruz.

É imprescindível para a eficácia apostólica, como sucedeu com Jesus Cristo: "se o grão de trigo não cai à terra e morre não dá fruto"

Ideasrapidas, trad ama
2011.08.01


[i] (proporcionam ao sofrimento um sentido mais elevado e duradouro)

Ousar Crer

Cont.../

Evangelho do dia e comentário

Stº Afonso Maria de Ligório [i]






T. Comum– XVIII Semana



Evangelho: Mt 14, 13-21

13 Tendo Jesus ouvido isto, retirou-Se dali numa barca para um lugar solitário afastado; mas as turbas, tendo sabido isto, seguiram-n'O das cidades, a pé. 14 Ao sair da barca, viu Jesus uma grande multidão, e teve compaixão e curou os seus enfermos. 15 Ao cair da tarde, aproximaram-se d'Ele os discípulos, dizendo: «Este lugar é deserto e a hora é já adiantada; deixa ir esta gente, para que, indo às aldeias, compre de comer». 16 Mas Jesus disse-lhes: «Não têm necessidade de ir; dai-lhes vós mesmos de comer». 17 Responderam-Lhe: «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes». 18 Ele disse-lhes: «Trazei-mos cá». 19 E depois de ter mandado à multidão que se sentasse sobre a relva, tomou os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, pronunciou a bênção e, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos à multidão. 20 Comeram todos, e saciaram-se; e recolheram doze cestos cheios dos bocados que sobejaram. 21 Ora o número dos que tinham comido era de uns cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.

Meditação:

Talvez que um espírito preconceituoso se pusesse a fazer uma contabilidade:
De que tamanho seriam os pães e os peixes? Quantos bocados se poderiam obter de cada um?
E os cestos? Quantos bocados comportariam?
Bom…cinco mil homens pode querer dizer que haveria, pelo menos, umas sete ou oito mil mulheres!
E crianças?
Contabilidade impossível de fazer e, aliás, desnecessária porque o milagre foi de tal forma portentoso, extraordinário que aquela multidão queria fazer Jesus seu Rei o que se explica muito bem se considerarmos o poder e a omnipotência que demonstrou.
Quem não quereria ter um Rei assim?

(ama, comentário sobre Mt 14, 13-21, 2011.07.06)