08/10/2010

Bom Dia! Outubro 08, 2010


Perante a resposta de Cristo a quem Lhe perguntava sobre a indissolubilidade do matrimónio, alguém terá dito: «então é melhor não casar» ( ) o que parece uma conclusão lógica se não se tiver em conta a magnitude do acto matrimonial, ou seja, se de facto não se está absolutamente seguro – ou se tem uma certeza razoável – de que o matrimónio celebrado com aquela pessoa determinada é, realmente, o que se deseja, quer e, em consciência deve fazer, então, de facto, é preferível não casar.
Consideremos que a descoberta da vocação seja o matrimónio com o objectivo de constituir uma família – o principal e determinante objectivo – a pessoa tem de ter a noção de que uma vida a dois não congela os anseios, desejos e esforços de melhoria pessoal, antes os torna num objectivo comum, cada um com a sua especificidade mas, evidentemente, numa troca constante e séria de ajudas, apoios e solidariedades nas coisas grandes e nas pequenas de cada dia.
O próprio amor deve evoluir de um sentimento entusiasmante e cheio de promessas para uma certeza estável e comprometida, como se passasse a existir uma terceira pessoa entre os dois.
Porquê? Porque se o amor não gera amor, acaba por definhar e morrer e acaba por quebrar-se o elo que unia os dois seres.

A capacidade de amar não se esgota num acto, nem, sequer, numa vida longa e, não parece que se possa amar muito, muitíssimo ou amar muito pouco ou quase nada.
Ou seja, amar é definitivo, para sempre.
O amor não cresce, aprofunda-se, não se torna em hábito mas sim em algo sempre novo e renovado diariamente.
Por ser algo muito sério é que o carácter tem uma importância determinante.
Mal formado, ou com lacunas, a pessoa está muito afectada e diminuída nessa capacidade de dar e receber que, no fim e ao cabo, é o amor.

8 DE 36

Textos de Reflexão para 08 de Outubro

Evangelho: Lc 11, 15-26

15 Mas alguns disseram: «Ele expulsa os demónios pelo poder de Belzebu, príncipe dos demónios». 16 Outros, para O tentarem, pediam-Lhe um prodígio vindo do céu. 17 Ele, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: «Todo o reino dividido contra si mesmo será devastado, e cairá casa sobre casa. 18 Se, pois, Satanás está dividido contra si mesmo, como estará em pé o seu reino? Porque vós dizeis que por virtude de Belzebu é que lanço fora os demónios. 19 Ora, se é pelo poder de Belzebu que Eu expulso os demónios, os vossos filhos pelo poder de quem os expulsam? Por isso eles mesmos serão os vossos juízes. 20 Mas se Eu, pelo dedo de Deus, lanço fora os demónios, certamente chegou a vós o reino de Deus. 21 Quando um, forte e armado, guarda o seu palácio, estão em segurança os bens que possui; 22 porém, se, sobrevindo outro mais forte do que ele, o vencer, tira-lhe as armas em que confiava, e reparte os seus despojos. 23 Quem não é comigo é contra Mim; e quem não colhe comigo desperdiça. 24 «Quando o espírito imundo saiu de um homem, anda por lugares áridos, buscando repouso. Não o encontrando, diz: Voltarei para minha casa, donde saí. 25 Quando vem, encontra-a varrida e adornada. 26 Então vai, toma consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, ali se instalam. E o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro».

Comentário:

De uma outra forma, Jesus, volta a avisar que a perseverança na oração é fundamental para conservar a Fé e a amizade com Deus.
Antes dissera «Pois eu vos digo que àquele que tiver, se lhe dará; mas àquele que não tem, ainda mesmo o que tem lhe será tirado» (Lc 19, 26), ou seja, ninguém pode confiar nas próprias forças e vontade para se manter no caminho que leva a Deus. Há que ter uma constante relação com o Senhor, confiar-lhe os mais íntimos segredos, desejos e quereres e com simplicidade, pedir-lhe que nos aumente a Fé, nos ajude a praticar a Caridade, que nos auxilie a conservar a Esperança.
É a única forma, não há outra.
Sem esta perseverança e contínua vigilância não progredimos, antes vamos retrocedendo cada vez para situações piores e mais difíceis de recuperar. 

(ama, comentário sobre Lc 11, 15-26, 2010.08.04)

Tema: Virtudes – Obediência 6

Cristo obedece por amor; esse é o sentido da obediência livre dos filhos de Deus: a que se deve a Deus, a que temos de prestar à Igreja, aos pais, aos superiores na medida que lhes corresponda, a quem de um modo ou outro rege a vida profissional e social. 

(Francisco Fernández carvajal, Filhos de Deus, Ed. Diel Lda, 1997, nr. 132)

Doutrina: CCIC – 423:  O que é a graça que justifica?
                  CIC – 1996-1998; 2005 201

A graça é o dom gratuito que Deus nos dá para nos tornar participantes da sua vida trinitária e capaz de agir por amor d’Ele. É chamada graça habitual ou santificante ou deificante, pois nos santifica e diviniza. É sobrenatural, porque depende inteiramente da iniciativa gratuita de Deus e ultrapassa as capacidades da inteligência e das forças do homem. Escapa, portanto, à nossa experiência.

Tema para breve reflexão - 2010.10.08

Novíssimos - Inferno

A existência do Inferno é uma verdade de fé, definida pelo magistério da Igreja.

(Benedito XII, Const. Apost. Benedictus Deus, 29.01.1336, Dz. 531; Concílio de Florença, Dz. 693.)