PLANO DE VIDA: (Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito: Simplicidade e modéstia.
Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser
contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e
sonhos de grandeza e proeminência.
Lembrar-me: Do meu Anjo da Guarda.
Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze
companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se
com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.
Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse
e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na
retribuição de tantos favores recebidos.
Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus
ontem?
Leitura espiritual
Evangelho
Lc XXII, 63-71; Lc XXIII, 1-12
Jesus é
escarnecido
63 Entretanto, os que
guardavam Jesus troçavam dele e maltratavam-no. 64 Cobriam-lhe o rosto e
perguntavam-lhe: «Adivinha! Quem te bateu?» 65 E proferiam muitos outros
insultos contra Ele.
Jesus em presença
do Sinédrio
66 Quando amanheceu,
reuniu-se o Conselho dos anciãos do povo, sumos sacerdotes e doutores da Lei,
que o levaram ao seu tribunal. 67 Disseram-lhe: «Declara-nos se Tu és o
Messias.» Ele respondeu-lhes: «Se vo-lo disser, não me acreditareis 68 e, se
vos perguntar, não respondereis. 69 Mas doravante, o Filho do Homem vai
sentar-se à direita de Deus todo-poderoso.» 70 Disseram todos: «Tu és, então, o
Filho de Deus?» Ele respondeu-lhes: «Vós o dizeis; Eu sou.» 71 Então,
exclamaram: «Que necessidade temos já de testemunhas? Nós próprios o ouvimos da
sua boca.»
Jesus diante de
Pilatos e de Herodes
1 Levantando-se todos,
levaram-no a Pilatos 2 e começaram a acusá-lo, nestes termos: «Encontrámos este
homem a sublevar o povo, a impedir que se pagasse tributo a César e a dizer-se
Ele próprio o Messias-Rei.» 3 Pilatos interrogou-o: «Tu és o rei dos judeus?»
Jesus respondeu: «Tu o dizes.» 4 Pilatos disse, então, aos sumos sacerdotes e à
multidão: «Nada encontro de culpável neste homem.» 5 Mas eles insistiram, dizendo:
«Ele amotina o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia até aqui.» 6
Ao ouvir isto, Pilatos perguntou se o homem era galileu; 7 e, ao saber que era
da jurisdição de Herodes, enviou-o a Herodes, que também se encontrava em
Jerusalém nesses dias. 8 Ao ver Jesus, Herodes ficou extremamente satisfeito,
pois havia bastante tempo que o queria ver, devido ao que ouvia dizer dele,
esperando que fizesse algum milagre na sua presença. 9 Fez-lhe muitas
perguntas, mas Ele nada respondeu. 10 Os sumos sacerdotes e os doutores da Lei,
que lá estavam, acusavam-no com veemência. 11 Herodes, com os seus oficiais,
tratou-o com desprezo e, por troça, mandou-o cobrir com uma capa vistosa,
enviando-o de novo a Pilatos. 12 Nesse dia, Herodes e Pilatos ficaram amigos,
pois eram inimigos um do outro.
Considerações
Pela primeira vez consta no
Evangelho a recusa de Jesus em responder a perguntas.
Muitas vezes os chefes do
povo e os saduceus fizeram perguntas e colocaram questões cuja intenção bem visível era ou uma armadilha
ou uma falsa questão e, outras vezes simples provocações.
Em nenhum caso Jesus Se
recusou dar resposta mesmo até, por exemplo, questões disparatadas como com
quem seria casada, vida eterna, a mulher que tinha enviuvado sete vezes .
Compreendemos que as
respostas de Jesus não se destinavam tanto a quem perguntava mas mais em
benefício dos circunstantes.
Ou seja aproveitava sempre o
ensejo de dar doutrina clara e consistente.
O exemplo que nos dá a todos
os cristãos é clarissímo: não devemos fugir a qualquer questão sobre Doutrina Católica seja qual for a intenção por
detrás da mesma, sobretudo se houver outras pessoas presentes.
Pode acontecer que não
estejamos muito seguros da resposta que devemos dar e, neste caso, com toda a humildade
e simplicidade dizê-lo, acrescentando que, se for adequado, se dará uma
resposta em tempo futuro.
Nunca emitir uma
consideração da “nossa lavra” será um erro tremendo que devemos evitar.
A Doutrina da Igreja Católica
está ao dispôr de qualquer um e os cristãos têm por dever conhecê-la em
profundidade.
De resto, como admitir uma
Doutrina que não se conhece bem?
No acontecimento que estamos
a considerar - o silêncio de Jesus perante Herodes – fica também muito claro
que não quis declaradamente dar ensejo a troça e blasfémias, o que decerto
aconteceria fosse qual fosse a resposta que desse como de resto se comprova no
final do versículo 11 «Hero-des, com os
seus oficiais, tratou-o com desprezo e, por troça, mandou-o cobrir com uma capa
vistosa».
SÃO JOSÉ
Ano
de São José
A
figura de São José no Evangelho
Para
viver a virtude da castidade não é preciso ser-se velho ou carecer de vigor. A
castidade nasce do amor; a força e a alegria da juventude não constituem
obstáculo para um amor limpo. Jovem era o coração e o corpo de São José quando
contraiu matrimónio com Maria, quando conheceu o mistério da sua Maternidade
Divina, quando viveu junto d'Ela respeitando a integridade que Deus lhe queria
oferecer ao mundo como mais um sinal da sua vinda às criaturas. Quem não for
capaz de compreender um amor assim conhece muito mal o verdadeiro amor e
desconhece por completo o sentido cristão da castidade. (São
Josemaria, Cristo que passa, 40)