17/05/2015

O que pode ver em NUNC COEPI em17 de Maio



São Josemaria – Textos

AMA - Meditações de Maio – 2015

A beleza de ser cristão (Ernesto Juliá), AMA - Comentários ao Evangelho Mc 16 15-20, Ernesto Juliá Diaz


Agenda Domingo


O perigo é a rotina

"Nonne cor nostrum ardens erat in nobis, dum loqueretur in via?". – Não é verdade que sentíamos abrasar-se-nos o coração, quando nos falava caminho? Se és apóstolo, estas palavras dos discípulos de Emaús deviam sair espontaneamente dos lábios dos teus companheiros de profissão, depois de te encontrarem a ti no caminho da vida. (Caminho, 917)

Agrada-me falar de caminho, porque somos caminhantes, dirigimo-nos para a casa do Céu, para a nossa Pátria. Mas reparemos que um caminho, mesmo que um ou outro trecho apresente dificuldades especiais, mesmo que alguma vez nos obrigue a passar a vau um rio ou a atravessar um pequeno bosque quase impenetrável, habitualmente é simples, sem surpresas. O perigo é a rotina: supor que nisto, no que temos de fazer em cada instante, não está Deus, porque é tão simples, tão vulgar!

Iam os dois discípulos para Emaús. O seu caminhar era normal, como o de tantas outras pessoas que transitavam por aquelas paragens. E aí, com naturalidade, aparece-lhes Jesus e vai com eles, com uma conversa que diminui a fadiga. Imagi-no a cena: já bem adiantada a tarde. Sopra uma brisa suave. De um lado e de outro, campos semeados de trigo já crescido e as velhas oliveiras com os ramos prateados pela luz indecisa...

Jesus, no caminho! Senhor, que grande és Tu sempre! Mas comoves-me quando te rebaixas para nos acompanhares, para nos procurares na nossa lida diária. Senhor, concede-nos a ingenuidade de espírito, o olhar limpo, a mente clara, que permitem entender-Te, quando vens sem nenhum sinal externo da Tua glória.

Termina o trajecto ao chegar à aldeia e aqueles dois que – sem o saberem – tinham sido feridos no fundo do coração pela palavra e pelo amor do Deus feito homem, têm pena de que Ele se vá embora. Porque Jesus despede-se como quem vai para mais longe. Nosso Senhor nunca se impõe. Quer que O chamemos livremente, desde que entrevimos a pureza do Amor que nos meteu na alma. (Amigos de Deus, nn. 313–314)


Evabelho, comentário, L. Espiritual



Semana VII da Páscoa

Evangelho: Mc 16 15-20

15 E disse-lhes: «Ide por todo o mundo, e pregai o Evangelho a toda a criatura. 16 Quem crer e for baptizado, será salvo; mas quem não crer, será condenado. 17 Eis os milagres que acompanharão os que crerem: Expulsarão os demónios em Meu nome, falarão novas línguas, 18 pegarão em serpentes e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará mal; imporão as mãos sobre os doentes, e serão curados». 19 O Senhor, depois de assim lhes ter falado, elevou-Se ao céu e foi sentar-Se à direita do Pai. 20 Eles, tendo partido, pregaram por toda a parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os milagres que a acompanhavam.

Comentário:

Em muitas das chamadas “igrejas” que proliferam um pouco por toda a parte, uma das práticas correntes para atrair e fidelizar prosélitos é precisamente o recurso a esses “milagres” que o Senhor promete aos que O seguem e levam a Sua Palavra aos outros.
Como se sabe, tais “milagres” não passam de mistificações mais ou menos grosseiras porque ninguém tem esse poder senão aqueles a quem o Senhor o concede.
Os milagres são feitos por Jesus Cristo que se serve dos homens por Si escolhidos como instrumentos para os realizar.
Não é possível, pois, operar milagres sejam quais forem, em proveito próprio e, muito menos, se O Senhor está ausente ou é abusivamente evocado seja por quem for.

(ama, comentário sobre Mc 16, 15-18, 2013.04.25)


Leitura espiritual



a beleza de ser cristão

PRIMEIRA PARTE



xiv -o espírito das bem-aventuranças

…/3

       
o sentido de cada bem-aventurança

        Quem são bem-aventurados ao chorar?
Formulamos assim a pergunta porque parece óbvio que nem todo o pranto entra na Bem-Aventurança.
Com efeito participam desta promessa os que padecem tristeza e choram pelo pecado próprio e pelo dos outros que, ao viver com Cristo, «fazer-se pecado» nunca lhes é totalmente alheio.
Os que se doem pelo afastamento de Deus pelos pecadores e por todo o mal contra Deus que se vive na terra, contra os homens e contra si próprios que têm de suportar nas suas vidas sem poder impedir que aconteça nem estar em condições de remediar as suas consequências.

        Cristo deu-nos um exemplo claro desta Bem-Aventurança com o seu choro sobre Jerusalém: «ao aproximar-se e ver a cidade chorou sobre ela dizendo: ‘Se também tu conhecesses neste dia a mensagem de paz!’. Mas agora está oculto aos teus olhos» [1].

        No pranto ante o mal podemos vislumbrar a acção da Esperança.
O pranto destes bem-aventurados anuncia a aurora da Ressurreição.

        Quem são os Mansos?
Talvez que esta Bem-Aventurança seja uma das que com mais frequência se interpreta com sentido restrictivo e limitado, quase como um simples não irar-se ante o mal.
Se o próprio Senhor nos aconselha que aprendamos dele que é «manso e humilde de coração», necessariamente está a indicar-nos o alcance e a profundidade espiritual da mansidão que não pode, portanto, a manter a calma e a resignação em momentos difíceis.

        A mansidão é a disposição com que Jesus Cristo leva a cabo a redenção do mundo carregando no seu coração com todo o pecado dos homens e assim viver derrota do pecado, o triunfo sobre a morte em comunhão com todos os redimidos.
Cristo é manso no seu nascimento, é manso na sua vida pública, vive a mansidão no abandono da cruz e manifesta definitivo sentido sobrenatural da mansidão na sua paciência e compreensão com os discípulos de Emaús, com Pedro, com Madalena.

        São mansos, por conseguinte, os que suportam com serenidade o mal que os rodeia e não desistem de fazer o bem, os que desejam vencer o mal com a abundância do bem [2], os que cedem ante a maldade, ante a injustiça sem por isso deixar de defender a Verdade e os seus direitos se fosse o caso.
Os mansos nunca devolvem o mal com o mal, afastam do seu coração qualquer sentimento de vingança e rezam pela conversão dos pecadores, dos inimigos, dos que os perseguem, dos que os maltratam.

        Cristo apresenta-se-nos como manso, entre outras passagens do Evangelho, ao aceitar ser tentado pelo demónio [3]; ao recordar a Tiago e a João que a vingança e o castigo não são o caminho para convencer ninguém [4], ao curar a orelha que Pedro no Jardim das Oliveiras cortou com a espada [5].

        Nesta Bem-Aventurança comprovamos a virtude da Caridade e da Esperança que tornam possível que o homem não desista de fazer o bem convencido que o mal, o pecado, não é nunca a última palavra.
Caridade e Esperança que tornam possível  o martírio, acto por excelência da mansidão.

        Quem são os que têm fome e sede de Justiça?
Os que ama a Deus – bem imutável e eterno – sobre todas as coisas e desejam que eles e todos os homens deem glória a Deus em todas as sua acções.
Os que se alegram com a conversão dos pecadores, os que gozam quando o nome de Deus é louvado, querido e venerado porque sabem que essa é a verdadeira justiça e que a criatura adquire a sua verdadeira dignidade em dar «glória a Deus».

        Cristo expressou a sua «fome e sede de justiça», entre outros momentos, ao recordar aos Apóstolos que «vim trazer fogo (o fogo prefigura o Espírito Santo) à terra e quero que ateie» [6].
Ao actuar movido «pelo zelo da casa do Pai» e expulsar do templo os mercadores [7].
Ao prometer-nos que: «oque pedirdes em meu nome Eu o farei para que o Pai seja glorificado no Filho» [8].

        Esta Bem-Aventurança manifesta claramente a acção da Caridade na alma do cristão, Caridade que leva a amar a Deus sobre todas as coisas e a alegrar-se em que Cristo seja reconhecido como Filho de Deus feito homem e ver que os homens caminham na verdade: «Alegrar-me-ei muito ao encontrar entre os teus filhosn os que vivem segundo a verdade» [9].

        A quais se pode chamar misericordiosos?
Aos que têm o seu coração na miséria moral, física e espiritual do outros, os compassivos, os que compreendem as debilidades e fraquezas do próximo e o ajudam a superá-las.
São misericordiosos os que amam verdadeiramente os seus irmãos com o coração e no coração de Cristo e não descriminam ninguém, não julgam ninguém, não deixam de rezar por ninguém e oferecem a sua vida por todos sem esperar nada em troca.

        Cristo, ao perdoar a mulher adúltera, dá-nos um vivo exemplo do seu coração misericordioso.
Uma vez que a mulher admite o seu pecado Cristo não a condena: deixa-a ir-se embora e incita-a para que não volte a pecar [10].

        Cristo oferece-nos o supremo acto de misericórdia ao pedir ao Pai pelos que o crucificam, por cada um de n´s: «Pai perdoai-lhes porque não sabem o que fazem» [11].

        Esta Bem-Aventurança assinala um dos mais altos graus da Caridade - juntamente com o martírio – que o homem pode alcançar na terra.
O misericordioso realiza em Cristo esse mistério do amor de Deus que São Paulo revela nos últimos versículos do seu canto à Caridade: «A Caridade (…) tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta» [12].

        Quem são os limpos de coração?
Os que convencidos da afirmação de São Paulo: «Deus faz concorrer todas as coisas para o bem dos que o amam» [13], vêm a acção de Deus Pai em todos os acontecimentos da sua vida.
Nunca pensam mal das actuações dos outros sem por isso desejar descobrir a injustiça e o mal real e objectivo que podem levar a cabo e procuram salvar a intenção de todas as pessoas até que se reconheça claramente a sua acção.

        Estão de tal forma unidos ao querer e ao olhar de Deus que o seu coração limpo é como um espelho que reflecte a luz do olhar de Deus sobre o mundo.
Sofrem pelas ofensas que à sua volta, em toda a terra, se fazem a Deus e anseiam amar a Deus pelos que não O amam.
E fazem-nos de tal forma que nada os apoquenta.
São Marcos refere-se aos limpos de coração ao concluir o seu Evangelho: «Aos que acreditarem acompanhá-los-ão estes sinais: em meu nome expulsarão os demónios, falarão novas línguas, pegarão serpentes com as mãos e se beberem veneno não lhes fará mal, porão as mãos sobre os doentes e curá-los-ão» [14].

        Cristo sublinha a importância desta Bem-Aventurança quando nos recomenda: «procurai, pois, primeiro o reino e a sua justiça, e todas estas coisas (refere-se ao comer, ao beber, ao vestir, ou seja, à necessidades normais do viver) dar-se-vos-ão por acréscimo» [15].

        HNesta Bem-Aventurança a acção da Fé e da Caridade apoiam-se e engrandecem-se mutuamente.
A Fé limpa a inteligência, a Caridade purifica o coração.
E o coração e a inteligência tornam possível que o crente, em alma e corpo, nas suas actuações e nas suas palavras, seja um resplendor da luz do Céu.

        Quais merecem ser considerados pacíficos?
Os que ordenam todos os movimentos da sua alma segundo o querer de Deus, se esforçam em viver segundo a Vontade conhecida de Deus e submetem o seu coração à Verdade recebida de Deus.
Os que não põem outra resistência à acção do Espírito Santo neles que a sua fragilidade humana e, então, o Espírito Santo cura a fragilidade.

        Pacíficos no seu interior e «construtores de paz» em todas as relações com os homens.
Os pacíficos sendo semeadores de paz são um testemunho vivo da paz que Cristo dá, fruto da reconciliação obtida na Cruz.
«Deus houve por bem fazer residir em Cristo toda a Plenitude e reconciliara por ele e para ele todas as coisas opacificando mediante o sangue da sua Cruz o que existe na terra e nos céus» [16].

        Cristo antes da sua morte dirigiu-se assim aos Apóstolos: «A paz vos deixo a minha paz vos dou não como o mundo a dá, eu vo-la dou» [17], e ao apresentar-se perante eles depois da Ressurreição ofereceu-lhe de novo a paz: «A paz esteja convosco» [18].



(cont)

ernesto juliá, La belleza de ser cristiano, trad. ama)







[1] Lc 19, 41
[2] Cfr Rm 12, 21
[3] Cfr. Mt 4, 1-11
[4] Cfr Lc 9, 52-56
[5] Cfr. Jo 18, 10-11
[6] Lc 12, 49
[7] Cfr. Jo 2, 17
[8] Jo 14, 13
[9] 2 Jo 4
[10] Cfr. Jo 8, 3-11
[11] Lc 23, 34
[12] 1 Cor 13, 6
[13] Rm 8, 28
[14] Lc 16, 17-18
[15] Mt 6, 33
[16] Col 1, 20
[17] Jo 14, 27
[18] Lc 24, 36

Meditações de Maio 17

Salve Rainha, Mãe de misericórdia, Vida e doçura, Esperança nossa, A vós bradamos, Degredados filhos de Eva, A vós suspiramos, Gemendo e chorando, Neste vale de lágrimas.
Eia pois advogada nossa, Esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, E depois deste desterro, Mostrai-nos Jesus, Bendito fruto do vosso ventre, Ó clemente, Ó piedosa,

Ó doce

Ajuda-nos a repelir toda a agressividade e violência que tantas vezes levam os teus filhos por caminhos de guerras e lutas fratricidas.



(ama, meditações de Maio, Salve Rainha, 2015)

Pequena agenda do cristão


DOMINGO


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me:
Cultivar a Fé.

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?