Detenho-me
nas páginas iniciais do Evangelho escrito por São Mateus onde consta a
genealogia de São José. Compreendo que o faz para que fique bem claro que os
chefes do povo nomeadamente os escribas e fariseus responsáveis tinham acesso a
estas informações. Nos arquivos doTemplo
guardavam-se as genealogias dos homens de Israel como um cadastro sempre
actualizado que permitisse a um pai determinar se um recém nascido varão
pudesse ser o Messias esperado.
Sem
o expressar o Evangelista deixa claro que aqueles responsáveis ou não se deram
ao incómodo de pesquisar este cadastro no que respeitava a Jesus ou, se o fizeram,
preferiram ignorá-lo.
Eu,
não tenho qualquer outra razão que não seja a que se alicerça no comportamento
destes homens, para concluir que terão investigado e percebido que Jesus era,
de facto, O Messias e, concluindo assim, compreenderam que toda a "montanha"
de leis, obrigações, regras que lhes mantinha o povo sujeito se desmoronaria;
logo... negar, negar, negar era a solução. A conclusão a que chego é que a
responsabilidade dos mais sabedores, cultos ou proeminentes é muito maior...
incomparavelmente que a das pessoas que não têm esses atributos. Englobo todos
os fariseus nesta apreciação? Evidentemente que não; o Evangelho torna claro
que alguns se terão interrogado procurando respostas concrectas, como é o caso
de Nicodemos. E os fariseus de hoje! ... sim... esses todos que sabem,
conhecem, estão por dentro das verdades tal qual são, que as avaliam e medem
com especial rigor e preferem, pelos motivos que forem, ignorá-las... quando
não negá-las!!
Estão
por todo o lado, sobretudo no "Sinédrio" de hoje que é a AR
onde propõem leis iníquas, votam em supostas soluções que atentam contra os
mais elementares direitos da dignidade humana.
Não
sei qual a solução mas, por mim, cristão que sou, vou, nas próximas eleições
votar em branco; sei que o "voto branco" em Portugal e noutros países não vale nada
mas, pergunto: se todos os cristãos portugueses votassem em branco... o que
aconteceria?!?!
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