4ª Terça-Feira do Advento 21 de Dezembro
Evangelho: Lc 1, 39-45
Nota:
Durante o Tempo do Advento não publicamos o costumado Comentário e/ou Meditação sobre o Evangelho do dia. Convidamos o leitor a fazê-lo e a amabilidade de o “postar) em comentários.
Tema para consideração: A confissão frequente
B) A confissão (acusação) 3
1. Na prática há muitos meios de fazer bem e frutuosamente a acusação, e de aprofundar e simplificar a confissão frequente. Uns confessam todas as faltas ou, pelo menos, as mais importantes cometidas depois da última confissão. Assim muitas almas com razão e proveito.
Mas no caso de almas que com verdadeira seriedade procuram Deus, trate-se de leigos, sacerdotes ou religiosos, julgamos que devemos indicar os seguintes meios: Pode-se partir de uma determinada falta, cometida depois da última confissão. Em tal caso, a confissão decorrerá assim: «Com plena consciência julguei e falei com pouca caridade; durante a minha vida inteira pequei, de pensamento, de palavra, com juízos pouco caritativos contra o amor ao próximo, e acuso-me de todos estes pecados da minha vida; acuso-me igualmente de todos os outros pecados e faltas dos quais me tenha feito culpável ante Deus.» É uma forma muito simples e proveitosa de acusar-se na suposição de ter-se esforçado por despertar um sério arrependimento. Do arrependimento brota naturalmente um claro e concreto propósito: «Trabalharei par eliminar todo o juízo e palavra deliberadamente faltos de caridade».
Uma segunda forma de nos acusar-mos: a partir de um determinado mandamento, ou de uma paixão, um costume, uma inclinação; sempre de um ponto que, no momento actual, é de grande importância para a aspiração interior. Então a confissão far-se-á desta forma: »Excito-me facilmente com qualquer coisa; os outros irritam-me com frequência; falo e censuro e dou rédea solta à antipatia e ao mau humor. Acuso-me de ter cometido desta forma muitas faltas na minha vida. outros pecados e faltas dos quais me tenha feito culpável ante Deus.» è também uma forma fácil e proveitosa de confissão; ela pressupõe e exige que o penitente, consciente do fim, e por longo tempo, fixe a atenção num pecado determinado, como raiz de determinadas faltas ou num ponto importante da sua vida interior. O decisivo, também neste caso, é o arrependimento. Esta forma de confessar-se torna relativamente fácil para o confessor atender o penitente de uma forma pessoal e ajudá-lo nos seus esforços.
Finalmente, pode tomar-se como ponto de partida o ter pecado, por exemplo, contra um ou outro mandamento: «pequei amiúde e muito por impaciência, por falta de domínio de mim mesmo, por mau humor, por sensualidade. Acuso-me também de todos os outros pecados mortais e veniais de toda a minha vida».
Do dito resulta o seguinte: Quem quiser praticar a confissão frequente bem e com todo o fruto possível, tem de manter em boa ordem a sua vida interior. Deve ver com clareza que pontos são importantes e essenciais para ele; deve conhecer as suas próprias imperfeições e modelar-se a si próprio de modo consequente. Se o confessor, compreensivo e cheio de santo interesse pelo crescimento espiritual do seu penitente, também, colabora com ele de um modo consequente, a confissão frequente será um meio excelente para edificar e aperfeiçoar a vida religiosa e moral, par identificar-se com Cristo e com o seu espírito.
Doutrina: CCIC – 596: O que significa: «Não nos deixeis cair em tentação»?
CIC - 2846-2849; 2863
Pedimos a Deus Pai que não nos deixe sozinhos e à mercê da tentação. Pedimos ao Espírito para sabermos discernir entre a provação que ajuda a crescer no bem e a tentação que conduz ao pecado e à morte, e, ainda, entre ser tentados e consentir na tentação. Esta petição coloca-nos em união com Jesus, que, com a sua oração, venceu a tentação e solicita a graça da vigilância e da perseverança final.
Festa: S Pedro Canísio – Doutor da Igreja
Nota Histórica
Nasceu em 1521, em Nimega (Holanda). Estudou em Colónia e entrou na Companhia de Jesus. Foi ordenado sacerdote em 1546. Destinado à Alemanha, trabalhou denodadamente na defesa da fé católica com seus escritos e pregação. Publicou numerosas obras, entre as quais se destaca o seu Catecismo. Morreu em Friburgo (Suíça), no ano de 1597.