21/04/2011

Diálogos apostólicos

Diálogos



Evidentemente, tens razão!

Esses muitos de que falávamos também encontraram no Filho Pródigo a inspiração que precisavam para dar o primeiro e decisivo passo na conversão.







ama, 2011.04.21 

Música e Oração - Panis Angelicus

Panis Angelicus - Fernando Pavarotti e Luciano Modena 1978


Panis angelicus
fit panis hominum;
Dat panis coelicus
figuris terminum:
O res mirabilis!
Manducat Dominum
Pauper, servus et humilis.
Te trina Deitas
unaque poscimus:
Sic nos tu visita,
sicut te colimus;
Per tuas semitas
duc nos quo tendimus,
Ad lucem quam inhabitas.
Amen.

S. Tomás d’Aquino

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“Sereno no meio das preocupações”

Se, por teres o olhar fixo em Deus, souberes manter-te sereno no meio das preocupações; se aprenderes a esquecer as ninharias, os rancores e as invejas; pouparás muitas energias, que te fazem falta para trabalhar com eficácia, em serviço dos homens. (Sulco, 856).
Luta contra as asperezas do teu carácter, contra os teus egoísmos, contra o teu comodismo, contra as tuas antipatias... Além de que temos de ser corredentores, o prémio que receberás (pensa bem nisso!) estará em relação directíssima com a sementeira que tiveres feito. (Sulco, 863).

Tarefa do cristão: afogar o mal em abundância de bem. Nada de fazer campanhas negativas, nem de ser anti-nada. Pelo contrário: viver de afirmação, cheios de optimismo, com juventude, alegria e paz; olhar para todos com compreensão: os que seguem Cristo e os que O abandonam ou não O conhecem.
Compreensão, porém, não significa abstencionismo, nem indiferença, mas actividade. (Sulco, 864)

Paradoxo: desde que me decidi a seguir o conselho do salmo – "Lança sobre o Senhor as tuas preocupações, e Ele te sustentará", cada dia tenho menos preocupações na cabeça... E ao mesmo tempo, com o devido trabalho, resolve-se tudo com mais clareza! (Sulco, 873)

http://www.opusdei.pt/art.php?p=13979

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Para meditar


Doutrina


 Sã Doutrina para ler, compreender, meditar e fazer um propósito.

Confidências de alguém - 6


Nota de AMA: 
Estas “confidências” têm, obviamente, um autor, que não se revela; foram feitas em tempo indeterminado, por isso não se lhes atribui a data. O estilo discursivo revela, obviamente, que se tratam de meditações escritas ao correr da pena. A sua publicação deve-se a ter considerado que, nelas se encontram muitas situações e ocorrências que fazem parte do quotidiano que, qualquer um, pode viver.



Quinta Feira Santa

O Evangelho da Missa detém-se na Última Ceia. O acto desenrola-se com um ritmo carregado de drama, pesado, cheio de dúvidas e perguntas receosas.

Os Apóstolos interrogam-se em gestos mudos, com troca de olhares inquiridores; não lhes passa despercebido o ar grave que o Mestre ostenta. Como se um manto de tristeza caísse por cima da assembleia reunida à volta da mesa, um sentimento indizível de tragédia que paira, de alguma forma, no ambiente pesado.
Os modos misteriosos de Jeus ao indicar a forma de escolher a sala para a Ceia, de alguma forma indirecta e pouco clara, embora as Suas instruções fossem precisas, como sempre: «Um homem com uma bilha de água à cabeça… segui-o….encontrareis uma sala preparada…» [i], enfim todo um desenrolar de factos misteriosos como se o Senhor não quisesse revelar claramente o local eleito para aquela noite.
Depois a figura querida do Rabi, cingido com uma toalha, a lavar-lhes os pés, a lição de humildade: «Fazei a vós mesmos como Eu vos fiz» [ii]… mas dito com um ar tão grave, sereno e triste ao mesmo tempo, como se fossem palavras finais, com um peso e uma medida que não deveriam ser esquecidas.
«Fazei isto em memória de Mim…» [iii] fez parte também da cerimónia tão pouco comum, que fugiu à tradicional ceia Pascal tal como vinham celebrando há anos.
Sim, é verdade, tinham cantado os cânticos e comido o cordeiro preparado como era costume, com as ervas amargas… mas, algo inusual se sentia naquela sala, naquela noite.

O rosto de Jesus, sereno mas triste, está branco como a cal, a Sua face espelha uma amargura interior que não é conhecida pelos Seus amigos, como que se uma luz vinda de dentro Lhe incendiasse o olhar, enquanto fita em cada um, demoradamente os olhos. Parece que quer gravar na Sua retina as faces de cada um dos seus amigos mais chegados, aqueles Doze, as características particulares, a forma de falar, o gesto, o olhar, enfim, o retrato completo e íntimo de cada um dos Seus amigos.

Para quê? Porquê?

Parecia que o Senhor se preparava para uma viagem longa e difícil e que quereria levar consigo todas essas recordações bem gravadas no coração.
Por meias palavras, que não entendiam bem, falava-lhes de morte, padecimentos, amargura, abandono. Pedro já tinha manifestado o seu repúdio e afirmado a sua total disponibilidade para seguir o Mestre para onde quer que fosse.
O Senhor, fixando nele o olhar, com as estranhas palavras que soam a um vaticínio tão solene e ao mesmo tempo tão definitivo que o deixa sem palavras: «Hoje mesmo, antes que cante o galo, me negarás três vezes!» [iv]

Ei-los à mesa da Ceia que será a última; a grande, a inesquecível Ceia de Páscoa.
Acaba Jesus de passar o cálice com o vinho, agora transubstanciado no Seu Sangue Preciosíssimo, tal como fizera já com o pão.

Os Apóstolos reconhecem a gravidade e solenidade do momento que, o peso das palavras de Jesus, deixa entrever. Não compreendem bem, ou melhor, não alcançam toda a dimensão do que o Mestre acabara de fazer, mas instintivamente, o coração que cada um há muito entregue, sem reservas, a Cristo, diz que é algo grande e transcendente.
A conversa esbate-se em murmúrios.

De súbito aquela frase inopinada: «Um de vós há-de traír-Me» [v]

Olham-se uns aos outros, tão pouco seguros estão de si, do seu amor, da sua entrega: serei eu?

Também eu me interrogo: serei eu? …

Serei eu, meu Deus, quem Te entregará aos algozes, com as minhas negações, esquecimentos e faltas de toda a ordem?

Serei eu?

Eu, que como contigo à mesma mesa que preparaste para mim, que recebo o Teu Corpo e o Teu Sangue, diariamente, por uma graça infinita, serei eu?

Decerto que fui, e sou e serei ainda muitas vezes….
Como me dói pensar nisto!
Vejo os Teus olhos tristes fixarem-se em mim num mudo desgosto e espanto. Desgosto pelas faltas de que sou capaz, espanto porque não esperarias que, depois de ter recebido tanto, seja tão mal agradecido.
Tudo isto é uma conversa humana, porque eu sei que Tu sabes muito bem quem eu sou, desde o princípio de todas as coisas. E eu, pobre de mim, atrevo-me a pensar:

“Então se Ele sabe quem sou e como sou e, mesmo assim, me quer, então é porque de facto me ama e me quer junto dele!”

E a alegria profunda que me causa esta revelação, afasta para longe a tristeza solene desta Última Ceia e levanto-me pronto para cantar o hino da alegria e da confiança, da esperança e da fé no meu Senhor e no meu Deus que me salva, me quer e me redime para sempre.


[i] Mc 14, 13
[ii] Cfr. Jo 14, 13-15
[iii] Cfr. Lc 22, 17-20
[iv] Jo 13, 37
[v] cfr. Jo. 13, 21

O melhor ginecologista...

Uma mulher chega apavorada no consultório de seu ginecologista e diz:

- Doutor, o senhor terá de ajudar-me num problema muito sério.
 Este meu bebé ainda não completou um ano e já estou grávida novamente.
Não quero filhos em tão curto espaço de tempo. Quero mais espaço  entre um e outro...

O médico perguntou:

- Muito bem. O que a senhora quer que eu faça?

A mulher respondeu:

- Desejo interromper esta gravidez e conto com a sua ajuda.

O médico então pensou um pouco e depois de algum tempo em silêncio disse para a mulher:

- Acho que tenho um método melhor para solucionar o problema.
E é menos perigoso para a senhora.

A mulher sorriu, acreditando que o médico aceitaria seu pedido.
Ele então completou:

- Veja bem minha senhora, para não ter que ficar com dois bebés de uma vez, em tão curto espaço de tempo, vamos matar este que está nos seus braços.
Assim, a senhora poderá descansar para ter o outro, terá um período de descanso até o outro nascer. Se vamos matar, não há diferença entre um e outro.
Até porque sacrificar este que a senhora tem nos braços é mais fácil, pois a senhora não correrá nenhum risco...

A mulher apavorada disse:

- Não doutor! Que horror! Matar uma criança é um crime.

- Também acho minha senhora, mas me pareceu tão convencida disso, que por um momento pensei em ajudá-la.

O médico sorriu e, depois de algumas considerações, viu que a sua lição surtira efeito.
Convenceu a mãe que não há a menor diferença entre matar a criança que nasceu e matar uma ainda por nascer, mas já viva no seio materno.

agradec. als

João Paulo II - Vida íntimamente ligada com Fátima

Vida “intimamente ligada com Fátima”

Hoje, o Cardeal D. José Saraiva Martins recordou que a ligação a Fátima marcou o pontificado de João Paulo II. “A vida do Papa está intimamente ligada com o fenómeno de Fátima. Um ano após o atentado quis ir a Fátima para agradecer à Branca Senhora da Cova de Iria lhe ter salvado a vida e deu-lhe o que tinha no coração: um anel oferecido pelo seu grande amigo, o Cardeal Vichinsky, e a bala”.

D. José Saraiva Martins lembra, ainda, uma viagem de avião, depois da beatificação dos pastorinhos Jacinta e Francisco, quando João Paulo II disse estar “muito, muito feliz, por ter cumprido uma coisa que achava que devia ter feito”.

O Papa João Paulo II vai ser beatificado, numa cerimónia marcada para a Praça de São Pedro, em Roma, a 1 de Maio, seis anos depois
da sua morte. A data coincide com a celebração da Divina Misericórdia, uma festa instituída por João Paulo II, assinalada no primeiro domingo depois da Páscoa - precisamente o dia em que faleceu.

Pg 1, 2011.04.21

Sobre a família 28

7O direito dos pais à educação dos filhos (II)

Neste texto explica-se que, juntamente com a família, também o Estado e a Igreja têm obrigações iniludíveis no campo da educação.



No artigo anterior falou-se do fundamento natural do direito dos pais à educação dos seus próprios filhos, e do carácter universal e irrenunciável desse direito.
Certamente, a partir dessas considerações é fácil passar a entender a escola como prolongamento da tarefa formativa que se deve levar a cabo no próprio lar. E, no entanto, é preciso afirmar que não são só os pais que são legitimamente competentes em questões que têm que ver com a educação: o Estado e também a Igreja, por outros títulos, têm obrigações iniludíveis neste campo.
A FUNÇÃO DO ESTADO EM MATÉRIA DE EDUCAÇÃO

São múltiplas as razões que justificam o interesse dos poderes públicos pelo ensino. Do ponto de vista prático, é um facto comprovado a nível internacional que o crescimento efectivo da liberdade e o progresso socio-económico das sociedades se baseiam na necessidade de que os poderes públicos garantam um certo nível cultural à população. Uma sociedade complexa só poderá funcionar correctamente se se der uma adequada distribuição da informação e os conhecimentos proporcionados para a sua oportuna gestão, bem como a suficiente compreensão das virtudes e das normas que possibilitam a convivência civil e condicionam os comportamentos individuais e colectivos.

J.A. Araña e C.J. Errázuriz
© 2011, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Evangelho do dia e comentário

QUINTA FEIRA SANTA

Evangelho: Jo 13, 1-15 (missa da tarde)

1 Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que tinha chegado a Sua hora de passar deste mundo ao Pai, tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até ao extremo. 2 Durante a ceia, tendo já o demónio posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, a determinação de O entregar, 3 Jesus, sabendo que o Pai tinha posto nas Suas mãos todas as coisas, que saíra de Deus e voltava para Deus, 4 levantou-Se da mesa, depôs as vestes e, pegando numa toalha, cingiu-Se com ela. 5 Depois deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido. 6 Chegou, pois, a Simão Pedro. Pedro disse-Lhe: «Senhor, Tu lavares-Me os pés?». 7 Jesus respondeu-lhe: «O que Eu faço, tu não o compreendes agora, mas compreendê-lo-ás depois». 8 Pedro disse-Lhe: «Jamais me lavarás os pés!». Jesus respondeu-lhe: «Se Eu não te lavar não terás parte comigo». 9 Simão Pedro disse-Lhe: «Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça». 10 Jesus disse-lhe: «Aquele que tomou banho não tem necessidade de se lavar, pois todo ele está limpo. Vós estais limpos, mas não todos». 11 Ele sabia quem era o que O ia entregar, por isso disse: «Nem todos estais limpos». 12 Depois que lhes lavou os pés e que retomou as Suas vestes, tendo tornado a pôr-Se à mesa disse-lhes: «Compreendeis o que vos fiz? 13 Chamais-Me Mestre e Senhor, e dizeis bem porque o sou. 14 Se Eu, pois, sendo vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés também vós deveis lavar os pés uns aos outros. 15 Dei-vos o exemplo para que, como Eu vos fiz, assim façais vós também.

Meditação:

Também a mim me lavas os pés, Senhor?
Sim, porque eu quero estar limpo como quando nasci.

Será possível?

Vejo neste Teu gesto amoroso que sim, que posso, também eu, não obstante a enorme sujidade que fui acumulando ao longo da vida, ficar limpo, imaculado porque, a Tua água lava, de facto, qualquer mancha.

Não tens feito outra coisa ao longo dos tempos senão lavar-me dos meus pecados e numerosas faltas.

Senhor, que eu não deixe de procurar, sempre, esse Teu gesto de supremo amor, com sinceridade e verdade absolutas, não deixando nada por mostrar, por Te mostrar.

Eu sei que, Tu, sabes tudo, mas nem por isso quero deixar de to dizer, contrito, pesaroso do mal feito, mas sinceramente convencido que, este Teu gesto, me limpa e purifica e torna digno de ser Teu filho.

(ama, meditação sobre Jo13, 1-15, 2009.04.01)