Publicações de hoje
Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
27/03/2014
Evangelho diário e comentário
Tempo de Quaresma Semana III |
14 Jesus estava a expulsar um demónio, que era mudo.
Depois de ter expulsado o demónio, o mudo falou e as multidões ficaram maravilhadas.
15 Mas alguns disseram: «Ele expulsa os demónios pelo poder de
Belzebu, príncipe dos demónios». 16 Outros, para O tentarem,
pediam-Lhe um prodígio vindo do céu. 17 Ele, porém, conhecendo os
seus pensamentos, disse-lhes: «Todo o reino dividido contra si mesmo será
devastado, e cairá casa sobre casa. 18 Se, pois, Satanás está
dividido contra si mesmo, como estará em pé o seu reino? Porque vós dizeis que
por virtude de Belzebu é que lanço fora os demónios. 19 Ora, se é
pelo poder de Belzebu que Eu expulso os demónios, os vossos filhos pelo poder
de quem os expulsam? Por isso eles mesmos serão os vossos juízes. 20
Mas se Eu, pelo dedo de Deus, lanço fora os demónios, certamente chegou a vós o
reino de Deus. 21 Quando um, forte e armado, guarda o seu palácio,
estão em segurança os bens que possui; 22 porém, se, sobrevindo
outro mais forte do que ele, o vencer, tira-lhe as armas em que confiava, e
reparte os seus despojos. 23 Quem não é comigo é contra Mim; e quem
não colhe comigo desperdiça.
Comentário:
O
que Jesus nos quer dizer nas palavras finais deste trecho do Evangelho é muito
claro: Não devemos confiar em nós próprios, na nossa sabedoria, nas nossas
capacidades, temos, se queremos vencer o demónio – as tentações – pedir a ajuda
divina e, humildemente, reconhecer que não valemos nada, não sabemos nada… não
podemos nada.
Ele, sim, pode tudo e, se
Lho pedirmos, dar-nos-á o necessário – a graça - para levar de vencida o
tentador por mais forte e insinuante que seja a tentação.
É certo que Ele não
permitirá que sejamos tentados além das nossas forças, mas estas, só o são
verdadeiramente, com a ajuda da graça.
(ama, comentário sobre Lc 11, 14-23, 2013.03.07)
Leitura espiritual para Mar 27
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemaria, Caminho 116)
Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.
Evangelho: Lc 13, 6-30
6 Dizia também esta
parábola: «Um homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi buscar fruto
e não o encontrou. 7 Então disse ao vinhateiro: Eis que há três anos
venho buscar fruto a esta figueira e não o encontro; corta-a; para que está ela
inutilmente a ocupar terreno? 8 Ele, porém, respondeu-lhe: Senhor,
deixa-a ainda este ano, enquanto eu a cavo em volta e lhe deito estrume; 9
se com isto der fruto, bem está; senão, cortá-la-ás depois». 10
Jesus estava a ensinar numa sinagoga em dia de sábado. 11 Estava lá
uma mulher possessa de um espírito que a tinha doente havia dezoito anos;
andava encurvada, e não podia levantar a cabeça. 12 Jesus, vendo-a,
chamou-a, e disse-lhe: «Mulher, estás livre da tua doença». 13
Impôs-lhe as mãos e imediatamente ficou direita e glorificava a Deus. 14
Mas, tomando a palavra o chefe da sinagoga, indignado porque Jesus tivesse
curado em dia de sábado, disse ao povo: «Há seis dias para trabalhar; vinde,
pois, nestes e sede curados, mas não em dia de sábado». 15 O Senhor
disse-lhe: «Hipócritas, qualquer um de vós não solta aos sábados o seu boi ou o
seu jumento da manjedoura para os levar a beber? 16 E esta filha de
Abraão, que Satanás tinha presa há dezoito anos, não devia ser livre desta
prisão ao sábado?». 17 Dizendo estas coisas, todos os Seus
adversários envergonhavam-se e alegrava-se todo o povo com todas as maravilhas
que Ele realizava. 18
Dizia também: «A que é semelhante o reino de Deus; a que o compararei? 19
É semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou na sua horta;
cresceu, tornou-se uma árvore, e as aves do céu repousaram nos seus ramos». 20
Disse outra vez: «A que direi que o reino de Deus é semelhante? 21 É
semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de
farinha, até que tudo ficasse levedado». 22 Ia pelas cidades e aldeias ensinando, e caminhando para
Jerusalém. 23 Alguém Lhe perguntou: «Senhor, são poucos os que se
salvam?». Ele respondeu-lhes: 24 «Esforçai-vos por entrar pela porta
estreita, porque vos digo que muitos procurarão entrar e não conseguirão. 25
Quando o pai de família tiver entrado e fechado a porta, vós, estando fora,
começareis a bater à porta, dizendo: Senhor, abre-nos. Ele vos responderá: Não
sei donde sois. 26 Então começareis a dizer: Comemos e bebemos em
tua presença, tu ensinaste nas nossas praças. 27 Ele vos dirá: Não
sei donde sois; “afastai-vos de mim vós todos os que praticais a iniquidade”. 28
Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac, Jacob, e
todos os profetas no reino de Deus, e vós serdes expulsos para fora. 29
Virão muitos do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul, e se sentarão à mesa
do reino de Deus. 30 Então haverá últimos que serão os primeiros, e
primeiros que serão os últimos».
Documentos do
Concílio Vaticano II
CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA
LUMEN GENTIUM
SOBRE A IGREJA
CAPÍTULO
IV
OS LEIGOS
O
Apostolado dos leigos
33.
Unidos no Povo de Deus, e constituídos no corpo único de Cristo sob uma só
cabeça, os leigos, sejam quais forem, todos são chamados a concorrer como
membros vivos, com todas as forças que receberam da bondade do Criador e por
graça do Redentor, para o crescimento da Igreja e sua contínua santificação.
O
apostolado dos leigos é participação na própria missão salvadora da Igreja, e
para ele todos são destinados pelo Senhor, por meio do Baptismo e da
Confirmação. E os sacramentos, sobretudo a sagrada Eucaristia, comunicam e
alimentam aquele amor para com Deus e para com os homens, que é a alma de todo
o apostolado.
Mas
os leigos são especialmente chamados a tornarem a Igreja presente e activa
naqueles locais e circunstâncias em que só por meio deles ela pode ser o sal da
terra (112). Deste modo, todo e qualquer leigo, pelos dons que lhe
foram concedidos, é ao mesmo tempo testemunha e instrumento vivo da missão da
própria Igreja, «segundo a medida concedida por Cristo» (Ef. 4,7).
Além
deste apostolado, que diz respeito a todos os fiéis, os leigos podem ainda ser
chamados, por diversos modos, a uma colaboração mais imediata no apostolado da
Hierarquia 3, à semelhança daqueles homens e mulheres que ajudavam o apóstolo
Paulo no Evangelho, trabalhando muito no Senhor (cfr. Fil. 4,3, Rom. 16,3 ss.).
Têm ainda a capacidade de ser chamados pela Hierarquia a exercer certos cargos
eclesiásticos, com finalidade espiritual.
Incumbe,
portanto, a todos os leigos a magnífica tarefa de trabalhar para que o desígnio
de salvação atinja cada vez mais os homens de todos os tempos e lugares.
Esteja-lhes, pois, amplamente aberto o caminho, a fim de que, segundo as
próprias forças e as necessidades dos tempos, também eles participem com ardor
na acção salvadora da Igreja.
A
consagração do mundo pelo apostolado dos leigos
34.
O supremo e eterno sacerdote Cristo Jesus, querendo também por meio dos leigos
continuar o Seu testemunho e serviço, vivifica-o pelo Seu Espírito e sem cessar
os incita a toda a obra boa e perfeita. E assim, àqueles que Intimamente
associou à própria vida e missão, concedeu também participação no seu múnus
sacerdotal, a fim de que exerçam um culto espiritual, para glória de Deus e
salvação dos homens. Por esta razão, os leigos, enquanto consagrados a Cristo e
ungidos no Espírito Santo, têm uma vocação admirável e são instruídos para que
os frutos do Espírito se multipliquem neles cada vez mais abundantemente. Pois
todos os seus trabalhos, orações e empreendimentos apostólicos, a vida conjugal
e familiar, o trabalho de cada dia, o descanso do espírito e do corpo, se forem
feitos no Espírito, e as próprias incomodidades da vida, suportadas com
paciência, se tornam em outros tantos sacrifícios espirituais, agradáveis a
Deus por Jesus Cristo (cfr. 1 Ped. 2,5), sacrifícios estes que são piedosamente
oferecidos ao Pai, juntamente com a oblação do corpo do Senhor, na celebração
da Eucaristia. E deste modo, os leigos, agindo em toda a parte santamente, como
adoradores, consagram a Deus o próprio mundo.
O
testemunho de vida pelo apostolado dos leigos
35.
Cristo, o grande profeta, que pelo testemunho da vida e a força da palavra
proclamou o reino do Pai, realiza a sua missão profética, até à total revelação
da glória, não só por meio da Hierarquia, que em Seu nome e com a Sua
autoridade ensina, mas também por meio dos leigos, para isso os constituiu
testemunhas, e lhes concedeu o sentido da fé e o dom da palavra (cfr. Act. 2,
17-18, Apoc. 19,10) a fim de que a força do Evangelho resplandeça na vida
quotidiana, familiar e social. Os leigos mostrar-se-ão filhos da promessa se,
firmes na fé e na esperança, aproveitarem bem o tempo presente (cfr. Ef. 5,16,
Col. 4,5) e com paciência esperarem a glória futura (cfr. Rom. 8,25). Mas não
devem esconder esta esperança no seu íntimo, antes, pela contínua conversão e
pela luta «contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra os espíritos do
mal» (Ef. 6,12), manifestem-na também nas estruturas da vida secular.
Do
mesmo modo que os sacramentos da nova lei, que alimentam a vida e o apostolado
dos fiéis, prefiguram um novo céu e uma nova terra (cfr. Apoc. 21,1), assim os
leigos tornam-se valorosos arautos da fé naquelas realidades que esperamos
(cfr. Hebr. 11,1), se juntarem sem hesitação, a uma vida de fé, a profissão da
mesma fé. Este modo de evangelizar, proclamando a mensagem de Cristo com o
testemunho da vida e com a palavra, adquire um certo carácter específico e uma
particular eficácia por se realizar nas condições ordinárias da vida no mundo.
Nesta
obra, desempenha grande papel aquele estado de vida que é santificado por um
sacramento próprio: a vida matrimonial e familiar. Aí se encontra um exercício
e uma admirável escola de apostolado dos leigos, se a religião penetrar toda a
vida e a transformar cada vez mais. Aí encontram os esposos a sua vocação
própria, de serem um para o outro e para os filhos, as testemunhas da fé e do
amor de Cristo. A família cristã proclama em alta voz as virtudes presentes do
reino de Deus e a esperança na vida bem-aventurada. E deste modo, pelo exemplo
e pelo testemunho, argui o mundo do pecado e ilumina aqueles que buscam a
verdade.
Por
isso, ainda mesmo quando ocupados com os cuidados temporais, podem e devem os
leigos exercer valiosa acção para a evangelização do mundo. E se há alguns que,
na medida possível, suprem nas funções religiosas os ministros sagrados que
faltam ou estão impedidos em tempo de perseguição, a todos, porém, incumbe a
obrigação de cooperar para a dilatação e crescimento do Reino de Cristo no
mundo. Dediquem-se, por isso, os leigos com diligência a conseguir um
conhecimento mais profundo da verdade revelada, e peçam insistentemente a Deus
o dom da sabedoria.
A
santificação das estruturas humanas pelo apostolado dos leigos
36.
Tendo-se feito obediente até à morte e tendo sido, por este motivo, exaltado
pelo Pai (cfr. Fil. 2, 8-9), entrou Cristo na glória do Seu reino. Todas as
coisas Lhe estão sujeitas, até que Ele se submeta, e a todas as criaturas, ao
Pai, para que Deus seja tudo em todos (cfr. 1 Cor. 15, 27-28). Comunicou este
poder aos discípulos, para que também eles sejam constituídos em régia
liberdade e, com a abnegação de si mesmos e a santidade da vida, vençam em si
próprios o reino do pecado (cfr. Rom. 6,12), mais ainda, para que, servindo a
Cristo também nos outros, conduzam os seus irmãos, com humildade e paciência,
àquele Rei, a quem servir é reinar. Pois o Senhor deseja dilatar também por
meio dos leigos o Seu reino, reino de verdade e de vida, reino de santidade e
de graça, reino de justiça, de amor e de paz (114), no qual a
própria criação será liberta da servidão da corrupção, alcançando a liberdade
da glória dos filhos de Deus (cfr. Rom. 8,21). Grande é a promessa, grande o
mandamento que é dado aos discípulos: «tudo é vosso, vós sois de Cristo, e
Cristo é de Deus» (1 Cor. 3,23).
Por
consequência, devem os fiéis conhecer a natureza íntima e o valor de todas as
criaturas, e a sua ordenação para a glória de Deus, ajudando-se uns aos outros,
mesmo através das actividades propriamente temporais, a levar uma vida mais
santa, para que assim o mundo seja penetrado do espírito de Cristo e, na
justiça, na caridade e na paz, atinja mais eficazmente o seu fim. Na realização
plena deste dever, os leigos ocupam o lugar mais importante. Por conseguinte,
com a sua competência nas matérias profanas, e a sua actuação interiormente
elevada pela graça de Cristo, contribuam eficazmente para que os bens criados
sejam valorizados pelo trabalho humano, pela técnica e pela cultura para
utilidade de todos os homens, sejam melhor distribuídos entre eles e contribuam
a seu modo para o progresso de todos na liberdade humana e cristã, em harmonia
com o destino que lhes deu o Criador e segundo a iluminação do Verbo. Deste
modo, por meio dos membros da Igreja, Cristo iluminará cada vez mais a
humanidade inteira com a Sua luz salvadora.
Além
disso, também pela união das próprias forças, devem os leigos sanear as
estruturas e condições do mundo, se elas porventura propendem a levar ao
pecado, de tal modo que todas se conformem às normas da justiça e antes ajudem
ao exercício das virtudes do que o estorvem. Agindo assim, informarão de valor
moral a cultura e as obras humanas. E, por este modo, o campo, isto é, o mundo
ficará mais preparado para a semente da palavra divina e abrir-se-ão à Igreja
mais amplamente as portas para introduzir no mundo a mensagem da paz.
Devido
à própria economia da salvação, devem os fiéis aprender a distinguir
cuidadosamente entre os direitos e deveres que lhes competem como membros da
Igreja e os que lhes dizem respeito enquanto fazem parte da sociedade humana.
Procurem harmonizar entre si uns e outros, lembrando-se que se devem guiar em
todas as coisas temporais pela consciência cristã, já que nenhuma actividade
humana, nem mesmo em assuntos temporais, se pode subtrair ao domínio de Deus. É
muito necessário em nossos dias que esta distinção e harmonia se manifestem
claramente nas atitudes dos fiéis, que a missão da Igreja possa corresponder
mais plenamente às condições particulares do mundo actual. Assim como se deve
reconhecer que a cidade terrena se consagra a justo título aos assuntos
temporais e se rege por princípios próprios, assim com razão se deve rejeitar a
nefasta doutrina que pretende construir a sociedade sem ter para nada em conta
a religião, atacando e destruindo a liberdade religiosa dos cidadãos. (115)
Relações
dos leigos com a Hierarquia
37.
Como todos os fiéis, também os leigos têm o direito de receber com abundância,
dos sagrados pastores, os bens espirituais da Igreja, principalmente os
auxílios da palavra de Deus e dos sacramentos (116), e com aquela liberdade
e confiança que convém a filhos de Deus e a irmãos em Cristo, manifestem-lhes
as suas necessidades e aspirações. Segundo o grau de ciência, competência e
autoridade que possuam, têm o direito, e por vezes mesmo o dever, de expor o
seu parecer sobre os assuntos que dizem respeito ao bem da Igreja (117).
Se o caso o pedir, utilizem os órgãos para isso instituídos na Igreja, e
procedam sempre em verdade, fortaleza e prudência, com reverência e amor para
com aqueles que, em razão do seu cargo, representam a pessoa de Cristo.
Como
todos os cristãos, devem os leigos abraçar prontamente, com obediência cristã,
todas as coisas que os sagrados pastores, representantes de Cristo,
determinarem na sua qualidade de mestres e guias na Igreja, a exemplo de
Cristo, o qual com a Sua obediência, levada até à morte, abriu para todos o
feliz caminho da liberdade dos filhos de Deus. Nem deixem de encomendar ao
Senhor nas suas orações os seus prelados, já que eles olham pelas nossas almas,
como devendo dar contas delas, a fim de que o façam com alegria e não gemendo
(cfr. Hebr. 13,17).
Por
seu lado, os sagrados pastores devem reconhecer e fomentar a dignidade e
responsabilidade dos leigos na Igreja, recorram espontaneamente ao seu conselho
prudente, entreguem-lhes confiadamente cargos em serviço da Igreja e dêem-lhes
margem e liberdade de acção, animando-os até a tomarem a iniciativa de
empreendimentos. Considerem atentamente e com amor paterno, em Cristo, as
iniciativas, pedidos e desejos propostos pelos leigos (118). E
reconheçam a justa liberdade que a todos compete na cidade terrestre.
Muitos
bens se devem esperar destas relações confiantes entre leigos e pastores: é que
assim se fortalece nos leigos o sentido da própria responsabilidade, fomenta-se
o seu empenho é mais facilmente se associam nas suas energias à obra dos
pastores. Estes, por sua vez, ajudados pela experiência dos leigos, tanto nas
coisas espirituais como nas temporais, mais facilmente julgarão com acerto, a
fim de que a Igreja inteira, com a energia de todos os seus membros, cumpra
mais eficazmente a sua missão para a vida do mundo.
Conclusões:
os leigos vivificadores do mundo
38.
Cada leigo deve ser, perante o mundo, uma testemunha da ressurreição e da vida
do Senhor Jesus e um sinal do Deus vivo. Todos em conjunto, e cada um por sua
parte, devem alimentar o mundo com frutos espirituais (cfr. Gál. 5,22) e nele
difundir aquele espírito que anima os pobres, mansos e pacíficos, que o Senhor
no Evangelho proclamou bem-aventurados (cfr. Mt. 5, 3-9). Numa palavra, «sejam
os cristãos no mundo o que a alma é no corpo» (119)
Nota:
Revisão da versão portuguesa por ama.
__________________________________________
Notas:
112.
Cfr. Pio XI, Encícl. Quadragesimo anno, 15 maio 1931: AAS 23 (1931) p. 221 s.
Pio XII, Aloc. De quelle
consolation, 14 out. 1951: AAS 43 (1951) p. 790 s.
113. Cfr. Pio XII, Aloc. Six
ans se sont écoulés, 5 out. 1957: AAS 49 (1957) p. 927.
114.
Cfr. Missale romanum, Prefácio da festa de Cristo Rei.
115.
Cfr. Leão XIII, Carta Encícl. Immortale Dei, 1 nov. 1855: ASS 18 (1885), p. 166
ss. Idem, Encícl. Sapientia christianae, 10 jan. 1890: ASS 22 (1889-90) p. 397
ss. Pio XII, Aloc. Alla vostra filiale, 23 março 1958: AAS 50 (1958) p. 220:
«la légittima sana laicità dello Stato».
116. Cfr. Cod. Iur. Can. can.
682.
117. Cfr. Pio XII, Aloc. De
quelle consolation, I. c., p. 789: «Dans les batailles décisives, c'est parfois
du front que partent les plus heureuses iniciativas...» Idem,
Aloc. L'Importance de Ia presse catholique, 17 fev. 1950: AAS 42 (1950) p. 256.
118. Cfr. 1 Tess. 5,19 e 1 Io.
4,1.
119. Epist. ad Diognetum, 6:
ed. Funk
I, p. 400. Cfr. S. João Crisóstomo, In Matth. Hom. 46 (47),2: PG 58, 478,
acerca do fermento na massa.
Tratado dos vícios e pecados 41
Em
seguida devemos tratar da causa do pecado, por parte da vontade, chamada
malícia.
E
sobre esta questão, discutem-se quatro artigos:
Art.
1 — Se se pode pecar de propósito ou por malícia intencional.
Art.
2 — Se todo o que peca por hábito peca por malícia intencional.
Art.
3 — Se quem peca por malícia intencional peca por hábito.
Art.
4 — Se quem peca por malícia intencional peca mais gravemente que quem peca por
paixão.
Art. 1 — Se se pode pecar
de propósito ou por malícia intencional.
(II Sent., dist.
XLIII, a. 1; De Malo, q. 2, a. 8, ad 4; 1. 3,
a. 12; a. 14, ad 7, 8).
O
primeiro discute-se assim. — Parece que ninguém peca de propósito ou por
malícia intencional.
1.
— Pois, a ignorância opõe-se ao propósito ou à malícia intencional. Ora, todo
mal é ignorante, segundo o Filósofo, e a Escritura (Pr 14): Os que obram mal,
erram. Logo, ninguém peca por malícia intencional.
2.
Demais. — Dionísio diz que ninguém obra mal intencionalmente. Ora, pecar por
malícia é praticar o mal intencionalmente, pois, o contrário à nossa intenção é
acidental e não pode classificar um acto. Logo, ninguém peca por malícia.
3.
Demais. — A malícia em si mesma é pecado. Se pois fosse causa de pecado,
seguir-se-ia que um pecado é causa de outro, ao infinito, o que é inadmissível.
Logo, ninguém peca por malícia.
Mas
em contrário: Os que como de propósito se apartaram de Deus, e não quiseram
compreender todos os seus caminhos. Ora, apartar-se de Deus é pecar. Logo, alguns
pecam de propósito ou por malícia intencional.
O homem, como qualquer outro ser, deseja naturalmente o bem. E só pela
corrupção ou desordem em algum de seus princípios pode o seu apetite
inclinar-se para o mal, e assim também pode haver pecado nos actos dos seres
naturais. Ora, os princípios dos actos humanos são o intelecto e o apetite,
tanto o racional, denominado vontade, como o sensitivo. Donde, pode haver
pecado nesses actos, por deficiência do intelecto, como quando pecamos por ignorâ,cia;
ou por deficiência do apetite sensitivo, como quando pecamos por paixão, ou
ainda por deficiência da vontade, sendo esta desordenada.
E
a vontade é desordenada quando mais ama o que é menos bom. Ora, preferirmos
sofrer detrimento no bem menos amado é proceder consequentemente, assim, quando
preferimos sofrer a amputação de um membro, mesmo cientemente, para
conservarmos a vida, que amamos mais. E deste modo se uma vontade desordenada
ama algum bem temporal — p. ex., as riquezas ou o prazer — mais do que a ordem
da razão ou da lei divina ou a caridade de Deus ou um bem semelhante, segue-se
que prefere sofrer detrimento em algum desses bens espirituais, para alcançar
um bem temporal. Pois, o mal não é outra coisa que a privação de algum bem. E
assim, pelo que acabamos de dizer, podemos conscientemente querer um mal
espiritual, que é, o mal absoluto, e nos priva do bem espiritual, para alcançarmos
um bem temporal. E portanto, pecamos intencionalmente ou de propósito, conscientemente
escolhendo o mal.
DONDE
A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — A ignorância, às vezes, exclui a ciência,
pela qual simplesmente sabemos que praticamos o mal, sendo por isso a causa do
pecado. Outras vezes, porém, exclui a ciência pela qual conhecemos actualmente
tal acto como mau, assim, quando pecamos por paixão. Outras vezes, ainda,
exclui a ciência pela qual sabemos não devermos praticar um determinado mal
para conseguirmos um bem, embora saibamos absolutamente ser isso um mal. E
assim dizemos que ignora quem peca intencionalmente.
RESPOSTA
À SEGUNDA. — O mal não pode ser buscado intencionalmente por ninguém, pode
sê-lo contudo para evitar outro mal ou conseguir outro bem, como dissemos. E em
tal caso, preferiríamos alcançar um bem, buscado intencionalmente, em si mesmo,
sem sofrermos detrimento em outro. Assim, o lascivo quereria fruir o prazer,
sem ofender a Deus, mas, propostos esses dois bens, prefere, pecando, incorrer
na ofensa de Deus, a privar-se do prazer.
RESPOSTA
À TERCEIRA. — A malícia, pela qual dizemos que alguém peca pode ser tomada como
a malícia habitual, pela qual o hábito é mau, denominado malícia, segundo o
Filósofo, assim como o bom é chamado virtude. E a esta luz, dizemos que peca
por malícia quem peca pela inclinação do hábito. — Mas também pode ser
considerada como a malícia actual. Quer seja denominada malícia a eleição do
mal, dizendo-se, nesse caso, que peca por malícia quem peca por tal eleição.
Quer seja chamada malícia alguma culpa precedente, da qual resulta outra subsequente,
assim quando alguém se rebela contra o bem de um irmão, por inveja. E então não
há identidade entre causa e efeito, mas um acto interior é causa de um acto
exterior, e um pecado, causa de outro. Não assim, contudo, ao infinito, pois
havemos de chegar a um primeiro pecado, não causado por outro anterior, como do
sobredito se colhe.
Revisão da tradução portuguesa por ama
Pequena agenda do cristão
Quinta-Feira
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito: Participar na Santa Missa.
Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.
Lembrar-me: Comunhões espirituais.
Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos
Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?
|
Que vos saibais perdoar
Jesus Cristo, Nosso Senhor, encarnou e
tomou a nossa natureza, para se mostrar à humanidade como modelo de todas as
virtudes. Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, convida-nos Ele.
Mais tarde, quando explica aos
Apóstolos o sinal pelo qual os reconhecerão como cristãos, não diz: porque sois
humildes. Ele é a pureza mais sublime, o Cordeiro imaculado. Nada podia manchar
a sua santidade perfeita, sem mácula. Mas também não diz: saberão que se
encontram diante de discípulos meus, porque sois castos e limpos.
Passou por este mundo com o mais
completo desprendimento dos bens da terra. Sendo Criador e Senhor de todo o
universo, faltava-lhe até um sítio onde pudesse reclinar a cabeça. No entanto,
não comenta: saberão que sois dos meus porque não vos apegastes às riquezas.
Permanece quarenta dias e quarenta noites no deserto em jejum rigoroso, antes
de se dedicar à pregação do Evangelho. E também não afirma aos seus:
compreenderão que servis a Deus, porque não sois comilões nem bebedores.
A característica que distinguirá os
apóstolos, os cristãos autênticos de todos os tempos, já a ouvimos: nisto –
precisamente nisto – conhecerão todos que sois meus discípulos: se vos amardes
uns aos outros. (Amigos de Deus, 224)
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