20/10/2012

Leitura espiritual para 20 Out 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.


Para ver, clicar SFF.

Mártires de Espanha 55

Rainha dos Mártires






por Jorge López Teulón

Vida de Maria (III) - A VOZ DOS POETAS


 
Endechas a Nossa Senhora

Virgem soberana,
De outros cantos dina:
Falta a voz humana,
Cante a voz divina.

Estrelas e flores,
Areias do mar
Podem-se contar,
Não vossos louvores.


De tal maravilha
Não me maravilho,
Pois sois mãe e filha
De Deus, vosso Filho.

Sois templo divino
Do Espírito Santo:
Quem é Só e Trino
A vós só quis tanto.

Sois cedro em Líbano,
Em Cádis sois palma,
Remédio do dano,
Vida da nossa alma.

Sois jardim cheiroso,
Plátano em ribeira;
Em campo formoso,
Formosa oliveira.

Sois esquadrão forte,
Torre em alto erguida,
Escudo da morte,
Doçura da vida.

Entre espinhos rosa,
Lírio junto de água;
Toda sois formosa,
Em vós não há mágoa.

Fostes escolhida
Por nossa desculpa,
Sem culpa nascida,
Remédio da culpa.

Quanto Eva perdeu
Por vós se cobrou,
Quem de vós nasceu
Tal vos fabricou.

O Verbo nascido
Deu-vos por Mãe sua,
O Sol por vestido,
Por chapins a Lua.

Deu-vos a Trindade
Coroa de estrelas;
Mas a claridade,
Vós lha dais a elas.

Sois fonte suave,
Alívio de tristes;
Sois do Céu a chave,
Vós o Céu abristes!

Quanto o Sol rodeia,
Quanto o Mar abraça,
Tudo encheis de graça,
Sois de graça cheia.

diogo bernardes (1532-1605)

Estando Ele connosco nada há a temer

                                                             
Textos de S. Josemaria Escrivá

 http://www.opusdei.pt/art.php?p=13979     © Gabinete de Inform. do Opus Dei na Internet

O chamamento do Senhor – a vocação – apresenta-se sempre assim: "Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-Me". Sim, a vocação exige renúncia, sacrifício. Mas que agradável acaba por ser o sacrifício ("gaudium cum pace", alegria e paz), se a renúncia é completa! (Sulco, 8)
Se consentires que Deus seja o senhor da tua nave, que Ele seja o amo, que segurança!..., mesmo quando a tempestade se levanta no meio das trevas mais escuras e parece que Ele se ausenta, que está a dormir, que não se preocupa. S. Marcos relata que os Apóstolos se encontravam nessas circunstâncias; e Jesus, vendo-os cansados de remar (porque o vento lhes era contrário), cerca da quarta vigília da noite foi ter com eles, andando sobre o mar... Tende confiança, sou eu, não temais. E subiu para a barca, para junto deles e cessou o vento.

Meus filhos, acontecem tantas coisas na terra...! Podia pôr-me a falar de penas, de sofrimentos, de maus tratos, de martírios – não tiro nem uma letra –, do heroísmo de muitas almas. Aos nossos olhos, na nossa inteligência, surge às vezes a impressão de que Jesus dorme, de que não nos ouve; mas S. Lucas narra como Nosso Senhor se comporta com os seus: Enquanto iam navegando, Jesus adormeceu e levantou-se uma tempestade de vento sobre o lago e a barca enchia-se de água e estavam em perigo. Aproximando-se dele, despertaram-no dizendo: Mestre, nós perecemos! Ele, levantando-se, increpou o vento e as ondas, que acalmaram e veio a bonança. Então disse-lhes: onde está a vossa fé?

Se nos dermos, Ele dá-se-nos. Temos de confiar plenamente no Mestre, temos de nos abandonar nas suas mãos sem mesquinhez; de lhe manifestar, com as nossas obras, que a barca é dele, que queremos que disponha à vontade de tudo o que nos pertence. (Amigos de Deus, 22)

PENSAMENTOS INSPIRADOS À PROCURA DE DEUS 265

À procura de Deus

Deus faz-se presente para ti!
E tu, fazes-te presente para Ele?

O mar calmo da tarde


Os velhos do Restelo, os jovens turcos e a eutanásia


A questão da eutanásia é tão velha como a própria reflexão ética sobre o agir humano e representa, consabidamente, um problema persistente na Bioética, para recorrer a uma designação proposta por Volnei Garrafa. De tempos a tempos, porém, sofre uma agudização, tomando sobretudo a forma mediática dos relatos emocionalmente tingidos de casos limite (dois na Espanha, um na França, um no Reino Unido) que obrigariam a uma renovação revolucionária do enquadramento legal da prática da eutanásia. Assim, neste contexto, surge uma proposta de consulta popular, sob forma de referendo, destinada a averiguar do sentido da opinião pública quanto à liceidade da morte provocada deliberadamente pelo médico, dando satisfação a um pedido insistente do seu doente, ao menos em situações ditas excepcionais. Perante esta a nosso ver insólita proposição, entendemos dever tomar uma clara e breve posição:
1. A vida humana é um valor constitucionalmente protegido: a lei fundamental afirma a sua inviolabilidade. Por isso, matar, seja em que condições for, constitui um grave atentado, sempre punível.
2. O símile com o abortamento provocado não colhe: a prática deste não foi considerada inconstitucional, por não se tratar, no entendimento maioritário dos membros do Tribunal Constitucional, de uma vida humana plenamente realizada (a não concordância com esta interpretação, que partilhamos com tantos outros, não põe em causa a validade da decisão do Tribunal).
3. A experiência dos países (Holanda e Bélgica) e do estado do Orégão, onde a eutanásia e/ou o suicídio assistido são admitidos pela lei, é abundante e prova que a adopção de regras que deveriam garantir a excepcionalidade da medida eutanasiante não evitou, em muitos casos, que fossem mortos indivíduos incapazes ou comatosos, e também crianças, sem pedido expresso nem consentimento e com base na solicitação apresentada por familiares ou tutores (ou até instituições de acolhimento).
4. Essa mesma experiência provou que os motivos invocados para a aplicação da eutanásia só muito excepcionalmente diziam respeito a situações dolorosas, predominando largamente os de cariz psicológico e social (cansaço de viver, solidão, falta de suporte emocional, desejo de não sobrecarregar os familiares, etc.). Ora, todas estas situações podem e devem ser corrigidas através da intervenção médica ou social.
5. De acordo com estes dados objectivos está a larga experiência clínica de um de nós
(J.C.S.) que, em milhares de casos de doença oncológica com desfecho fatal, só em situações raríssimas foi confrontado com pedido de eutanásia; sempre foi possível dissuadir o(a) doente, discutindo com ele(a) a situação, com respeito e compreensão, e traçando estratégias que, adoptadas, lhes permitiram percorrer com serenidade a última etapa da vida.
6. As dores intoleráveis, causadas por exemplo por situações neuropáticas de origem tumoral ou outra, são hoje tratáveis por terapias farmacológicas ou cirúrgicas e perfeitamente manejáveis pelas Unidades de Dor e pelos já numerosos médicos com particular competência nesta área fulcral, pelo que perde relevância a alegada existência de situações dolorosas intratáveis.
7. A classe médica, no seu conjunto, sempre recusou ser executora de pedidos de eutanásia, como se consigna no Juramento de Hipócrates, farol da deontologia médica há mais de mil e 500 anos, e no actual Código Deontológico, recentemente aprovado por unanimidade pelo Conselho Nacional Executivo da Ordem dos Médicos.
8. Os nossos doentes terminais têm direito a uma morte digna, medicamente assistida os cuidados paliativos, que urge desenvolver e alargar a todo o país, facultando acesso a todos os que deles necessitem, constituem uma solução para os raros casos de pedido de eutanásia e a sua implementação constitui um imperativo ético e serviço público ao bem comum.
Por todas estas razões, concluímos que não há necessidade ética de tornar lícita a eutanásia, nem de proceder a um referendo, mas antes de proceder à urgente implementação de uma rede de cuidados paliativos capaz de enfrentar os problemas de quem sofre, na fase final de uma vida. Esta é a morte assistida a que todos temos direito:
assistida por médicos e outros profissionais de saúde e, onde for possível, por familiares, amigos, ministros da religião professada, pessoas capazes de compaixão e solicitude.
Estas posições, que convictamente defendemos, classificam-nos, aos olhos de alguns, como velhos do Restelo, que fazem todos os esforços para que nada mude; para outros seremos talvez jovens turcos (nas ideias, não na idade) que tudo querem mudar (no tratamento da dor, no relevo atribuído aos cuidados paliativos, na compreensão do estado terminal pelos profissionais de saúde). Não importa, nem estamos dispostos a entrar em polémicas pouco produtivas e eivadas de (des)considerações pessoais; preferimos depor nesta causa nobre, com serenidade e convicção: a eutanásia não serve os interesses de ninguém.

josé cardoso da silva, Médico oncologista, ex-Director clínico do Instituto Português de Oncologia do Porto e ex-Presidente da Liga Portuguesa contra o Cancro; walter osswald, Professor aposentado da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. (Publicado no jornal “Notícias Médicas” em 2008.12.03)

Evangelho do dia e comentário








   T. Comum – XXVIII Semana





Evangelho: Lc 12, 8-12

8 Digo-vos: Todo aquele que Me confessar diante dos homens, também o Filho do Homem o confessará diante dos anjos de Deus. 9 Mas quem Me negar diante dos homens, será negado diante dos anjos de Deus. 10 «Todo aquele que falar contra o Filho do Homem, ser-lhe-á perdoado; mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado. 11 Quando vos levarem às sinagogas e perante os magistrados e autoridades, não estejais com cuidado de que modo respondereis, ou que direis, 12 porque o Espírito Santo vos ensinará, naquele mesmo momento, o que deveis dizer».

Comentário:

Os inimigos da Igreja – de Jesus Cristo – ficam sempre espantados com a simplicidade e clareza dos argumentos dos que defendem a sua fé.
Mais ainda quando essa atitude não tem em conta o perigo real para com a própria vida.
Mas, esse espanto e admiração, nunca os levam, que conste, a considerarem que são fanáticos ou loucos.
Evidentemente que não entendem que, o cristão é um valente, porque, a valentia lhe vem directamente de Jesus Cristo a Quem entregam a sua vida.

A coragem de ‘confessar’ a fé não nos vem de nós mesmos, não teríamos forças para tal já que à nossa debilidade humana repugna o sofrimento e a morte.

É-nos dada do Alto pelo mesmo Senhor da Vida e da Morte que prometeu nunca desamparar os Seus filhos.

(ama, comentário sobre Lc 12, 8-12, 2012.08.06)

Tratado sobre a conservação e o governo das coisas 29


Questão 109: Da ordem dos anjos maus.