Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
12/12/2019
Deus resiste aos soberbos
Caminho
certo de humildade é meditar como, mesmo carecendo de talento, de renome e de
fortuna, podemos ser instrumentos eficazes, se recorremos ao Espírito Santo
para que nos conceda os Seus dons. Os Apóstolos, apesar de terem sido
instruídos por Jesus durante três anos, fugiram espavoridos diante dos inimigos
de Cristo. Todavia, depois do Pentecostes, deixaram-se vergastar e encarcerar,
e acabaram dando a vida em testemunho da sua fé. (Sulco,
283)
Jesus
Cristo, Nosso Senhor, propõe-nos com muita frequência na sua pregação o exemplo
da sua humildade: aprendei de mim que sou manso e humilde de coração, para que
tu e eu aprendamos que não há outro caminho; que só o conhecimento sincero do
nosso nada é capaz de atrair sobre nós a graça divina. Por nós, Jesus veio
padecer fome e alimentar-nos, veio sentir sede e dar-nos de beber, veio
vestir-se da nossa mortalidade e vestir-nos de imortalidade, veio pobre para
nos tornar ricos.
Deus
resiste aos soberbos, mas aos humildes dá a sua graça, ensina o Apóstolo S.
Pedro. Em qualquer época, em qualquer situação humana, não existe – para viver
vida divina – senão o caminho da humildade. Será que o Senhor se regozija com a
nossa humilhação? Não. Que lucraria com o nosso abatimento Aquele que tudo
criou, e mantém e governa tudo o que existe? Deus só deseja a nossa humildade,
que nos esvaziemos de nós próprios para ele nos poder encher; pretende que não lhe
levantemos obstáculos, a fim de que – falando ao modo humano – caiba mais graça
sua no nosso pobre coração. Porque o Deus que nos inspira a ser humildes é o
mesmo que transformará o nosso corpo de miséria, fazendo-o semelhante ao seu
corpo glorioso, com aquele poder com que pode também sujeitar a si todas as
coisas. Nosso Senhor faz-nos seus, endeusa-nos com um endeusamento bom. (Amigos de Deus, nn. 97–98)
THALITA KUM 36
(Cfr. Lc 8, 49-56)
Seremos
pessoas que andamos pelo mundo preocupadas principalmente com a nossa vida, com
aquilo que temos, o que desejaríamos ter e, até, aquilo que julgamos que era
conveniente possuir?
Mergulhamos
profundamente nas preocupações que todos os dias nos surgem dos mais diversos
quadrantes e com diferentes matizes?
Os
outros são para nós meras visões passageiras de familiares, companheiros de
trabalho, pessoas com quem nos cruzamos ocasionalmente?
Detemo-nos
para pensar, uns momentos que sejam, no que realmente somos e pretendemos ser?
Colocamos
a “fasquia” alta ou acordamos numa rotineira actividade, sem grandes acidentes
de percurso, rasteira, chata, anónima?
Quando
é que, ao longo do dia nos ocorre esta realidade: Deus está aqui, ao meu lado,
no escritório, no automóvel, no consultório, no armazém, no…!
«Na intimidade
pessoal, na conduta externa, no convívio com os outros, no trabalho, cada um
há-de procurar manter-se numa contínua presença de Deus, com uma conversa – um
diálogo – que não se manifesta exteriormente.
Melhor dito, não se
exprime normalmente com ruído de palavras, mas há-de notar-se pelo empenho e
pela diligência amorosa com que acabamos bem as tarefas, tanto as importantes
como as insignificantes. Se não procedêssemos com essa constância, seríamos pouco
coerentes com a nossa condição de filhos de Deus, pois teríamos desperdiçado os
recursos que Nosso Senhor colocou providencialmente ao nosso alcance, para
chegarmos ao estado de homem perfeito, à medida da idade perfeita segundo
Cristo» [1]
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
Evangelho e comentário
Tempo do Advento
Nossa
Senhora de Guadalupe
Evangelho: Mt 11, 11-15
Naquele tempo, disse Jesus à multidão:
«Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não apareceu ninguém
maior do que João Baptista. Mas o mais pequeno no reino dos Céus é maior do que
ele. Desde os dias de João Baptista até agora, o reino dos Céus sofre violência
e são os violentos que se apoderam dele. Porque todos os profetas e a Lei
profetizaram até João. É ele, se quiserdes compreender, o Elias que estava para
vir. Quem tem ouvidos oiça».
Comentário:
Terão os ouvintes de Jesus percebido exactamente o que
lhes disse sobre João Baptista?
Talvez não e, por isso mesmo, o Senhor termina com um
apelo:
«Quem tem
ouvidos, oiça!»
Isto como se dissesse:
Perguntai o que não sabeis, esclarecei o que não
entenderdes, não vos fiqueis na dúvida, na interrogação, dando voltas à
imaginação.
Se quiserdes e assim pedirdes, tudo vos será explicado
com meridiana clareza.
(AMA
comentário sobre Mt 11, 11-15, 11.09.2017)
Leitura espiritual
Ef 1
Apresentação
–
1
Paulo, Apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, aos santos e fiéis em
Cristo Jesus que estão em Éfeso: 2 a vós, graça e paz da parte de Deus, nosso
Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
I.
A IGREJA E O EVANGELHO (1-3,3-21)
Deus
salva-nos por Cristo
3
Bendito seja o Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que no alto do Céu nos
abençoou com toda a espécie de bênçãos espirituais em Cristo. 4 Foi assim que
Ele nos escolheu em Cristo antes da fundação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis na sua presença, no amor. 5 Predestinou-nos para sermos
adoptados como seus filhos por meio de Jesus Cristo, de acordo com o
beneplácito da sua vontade, 6 para que seja prestado louvor à glória da sua
graça, que gratuitamente derramou sobre nós, no seu Filho bem amado. 7 É em
Cristo, pelo seu sangue, que temos a redenção, o perdão dos pecados, em virtude
da riqueza da sua graça, 8 que Ele abundantemente derramou sobre nós, com toda
a sabedoria e inteligência. 9 Manifestou-nos o mistério da sua vontade, e o
plano generoso que tinha estabelecido, 10 para conduzir os tempos à sua
plenitude: submeter tudo a Cristo, reunindo nele o que há no céu e na terra. 11
Foi também em Cristo que fomos escolhidos como sua herança, predestinados de
acordo com o desígnio daquele que tudo opera, de acordo com a decisão da sua
vontade, 12 para que nos entreguemos ao louvor da sua glória, nós, que
previamente pusemos a nossa esperança em Cristo. 13 Foi nele, ainda, que vós
ouvistes a palavra da verdade, o Evangelho que vos salva. Foi nele ainda que
acreditastes e fostes marcados com o selo do Espírito Santo prometido, 14 o
qual é garantia da nossa herança, para que dela tomemos posse, na redenção, para
louvor da sua glória.
Cristo,
plenitude do Universo –
15 Por
isso, também eu, desde que ouvi falar da vossa fé no Senhor Jesus e do vosso
amor para com todos os santos, 16 não cesso de dar graças a Deus por vós,
quando vos recordo nas minhas orações. 17 Que o Deus de Nosso Senhor Jesus
Cristo, o Pai a quem pertence a glória, vos dê o Espírito de sabedoria e vo-lo
revele, para o conhecerdes; 18 sejam iluminados os olhos do vosso coração, para
saberdes que esperança nos vem do seu chamamento, que riqueza de glória contém
a herança que Ele nos reserva entre os santos 19 e como é extraordinariamente
grande o seu poder para connosco, os crentes, de acordo com a eficácia da sua força
poderosa, 20 que eficazmente exerceu em Cristo: ressuscitou-o dos mortos e
sentou-o à sua direita, no alto do Céu, 21 muito acima de todo o Poder,
Principado, Autoridade, Potestade e Dominação e de qualquer outro nome que seja
nomeado, não só neste mundo, mas também no que há-de vir. 22 Sim, Ele tudo
submeteu a seus pés e deu-o, como cabeça que tudo domina, à Igreja, 23 que é o
seu Corpo, a plenitude daquele que tudo preenche em todos.
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Participar na Santa Missa.
Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.
Lembrar-me:
Comunhões espirituais.
Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
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