08/03/2012

Leitura espiritual para 08 de Março de 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.


Para ver, clicar SFF.

Sobre o casamento 8

S. Josemaria responde a dez perguntas sobre o matrimónio, o amor, o namoro, a fidelidade, a educação dos filhos, os principais valores para conseguir a unidade familiar, o que acontece quando não se têm filhos…


A infecundidade matrimonial – e a frustração que pode trazer consigo – é, por vezes, fonte de desavenças e incompreensões. Na sua opinião, que sentido devem dar ao casamento os esposos cristãos que não têm descendência?

Em primeiro lugar, dir-lhes-ei que não devem dar-se por vencidos com demasiada facilidade. É preciso pedir a Deus que lhes conceda descendência, que os abençoe - se for essa a sua vontade - como abençoou os Patriarcas do Antigo Testamento. Depois, é conveniente que recorram a um bom médico, elas e eles. Se, apesar de tudo, o Senhor não lhes dá filhos, não devem ver nisso nenhuma frustração, devem ficar satisfeitos, descobrindo nesse facto precisamente a Vontade de Deus em relação a eles. Muitas vezes, o Senhor não dá filhos porque pede mais. Pede que se tenha o mesmo esforço e a mesma entrega delicada ajudando o próximo, sem o júbilo bem humano de ter tido filhos. Não há, pois, motivo para se sentirem fracassados, nem para dar lugar à tristeza.

Se os esposos têm vida interior, compreenderão que Deus os insta, levando-os a fazer da sua vida um generoso serviço cristão, um apostolado diferente do que realizariam com os seus filhos, mas igualmente maravilhoso.

Que olhem à sua volta, e descobrirão imediatamente pessoas que necessitam de ajuda, de caridade e de carinho. Há, além disso, muitas ocupações apostólicas em que podem trabalhar. E, se sabem pôr o coração nessa tarefa, se se sabem dar generosamente aos outros, esquecendo-se de si próprios, terão uma fecundidade esplêndida, uma paternidade espiritual que encherá a sua alma de verdadeira paz.

As soluções concretas podem ser diferentes em cada caso, mas, no fundo, todas se reduzem a ocupar-se dos outros com afã de servir, com amor. Deus recompensa sempre aqueles que têm a generosa humildade de não pensarem em si mesmos, dando às suas almas uma profunda alegria.

(s. josemaria, Temas actuais do cristianismo, 96)

Presidente do P. Socialista espanhol tem um problema sério



por Roberto Esteban Duque

Descanso, encontro com Deus

Reflectindo

Às vezes convirá ir ao encontro da natureza, com as montanhas, com o mar e com a floresta. E, naturalmente, sempre será necessário que o descanso se encha de um conteúdo novo, o que dá o encontro com Deus: abrir os olhos da alma à Sua presença no mundo, abrir o ouvido interior à Sua palavra de verdade. [i]


[i] Btº. joão paulo ii, Angelus, 1980.07.20

St Louis Blues March

Glenn Miller - Quartet

Uma vez baptizados, somos todos iguais

Textos de São Josemaria Escrivá

Afirmas que vais compreendendo a pouco e pouco o que quer dizer "alma sacerdotal"... Não te zangues se te respondo que os factos demonstram que o compreendes apenas em teoria. Todos os dias te acontece o mesmo: ao anoitecer, no exame, tudo são desejos e propósitos; de manhã e à tarde, no trabalho, tudo são dificuldades e desculpas. Assim vives o "sacerdócio santo, para oferecer vítimas espirituais, agradáveis a Deus por Jesus Cristo"? (Sulco, 499)

Na Igreja há igualdade: uma vez baptizados, somos todos iguais, porque somos filhos do mesmo Deus, Nosso Pai. Como cristãos, não há qualquer diferença entre o Papa e a última pessoa a incorporar-se na Igreja. Mas esta igualdade radical não implica a possibilidade de mudar a constituição da Igreja, naquilo que foi estabelecido por Cristo. Por expressa vontade divina temos uma diversidade de funções, que comporta também uma capacidade diversa, um carácter indelével conferido pelo Sacramento da Ordem para os ministros sagrados. No vértice dessa ordenação está o sucessor de Pedro e, com ele, e sob ele, todos os bispos: com a sua tríplice missão de santificar, de governar e de ensinar.
Permitam-me que insista repetidamente: as verdades de fé e de moral não se determinam por maioria de votos, porque compõem o depósito – depositum fidei – entregue por Cristo a todos os fiéis e confiado, na sua exposição e ensino autorizado, ao Magistério da Igreja.
Seria um erro pensar que, pelo facto de os homens já terem talvez adquirido mais consciência dos laços de solidariedade que mutuamente os unem, se deva modificar a constituição da Igreja, para a pôr de acordo com os tempos. Os tempos não são dos homens, quer sejam ou não eclesiásticos; os tempos são de Deus, que é o Senhor da história. E a Igreja só poderá proporcionar a salvação às almas, se permanecer fiel a Cristo na sua constituição, nos seus dogmas, na sua moral. (Amar a Igreja n 30–31)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet
  

Pensamentos inspirados à procura de Deus

À procura de Deus

Digo que Maria é minha Mãe.

Mas vivo eu como um seu filho?

jma

Tratado sobre a Obra dos Seis Dias 40

Questão 49: Da causa do mal

Art. 3 – Se há um mal sumo, causa de todo mal.

(II Sent., dist. I, q. 1, a. 1, ad 1; dist. XXXIV, a. 1, ad 4; II Cont. Gent., cap. XLI; III, cap. XV; De Pot., q. 3, a. 6; Compend. Theol., cap. CXVII; Opusc. XV, De Angelis, cap. XVI; De Div. Nom., cap. IV, lect. XXII).

O terceiro discute-se assim. – Parece que há um mal sumo, causa de todo mal.

1. – Pois, efeitos contrários têm causas contrárias. Ora, há contrariedade nas coisas, segundo a Escritura (Ecle 33, 15): Contra o mal está o bem, e contra a morte a vida; assim também contra o homem justo o pecador. Logo, há dois princípios contrários, um do bem, outro do mal.

2. Demais. – Se um dos contrários está em a natureza das coisas, também o outro, como diz Aristóteles [1]. Ora, o sumo bem está em a natureza das coisas, pois ele é a causa de todo bem, como já antes se demonstrou [2]. Logo, também o mal sumo, que lhe é oposto, é causa de todo o mal.

3. Demais. – Como nas coisas há o bom e o melhor, assim também o mau e o pior. Ora, bem e o melhor se dizem pela relação com o óptimo. Logo, o mau e o pior pela relação com algum sumo mau.

4. Demais. – Tudo o que é por participação se reduz ao que é por essência. Ora, as coisas más para nós não são más por essência, mas por participação. Logo, deve haver algum mal sumo, causa de todo mal.

5. Demais. – Tudo o que é acidental se reduz ao que é essencial. Ora, o bem é causa do mal acidental. Logo, é necessário admitir algum mal sumo, causa essencial dos males. Nem se pode dizer que o mal não tenha causa por si, senão só acidente; porque daí resultaria que o mal não existe na maioria, mas só na minoria dos casos.

6. Demais. – O mal do efeito se reduz ao da causa, porque o efeito deficiente vem de causa deficiente, como já antes se disse [3]. Ora, não se pode ir até o infinito. Logo, é necessário admitir um primeiro mal, causa de todo mal.

Mas, em contrário, o sumo bem é causa de todo ser, como já antes se demonstrou [4]. Logo, não pode haver um princípio que lhe seja oposto e causa dos males.

Para ver a solução, clicar:

Evangelho do dia e comentário


Quaresma -  II Semana


Evangelho: Lc 16, 19-31 S. João de Deus

19 «Havia um homem rico que se vestia de púrpura e de linho fino e todos os dias se banqueteava esplendidamente. 20 Havia também um mendigo, chamado Lázaro, que, coberto de chagas, estava deitado à sua porta, 21 desejando saciar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico, e até os cães vinham lamber-lhe as chagas. 22 «Sucedeu morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico, e foi sepultado. 23 Quando estava nos tormentos do inferno, levantando os olhos, viu ao longe Abraão e Lázaro no seu seio. 24 Então exclamou: Pai Abraão, compadece-te de mim, e manda Lázaro que molhe em água a ponta do seu dedo para refrescar a minha língua, pois sou atormentado nestas chamas. 25 Abraão disse-lhe: Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida, e Lázaro, ao contrário, recebeu males; por isso ele é agora consolado e tu és atormentado. 26 Além disso, há entre nós e vós um grande abismo; de maneira que os que querem passar daqui para vós não podem, nem os daí podem passar para nós. 27 O rico disse: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à minha casa paterna, 28 pois tenho cinco irmãos, para que os advirta disto, e não suceda virem também eles parar a este lugar de tormentos. 29 Abraão disse-lhe: Têm Moisés e os profetas; oiçam-nos. 30 Ele, porém, disse: Não basta isso, pai Abraão, mas, se alguém do reino dos mortos for ter com eles, farão penitência. 31 Ele disse-lhe: Se não ouvem Moisés e os profetas, também não acreditarão, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos».

Comentário:  

Parece - pode parecer - que as razões da situação do rico e de Lázaro têm a ver com o que receberam em vida, o primeiro bens e, o segundo, males.

E...têm, só que não é tudo nem sequer o importante, o que contou foi a atitude de cada um.

Ao rico, os muitos bens impediram-no de ver o pobre à sua porta e, ignorando-o, não lhe prestou qualquer assistência - nem sequer lhe dava as migalhas que caíam da sua farta mesa - numa demonstração de desprezo pelos outros.

Ao pobre, as provações e dificuldades não o tornaram nem reindivicativo nem revoltado, -  nem sequer afastava os cães que vinham lamber-lhe as feridas - e manteve a serena aceitação do seu estado.

(ama, comentário sobre Lc 16, 19-31,  2011.03.24)

Quatro dogmas (demonstráveis?) nos quais até os ateus acreditam. 5

Crença 4 - A noção de auto consciência

É a que indica a um racionalista e a um crente que existem. Posso pensar que tudo é uma ilusão, mas todavia continuo estando comigo mesmo: com o ente que está abrigando essa ilusão. A auto consciência presume que há um eu, independentemente do que possa ser esse eu. Eu sei que existo, inclusive ainda que pretenda não estar seguro de tudo o resto.

Um ateu o céptico razoável e um qualquer cristão estarão de acordo nestas 4 coisas, e parecer-lhes-ão razoáveis e evidentes, ainda que bastante indemonstráveis.

(j. cadarso / p. j. ginés, trad ama)