PEQUENA AGENDA DO
CRISTÃO
Quarta-Feira
(Coisas
muito simples, curtas, objectivas)
Propósito: Simplicidade e modéstia.
Senhor,
ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no
meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de
grandeza e proeminência.
Lembrar-me: Do meu Anjo da Guarda.
Senhor,
ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão
excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas
alegrias e entristece-se com as minhas faltas.
Anjo
da minha Guarda, perdoa-me a falta de corres-pondência ao teu interesse e
protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na
retribuição de tantos favores recebidos.
Pequeno
exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?
LEITURA ESPIRITUAL
Evangelho
Prisão de Jesus
1
Tendo dito estas coisas, Jesus saiu com os discípulos para o outro lado da
torrente do Cédron, onde havia um horto, e ali entrou com os seus discípulos. 2
Judas, aquele que o ia entregar, conhecia bem o sítio, porque Jesus se reunia
ali frequentemente com os discípulos. 3 Judas, então, guiando o destacamento
romano e os guardas ao serviço dos sumos sacerdotes e dos fariseus, munidos de
lanternas, archotes e armas, entrou lá. 4 Jesus, sabendo tudo o que lhe ia
acontecer, adiantou-se e disse-lhes: «Quem buscais?» 5 Responderam-lhe: «Jesus,
o Nazareno.» Disse-lhes Ele: «Sou Eu!» E Judas, aquele que o ia entregar,
também estava junto deles. 6 Logo que Jesus lhes disse: ‘Sou Eu!’, recuaram e
caíram por terra. 7 E perguntou-lhes segunda vez: «Quem buscais?» Disseram-lhe:
«Jesus, o Nazareno!» 8 Jesus replicou-lhes: «Já vos disse que sou Eu. Se é a
mim que buscais, então deixai estes ir embora.» 9 Assim se cumpria o que
dissera antes: ‘Dos que me deste, não perdi nenhum.’ 10 Nessa altura, Simão
Pedro, que trazia uma espada, desembainhou-a e arremeteu contra um servo do
Sumo Sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O servo chamava-se Malco. 11 Mas
Jesus disse a Pedro: «Mete a espada na bainha. Não hei-de beber o cálice de
amargura que o Pai me ofereceu?»
Jesus diante do Sinédrio
12
Então, o destacamento, o comandante e os guardas das autoridades judaicas
prenderam Jesus e manietaram-no. 13 E levaram-no primeiro a Anás, porque era
sogro de Caifás, o Sumo Sacerdote naquele ano. 14 Caifás era quem tinha dado
aos judeus este conselho: ‘Convém que morra um só homem pelo povo’.
Pedro nega Jesus
15
Entretanto, Simão Pedro e outro discípulo foram seguindo Jesus. Esse outro
discípulo era conhecido do Sumo Sacerdote e pôde entrar no seu palácio ao mesmo
tempo que Jesus. 16 Mas Pedro ficou à porta, de fora. Saiu, então, o outro
discípulo que era conhecido do Sumo Sacerdote, falou com a porteira e levou
Pedro para dentro. 17 Disse-lhe a porteira: «Tu não és um dos discípulos desse
homem?» Ele respondeu: «Não sou.» 18 Lá dentro estavam os servos e os guardas,
de pé, aquecendo-se à volta de um braseiro que tinham acendido, porque fazia
frio. Pedro ficou no meio deles, aquecendo-se também.
Comentário
O Evangelista relata o que ele próprio assistiu e no
Versículo 6 descreve: «Logo
que Jesus lhes disse: ‘Sou Eu!’, recuaram e caíram por terra».
Compreendo que a revelação de Quem É como que
esmaga os que perguntam, não conseguem compreender a Verdade quando a constatam.
Dizer a verdade em qualquer circunstância, mesmo
naquelas em que tal possa implicar umas consequências nefastas é obrigação de
um cristão.
Não o conseguiremos se não pedirmos ao Divino
Espírito Santo que, como Cristo prometeu, ponha na nossa boca o que havemos de
dizer.
(AMA, 2021)
VIRTUDES
A virtude da esperança corresponde ao desejo de
felicidade que Deus colocou no coração de todo o homem. (Catecismo, 1818), purifica-o
e eleva-o; protege-o do desalento; dilata-lhe o coração na espera da
bem-aventurança eterna; preserva-o do egoísmo e condu-lo à alegria (cf. Concílio de Trento: DS 1545).
REFLEXÃO
Exame
pessoal 7
Há
que ter algum cuidado neste aspecto do propósito.
Talvez
possa haver uma intenção sincera de o levar a termo mas é necessário que esse
propósito seja muito concreto fugindo às generalidades.
E
também simples para ser exequível.
Pode
ser um propósito composto, isto é, a levar a cabo por fazes, com tempo, não
pretender que seja tudo feito imediatamente como um objectivo que em vez de ser
"acessível" se converta num fardo difícil de levar.
(AMA, 2018)
SÃO JOSEMARIA –
textos
Constância, que nada te desoriente
O desalento é inimigo da tua
perseverança. - Se não lutares contra o desalento, chegarás ao pessimismo,
primeiro, e à tibieza, depois. - Sê optimista. (Caminho, 988)
Constância, que nada desoriente. -
Faz-te falta. Pede-a ao Senhor e faz o que puderes para a obter; porque é um
grande meio para te não separares do fecundo caminho que empreendeste. (Caminho, 990)
Não podes "subir". - Não é de
estranhar: aquela queda!... Persevera e "subirás". - Recorda o que
diz um autor espiritual: a tua pobre alma é um pássaro que ainda tem as asas
empastadas de lama. É preciso muito calor do céu e esforços pessoais, pequenos
e constantes, para arrancar essas inclinações, essas imaginações, esse
abatimento, essa lama pegajosa das tuas asas. E ver-te-ás livre. - Se
perseverares, "subirás". (Caminho,
991)
Dá graças a Deus, que te ajudou, e
rejubila com a tua vitória. - Que alegria tão profunda, a que sente a tua alma
depois de ter correspondido! (Caminho,
992)