01/04/2011

Sobre a família 9

continuação

Mas na família também se deve pensar na forma de reforçar a amizade entre os cônjuges. Com frequência, as discussões no seio do casal costumam ter origem em problemas de comunicação. As causas podem ser muito variadas; uma diferente forma de ver as coisas, ter permitido que a rotina se apodere do dia-a-dia, deixar que saia de rompão um momento de mau humor… Em qualquer caso, perde-se o fio do diálogo.
É preciso examinar-se, pedir desculpa e perdoar. Se eu tivesse de dar um conselho aos pais, dar-lhes-ia sobretudo este: que os vossos filhos vejam (não tenhais ilusões: desde crianças, vêem tudo e julgam-no) que procurais viver de acordo com a vossa fé, que Deus não está só nos vossos lábios, que está nas vossas obras; que vos esforçais por serdes sinceros e leias, que vos amais e os amais a eles realmente. [i]


Cont/



[i] J.M. Barrio e J.M. Martín
© 2011, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Criação, Fé e Ciência

Observando
Li numa entrevista a Karl Giberson, interessante tanto pela sua clareza como pela decidida vontade de abordar os problemas, Giberson é físico e teólogo, autor de publicações de referência no estudo Fé-Ciência. Uma muito conhecida é "The Oracles of the Science". É director de um Foro sobre Fé e Ciência e vice-presidente da Fundação Biólogos, que criou conjuntamente com Francis Collins, responsável do projecto Genoma Humano. Edita a revista Science&Religion Today. Tomo estes dados da revista Nuestro Tiempo, que publica a citada entrevista, para anotar que não estamos ante um cristão simplesmente voluntarioso.
Acerca das actuais relações Fé-Ciência, Giberson afirma que o avanço da ciência a facilita para uns, enquanto é dificulta para outros.  Certos cristãos muito combativos tornam-no difícil com a teoria da evolução, e alguns cientistas que se proclamam os "novos ateus" porque – segundo dizem - a ciência substituiu a religião até tal ponto que é necessário aboli-la. Algo assim é o universo determinista de Laplace a respeito de Deus. Laplace faz desse universo um gigantesco maquinismo que opera eternamente e nela o movimento está prescrito para sempre. Por isso se atreveu a declarar: Já não necessito mais da hipótese de Deus.

Cont/

alfonso alguiló 2011.03.28, in conoZe.com, trad ama

Diálogos apostólicos

Diálogos



Há muito que o sabes:

Vens falar comigo para ouvir o que te convém entender e não o que desejarias escutar.

Se queres ouvir louvores e aplausos sabes onde ir:

Àqueles que acham que vale tudo, que tudo é bom e o que é preciso é ser feliz seja lá como for.

Pois…mas, eu não sou desses…

AMA, 2011.04.01

Católicos complexados 3

Observando

continuação

Voltemos à pergunta: o que é ser cristão? E a primeira coisa que permanece clara é que não somos seguidores duma palavra morta, mas sim discípulos do Deus vivo, que por obra do Espírito Santo são identificados com esse Verbo encarnado, com Cristo, para ser e actuar como filhos de Deus. Escreve São Paulo aos romanos: "os que são guiados pelo Espírito de Deus, estes são filhos de Deus". E um pouco mais à frente acrescenta que a criação espera ansiosa a manifestação dos filhos de Deus. Tal pode não se entender ou não se acreditar por carecer do dom da fé, mas um cristão é outro Cristo - um filho de Deus em Cristo pela força do Espírito - que toda a criação espera com dores de parto - diz graficamente o Apóstolo - até ver Cristo formado e actuando em cada um, para que, sem complexos, viva com a maior honradez possível o que em verdade é, algo não realizável sem a graça de Deus e sem a liberdade humana. Com esta forte razão teológica, afirmou o fundador do Opus Dei: "o que não se sabe filho de Deus, desconhece a sua verdade más íntima". Aí radica a identidade cristã e daí deriva o nosso comportamento apropriado. O mesmo São Josemaria indicava numa entrevista - recolhida em "Conversaciones con Monseñor Escrivá de Balaguer" - que essa verdade de ser filho de Deus em Cristo há-de de penetrar a vida inteira, há-de dar sentido ao trabalho, ao descanso, à amizade, à diversão, a tudo. "Não podemos ser filhos de Deus só por momentos, ainda que haja uns momentos dedicados a considerá-lo, a penetrar-nos desse sentido da nossa filiação divina, que é a medula da piedade". Conhecer a verdade não tira a liberdade, dá-a. A liberdade perde-se na ignorância.
Cont/
pablo cabellos llorente, in ConoZe.com, trad ama

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“Se alguém não luta...”

A alegria é um bem cristão, que possuímos enquanto lutarmos, porque é consequência da paz. A paz é fruto de ter vencido a guerra, e a vida do homem sobre a terra, lemos na Escritura Santa, é luta. (Forja, 105)

A tradição da Igreja sempre se referiu aos cristãos como milites Christi, soldados de Cristo; soldados que dão serenidade aos outros enquanto combatem continuamente contra as suas próprias más inclinações. Às vezes, por falta de sentido sobrenatural, por uma descrença prática, não querem compreender de forma alguma como milícia a vida na Terra. Insinuam maliciosamente que, se nos consideramos milites Christi, há o perigo de utilizarmos a fé para fins temporais de violência, de sedições. Esse modo de pensar é um triste e pouco lógico simplismo, que costuma andar unido ao comodismo e à cobardia.
Nada há de mais estranho à fé católica do que o fanatismo. Este conduz a estranhas confusões, com os mais diversos matizes, entre o que é profano e o que é espiritual. Tal perigo não existe, se a luta se entende como Cristo no-la ensinou, isto é, como guerra de cada um consigo mesmo, como esforço sempre renovado por amar mais a Deus, por desterrar o egoísmo, por servir todos os homens. Renunciar a esta contenda, seja com que desculpa for, é declarar-se de antemão derrotado, aniquilado, sem fé, com a alma caída e dissipada em complacências mesquinhas.
Para o cristão, o combate espiritual diante de Deus e de todos os irmãos na fé é uma necessidade, uma consequência da sua condição. Por isso, se alguém não luta, está a trair Jesus Cristo e todo o Corpo Místico, que é a Igreja. (Cristo que passa, 74)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Temas para a Quaresma 24


Tempo de Quaresma

Continuação

Jejum e abstinência

2. O jejum é a forma de penitência que consiste na privação de alimentos. Na disciplina tradicional da Igreja, a concretização do jejum fazia-se limitando a alimentação diária a uma refeição, embora não se excluísse que se pudesse tomar alimentos ligeiros às horas das outras refeições.

Ainda que convenha manter-se esta forma tradicional de jejuar, contudo os fiéis poderão cumprir o preceito do jejum privando-se de uma quantidade ou qualidade de alimentos ou bebidas que constituam verdadeira privação ou penitência.

Cont./

snl, 2011.04.01

Sejam mártires na construção de uma Cultura da Vida

Duc in altum

Dirigindo-se recentemente ao laicado da diocese de Fargo no North Dakota, o Arcebispo Charles Chaput, da Arquidiocese de Denver, propôs um desafio aos defensores da vida – pró-lifers – a serem mártires pela causa de construção de uma cultura da vida.
«Disse que seria simples, não disse que seria fácil»

LifeSiteNews, FARGO, North Dakota, March 2, 2011 (trad ama)






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Cardeal visitou José Alencar várias vezes


Observando

SÃO PAULO, quarta-feira, 30 de Março de 2011 (ZENIT.org) - O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, destacou a coragem e perseverança do ex-vice-presidente do Brasil José Alencar e afirmou que ele deixa ao povo um grande exemplo de valorização da vida.

“Sua figura edifica o povo brasileiro”,  disse o cardeal, em entrevista colectiva na Cúria Metropolitana, no início da noite dessa terça-feira, momentos depois da notícia da morte do político e empresário brasileiro.

Segundo informa a arquidiocese de São Paulo, Dom Odilo falou por telefone com a esposa de Alencar, Mariza Campos Gomes da Silva, e com um dos três filhos do casal, Josué Christiano, transmitindo seu pesar e solidariedade. Eles pediram que Dom Odilo celebre a missa de sétimo dia, que foi marcada para o dia 9 de Abril, às 12h, na Catedral da Sé.

Ao falar com os jornalistas, o cardeal contou que visitou várias vezes o ex-vice-presidente durante seu longo tratamento. “Sempre foram visitas religiosas, nas quais ele recebia os sacramentos da Igreja”.

O arcebispo recordou a última visita que fez a Alencar, em Fevereiro, ressaltando a frase dita por ele várias vezes, “se eu morrer agora, está bom demais”.

Dois grandes aspectos destacados por Dom Odilo como exemplares no ex-vice-presidente eram o gosto pelo trabalho e o amor à família.

“Ele [José Alencar] foi um grande trabalhador e empreendedor”. O cardeal contou que testemunhou seu amor à família, sobretudo quando celebrou, há dois anos, no hospital, a bodas de ouro do casal José Alencar e Mariza.

INFORMAÇÕES MUITO BREVES   [De vez em quando] 31.03.2011

Oração de S. Francisco

The Prayer (of St. Francis of Assisi) – Sara MacLachlan



Pureza e sexualidade cont. 3

Acredito, apesar de tudo, que um olhar mais atento à hierarquia no âmbito do universo físico fornece uma pista. No estrato mais baixo da hierarquia encontramos o nível mineral, que é caracterizado pelas mudanças físicas e químicas. Quando a matéria sem vida reage com outros elementos, podem ocorrer mudanças substâncias ou químicas, e quando estas acontecem, ambas substâncias deixam de ser o que eram e tornam-se algo completamente diferente, por exemplo, hidrogénio e oxigénio deixam de ser o que são e convertem-se numa substância completamente diferente, nomeadamente, água.
Mas mais elevado está o nível vegetal, ou seja, o nível das coisas vivas. A actividade mais fundamental a este nível é a nutrição, noa qual a coisa viva tomará para si matéria não viva, transformando-a a matéria viva. Como resultado, a coisa viva cresce. O que é diferente nesta actividade nutritiva das primeiras, ou seja, mudança química no nível mineral, consiste em que a planta continua a ser o que é, enquanto os minerais cessam de ser o que eram. Água e sais do solo, por exemplo, os quais são matéria não viva, uma vez incorporados na planta são transformados em partes vivas de um todo vivo. A planta tem uma maior estabilidade e a sua actividade é imanente, como oposta à actividade meramente transitória das coisas não vivas.

Cont./
(P. DOUGLAS MCMANAMAN, Knowledge and Purity, trad ama)


Doutrina - O que é a castidade?

Conta, peso e medida


A virtude da pureza ou castidade é o hábito de usar o sexo correctamente. 


A castidade modera as apetências sexuais para que sejam razoáveis. 


É uma virtude importante que capacita para amar. 


Se se deteriora, surgem graves consequências para a dignidade humana e para a família. 


A castidade pode viver-se em três situações:


                                individualmente, no noivado e no matrimónio.

(ideasrapidas, trad ama)

2011.04.01

Confidências de alguém - 1

Confidências de Alguém
Deus vê e ouve a cada momento tudo quanto faço e digo.

Esta realidade em que acredito firmemente, deve levar-me a ter constantemente no meu espírito, esta presença real do Senhor e a condicionar a minha vida a este facto importantíssimo.
Se eu conseguir ter o meu espírito liberto de outras coisas, de forma que esta presença de Deus se instale como uma lembrança permanente, eu conduzir-me-ei como se estivesse numa Igreja, em frente do Sacrário.
Na Igreja, em frente do Sacrário, não sou capaz de gestos indecorosos, de proferir impropérios, de atitudes menos dignas, enfim, ser-me-á impossível, conduzir-me de outra forma que não seja compenetradamente consciente que estou na presença de Deus.
É esta atitude de permanente vigilância que devo manter e fazer o possível por construir dentro de mim.
Se o conseguir, não ofenderei a Deus, não cometerei actos que não sejam dignos da presença do Senhor, não proferirei palavras que o Senhor não possa ouvir, não falarei de coisas que o Senhor não goste, não murmurarei ou farei considerações sobre quem não está presente, sabendo de antemão que o Senhor não gosta que eu murmure.
Não serei orgulhoso nem soberbo, actuarei com humildade assumindo a responsabilidade dos meus actos, conduzindo-me com correcção mesmo nos momentos ou ocasiões mais adversas.
O Senhor sabe que sou fraco e que, embora tente e me esforce por tornar realidade esta interiorização do Senhor em mim, esquecer-me-ei inúmeras vezes.

Constantemente hei-de rodear-me de subterfúgios, de coisas inúteis e dispensáveis, de pretextos para não tornar real essa presença divina.
Tendo, como tenho, a carne fraca e a vontade quebradiça, cometerei faltas e pecados inúmeras vezes.
O Senhor sentir-se-á ofendido vezes sem conta, com as minhas faltas e os meus esquecimentos.
Mas não posso eu sozinho, fraco e pecador como sou, atingir esse desiderato, sem a ajuda constante do Senhor, não conseguirei dar um ritmo certo, uma linha recta de orientação, à minha vida.
Só com a bondade do meu Senhor, posso, passo a passo, ir construindo uma mentalidade, uma maneira de viver cada momento, que efectivamente torne a presença do Senhor em mim tão viva que não possa mais viver sem esta presença real e constante.


Assim, poderei, sem dúvida, oferecer ao Senhor o meu dia, com tudo o que ele contém, pois não haverá nele nada que tenha de esconder do Senhor.

Nota de AMA: 
Estas “confidências” têm, obviamente, um autor, que não se revela; foram feitas em tempo indeterminado, por isso não se lhes atribui a data. O estilo é discursivo revela, obviamente, que se tratam de meditações escritas ao correr da pena. A sua publicação deve-se a ter considerado que, nelas se encontram muitas situações e ocorrências que fazem parte do quotidiano que, qualquer um, pode viver.




Tema para breve reflexão - Harmonia da Criação

Tema para breve reflexão


Era tão grande o vigor da primeiríssima harmonia do homem, que nem as paixões se podiam desordenar, nem o corpo separar-se da alma e experimentar a corrupção.

(i. Celaya, Unidad de vida y plenitud cristiana, em Vivir como hijos de Dios, nr. 96-97, trad ama)

2011.01.04

Evangelho do dia e comentário

Quaresma - III Semana

Evangelho: Mc 12, 28-34

28 Então aproximou-se um dos escribas, que os tinha ouvido discutir. Vendo que Jesus lhes tinha respondido bem, perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?». 29 Jesus respondeu-lhe: «O primeiro de todos os mandamentos é este: “Ouve, Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. 30 Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças”. 31 O segundo é este: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Não há outro mandamento maior do que estes». 32 Então o esriba disse-Lhe: «Mestre, disseste bem e com verdade que Deus é um só, e que não há outro fora d'Ele; 33 e que amá-l'O com todo o coração, com todo o entendimento, com toda a alma, e com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, vale mais que todos os holocaustos e sacrifícios». 34 Vendo Jesus que tinha respondido sabiamente, disse-lhe: «Não estás longe do reino de Deus». Desde então ninguém mais ousava interrogá-l'O.

Comentário:

É bem patente, neste trecho do Evangelho, o que na verdade é o Reino de Deus: O Amor!

Porque, Deus que é o Amor, não poderia ter um reino diferente.

Para pertencer ao Reino há que amar, a sério, Deus e a principal e obra da Sua Criação: os homens!

Não há outro caminho!

Amar, que é a capacidade que o homem tem de se dar a si mesmo, é, pois, a única “credencial” verdadeiramente válida para se ser, de pleno direito, súbdito desse Reino.

(ama, comentário  sobre Mc 12, 28-34, 2011.02.28)