Sexta-Feira
PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO
PLANO DE VIDA: (Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito: Pequena mortificação
Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?
LEITURA ESPIRITUAL
Evangelho
1 Ao terceiro dia, celebrava-se uma boda
em Caná da Galileia e a mãe de Jesus estava lá. 2 Jesus e os seus discípulos
também foram convidados para a boda. 3 Como viesse a faltar o vinho, a mãe de
Jesus disse-lhe: ‘Não têm vinho!’ 4 Jesus respondeu-lhe: Mulher, que tem isso a
ver contigo e comigo? Ainda não chegou a minha hora. 5 A Sua mãe disse aos
serventes: ‘Fazei o que Ele vos disser!’ 6 Ora, havia ali seis vasilhas de
pedra preparadas para os ritos de purificação dos judeus, com capacidade de
duas ou três medidas cada uma. 7 Disse-lhes Jesus: Enchei as vasilhas de água.
8 Eles encheram-nas até cima. Então ordenou-lhes: Tirai agora e levai ao chefe
de mesa. 9 E eles assim fizeram. O chefe de mesa provou a água transformada em
vinho, sem saber de onde era - se bem que o soubessem os serventes que tinham
tirado a água; chamou o noivo 10 e disse-lhe: ‘Toda a gente serve primeiro o
vinho melhor e, depois de terem bebido bem, é que serve o pior. Tu, porém,
guardaste o melhor vinho até agora!’ 11 Assim, em Caná da Galileia, Jesus
realizou o primeiro dos seus sinais miraculosos, com o qual manifestou a sua
glória, e os discípulos creram nele. 12 Depois disto, desceu a Cafarnaúm com
sua mãe, os irmãos e os seus discípulos, e ficaram ali apenas alguns dias.
Expulsão dos vendilhões do Templo
13
Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. 14 Encontrou no
templo os vendedores de bois, ovelhas e pombas, e os cambistas nos seus postos.
15 Então, fazendo um chicote de cordas, expulsou-os a todos do templo com as
ovelhas e os bois; espalhou as moedas dos cambistas pelo chão e derrubou-lhes
as mesas; 16 e aos que vendiam pombas, disse-lhes: Tirai isso daqui. Não façais
da Casa de meu Pai uma feira. 17 Os seus discípulos lembraram-se do que está
escrito: O zelo da tua casa me devora. 18 Então os judeus intervieram e
perguntaram-lhe: ‘Que sinal nos dás de poderes fazer isto?’ 19 Declarou-lhes
Jesus, em resposta: Destruí este templo, e em três dias Eu o levantarei! 20
Replicaram então os judeus: ‘Este levou templo quarenta e seis anos a
construir, e Tu vais levantá-lo em três dias?’ 21 Ele, porém, falava do templo
que é o seu corpo. 22 Por isso, quando Jesus ressuscitou dos mortos, os seus
discípulos recordaram-se de que Ele o tinha dito e creram na Escritura e nas
palavras que tinha proferido. 23 Enquanto Ele estava em Jerusalém,
durante as festas da Páscoa, muitos ao verem os sinais miraculosos que
realizava creram nele. 24 Mas Jesus não se fiava deles, porque os conhecia a
todos 25 e não precisava que ninguém o elucidasse acerca das pessoas, pois
sabia o que havia dentro delas.
Comentário
Jesus Cristo inicia a Sua vida pública com um
milagre a pedido de Sua Mãe. Ela não pode deixar de acorrer ás necessidades dos
outros mesmo que estas, como neste caso, seja evitar uma situação delicada de
vergonha para uns noivos: Faltar o vinho na Boda!
Pela Sua resposta ao reparo da Sua Mãe é notório
que não resiste aos seus pedidos sejam quais forem.
Fica pois claro para todos nós, homens, a quem
recorrer no que precisarmos ou julgamos nos convém.
Se o pedido é justo Ela o levará a seu Filho que
não deixará de o atender.
(AMA, 2021)
SÃO JOSÉ
Ano
de São José
A
figura de São José no Evangelho
O
católico, assumindo tudo isto, saberá fazer da sua vida diária um testemunho de
Fé, de Esperança e de Caridade; testemunho simples, normal, sem necessidade de
manifestações aparatosas, pondo de manifesto - com a coerência da sua vida - a
presença constante da Igreja no mundo, visto que todos os católicos são, eles
mesmos, Igreja, pois são membros, com pleno direito, do único Povo de Deus. (São
Josemaria, Cristo que passa, 53)
REFLEXÃO
Exame
pessoal 3
Não
tenho outro remédio, tenho de fazer exame!
Penso
que fazer exame é um acto sério que define a consciência e o carácter da pessoa.
Não o fazer equivale a considerar-se ou perfeito - e a perfeição não se examina
- ou estar completamente desinteressado da vida que se leva, do impacto ou
influência que os nossos actos podem ter nos outros, indiferença pelas escolhas
dos caminhos ou decisões que se tomam, enfim, viver como um irracional que,
como se sabe, não pensa. Mas, fazer exame não significa um escalpelizar da
personalidade à procura de erros, defeitos, vícios, mau procedimento. É,
também, verificar o que está bem e que pode eventualmente melhorar e, este
aspecto do exame é, seguramente, tão importante como o outro.
(AMA,
2018)
SÃO JOSEMARIA – textos
Descobrir
a misericórdia divina
Outra queda... e que
queda!... Desesperar-te?... Não; humilhar-te e recorrer, por Maria, tua Mãe, ao
Amor Misericordioso de Jesus. — Um «miserere» e coração ao alto! — A começar de
novo. (São
Josemaria, Caminho, 711).
Se lerdes as Santas
Escrituras, descobrireis constantemente a presença da misericórdia de Deus:
enche a terra, estende-se a todos os seus filhos, super omnem carnem; cerca-nos, antecede-nos, multiplica-se para nos
ajudar e foi continuamente confirmada. Deus tem-nos presente na sua
misericórdia, ao ocupar-se de nós como Pai amoroso. É uma misericórdia suave,
agradável, como a nuvem que se desfaz em chuva no tempo da seca. Jesus Cristo
resume e compendia toda a história da misericórdia divina: Bem-aventurados os
misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. E, noutra ocasião: Sede pois
misericordiosos como também vosso Pai é misericordioso. Ficaram também muito
gravadas em nós, entre muitas outras cenas do Evangelho, a clemência com a
mulher adúltera, a parábola do filho pródigo, a da ovelha perdida, a do devedor
perdoado, a ressurreição do filho da viúva de Naim. Quantas razões de justiça
para explicar este grande prodígio! Era o filho único daquela pobre viúva; era
ele quem dava sentido à sua vida; só ele poderia ajudá-la na sua velhice! Mas
Cristo não faz o milagre por justiça; fá-lo por compaixão, porque interiormente
se comove perante a dor humana. Que segurança deve produzir-nos a comiseração
do Senhor! Se ele clamar por mim, ouvi-lo-ei, porque sou misericordioso. É um
convite, uma promessa que não deixará de cumprir. Aproximemo-nos, pois,
confiadamente do trono da graça a fim de alcançar misericórdia e o auxílio da
graça, no tempo oportuno. Os inimigos da nossa santificação nada poderão,
porque essa misericórdia de Deus nos defende. E se caímos por nossa culpa e da
nossa fraqueza, o Senhor socorre-nos e levanta-nos. Tinhas aprendido a afastar
a negligência, a afastar de ti a arrogância, a adquirir piedade, a não ser prisioneiro
das questões mundanas, a não preferir o caduco ao eterno. Mas, como a
debilidade humana não pode manter o passo decidido num mundo resvaladiço, o bom
médico indicou-te também os remédios contra a desorientação e o juiz
misericordioso não te negou a esperança do perdão.
(Cristo que passa, 7)