24/06/2017

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Leitura espiritual Amar a Igreja



Amar a Igreja


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Gens Sancta, povo santo, composto por criaturas com misérias.

Esta aparente contradição marca um aspecto do mistério da Igreja.

A Igreja, que é divina, é também humana, porque está formada por homens e os homens têm defeitos:

omnes homines terra et Cinis, todos somos pó e cinza.

Nosso Senhor Jesus Cristo, que funda a Santa Igreja, espera que os membros deste povo se empenhem continuamente em adquirir a santidade.

Nem todos respondem com lealdade à sua chamada.

Por isso, na Esposa de Cristo pode encontrar-se, ao mesmo tempo, a maravilha do caminho de salvação e as misérias daqueles que o percorrem.

O Divino Redentor dispôs que a comunidade por Ele fundada, fosse uma sociedade perfeita no seu género e dotada de todos os elementos jurídicos e sociais, para perpetuar neste mundo a obra da Redenção...

Se na Igreja se descobre alguma coisa que manifeste a debilidade da nossa condição humana, não deve atribuir-se à sua constituição jurídica, mas antes à deplorável inclinação dos indivíduos para o mal; inclinação que o seu Divino Fundador permite mesmo nos mais altos membros do Corpo Místico, para que seja provada a virtude das ovelhas e dos pastores, e para que em todos aumentem os méritos da fé cristã.

Essa é a realidade da Igreja, agora e aqui.

Por isso, é compatível a santidade da Esposa de Cristo com a existência de pessoas com defeitos no seu seio.

Cristo não excluiu os pecadores da sociedade por Ele fundada.

Se, portanto, alguns membros se encontram achacados com doenças espirituais, nem por isso deve diminuir o nosso amor à Igreja.

Pelo contrário, há-de até aumentar a nossa compaixão pelos seus membros.

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Demonstraria pouca maturidade aquele que, na presença de defeitos e misérias que encontrasse em alguma pessoa pertencente à Igreja - por mais alto que estivesse colocada em virtude da sua função -, sentisse diminuir a sua fé na Igreja e em Cristo.

A Igreja não é governada por Pedro, João ou Paulo; é governada pelo Espírito Santo e o Senhor prometeu que permanecerá a seu lado todos os dias, até à consumação dos séculos.

Escutai o que diz São Tomás, que tanto se debruçou sobre este ponto, a respeito da recepção dos Sacramentos, que são causa e sinal da graça santificante: o que se abeira dos Sacramentos, recebe-os certamente do ministro da Igreja, não enquanto é tal pessoa, mas enquanto ministro da Igreja.

Por isso, enquanto a Igreja lhe permitir exercer o seu ministério, o que receber das suas mãos o Sacramento, não participa do pecado do ministro indigno, mas comunica com a Igreja, que o tem por ministro.

Quando o Senhor permitir que a fraqueza humana apareça, a nossa reacção há-de ser a mesma que teríamos se víssemos a nossa mãe doente ou tratada com frieza.

Amá-la mais, ter para com ela mais manifestações externas e internas de carinho.

Se amamos a Igreja, nunca aparecerá em nós o interesse mórbido de pôr à mostra, como culpa da Mãe, as misérias de alguns dos seus filhos.

A Igreja, Esposa de Cristo, não tem por que entoar nenhum mea culpa.
Nós sim: mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa!

Este é o verdadeiro meaculpismo, o pessoal, e não o que ataca a Igreja, apontando e exagerando os defeitos humanos, que, na Mãe Santa, são uma consequência da acção n'Ela exercida pelos homens.

Acção que, aliás, só vai até onde os homens podem, porque nunca chegarão a destruir - nem sequer a tocar - aquilo a que chamávamos a santidade original e constitutiva da Igreja.

Por isso, Deus Nosso Senhor comparou, com toda a propriedade, a Igreja à eira onde se amontoa a palha e o trigo, de que sairá o pão para a mesa e para o altar; comparou-a também a uma rede varredeira ex omni genere piscium congreganti, capaz de apanhar peixes bons e maus que depois serão separados.

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O mistério da santidade da Igreja - essa luz original, que pode ficar oculta pela sombra das baixezas humanas - exclui todo e qualquer pensamento de suspeita ou de dúvida sobre a beleza da nossa Mãe. Nem se pode tolerar, sem protesto, que outros a insultem.

Não procuremos na Igreja os lados vulneráveis para a crítica, como alguns que não demonstram ter fé nem ter amor.

Não posso conceber como é possível ter um carinho verdadeiro pela nossa mãe e falar dela com frieza.

A nossa Mãe é Santa, porque nasceu pura e continuará sem mácula por toda a eternidade.

Se, por vezes, não soubermos descobrir o seu rosto formoso, limpemos nós os olhos; se notamos que a sua voz não nos agrada, tiremos dos nossos ouvidos a dureza que nos impede de ouvir, no seu tom, os assobios do Pastor amoroso.

A nossa Mãe é Santa, com a santidade de Cristo, à qual está unida no corpo - que somos todos nós - e no espírito, que é o Espírito Santo, assente também no coração de cada um de nós, se nos conservamos na graça de Deus.

Santa, Santa, Santa! ousamos cantar à Igreja, evocando o hino em honra da Santíssima Trindade.

Tu és Santa, Igreja, minha Mãe, porque foste fundada pelo Filho de Deus, Santo; és Santa, porque assim o dispôs o Pai, fonte de toda a santidade; és Santa, porque te assiste o Espírito Santo que mora na alma dos fiéis, a fim de reunir os filhos do Pai, que hão-de habitar na Igreja do Céu, a Jerusalém eterna.

SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ


(cont)

Fátima: Centenário - Oração jubilar de consagração


Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.

Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas que o Pai revela aos pequeninos.

Mostra-nos a força do teu manto protector.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.

Unido/a aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a ti me entrego.
Unido/a aos meus irmãos, por ti, a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.

E, enfim, envolvido/a na Luz que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.


Ámen.

Fátima: Centenário - Vida de Maria - 5

Centenário das aparições da Santíssima 

Virgem em Fátima



Imaculada Conceição


A VOZ DO MAGISTÉRIO

«A definição do dogma da Imaculada Conceição refere-se de modo directo unicamente ao primeiro instante da existência de Maria, a partir do qual ficou livre de toda a mancha da culpa original. O Magistério pontifício quis assim definir só a verdade que tinha sido objecto de controvérsias ao longo dos séculos: a preservação do pecado original, sem se preocupar em definir a santidade permanente da Virgem Mãe do Senhor».

«Essa verdade faz parte do senso comum do povo cristão, que defende que Maria, livre do pecado original, foi preservada também de todo o pecado actual e a santidade inicial foi-lhe concedida para preencher toda a sua existência».

«A Igreja reconheceu constantemente que Maria foi santa e livre de todo o pecado ou imperfeição moral. O Concílio de Trento expressa essa convicção afirmando que ninguém “pode na sua vida inteira evitar todos os pecados, mesmo os veniais, se não for por privilégio especial de Deus, como a Igreja ensina sobre a bem-aventurada Virgem" [1]. Também o cristão transformado e renovado pela graça tem a possibilidade de pecar. Com efeito, a graça não preserva de todo o pecado no decurso completo da vida, salvo se, como afirma o Concílio de Trento, um privilégio especial assegurar essa imunidade do pecado. E foi isso o que aconteceu em Maria».

«O Concílio tridentino não quis definir este privilégio, mas declarou que a Igreja o afirma com vigor: tenet, quer dizer, mantém-no com firmeza. Trata-se de uma opção que, longe de incluir essa verdade entre as crenças piedosas ou as opiniões de devoção, confirma o seu carácter de doutrina sólida, bem presente na fé do povo de Deus. Por outro lado, essa convicção fundamenta-se na graça que o anjo atribui a Maria no momento da Anunciação. Ao chamá-la "cheia de graça" — kejaritoméne —, o anjo reconhece n’Ela a mulher dotada de uma perfeição permanente e de uma plenitude de santidade, sem sombra de culpa nem de imperfeição moral ou espiritual».

«O privilégio especial que Deus outorgou à Toda Santa leva-nos a admirar as maravilhas realizadas pela graça na sua vida. E recorda-nos também que Maria foi sempre toda do Senhor e que nenhuma imperfeição diminuiu a perfeita harmonia entre Ela e Deus».

«A sua vida terrena, portanto, caracterizou-se pelo desenvolvimento constante e sublime da fé, da esperança e da caridade. Por isso, Maria é para os crentes sinal luminoso da Misericórdia divina e guia seguro para as elevadas metas da perfeição evangélica e a santidade».

João Paulo II, Catequese mariana (Discurso na audiência geral, 19-VI-1996).




[1] DS 1573

Evangelho e comentário

Tempo Comum

Nascimento de São João Baptista

Evangelho: Lc 1, 57-66. 80

57Entretanto, chegou o dia em que Isabel devia dar à luz e teve um filho. 58Os seus vizinhos e parentes, sabendo que o Senhor manifestara nela a sua misericórdia, rejubilaram com ela. 59Ao oitavo dia, foram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome do pai, Zacarias. 60Mas, tomando a palavra, a mãe disse: «Não; há-de chamar-se João.» 61Disseram-lhe: «Não há ninguém na tua família que tenha esse nome.» 62Então, por sinais, perguntaram ao pai como queria que ele se chamasse. 63Pedindo uma placa, o pai escreveu: «O seu nome é João.» E todos se admiraram. 64Imediatamente a sua boca abriu-se, a língua desprendeu-se-lhe e começou a falar, bendizendo a Deus. 65O temor apoderou-se de todos os seus vizinhos, e por toda a montanha da Judeia se divulgaram aqueles factos. 66Quantos os ouviam retinham-nos na memória e diziam para si próprios: «Quem virá a ser este menino?» Na verdade, a mão do Senhor estava com ele.
80Entretanto, o menino crescia, o seu espírito robustecia-se, e vivia em lugares desertos, até ao dia da sua apresentação a Israel.

Comentário:

É importante o nome que os nossos Pais e Padrinhos escolhem para nós no dia do nosso Baptismo?

Evidentemente que sim e, por isso mesmo, a escolha desse nome - pelo qual seremos conhecidos pelos homens nossos irmãos e por Deus nosso Pai -, deverá obedecer a critérios correctos que não se coadunam com subjectividades, nem “modas” do momento.

O Baptismo é um Sacramento cristão logo, a escolha de um nome cristão é (consoante a nacionalidade do baptizando, sem qualquer dúvida, o mais adequado.

(AMA, comentário sobre Lc 1, 57-66. 80, 15.02.2017)








Jesus Cristo e a Igreja – 164

Celibato eclesiástico: História e fundamentos teológicos

V. FUNDAMENTOS TEOLÓGICOS DA DISCIPLINA DO CELIBATO

…/121

Fundamento histórico doutrinal

…/156


O ensinamento do Antigo Testamento

…/4

No entanto a partir dos documentos da Igreja Católica sobre este assunto, tentaram desenvolver uma teoria na qual se continham os elementos essenciais para uma Teologia válida. Compreenderam, sobretudo, que a continência está em relação estreita com o ordo sacer, e que essa lei tinha sido dada à Igreja propter ordinis reverentiam, pela reverência que é devida à Ordem. Também entenderam que a continência está mais unida ao Sacramento da Ordem recebido que ao homem ordenado, o qual era livre de aceitar a Ordenação, sabendo que aceitava também a obrigação anexa.

Desde a síntese realizada por São Raimundo de Peñafort, já mencionado, se deriva com toda certeza que naquele tempo se tinha como verdadeiro motivo da continência clerical não tanto a pureza do ministro – que se adequaria muito bem com a práxis oriental estabelecida no Concílio Trullano – quanto à eficácia da oração mediadora do ministro sagrado, que procedia da sua total dedicação a Deus. De um modo geral eram apresentadas já então as verdadeiras razões da perfeita continência: a possibilidade de rezar com liberdade, assim como a também completa liberdade de desenvolver o próprio ministério e para dedicar-se ao serviço da Igreja.

(cont)


(revisão da versão portuguesa por ama)

Doutrina – 340

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ

SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

CAPÍTULO SEGUNDO

CREIO EM JESUS CRISTO, O FILHO UNIGÉNITO DE DEUS
«JESUS CRISTO PADECEU SOB PÔNCIO PILATOS, FOI CRUCIFICADO, MORTO E SEPULTADO»

118. Porque é que a morte de Cristo faz parte do desígnio de Deus?

Para reconciliar consigo todos os homens votados à morte por causa do pecado, Deus tomou a iniciativa amorosa de enviar o Seu Filho para que se entregasse à morte pelos pecadores.

Anunciada no Antigo Testamento, em particular como sacrifício do Servo sofredor, a morte de Jesus acontece «segundo as Escrituras».

Nada vale a pena se não estamos junto do Senhor.

Maria, tua Mãe, levar-te-á ao Amor de Jesus. E aí estarás "cum gaudio et pace", com alegria e paz, sempre "levado" – porque sozinho cairias e encher-te-ias de lodo – pelo caminho fora, para crer, para amar e para sofrer. (Forja, 677)

Maria e José perguntaram por ele a parentes e conhecidos. E, como não o encontrassem, voltaram a Jerusalém à sua procura. A Mãe de Deus, que procurou com afã o seu Filho, perdido sem sua culpa e que sentiu a maior alegria ao encontrá-lo, ajudar-nos-á a voltar atrás, a rectificar o que for preciso, quando, pelas nossas leviandades ou pecados, não consigamos descobrir Cristo. Teremos assim a alegria de o abraçar de novo, para lhe dizer que nunca mais o perderemos.


Maria é Mãe da ciência, porque com Ela se aprende a lição que mais importa: que nada vale a pena se não estamos junto do Senhor, que de nada servem todas as maravilhas da terra, todas as ambições satisfeitas, se no nosso peito não arde a chama de amor vivo, a luz da santa esperança, que é uma antecipação do amor interminável, na nossa Pátria definitiva. (Amigos de Deus, 278)

Pequena agenda do cristão


SÁBADO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?