30/12/2018

ORAÇÃO DE UM PAI


Resultado de imagem para douglas macarthurSENHOR, dá-me um filho que seja bastante forte para saber quando é fraco, e corajoso bastante para se enfrentar a si mesmo quando tiver medo; um filho que seja altivo e inflexível na derrota inevitável, mas humilde e manso na vitória.

Dá-me um filho que Te conheça – e que saiba conhecer-se a si mesmo é a pedra angular do saber.

Guia-o, eu Te suplico, não pelo caminho fácil do conforto, mas sob a pressão e aguilhão das dificuldades e dos obstáculos. Que aprenda a manter-se erecto na tempestade; e a ter compaixão pelos infelizes.

Dá-me um filho de coração puro e aspirações elevadas; um filho que saiba dominar-se antes de procurar dominar os outros; um filho que aprenda a rir, mas que não desaprenda de chorar; um filho que tenha olhos para o futuro, mas que nunca se Esqueça do passado.

E depois de lhe teres concedido todas estas coisas, dá-lhe compreensão bastante para que seja sempre um homem sério, sem, contudo, se levar nunca muito a sério. Senhor, dá-lhe humildade, para que possa ter sempre a simplicidade da verdadeira grandeza, a tolerância da verdadeira sabedoria, a humildade da verdadeira força.

Então, eu, seu pai, ousarei dizer:

«Não vivi em vão».

General Douglas MacArthur

(The young soldier)





El Reto del amor










por El Reto Del Amor

A luta contra a soberba há-de ser constante


“Grande coisa é saber-se nada diante de Deus, porque é assim mesmo” (Sulco, 260)

O outro inimigo, escreve S. João, é a concupiscência dos olhos, uma avareza de fundo que nos leva a valorizar apenas o que se pode tocar. Os olhos ficam como que pegados às coisas terrenas e, por isso mesmo, não sabem descobrir as realidades sobrenaturais. Podemos, portanto, socorrer-nos desta expressão da Sagrada Escritura para nos referirmos à avareza dos bens materiais e, além disso, àquela deformação que nos leva a observar o que nos rodeia - os outros, as circunstâncias da nossa vida e do nosso tempo - só com visão humana.

Os olhos da alma embotam-se; a razão crê-se auto-suficiente para compreender todas as coisas, prescindindo de Deus. É uma tentação subtil, que se apoia na dignidade da inteligência, da inteligência que o nosso Pai, Deus, deu ao homem para que O conheça e O ame livremente. Arrastada por essa tentação, a inteligência humana considera-se o centro do universo, entusiasma-se de novo com a falsa promessa da serpente, sereis como deuses, e, enchendo-se de amor por si mesma, volta as costas ao amor de Deus.
(...) A luta contra a soberba há-de ser constante, pois não se disse já, dum modo tão gráfico, que essa paixão só morre um dia depois da morte da pessoa? É a altivez do fariseu, a quem Deus se mostra renitente em justificar por encontrar nele uma barreira de auto-suficiência. É a arrogância que conduz a desprezar os outros homens, a dominá-los, a maltratá-los, porque, onde houver soberba aí haverá também ofensa e desonra. (Cristo que passa, 6)



Leitura espiritual


O HOMEM BOM




MODOS DE AMAR





Conta-se de um velho almirante da reserva que, quando queria pintar a fachada da sua casa – vivia numa cidade onde era costume pintá-las pela primavera –, mandava o pintor à casa do vizinho que morava em frente, para lhe perguntar de que cor gostaria que a pintasse.
O bom velhinho explicava esse seu modo de proceder dizendo:
“Afinal, ele, o vizinho, é quem ficará vendo a fachada todos os dias; é natural que eu a pinte ao gosto dele”.
É uma delicada transparência do coração do homem bom, que vive sempre voltado para o bem e para a alegria dos outros, e nisso encontra a sua maior satisfação.
Isto faz pensar nas nossas atitudes e, concretamente, na facilidade com que incorremos num erro de perspectiva: com a melhor das boas vontades, dedicamo-nos a amar os outros “ao nosso modo”, mas esquecemo-nos de amá-los “ao modo deles”, o que seria muito melhor.
Entendamo-nos.
Não basta dizer, quando nos preocupamos em ajudar os outros:
“Faço isto pelo seu bem”.
É necessário ter uma fina intuição para fazer “isto” do “modo” que contribua mais eficazmente para o seu bem.
Um pai que corrige o filho, imediata e energicamente, todas as vezes que depara com uma desobediência ou uma irresponsabilidade, pode estar intimamente convencido de que actua “apenas e tão somente” pelo bem desse filho.
E, caso o garoto se lhe torne revoltado, mentiroso e desleal,sentir-se-á profundamente magoado, ao mesmo tempo que se lamenta:
“Depois de tantos desvelos, de tanta dedicação para educá-lo...”
Esse pai, por mais que se sinta magoado e recrimine a ingratidão do filho, não está com a razão.
E não está precisamente porque não foi capaz de amá-lo “ao modo dele”, isto é, procurando o “modo” mais fecundo de lhe fazer o bem.
Com isto, já estamos esclarecendo que, quando dizemos “ao modo dele”, não pensamos que o amor paterno deva acomodar-se a todos os caprichos e vontades do filho.
Se fizesse isso, esse pai cairia naquela “bondosidade mole” que mais destrói do que edifica.
A expressão “ao modo dele” significa, neste caso, o esforço da mente e do coração por acertar com a maneira realmente eficaz de ajudar o filho a ser melhor.
Podemos dar por certo que esse mesmo pai, se tivesse atuado com mais paciência e, sobretudo, se tivesse dedicado mais tempo a fazer-se amigo do filho, conseguiria que as suas correcções fossem construtivas.
É muito fácil “cair em cima” e dizer “eu tenho razão”.
Já foi lembrado por alguém que, por ter razão, até agora ninguém foi para o céu.
É muito mais profícuo guardar a razão, ao menos provisoriamente, no bolso, e pensar seriamente:
“Como posso mesmo ajudá-lo a melhorar?”
Não tenhamos dúvida de que o pai em foco ajudaria imenso se gastasse mais algum tempo no fim do dia, e nos fins de semana, a sair, jogar bola, discutir música e conversar com o filho, tornando-se assim o seu melhor amigo.  
Nesse clima de amizade confiante, poderia orientá-lo e corrigi-lo, quando fosse o caso, com palavras cheias de credibilidade, já que o filho perceberia que, se o pai o contraria, não é por ser um maníaco perfeccionista nem por estar irritado, mas porque gosta dele e o quer ajudar.
É a isto que chamamos amar “ao modo” dos outros.
Uma arte extremamente necessária e certamente nada fácil.
Só o amor generoso é capaz de aprendê-la.

A PEDRA PRECIOSA

Mons. Escrivá, um sacerdote que irradiou bondade, despertando milhares de corações para o bem, costumava dizer que cada pessoa, cada alma, deve ser tratada como uma pedra preciosa.
Não existem duas pedras preciosas idênticas, que possam ser lapidadas da mesma maneira.
O bom lapidador etuda-as uma a uma, e daí tira conclusões sobre o modo de extrair o máximo de perfeição e beleza de cada uma delas.
Assim deve ser com as almas. O estudo atento do lapidador é, neste caso, a afectuosa atenção que prestamos a cada pessoa, esforçando-nos por compreender o seu modo de ser, o porquê das suas arestas e pontos frágeis, as linhas em que melhor pode ser “trabalhada”.
E o modo de tratá-la, de ajudá-la, decorrerá dessa prévia compreensão.
Para tanto, não é necessário possuir conhecimentos muito especializados de psicologia.
Basta a psicologia do afecto, que proporciona uma profunda acuidade aos olhos.
O amor de uma mãe não precisa de manuais de psicologia para intuir, de modo certeiro, o que está acontecendo com o filho.
Basta o carinho, o interesse e a vontade de se dar.
Não esqueçamos, por outro lado, que todo o bom lapidador é paciente, o que significa que tem a consciência de que, para transformar um diamante bruto num esplêndido brilhante, vai precisar de longo tempo, de trabalho minucioso, e que só pouco a pouco irá progredindo no seu lavor.
Eis aqui outra das manifestações da autêntica bondade.
Assim como a bondade mole se compõe de superficiais pinceladas de amabilidade, a verdadeira bondade traduz-se numa dedicação infatigável.
Dá-se sem pausa, espera sem cansaço e não desiste jamais.
Persiste incansavelmente, sem abrandar a generosidade da entrega, até ver despontar finalmente os frutos; e aguarda confiante – permita-se-nos repeti-lo – que as “sementes de bondade” dos outros acabem por germinar.
A doação de um homem bom nunca é estéril.
Francisco Faus [i]


[i] Francisco Faus é licenciado em Direito pela Universidade de Barcelona e Doutor em Direito Canónico pela Universidade de São Tomás de Aquino de Roma. Ordenado sacerdote em 1955, reside em São Paulo, onde exerce uma intensa atividade de atenção espiritual entre estudantes universitários e profissionais. Autor de diversas obras literárias, algumas delas premiadas, já publicou na coleção Temas Cristãos, entre outros, os títulos O valor das dificuldades, O homem bom, Lágrimas de Cristo, lágrimas dos homens, Maria, a mãe de Jesus, A voz da consciência e A paz na família.


Evangelho e comentário


TEMPO DE NATAL



Sagrada Família

Evangelho: Lc 2, 41-52

41 Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa. 42 Quando Ele chegou aos doze anos, subiram até lá, segundo o costume da festa. 43 Terminados esses dias, regressaram a casa e o menino ficou em Jerusalém, sem que os pais o soubessem. 44 Pensando que Ele se encontrava na caravana, fizeram um dia de viagem e começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. 45 Não o tendo encontrado, voltaram a Jerusalém, à sua procura. 46 Três dias depois, encontraram-no no templo, sentado entre os doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas. 47 Todos quantos o ouviam, estavam estupefactos com a sua inteligência e as suas respostas. 48 Ao vê-lo, ficaram assombrados e sua mãe disse-lhe: «Filho, porque nos fizeste isto? Olha que teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura!» 49 Ele respondeu-lhes: «Porque me procuráveis? Não sabíeis que devia estar em casa de meu Pai?» 50 Mas eles não compreenderam as palavras que lhes disse. 51 Depois desceu com eles, voltou para Nazaré e era-lhes submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração. 52 E Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens.



Comentário:


«Quando O viram, admiraram-se»!

Talvez tenha sido esta expressão que provocou a resposta de Jesus.
Porquê se admiraram de O encontrar onde estava?

É uma cena entranhável de amor de Mãe e amor de Filho; as palavras não traduzem exactamente o que se terá passado e, seguramente, não corresponderiam às expressões de cada um.

Jesus diz-nos com clareza:

‘Eu não me perco – vós é que tereis de saber sempre onde encontrar-me´!

E, felizmente, nós sabemos e encontramo-lo de facto sem ser necessário grande esforço da nossa parte e nem sequer nos surpreendemos quando nos damos conta que, afinal, Ele estava à nossa espera!


(ama, comentário sobre LC 2 41-52 27.12.2015)



Temas para reflectir e meditar

Sacerdócio


Deus toma posse daquele que chamou ao sacerdócio, consagra-o para o serviço dos outros homens, seus irmãos, e confere-lhe uma nova personalidade. E este homem eleito e consagrado ao serviço de Deus e dos outros, não o é só em determinadas ocasiões, por exemplo, quando está a realizar uma função sagrada, mas “sempre em todos os momentos, ao exercer o ofício mais alto e sublime como o acto mais vulgar e humilde da vida quotidiana. 
Tal como um cristão não pode deixar de lado o seu carácter de homem novo, recebido no Baptismo, para actuar “como se fosse” um simples homem, tão pouco o sacerdote pode abstrair-se do seu carácter sacerdotal para como portar-se “como se” não fosse sacerdote. 
Qualquer coisa que faça, qualquer atitude que tome, queira-o ou não, será sempre a acção e a atitude de um sacerdote, porque ele é-o sempre, a todas as horas e até à raiz do seu ser, faça o que fizer e pense o que pensar.


(f. suárezEl sacerdote y su ministerio, Rialp, Madrid 1969, pg. 21, trad ama)


Pequena agenda do cristão

DOMINGO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me:
Cultivar a Fé

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?